Videoaula: Artérias do sistema cardiovascular
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Olá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e nesta videoaula vamos falar sobre as artérias do sistema cardiovascular. O sistema cardiovascular é um dos vários sistemas no nosso corpo, e seu principal ...
Leia maisOlá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e nesta videoaula vamos falar sobre as artérias do sistema cardiovascular. O sistema cardiovascular é um dos vários sistemas no nosso corpo, e seu principal papel é transportar o sangue pelo corpo para que ele atinja todas as células.
O sangue transporta várias substâncias, desde o oxigênio para a respiração, nutrientes, e resíduos que precisam ser eliminados para que tudo funcione da maneira correta, então é bastante óbvio o motivo pelo qual o sistema cardiovascular é tão vital.
O sistema cardiovascular é composto pelo coração que, é claro, bombeia o sangue e o movimenta, e os vasos sanguíneos, que transportam o sangue para o coração, e dele para o restante do corpo. Bem, existem alguns tipos de vasos.
Primeiramente, os vasos que transportam sangue rico em oxigênio do coração para o restante do corpo são chamados de artérias, e os vasos sanguíneos que transportam sangue desoxigenado de diferentes partes do corpo de volta para o coração são as veias.
E, claro, nesta videoaula vamos focar nas principais artérias do sistema cardiovascular e, se você quiser saber mais sobre as veias, verifique nosso site kenhub.com e dê uma olhada para ver os outros recursos que temos disponíveis para você.
Antes de entrarmos em detalhes, eu quero te dar algumas informações gerais sobre as artérias propriamente ditas, uma vez que isso pode nos ajudar a entender como diferenciá-las de outros vasos. Então primeiramente, vamos falar sobre a localização das artérias.
As artérias tendem a se localizar mais profundamente no corpo e, ao contrário das veias, são revestidas por uma camada de músculo liso. E esta camada é importante, uma vez que ela ajuda a manter a movimentação do sangue através do corpo de forma mais eficiente.
As artérias também são resistentes o bastante para suportar mudanças na pressão sanguínea causadas pelo pulso. Agora que acabamos de falar sobre a localização das artérias, eu queria te dar uma visão geral sobre o que vamos falar hoje. E nesta videoaula vamos falar sobre as principais artérias do tórax, depois sobre as artérias que estão localizadas na cabeça e no pescoço, em seguida sobre as artérias dos membros superiores, depois vamos falar sobre as artérias do abdomen e da pelve e, finalmente, vamos falar sobre as artérias dos membros inferiores.
Portante, sem mais delongas, vamos direto ao ponto e introduzir algumas das principais artérias do tórax. Bem, depois de sair do ventrículo esquerdo do coração, o sangue oxigenado entra imediatamente neste vaso aqui destacado em azul, que é conhecido como aorta.
A aorta é o maior vaso sanguíneo do corpo humano, e ela se inicia no coração e segue inferiormente através do tórax e do abdomen emitindo vários ramos arteriais ao longo do seu trajeto. Aqui em verde, estamos vendo especificamente a parte ascendente da aorta, e como você pode ver, essa é uma parte relativamente curta da aorta que surge logo depois da raíz da aorta do ventrículo esquerdo do coração.
Próximo ao coração, há uma dilatação da aorta ascendente conhecida como bulbo da aorta, que podemos ver melhor nesta imagem aqui na qual o coração foi removido. Uma coisa importante para observar aqui sobre a aorta ascendente é que é a única parte da aorta que não emite ramos arteriais - e você pode ver isso claramente no nosso modelo à direita.
A próxima porção da aorta que temos aqui é o arco aórtico. E esta porção da aorta, claro, começa após a aorta ascendente como nós acabamos de ver, e ela sobe formando um arco para a esquerda do mediastino – como você pode ver aqui - e termina ao nível do quarto corpo vertebral torácico, T4.
Há três ramos arteriais que surgem do arco aórtico, e estes são a artéria braquiocefálica, a artéria carótida comum esquerda, e a artéria subclávia esquerda, e esses três ramos do arco aórtico irrigam a cabeça e os membros superiores.
Vamos dar uma olhada nesses três ramos com mais detalhes daqui a pouco. Apenas uma pequena nota à parte, em alguns, mas não todos os indivíduos, pode existir uma constricção no arco aórtico, que é um remanescente embrionário dessa porção da aorta, e essa pequena peculiaridade anatômica é chamada de istmo da aorta.
O próximo segmento da aorta é conhecido como porção descendente, que começa logo após o arco aórtico e desce através do tórax e do abdomen, e esta porção da aorta pode ser dividida em duas partes - a primeira é a parte torácica, ou aorta torácica, que desce à esquerda das vértebras torácicas T5 a T12, seguindo por trás da base do pulmão esquerdo e do pericárdio.
A segunda parte da aorta descendente é a parte abdominal da aorta, que começa logo após a sua passagem através do hiato aórtico do diafragma, ao nível do décimo-segundo corpo vertebral torácico, T12. Ela então segue inferiormente ao longo da parede abdominal posterior, ligeiramente à esquerda da linha média e anteriormente à coluna vertebral, e termina aproximadamente ao nível do quarto corpo vertebral lombar, L4, onde se bifurca em dois outros vasos - e você pode ver isso acontecendo à sua direita.
Ao longo do seu trajeto através do tórax e do abdomen, a aorta descendente emite importantes ramos viscerais e parietais, alguns dos quais vamos discutir um pouco mais à frente nesta videoaula. Então, por enquanto, vamos voltar aqui para cima para o tronco braquiocefálico e conversar um pouco sobre ele.
Então como eu mencionei anteriormente, o tronco braquiocefálico é o primeiro ramo que surge diretamente do arco aórtico. Ele também é conhecido com artéria inominada. O tronco braquiocefálico fornece sangue oxigenado para a cabeça e para o pescoço, assim como para o braço direito. Ele também emite dois ramos importantes que irrigam essas regiões, a saber a artéria carótida comum direita e a artéria subclávia direita.
Vamos dar uma olhada nas duas artérias subclávias, e essas duas importantes artérias do tórax têm este nome pelo fato de estarem localizadas sob as clavículas, e apesar de as artérias subclávias formarem um par de artérias, elas têm diferentes pontos de origem de cada lado. A artéria subclávia direita, por exemplo, surge do tronco braquiocefálico, como você pode ver logo aqui, enquanto a artéria subclávia esquerda se origina diretamente do arco aórtico.
A artéria subclávia esquerda é também o terceiro ramo direto que surge do arco aórtico, como você pode ver nesta imagem. Tanto a artéria subclávia esquerda quanto a direita emitem vários ramos antes de eventualmente virarem artéria axilar. Vamos falar agora sobre a artéria torácica interna.
E a artéria torácica interna é um ramo da artéria subclávia e também é uma artéria pareada. Ambas as artérias torácicas internas, direita e esquerda, se originam da região anteroinferior da artéria subclávia, e seguem inferiormente e medialmente pelo tórax, emitindo ramos parietais e viscerais para a parede torácica, o mediastino, o pericárdio, o diafragma, e o timo.
Certo, é isso para as artérias do tórax. Vamos seguir em frente agora para falar sobre as artérias que irrigam a cabeça e o pescoço. Bem, há várias artérias importantes que irrigam a cabeça e o pescoço, e é fácil entrar em muitos detalhes aqui devido à importância desses vasos e aos seus arranjos geralmente únicos, mas nesta videoaula vamos nos ater a alguns princípios básicos, então se você quiser estudar essas artérias com um pouco mais de detalhes, claro, certifique-se de verificar o nosso site kenhub.com e dê uma olhada nos outros recursos que temos lá para você.
Por agora, vamos começar com a artéria carótida comum. E aqui nesta imagem à direita, você pode ver as artérias carótidas comuns, e da mesma forma que as artérias subclávias, elas formam um par de artérias, porém elas têm uma origem diferente de cada lado. Então a artéria carótida comum direita, por exemplo, surge do tronco braquiocefálico, enquanto a artéria carótida comum esquerda é o segundo ramo que surge do arco aórtico.
Então vamos trazer aqui esta imagem da cabeça e do pescoço de uma vista lateral para podermos ver nossa artéria carótida comum um pouco melhor, e como você pode ver, as artérias carótidas comuns são a principal fonte de irrigação sanguínea da cabeça e do pescoço. E estas artérias, claro, cursam superiormente dentro da bainha carotídea, junto com a veia jugular interna, o nervo vago e os linfonodos cervicais profundos.
Outra razão pela qual eu queria te mostrar esta vista é que aqui nós podemos ver claramente onde a artéria carótida comum se bifurca ao nível do quarto corpo vertebral cervical, C4, dando origem à artéria carótida interna aqui e à artéria carótida externa, que é bem aqui.
Vamos agora conversar um pouco sobre ambas essas artérias, começando com a artéria carótida externa. Bem, a artéria carótida externa, que é uma das duas artérias que surgem da bifurcação da artéria carótida comum, como nós acabamos de mencionar, aproximadamente ao nível de C4, emite vários ramos que irrigam a cabeça e o pescoço.
E os ramos da artéria carótida externa são divididos em ramos anteriores, ramos posteriores e ramos terminais. Então vamos falar sobre alguns deles. Então, os ramos anteriores incluem a artéria tireoidea, a artéria facial, a artéria lingual e a artéria faríngea ascendente, enquanto os ramos posteriores incluem a artéria occipital e a artéria auricular posterior, ambas as quais podemos ver claramente nesta vista lateral bem aqui.
E, é claro, finalmente, os ramos terminais incluem a artéria maxilar e a artéria temporal superficial. A outra artéria que surge da bifurcação da artéria carótida comum é, claro, a artéria carótida interna, que pode ser vista aqui destacada em verde.
Então como você pode ver, a partir da sua origem bem aqui a artéria carótida interna cursa superiormente até uma região conhecida como substância perfurada anterior, onde ela se bifurca para dar origem à artéria cerebral anterior e à artéria cerebral média, que formam parte de uma rede única de artérias no cérebro conhecida como o Círculo de Willis.
Só vou demorar alguns minutos para explicar isso com um pouco mais de clareza. Bem, se você puder, imagine a artéria carótida interna continuando aqui em verde, a artéria cerebral anterior surge aqui em azul, enquanto a artéria cerebral média é a continuação da artéria carótida interna - e você pode ver essa continuação em azul. E essas duas, como mencionamos, formam parte do Círculo de Willis.
A artéria carótida interna, claro, emite alguns outros ramos, mas se você quiser saber um pouco mais sobre eles, certifique-se de ir ao site para ler alguns outros artigos e ver algumas videoaulas sobre esta artéria.
Seguindo em frente, vamos dar uma olhada nas principais artérias do membro superior. Bem, como você pode ver nesta imagem, vamos começar no tórax fazendo o nosso trajeto distalmente pelo braço, e a primeira artéria que vamos encontrar é a artéria axilar.
E a artéria axilar se origina como uma continuação da artéria subclávia, e, ao longo do seu trajeto, a artéria axilar também emite vários ramos. Um deles é conhecido como artéria braquial, que surge como uma continuação da artéria axilar logo aqui, na borda inferior do músculo redondo maior, e termina ao nível da articulação do cotovelo bem aqui, onde se bifurca e dá origem às artérias radial e ulnar, sobre as quais vamos falar nos próximos slides.
Vale a pena observar que a artéria braquial também emite vários outros ramos antes de se bifurcar, e apesar do fato de que nós não vamos focar nestes ramos nesta videoaula específica, é importante estar ciente disso.
A próxima artéria que vamos ver é a artéria braquial profunda, que é um ramo da artéria braquial, e esta artéria acompanha o nervo radial ao longo do seu trajeto, e você pode ver o nervo radial destacado em amarelo. Esta artéria passa entre as cabeças medial e longa do músculo tríceps braquial, que ela irriga, e continua dentro do sulco radial do úmero, após o qual se divide, emitindo o ramo colateral medial e o ramo colateral radial - e você pode ver ambos na nossa imagem.
Seguindo inferiormente para ver as principais artérias do antebraço agora, podemos ver a artéria radial destacada em verde bem aqui, e você pode se lembrar que eu falei mais cedo que a artéria radial surge como uma das divisões da artéria braquial, após ela se bifurcar ao nível do cotovelo bem aqui.
A artéria radial cursa inferiormente do lado radial do antebraço, passando distalmente em direção ao punho, e termina no arco palmar profundo da mão, emitindo vários ramos arteriais ao longo de seu trajeto. Também vale a pena observar aqui que a artéria radial também tem sua importância clínica devido à sua localização superficial nos punhos.
Esta é a região onde o pulso pode ser palpado para determinar a frequência cardíaca. Do outro lado do antebraço, podemos ver a artéria ulnar. A artéria ulnar é a segunda divisão que surge da bifurcação da artéria braquial ao nível do cotovelo - falamos um pouco sobre isso mais cedo nesta videoaula.
Esta artéria segue distalmente ao longo do lado ulnar ou medial do antebraço, e continua para terminar na mão, novamente dando origem a vários ramos no cotovelo, no antebraço e na mão ao longo do seu trajeto. Então agora terminamos de falar sobre as artérias do membro superior, vamos seguir em frente para falar sobre as artérias do abdome e da pelve.
Então vamos só dar uma olhada de novo na nossa imagem da mulher anatômica para nos reorientarmos, e ao olharmos para esta imagem, parece que as artérias nesta região são uma verdadeira bagunça.
Os arranjos vasculares parecem menos estruturados do que os que acabamos de ver nos membros superiores, e também menos do que os que veremos daqui a pouco com as artérias dos membros inferiores, quando também estarão perfeitamente organizadas de uma forma que não acontece aqui nessa região.
Mas parte do motivo pelo qual eu fiz uma introdução da aorta descendente um pouco mais cedo na videoaula – sim, lembre de mim - é porque a maior parte das artérias que vamos ver nesta região são, na verdade, ramos diretos ou indiretos da aorta descendente. Então ter isso em mente vai te ajudar a se manter orientado nesta parte do corpo.
Então sem mais delongas, vamos seguir em frente e falar sobre o tronco celíaco, que é este pequeno vaso em verde bem aqui, e vamos dar um zoom aqui para podermos ver melhor. Então como você pode ver, o tronco celíaco é um vaso sanguíneo único que surge da aorta abdominal logo depois que ela passa para o abdomen através do hiato aórtico do diafragma.
O tronco celíaco também é o primeiro ramo visceral anterior da aorta abdominal e, apesar de o tronco celíaco ser um vaso bem curto - apenas cerca de um centímetro em comprimento – ele tem uma função de grande importância, que é a de irrigar a região anterior do intestino através de seus três principais ramos, sobre os quais vamos falar com um pouco mais de detalhes.
E estes ramos incluem a artéria gástrica esquerda, a artéria hepática comum, e a artéria esplênica, que não podemos ver nesta imagem particularmente, mas que está sendo representada de forma aproximada por esta linha ondulada.
Então vamos falar primeiro sobre a artéria gástrica esquerda, e a artéria gástrica esquerda, como mencionamos anteriormente, é o primeiro ramo do tronco celíaco e é o menor dos três ramos. E o termo “gástrica” se refere ao estômago, então se dermos uma olhada um pouco mais de perto, podemos ver que a artéria gástrica esquerda de fato cursa ao longo da curvatura menor do estômago. E o fato de ser chamada de artéria gástrica esquerda logicamente infere que deve existir também uma artéria gástrica direita, e podemos vê-la aqui.
Como você pode ver, as duas artérias se encontram aqui para formar o que chamamos de uma anastomose, que é basicamente um termo que usamos quando dois ramos arteriais, que de outra forma seriam divergentes, se encontram. A artéria gástrica esquerda irriga a porção superior do estômago, assim como também emite ramos para o esôfago.
Vamos falar agora sobre a artéria hepática comum que é a próxima artéria que se origina do tronco celíaco, e como você pode ver na imagem, ela segue para a direita em direção à bolsa omental, que é o termo que descreve um dos compartimentos do abdomen, e entra no omento menor - uma prega formada por dupla camada de peritônio - onde emite seu primeiro ramo - a artéria gástrica direita - que, como acabamos de ver, irriga a curvatura menor do estômago do lado direito e forma uma anastomose com a artéria gástrica esquerda.
Bem, o nome desta artéria é artéria hepática comum, e como você já deve saber, a palavra “hepática” se refere ao fígado, entretanto, a artéria hepática comum não irriga o fígado diretamente. Ao invés disso, ela continua para se dividir e dar origem à artéria hepática própria e à artéria gastroduodenal.
Podemos ver melhor esses ramos nesta imagem bem aqui. Bem, aqui você pode ver a artéria gástrica direita, a artéria hepática própria e a artéria gastroduodenal, e através destes ramos a artéria hepática comum irriga vários órgãos, incluindo o estômago, o fígado, o pâncreas e o duodeno.
Vamos seguir em frente agora para falar sobre a artéria esplênica, indicada aqui em verde. E a artéria esplênica é o terceiro ramo do tronco celíaco e é também o seu ramo terminal. Então dando uma olhada mais de perto nesta imagem aqui embaixo, podemos ver mais claramente que ela supre o baço, como o seu nome sugere, e a artéria esplênica também dá origem a vários ramos que irrigam vários outros órgãos abdominais, incluindo a artéria gastroepiploica esquerda, a artéria pancreática magna, a artéria pancreática dorsal e outros ramos pancreáticos, assim como a artéria gástrica posterior.
Seguindo em frente, vamos dar uma olhada na artéria gastroduodenal, que se origina da artéria hepática comum. Bem, a artéria gastroduodenal surge posterosuperiormente à primeira parte do duodeno, e emite ramos para o estômago, o pâncreas e o duodeno.
Agora vamos dar uma olhada mais de perto na artéria gastroepiploica direita, também conhecida como artéria gastro-omental, e ela supre a curvatura maior do estômago que você pode ver bem aqui. A artéria gastroepiploica direita se junta à artéria gastroepiploica esquerda, que surge da artéria esplênica, para formar uma anastomose.
Agora voltando ao ramos da aorta abdominal, o próximo grande vaso que vamos ver é a artéria mesentérica superior. E esta artéria se origina aproximadamente ao nível da primeira vértebra lombar, L1, diretamente da aorta abdominal logo abaixo do tronco celíaco bem aqui, e esta artéria emite vários ramos arteriais que por sua vez irrigam os vários órgãos do intestino médio.
A seguir, vamos ver as artérias renais, que são um par de artérias que se originam diretamente da aorta abdominal ao nível do primeiro e do segundo corpos vertebrais lombares, L1 e L2, para irrigar os rins direita e esquerdo, como o termo “renais” sugere. Então observe que a artéria renal direita é maior do que a artéria renal esquerda devido à posição da aorta abdominal um pouco à esquerda da linha média.
Seguindo inferiormente mais um pouco, vamos agora falar sobre as artérias gonadais, que são, é claro, discretamente diferentes no sexo masculino e no sexo feminino, então vamos falar sobre elas separadamente.
Vamos primeiro falar sobre as artérias gonadais nas mulheres. Bem, nesta imagem podemos ver as artérias ovarianas, e nesta imagem aqui, podemos ver as artérias testiculares. Tantos nos homens quanto nas mulheres, as artérias gonadais se originam diretamente da aorta e cursam inferiormente e lateralmente para a região pélvica para suprir os ovários, no sexo feminino, e os testículos, no sexo masculino, cruzando os ureteres anteriormente ao longo de seu trajeto.
A próxima artéria que vamos ver hoje está localizada bem aqui, e é conhecida como artéria mesentérica inferior, a terceira artéria única que surge da região anterior da aorta abdominal bem aqui, mais ou menos ao nível da terceira vértebra lombar, L3.
Ela também é inferior às artérias gonadais que acabamos de ver, que se originam aqui. A artéria mesentérica inferior cursa inferiormente para o lado esquerdo da linha média para suprir o intestino grosso através de vários ramos arteriais, incluindo a artéria cólica esquerda, as artérias sigmoideas e a artéria retal superior.
Vamos seguir em frente agora com a artéria ilíaca comum. Aproximadamente ao nível do quarto corpo vertebral lombar, L4, logo aqui, a aorta abdominal termina e se bifurca, dando origem às artérias ilíacas comuns que fornecem irrigação sanguínea para a pelve e para os membros inferiores.
E como você pode ver, cada artéria ilíaca comum se bifurca novamente em frente à articulação sacroilíaca, dando origem à artéria ilíaca interna e à artéria ilíaca externa, e vamos falar sobre ambas a seguir. Então vamos começar com a artéria ilíaca interna, e a artéria ilíaca interna é a menor dos dois ramos da artéria ilíaca comum.
Esta artéria irriga a parede pélvica e as vísceras, a genitália externa, o períneo e as nádegas, assim como a parte medial da coxa. E seguindo em frente com a artéria ilíaca externa, a artéria ilíaca externa é o maior dos dois ramos da artéria ilíaca comum. Ela segue emitindo vários ramos ao longo do seu trajeto para suprir as estruturas vizinhas, e entra na região da coxa onde continua como artéria femoral.
Agora que terminamos de ver os vasos do abdomen - as artérias do abdomen – e da pelve, vamos seguir em frente para falar sobre as artérias do membro inferior. Então, acabamos de mencionar a artéria femoral na seção anterior, e como você pode ver, a artéria femoral se origina bem aqui, como uma continuação da artéria ilíaca externa na região femoral da coxa.
É a principal fonte de irrigação sanguínea do membro inferior e emite vários ramos antes de entrar no compartimento posterior da coxa através do hiato dos adutores, após o qual continua como a próxima artéria desta vídeoaula – a artéria poplítea.
Bem, esta artéria tem este nome devido ao fato de que passa obliquamente pela fossa poplítea na parte posterior do joelho, o que podemos ver melhor nesta imagem bem aqui, passando entre o músculo gastrocnêmio e o músculo poplíteo no compartimento posterior da perna inferior.
A artéria poplítea emite ramos geniculares, ramos musculares e ramos surais, e eventualmente se bifurca para dar origem às artérias tibiais anterior e posterior. Bem, a artéria tibial anterior, que acabamos de ver, se origina da artéria poplítea logo aqui e passa para o compartimento anterior da perna na borda superior da membrana interóssea.
Ela cursa inferiormente entre o músculo tibial anterior e o músculo extensor longo do hálux - ambos os quais você pode ver bem aqui - emitindo vários ramos ao longo do caminho, e eventualmente termina distalmente ao retináculo extensor, após o qual continua como artéria dorsal do pé.
A artéria tibial posterior se origina da artéria poplítea bem aqui, e passa para o compartimento flexor, isto é, a parte posterior da perna. Como você pode ver, ela cursa por trás do maléolo medial, ou tornozelo interno, emitindo numerosos ramos ao longo do seu trajeto, e se divide em dois ramos terminais depois de passar por trás do maléolo medial, que são a artéria plantar medial e a artéria plantar lateral.
A próxima artéria que vamos ver é a artéria fibular, que também é conhecida como artéria peroneal. A artéria fibular se origina da artéria tibial posterior bem aqui, e cursa lateralmente para irrigar os músculos do compartimento lateral da perna, e emite numerosos ramos ao longo do seu trajeto.
A última artéria que vamos ver nesta videoaula é a artéria dorsal do pé, algumas vezes também conhecida como artéria pediosa. Como vimos anteriormente, ela se origina da artéria tibial anterior e emite vários ramos, incluindo a artéria plantar profunda, que começa bem aqui, e a primeira artéria metatarsal, que está bem aqui.
Ok, então agora que concluímos todas as principais artérias desta vídeoaula, vamos dar uma olhada em algumas notas clínicas importantes relacionadas às artérias antes de seguirmos com um rápido resumo do que vimos hoje. Então, a primeira coisa que eu queria falar com você sobre as artérias e suas patologias clínicas é sobre uma condição conhecida como aterosclerose.
Bem, a aterosclerose é uma condição na qual uma placa se forma dentro das artérias, e aqui nesta micrografia de uma artéria, podemos ver a formação de uma placa significativa no lúmen da artéria. Bem, o corante que usamos para esta micrografia é chamado de tricrômico de Masson - e esta imagem mostra claramente um estreitamento do lúmen da artéria causado pela formação da placa, que por sua vez é composta de colesterol, gordura, cálcio ou qualquer outro componente encontrado no sangue.
Como você poderia adivinhar, este estreitamento limita o fluxo de sangue oxigenado, o que pode levar a condições graves, tais como doença cardíaca coronariana, doença renal crônica, doença arterial periférica e até doença da artéria carótida, uma vez que este processo pode afetar qualquer uma das artérias do corpo.
E, é claro, como você provavelmente já deve ter ouvido falar, isso pode eventualmente levar a ataque cardíaco ou infarto, derrame e até mesmo à morte. O tratamento da aterosclerose pode ser realizado com o uso de medicações chamadas de estatinas, através de um “bypass” cirúrgico que contorna a artéria afetada, ou através de uma angioplastia com balão, com a possibilidade de inserir um stent para abrir o estreitamento arterial.
E isso é tudo o que vamos falar sobre as patologias clínicas das artérias do corpo, e vamos agora dar uma breve resumida em todas as estruturas que vimos hoje durante a videoaula. Então voltando às artérias do tórax, se você lembrar, começamos falando sobre a aorta ascendente que, se você se lembra, é a única parte da aorta que não emite nenhum ramo, seguido pelo arco aórtico que emite três ramos.
Nós então vimos a aorta descendente, que fornece a maior parte do suprimento de sangue para o abdomen e a pelve, e depois voltamos lá em cima e demos uma olhada no tronco braquiocefálico, que emite dois importantes ramos – um dos quais inclui a artéria subclávia, que é na verdade um par de artérias.
Seguimos com a artéria torácica interna, que é um ramo da artéria subclávia e também é um par de artérias, e então seguimos com as artérias da cabeça e do pescoço. Começamos vendo a artéria carótida comum, que emite dois ramos - a artéria carótida externa e a artéria carótida interna - e se você se lembra, a artéria carótida interna emite alguns ramos que ajudam a formar o Círculo de Willis.
Nós então seguimos para falar sobre as artérias do membro superior, que incluem a artéria axilar, que surge como uma continuação da artéria subclávia, seguida pela artéria braquial, que por sua vez é um ramo da própria artéria axilar.
Nós então vimos a artéria braquial profunda, que é um ramo da artéria braquial, e então vimos a artéria radial, que é um dos dois ramos da artéria braquial – o outro ramo sendo a artéria ulnar.
E quando terminamos estas artérias, seguimos em frente e falamos sobre as artérias do abdomen e da pelve, que incluem o tronco celíaco, que é o primeiro ramo único do abdomen e da pelve. Nós então vimos a artéria gástrica esquerda, que é o primeiro ramo que se origina do tronco celíaco.
Nós então vimos a artéria hepática comum, que não irriga diretamente o fígado. Vimos então a artéria esplênica, que supre o baço, como seu nome sugere, e então vimos a artéria gastroduodenal, que se origina da artéria hepática comum.
Vimos a artéria gastroepiploica, cujas artérias direita e esquerda criam uma anastomose ao redor da curvatura maior do estômago. Também falamos sobre a artéria mesentérica superior, que é o segundo ramo único nesta região, e também falamos sobre as duas artérias renais, que irrigam os rins.
Nós então falamos sobre as artérias gonadais, que são obviamente diferentes no homem e na mulher. Nas mulheres, correspondem às artérias ovarianas e, nos homens, às artérias testiculares. Nós então falamos sobre a artéria mesentérica inferior, que é a última artéria única desta região, e então falamos sobre a artéria ilíaca comum, que surge como uma bifurcação da aorta descendente como podemos ver, e falamos sobre a artéria ilíaca interna, que é o menor dos dois ramos que se originam da artéria ilíaca comum, e falamos sobre a artéria ilíaca externa, que é a maior destas duas artérias.
Finalmente, seguimos para as artérias do membro inferior, começando com a artéria femoral, que é uma continuação da artéria ilíaca externa. Nós então falamos sobre a artéria poplítea, que passa pela fossa poplítea. A artéria tibial anterior, se você se lembra, se origina da artéria poplítea, e a artéria tibial posterior é um outro ramo que surge da artéria poplítea e irriga a parte posterior da perna.
A artéria fibular, que também é conhecida como artéria peroneal, e irriga principalmente os músculos da região lateral da perna, enquanto a artéria dorsal do pé irriga a maior parte do pé. E, finalmente, falamos sobre a aterosclerose, que, como mencionamos, é uma condição na qual uma placa se forma dentro das artérias, o que pode levar a condições graves, tais como doença cardíaca coronariana, doença renal, e algumas vezes morte.
E é isso o que temos para hoje. Não se esqueça de visitar o site do Kenhub e verificar nossas outras videoaulas. Obrigada por assistir, e eu te vejo da próxima vez!