Videoaula: Sistema reprodutor masculino
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A anatomia masculina é sempre um assunto sensível, não só nas quadras mas também nas aulas de anatomia. Pegue seu café e fique ligado enquanto aprendemos sobre o sistema reprodutor masculino.
Na videoaula de hoje, vamos aprender tudo sobre os órgãos reprodutores masculinos, que se dividem em dois grupos – os órgãos reprodutores internos e os órgãos reprodutores externos. Nós descobriremos as funções de cada órgão e as funções do sistema reprodutor masculino como um todo. E para terminar a videoaula de hoje, também vamos dar uma olhada em algumas notas clínicas para ajudar a aplicar e consolidar nosso conhecimento. Então, sem mais delongas, vamos começar.
Antes de começarmos a nos aprofundar, vamos dar uma olhada rápida nas principais funções do sistema reprodutor masculino. De forma geral, o sistema reprodutor masculino tem múltiplas funções, incluindo produção, armazenamento e transporte de sêmen e gametas, também conhecidos como espermatozoides, além de secreção hormonal e promoção do prazer sexual.
Como eu mencionei agora há pouco, os órgãos reprodutores masculinos podem ser divididos em órgãos internos e externos. Vamos explorar cada um desses grupos individualmente, mas, primeiro, vamos dar uma espiada rápida nos órgãos que os compõem.
Começando com os órgãos internos, este grupo consiste no testículo, epidídimo, cordão espermático, ducto deferente, ducto ejaculatório e várias glândulas acessórias, incluindo as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais. Em seguida, os órgãos externos incluem o pênis e o escroto. Tudo bem, você está pronto para mergulhar de cabeça em cada um desses grupos? Excelente! Vamos começar com os órgãos reprodutores internos.
Os testículos são os principais órgãos reprodutores masculinos. Essas duas estruturas ovais estão localizadas no escroto e são responsáveis pela produção de esperma e de testosterona. Os testículos contêm lóbulos constituídos principalmente por túbulos seminíferos, separados por septos interlobulares fibrosos. Cada septo se estende do mediastino do testículo até a camada mais interna do revestimento externo dos testículos, a túnica albugínea.
Os túbulos seminíferos são tubos finos enovelados entre si e são neles que ocorre a espermatogênese. É importante observar que os testículos se localizam fora da cavidade abdominal e dentro do escroto, pois a temperatura interna normal do corpo é alta demais para que a espermatogênese ocorra normalmente.
Há uma outra rede delicada de túbulos localizada no mediastino do testículo, conhecida como rede testicular. A função da rede testicular é transportar o esperma dos túbulos seminíferos para os dúctulos eferentes, que vamos ver daqui a pouco. Ao redor dessa rede de túbulos e septos existe uma cápsula, fibrosa e resistente, conhecida como túnica albugínea. A túnica albugínea, juntamente com os septos interlobulares, forma o arcabouço de tecido conjuntivo do testículo.
Superficialmente à túnica albugínea encontramos uma camada conhecida como túnica vaginal. A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado composto por duas camadas – uma camada visceral interna e uma camada parietal externa. A camada visceral da túnica vaginal encontra-se na superfície externa dos testículos, logo acima ou superficial à túnica albugínea. Ela envolve a superfície do testículo, exceto nos pontos de fixação do epidídimo e do cordão espermático, sobre os quais aprenderemos em breve.
A camada parietal da túnica vaginal é a sua camada mais externa. É uma camada mais frouxa, e se estende superiormente, criando uma cavidade entre as camadas visceral e parietal. O fluido dentro desta cavidade da túnica vaginal permite que o testículo se mova livremente dentro do escroto. A túnica vaginal também se estende para envolver os outros órgãos reprodutores internos que vamos discutir a seguir.
Dentro do escroto, externamente aos testículos e ao redor da túnica vaginal, encontram-se três revestimentos de fáscia adicionais. Estes revestimentos são extensões da parede abdominal anterior que envolvem e seguem o cordão espermático até o escroto para encapsular os testículos. Estes revestimentos externos dos testículos, do mais profundo ao mais superficial, são a fáscia espermática interna, derivada da fáscia transversal; a fáscia cremastérica e o músculo cremáster, derivados do músculo oblíquo interno; e a fáscia espermática externa, derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo.
Inserido na superfície posterior de cada testículo, fora da túnica albugínea, e contido dentro da túnica vaginal, está o epidídimo. Este tubo firme e altamente enovelado na verdade consiste em uma série de ductos, e é o local de maturação e armazenamento dos espermatozoides. Os espermatozoides são transportados da rede testicular até o epidídimo para maturação através de dúctulos eferentes retos. O epidídimo é dividido em três partes - a cabeça, o corpo e a cauda, sendo que a cauda é contínua com a nossa próxima estrutura, o ducto deferente.
O ducto deferente, também conhecido como canal deferente, é um tubo longo com uma parede muscular espessa e um lúmen relativamente fino. Ele é uma continuação da cauda do epidídimo. A partir daqui, o esperma é transportado através do canal inguinal, dentro do cordão espermático, para a cavidade pélvica.
Vamos fazer uma breve pausa aqui para falar sobre o cordão espermático. Esta estrutura tubular suspende cada testículo no escroto. O cordão atravessa a parede abdominal, passando pelo canal inguinal em seu trajeto em direção ao testículo, e contém principalmente o ducto deferente, juntamente com os vasos e nervos associados a ele. Como mencionado anteriormente, o cordão espermático é envolvido por extensões da parede abdominal anterior que incluem a fáscia espermática interna, a fáscia cremastérica e o músculo cremáster, e a fáscia espermática externa, que também se estende sobre o escroto. Quando o ducto deferente passa pela região inguinal e entra na pelve, ele segue ao lado da bexiga e medialmente ao ureter.
A parte final do ducto deferente pode ser melhor visualizada de uma vista posterior. Nesta imagem, podemos ver a bexiga e o ducto deferente passando medialmente aos ureteres antes de se alargar para formar a ampola do ducto deferente. Logo depois ele termina se juntando ao ducto da vesícula seminal para formar o ducto ejaculatório.
Antes de continuar, você já deve ter ouvido falar de um procedimento chamado de vasectomia, que esteriliza os homens. Esse procedimento envolve cortar e remover parte do ducto deferente, amarrando as duas extremidades. Muitas vezes isso termina com o paciente deitado no sofá com um saco de ervilhas congeladas lá embaixo.
Continuando, temos a primeira das três glândulas acessórias dos órgãos reprodutores internos masculinos. As duas vesículas seminais, também conhecidas como glândulas seminais, são estruturas alongadas e orientadas obliquamente localizadas entre a bexiga e o reto. É importante ressaltar que as vesículas seminais não armazenam espermatozoides. Em vez disso, elas secretam fluido seminal, um fluido alcalino rico em frutose que se mistura com o esperma quando se encontra com ele no ducto ejaculatório. Esse fluido fornece energia aos espermatozoides, além de atuar como um revestimento para neutralizar a acidez da vagina e do muco cervical. Essas secreções das vesículas seminais constituem cerca de 70% do volume ejaculado.
Chegamos agora ao ducto ejaculatório, que é um par de estruturas formadas pela junção do ducto deferente e do ducto da vesícula seminal de cada lado. Logo após essa união, os ductos ejaculatórios perfuram e atravessam a próstata, terminando na parte prostática da uretra.
Agora vamos mudar para uma vista central, e olhando para este corte coronal vamos falar um pouco sobre a anatomia que podemos ver aqui. Temos a próstata, localizada inferiormente à bexiga, e o pênis. Podemos ver a uretra passando por essas estruturas. E quando ampliamos a imagem podemos ver claramente as aberturas em forma de fenda dos ductos ejaculatórios desembocando na parte prostática da uretra.
Voltando agora para uma vista sagital, encontramos nossa segunda glândula acessória, a próstata. Essa glândula, do tamanho de uma castanha, fica no colo da bexiga e envolve a porção proximal da uretra, como você pode ver neste corte coronal. A próstata produz e secreta um fluido leitoso que ajuda na motilidade e na ativação do esperma. Essa secreção prostática compõe os 30% restantes do volume ejaculado, enquanto, como você pode se lembrar de alguns slides atrás, o fluido secretado pelas vesículas seminais compõe cerca de 70% do volume ejaculado. Observe que os espermatozóides constituem uma porcentagem pequena do volume total do sêmen. Observando ainda mais de perto a próstata, você poderá notar a cápsula de tecido conjuntivo fibroso que envolve essa glândula e contém seus vasos sanguíneos e nervos.
Continuando com as estruturas vizinhas localizadas abaixo da próstata, encontramos o terceiro e último par de glândulas acessórias – as glândulas bulbouretrais, também conhecidas como glândulas de Cowper. Essas glândulas, do tamanho de ervilhas, secretam um fluido aquoso claro que lubrifica a uretra, preparando-a para a passagem do sêmen. Nessa vista sagital, podemos ver as glândulas bulbouretrais localizadas logo abaixo da próstata e póstero-lateralmente à parte intermediária da uretra, onde acabam drenando sua secreção.
Já que mencionamos a uretra várias vezes, vamos discutir essa estrutura mais a fundo. A uretra masculina é um tubo muscular que faz parte do sistema urinário, eliminando a urina que vem da bexiga, e também do sistema reprodutor, agindo como uma passagem para o sêmen.
A uretra masculina, que podemos ver neste corte coronal, é composta por quatro partes. A uretra pré-prostática, ou parte intramural, é a parte inicial da uretra que se inicia logo após o óstio interno da uretra. Em seguida, temos a uretra prostática, que é a porção da uretra que atravessa a próstata. Continuando, temos a uretra membranosa, ou parte intermediária, que liga a uretra prostática à uretra esponjosa. E, finalmente, a parte esponjosa, que também é conhecida como uretra peniana. Essa é a parte da uretra contida no meio do tecido erétil do corpo esponjoso do pênis, que se abre para o meio externo através do óstio externo da uretra.
Pronto! Agora que terminamos os órgãos reprodutores internos, vamos falar sobre os órgãos reprodutores externos.
Vamos começar pelo órgão copulador masculino – o pênis. As funções desse órgão são a reprodução, servindo para introduzir o esperma no sistema reprodutor feminino durante a relação sexual; o prazer sexual; e a micção, pois também conduz a urina da bexiga até o óstio externo da uretra para ser eliminada do corpo. O pênis é composto por três partes – a raiz, o corpo e a glande.
Nesta vista inferior, podemos analisar a raiz do pênis, que é formada pelo bulbo e pelos ramos do pênis. A raiz do pênis é formada pelas expansões proximais de dois tipos de tecidos eréteis – o corpo esponjoso e os dois corpos cavernosos. O bulbo do pênis é formado pelas expansões proximais do corpo esponjoso, enquanto os ramos do pênis são formados pelos dois corpos cavernosos. Aqui podemos ver essas estruturas em uma vista coronal, com o bulbo e os ramos do pênis destacados em verde. Voltando para a nossa vista inferior, o corpo do pênis compõe a maior parte do órgão e é, de modo semelhante, composto por três massas de tecido erétil – dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso.
Finalmente, a terceira parte do pênis é conhecida como glande. Essa extremidade alargada em forma de bulbo é a parte mais distal do corpo esponjoso. A glande do pênis também é revestida pelo prepúcio. A circuncisão é a remoção do prepúcio; assim, os homens circuncidados não têm o prepúcio revestindo a glande.
Finalmente chegamos ao outro órgão externo dos genitais masculinos que já mencionamos várias vezes – o escroto. Este saco enrugado é coberto externamente por uma pele fina e pigmentada. A fáscia e o músculo dartos, que são uma extensão da fáscia superficial do abdome, compõem a próxima camada, abaixo da pele. Internamente, o escroto é composto pelas mesmas camadas que compõem o cordão espermático. O escroto abriga os testículos, o epidídimo e a parte distal do cordão espermático, incluindo o ducto deferente.
Então agora que aprendemos tudo sobre o sistema reprodutor masculino, vamos nos divertir com um cenário clínico.
Talvez você já tenha ouvido falar do medicamento Viagra, ou tenha visto um comercial de TV falando de homens com dificuldade de ter ereção. De qualquer forma, a disfunção erétil é uma condição comum que afeta a maioria dos indivíduos com anatomia masculina, nem que seja de forma transitória em algum momento da vida, principalmente os mais idosos. Apesar de ser mais comum nos indivíduos mais velhos, a disfunção erétil também existe em pessoas mais jovens, mas provavelmente é subnotificada.
A disfunção erétil é definida como a incapacidade de iniciar ou manter uma ereção suficiente para uma relação sexual, seja de forma espontânea ou estimulada. Como o mecanismo de ereção é realmente muito complexo, existem várias causas possíveis para ela ocorrer. Algumas das causas mais comuns são a insuficiência arterial, que pode se manifestar como consequência de várias condições médicas diferentes; distúrbios psicogênicos; ou cirurgias anteriores, principalmente a remoção da próstata, também conhecida como prostatectomia.
Então, o que pode ser feito em relação a este problema? É recomendável consultar um médico ou urologista. O tratamento dependerá da causa, mas alguns tratamentos possíveis incluem o tratamento psicológico; o encorajamento à comunicação; o uso de medicação oral, como o sildenafil, também conhecido como Viagra; e a reposição de testosterona em indivíduos com insuficiência desse hormônio. Além disso, podem ser usados dispositivos de ereção a vácuo, auto-injeções penianas no corpo do pênis ou implantes penianos.
Você está de parabéns por aprender o sistema reprodutor masculino! Antes de passar para a próxima videoaula, vamos resumir rapidamente tudo o que aprendemos hoje.
Primeiro discutimos os órgãos internos do sistema reprodutor masculino, começando com os testículos, que são as gônadas masculinas responsáveis pela produção de esperma e testosterona. Em seguida, vimos o epidídimo, local de maturação e armazenamento dos espermatozoides. Depois falamos sobre sua continuação, o ducto deferente. Seguindo em frente, discutimos o cordão espermático, especificamente como ele contém o ducto deferente e segue pelo canal inguinal.
Já na cavidade pélvica, vimos o primeiro par de glândulas acessórias – as vesículas seminais – cujas secreções compõem a maior parte do sêmen. Em seguida, falamos sobre como o ducto deferente e os ductos das vesículas seminais se unem para formar o ducto ejaculatório, que perfura e entra na segunda glândula acessória que discutimos – a próstata. Em seguida, falamos sobre as glândulas bulbouretrais, que produzem um fluido lubrificante que faz parte do sêmen.
Terminando os órgãos internos, vimos a uretra, que é um canal pelo qual o sêmen e a urina passam. Também mencionamos suas quatro partes – a parte pré-prostática, a parte prostática, a parte membranosa e a parte esponjosa.
Continuando, exploramos os órgãos reprodutores masculinos externos, começando com o maior componente – o pênis. Vimos como o pênis pode ser dividido em raiz, que é composta pelo bulbo e pelos ramos do pênis; o corpo, que é composto pelos dois corpos cavernosos e pelo corpo esponjoso; e a glande, que é recoberta pelo prepúcio.
Por fim, vimos o escroto, que abriga os testículos, o epidídimo e a parte distal do cordão espermático. Para concluir nossa videoaula, analisamos a condição clínica conhecida como disfunção erétil. Especificamente, discutimos como essa incapacidade de obter uma ereção é causada principalmente por uma insuficiência arterial do pênis, por distúrbios psicogênicos ou pela prostatectomia .
E é isso! Vejo você da próxima vez e bons estudos!