Videoaula: Sistema esquelético
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Olá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e no tutorial de hoje vamos dar uma olhada no sistema esquelético do corpo. O esqueleto humano é um arcabouço que dá formato e sustentação para o seu corpo; ...
Leia maisOlá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e no tutorial de hoje vamos dar uma olhada no sistema esquelético do corpo. O esqueleto humano é um arcabouço que dá formato e sustentação para o seu corpo; essencialmente, ele evita que você simplesmente desabe no chão. Pense nele como as vigas de madeira que compõem a estrutura interna de uma casa.
O esqueleto humano é composto por mais de duzentos ossos individuais - duzentos e seis para ser exata - e esses ossos estão conectados uns aos outros através das articulações, dos ligamentos e dos tendões.
Antes de começarmos, deixe eu te dar visão geral rápida sobre o que vamos falar hoje. Bem, o primeiro fato importante a ser estabelecido aqui é que o esqueleto pode ser dividido em duas partes principais - o esqueleto axial, que é essencialmente a região central do esqueleto, e o esqueleto apendicular, que consiste nos ossos que se fixam a essa região central, ou os membros.
Bom, o esqueleto axial consiste no crânio, que pode se dividir nos ossos do neurocrânio e nos ossos do viscerocrânio. Consiste também no tronco, que inclui a coluna ou espinha vertebral, a caixa torácica e o esterno, também conhecido como osso peitoral. O esqueleto apendicular, por outro lado, consiste na cintura escapular, nos ossos do membro superior, na cintura pélvica, e nos ossos do membro inferior.
Não se preocupe, nós não vamos falar sobre cada um dos ossos do corpo, porque ficaríamos aqui o dia todo, mas vamos abordar alguns pontos importantes sobre os principais ossos de cada região. Então vamos começar com o esqueleto axial e o crânio, mais especificamente com alguns dos ossos do neurocrânio.
Você pode estar se perguntando o que afinal significa neurocrânio, mas basicamente o termo se refere à porção do crânio que abriga e protege o cérebro. Vamos ver três ossos do neurocrânio, incluindo o osso frontal e, se virarmos nosso esqueleto para vê-lo por trás, podemos ver dois outros ossos - o par de ossos parietais e o osso occipital.
Vale a pena observar que o osso temporal, o osso esfenoide e o osso etmoidal também fazem parte do neurocrânio, mas eles não serão discutidos nesse tutorial. Então, vamos virar nosso esqueleto de volta para podermos ver o primeiro osso do neurocrânio sobre o qual vamos falar hoje, que é o osso frontal, e vamos dar um zoom aqui para podermos ver esse osso um pouco melhor.
Como você pode ver, o osso frontal está localizado anteriormente, e ele abrange a região da testa. Seguindo posteriormente, temos os ossos parietais, que se articulam com o osso frontal e que também são ossos do neurocrânio. Esse par de ossos estão situados no topo e nas laterais da cabeça, e se dermos um pequeno zoom aqui podemos ver que eles estão conectados um ao outro na linha média no topo do crânio através da sutura sagital, que é um exemplo de uma articulação fibrosa.
Finalmente, temos o osso occipital, que está destacado em verde na nossa imagem à direita. Novamente, vamos dar um zoom para vermos melhor. O osso occipital é o osso do neurocrânio que se localiza mais posteriormente, e além de proteger o cérebro, ele também fornece locais de inserção para vários músculos da cabeça e do pescoço.
Agora que vimos alguns dos ossos do neurocrânio, vamos seguir em frente para os ossos do viscerocrânio. Novamente, o viscerocrânio é uma palavra meio complicada, mas ela se refere simplesmente aos ossos que formam a face. Vamos ver dois ossos do viscerocrânio - a maxila, ou arcada dentária superior e a mandíbula, ou arcada dentária inferior.
Novamente, esses não são os únicos ossos que compõem a face. Existem vários outros, e se você quiser saber um pouco mais sobre os ossos do viscerocrânio, nosso tutorial sobre os ossos da cabeça e do pescoço está disponível no site. Então aqui vemos a maxila, que é um osso vital da face. Esse osso, que também é conhecido como arcada dentária superior, contribui para a formação da órbita, do nariz e do palato.
Vamos dar um zoom para podermos ver melhor. Se virarmos nosso crânio para vê-la de baixo, podemos ver que ela também abriga os dentes superiores, e logo desempenha um papel importante na mastigação e na comunicação. A mandíbula é o outro osso que compõe a arcada dentária. Também é conhecida como arcada dentária inferior, e é o único osso do crânio que não se articula com outros ossos do crânio através das suturas.
Se mudarmos nossa perspectiva para ver o crânio da lateral e dermos um pequeno zoom, podemos ver que ela na verdade se articula com o osso temporal através da articulação temporomandibular ou ATM, que eu circulei para você na sua tela. A mandíbula abriga os dentes inferiores, e assim como a maxila, também desempenha um papel importante na mastigação e na comunicação.
Agora que vimos alguns dos ossos do crânio, vamos seguir em frente para ver os ossos do tronco, começando com a coluna vertebral. A coluna vertebral, ou espinha, é composta por trinta e três ossos vertebrais conhecidos como vértebras, que estão conectadas umas às outras através de várias articulações. Ela pode ser subdividida nas vértebras cervicais, nas vértebras torácicas, nas vértebras lombares, no sacro e no cóccix.
A maioria das vértebras têm uma estrutura básica similar, que vou repassar com você agora usando uma imagem de uma vista superior de uma vértebra lombar. Bem, a primeira região que podemos ver destacada é o corpo da vértebra. A vértebra típica também apresenta dois pedículos, duas lâminas, um processo espinhoso, dois processos transversos e quatro processos articulares.
Saiba que aqui só conseguimos ver dois processos articulares, pois os outros dois estão localizados na superfície inferior da vértebra lombar. As duas vértebras que não apresentam essa estrutura básica são o atlas e o áxis. O atlas é a primeira vértebra cervical, C1, e é a única vértebra que se articula com o crânio, sustentando a cabeça muito como o titã Atlas, que foi forçado por Zeus a sustentar a Terra.
Vamos isolar esse osso e dar um pequeno zoom aqui para vermos esta estrutura com mais clareza. Olhando a vista superior, você agora deve ver que o atlas é único em relação às outras vértebras, pois ele não tem um corpo ou um processo espinhoso.
O atlas se equilibra no e se articula com o áxis, que é a segunda vértebra cervical, C2. Novamente, vamos isolar esse osso e dar um zoom para podermos vê-lo melhor. O áxis é único porque ele tem um processo odontoide, também conhecido como dente, e é essa parte que se articula com o atlas.
Até agora nós focamos nas vértebras individuais, mas nós também temos algumas vértebras que são fundidas. O sacro é, na verdade, composto por cinco vértebras sacrais fundidas, e como você pode ver, ele está localizado na base da coluna. Se dermos um zoom aqui, podemos ver que esse osso de formato irregular forma um elo entre a coluna e os ossos pélvicos através das articulações sacroilíacas, que eu rotulei para você na nossa imagem.
Na extremidade distal do sacro está o cóccix. Se dermos um pequeno zoom aqui, podemos ver que o cóccix é composto por três a quatro vértebras coccígeas fundidas. É a última parte da coluna vertebral e está conectada ao sacro através da articulação sacrococcígea. Continuando com os ossos do tronco, a seguir vamos ver os ossos da caixa torácica.
Bem, existem doze costelas que compõem a caixa torácica. Vamos dar um zoom aqui para podermos vê-las melhor, mas mantenha em mente que nesse zoom estamos vendo as costelas de uma perspectiva posterior, enquanto o nosso esqueleto as mostrava de uma perspectiva anterior. Apesar de todas as doze costelas se articularem com a coluna vertebral, apenas sete delas se articulam diretamente com o esterno, e podemos ver essas costelas destacadas em verde na nossa imagem à direita.
Essas sete primeiras costelas são conhecidas como costelas verdadeiras porque elas se ligam ao esterno diretamente através de suas cartilagens costais próprias. A oitava à décima costelas, por sua vez, são conhecidas como falsas costelas porque elas se articulam com o esterno indiretamente através da cartilagem da sétima costela. As últimas duas costelas são conhecidas como costelas flutuantes, pois suas cartilagens costais tendem a terminar dentro da musculatura abdominal.
A última estrutura do tronco que vamos ver hoje é o esterno, ou osso peitoral. Bem, o esterno é composto por três partes – o manúbrio do esterno, o corpo do esterno e o processo xifoide. Vamos explorar o esterno na direção superior para inferior, começando com o manúbrio do esterno.
O manúbrio é um osso de formato quadrangular, e se dermos um zoom, podemos ver que ele se articula com a clavícula, a primeira costela, o corpo do esterno e a segunda costela. O corpo do esterno ou corpo esternal é um osso plano com uma superfície anterior convexa e uma superfície posterior côncava.
Vamos dar uma olhada mais de perto. Bem, o corpo do esterno é facilmente palpável e forma articulações com o manúbrio, a segunda à sétima costelas e o processo xifoide. E, por último, temos o processo xifoide do esterno, que é uma pequena projeção óssea como você pode ver na nossa imagem da direita. Se dermos um pequeno zoom, podemos ver que o processo xifoide tem demi-facetas para parte das cartilagens da sétima costela. Ele também se articula com o corpo do esterno.
Agora que vimos os componentes do esqueleto axial, o crânio e o tronco, vamos seguir em frente para o esqueleto apendicular, começando com a cintura escapular. A cintura escapular é composta por dois ossos – a clavícula e a escápula. Vamos lá ver esses ossos com um pouco mais de detalhes.
Bem, como eu acabei de falar, a clavícula é um dos ossos da cintura escapular. Esse osso longo se articula com o acrômio da escápula formando a articulação acromioclavicular, que você pode ver agora destacado em verde.
A articulação acromioclavicular também é conhecida simplesmente como articulação AC. Agora vamos ver a escápula. Esse é um osso espesso e triangular - também conhecido como omoplata - e está localizado posteriormente à caixa torácica.
Vamos falar sobre algumas características chave da escápula, começando com o acrômio. Se mudarmos nossa perspectiva para uma vista posterior da escápula e dermos um pequeno zoom, podemos ver como o acrômio da escápula se articula com a clavícula para formar a articulação acromioclavicular. Outra característica da escápula que vamos ver é o processo coracoide.
Vamos ver como é essa estrutura na nossa visão anterior do esqueleto. Você pode ver que é uma projeção óssea em formato de gancho e que está situada superiormente à cavidade glenoide. A cabeça do úmero se articula com a cavidade glenoide para formar a articulação do ombro.
Para ver a última característica da escápula sobre a qual vamos falar, precisamos virar nosso esqueleto. A espinha da escápula é uma crista óssea protuberante na superfície posterior da escápula que é facilmente palpável e separa a fossa supraespinhal da fossa infraespinhal.
Agora que concluímos a cintura escapular, vamos seguir em frente para ver os ossos do membro superior. Nesta parte do tutorial, vamos dividir os ossos do membro superior em ossos do braço, ossos do antebraço, e ossos da mão. Felizmente para nós, só há um osso no braço, e este é o úmero. O úmero é um bom exemplo de um osso longo. Na extremidade proximal do úmero está a cabeça do úmero.
Se dermos um zoom aqui, podemos ver que a cabeça do úmero se articula com a escápula formando a estrutura que podemos ver destacada em verde agora, que é a articulação do ombro. Essa articulação também é conhecida como articulação glenoumeral, pois a cabeça do úmero se encaixa na cavidade glenoide da escápula. Agora de volta para o nosso esqueleto lindo aqui.
Na face lateral do úmero há uma proeminência óssea conhecida como tubérculo maior, que pode ser visto na nossa imagem em verde, e localizado na face anterior do úmero há uma outra proeminência óssea conhecida como tubérculo menor. Entre cada tubérculo há um sulco profundo chamado de sulco intertubercular, que constitui um canal para várias estruturas.
Na extremidade distal, o úmero se articula com o rádio e a ulna do antebraço, formando a articulação do cotovelo, vista aqui dentro do círculo azul na sua tela. A seguir, vamos ver os ossos do antebraço. Como você sabe, o antebraço é a parte do membro superior entre o cotovelo e o punho. Possui dois ossos longos que são o rádio e a ulna.
O rádio está situado lateralmente e é o mais curto dos dois ossos do antebraço. Na sua extremidade proximal está a cabeça do rádio, que forma uma articulação com o capítulo do úmero como parte da articulação composta do cotovelo. Na extremidade distal do rádio está uma projeção óssea descendente conhecida como processo estiloide.
Vamos ver algumas outras articulações que o rádio forma com ossos vizinhos. A cabeça do rádio se articula não só com o úmero, mas também com a ulna para formar a articulação radioulnar proximal que, como o nome sugere, se localiza proximalmente. Distalmente, o rádio se articula com a ulna novamente para formar a articulação radioulnar distal. Adicionalmente, o rádio também se articula com os ossos do carpo da mão, mais especificamente com os ossos escafoide e semilunar, para formar a articulação radiocarpal.
O outro osso longo do antebraço é a ulna. Ela tem uma protrusão óssea em sua superfície posterior proximal que podemos ver se virarmos nosso esqueleto. Essa protrusão é conhecida como olécrano e pode ser facilmente palpada no cotovelo. Assim como o rádio, a ulna também se articula com os ossos do punho distalmente, além de possuir uma projeção óssea em sua superfície posterior distal que é conhecida como processo estiloide da ulna.
Bem, vamos agora seguir em frente para os ossos da mão. A mão é composta por vários ossos – os ossos do punho, os metacarpais e, claro, os ossos dos seus dedos, também conhecidos como falanges. Vamos começar com o punho. Se dermos uma olhada mais de perto no punho, podemos ver que ele é composto pelos ossos do carpo, ou ossos carpais. Estes incluem o escafoide, o semilunar, o piramidal, o pisiforme, o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato.
Alguns dos ossos do punho formam articulações com os ossos metacarpais. Os ossos metacarpais constituem a próxima fileira de ossos na mão, depois dos ossos do carpo. Vamos vê-los um pouco melhor. Existem cinco ossos metacarpais que possuem uma base proximal, uma diáfise e uma cabeça distal. A cabeça distal de cada osso metacarpal forma uma articulação com as falanges da mão, constituindo as articulações metacarpofalângicas, como você pode ver aqui dentro do círculo azul na sua tela.
Por fim, vamos ver as falanges da mão. As falanges da mão, como acabamos de ver, estão conectadas aos ossos do metacarpo através das articulações metacarpofalângicas. Quatro das cinco falanges da mão, que são os ossos dos dedos indicador, médio, anelar e mínimo, têm uma falange proximal, uma falange média e uma falange distal.
O polegar, no entanto, tem somente duas falanges – a falange proximal e a falange distal. As falanges estão conectadas umas às outras através de articulações em dobradiça conhecidas como articulações interfalângicas.
Até agora vimos os ossos do crânio, do tronco, da cintura escapular e do membro superior. Vamos agora seguir inferiormente no corpo para explorar a cintura pélvica. A cintura pélvica é formada pelos ossos pélvicos, também conhecidos como ossos do quadril. Três ossos fundidos entre si compõem cada osso do quadril, são eles o íleo, o ísquio, e o púbis. Então, o primeiro componente do osso do quadril que vamos ver hoje é o íleo.
O íleo tem várias características dignas de nota, incluindo a crista ilíaca e a espinha ilíaca ântero-superior. O ísquio, como já vimos, é um dos três ossos que compõem o osso do quadril. Na superfície inferior do ísquio há uma tuberosidade óssea conhecida como tuberosidade do ísquio. O último osso que compõe o osso do quadril é o púbis, ou osso púbico. Os dois ossos púbicos estão unidos através de uma articulação cartilaginosa chamada de sínfise púbica, que pode ser vista aqui na imagem da direita.
De cada lado da sínfise púbica há um tubérculo conhecido como tubérculo púbico. Antes de seguirmos para os ossos do membro inferior, vamos primeiro dar uma olhada na articulação que conecta a pelve ao membro inferior, e esta é a articulação do quadril. Esta articulação também é conhecida como articulação acetabulofemoral. A articulação do quadril é uma articulação tipo bola-e-soquete formada entre o acetábulo do osso do quadril e a cabeça do fêmur, e é por isso que nós a chamamos de articulação acetabulofemoral.
O último grupo de ossos que vamos ver hoje são os ossos dos membros inferiores. Então como eu disse, nesta parte do tutorial vamos focar nos ossos dos membros inferiores, especificamente nos ossos da coxa, nos ossos da perna e nos ossos do pé.
Assim como o braço, a coxa só tem um osso, que é o fêmur. O fêmur é o osso mais longo do corpo humano e podemos vê-lo destacado em verde na nossa imagem da direita. Se dermos um zoom na região proximal do nosso fêmur aqui, podemos ver algumas características principais, como a cabeça do fêmur por exemplo.
A cabeça do fêmur, sobre a qual falamos brevemente quando vimos a cintura pélvica, se articula com o acetábulo do osso do quadril. A seguir, podemos ver o colo do fêmur, que sustenta a cabeça do fêmur. Na face lateral do fêmur, abaixo do colo do fêmur, há uma proeminência palpável conhecida como trocânter maior, que pode ser vista aqui.
Ela está conectada a uma outra eminência na face posterior do fêmur que é conhecida como trocânter menor através de uma linha de direção oblíqua chamada de crista intertrocantérica. Estou apontando para esta crista com a seta azul na sua tela. Seguindo mais para baixo, podemos ver uma crista distinta que segue ao longo da face posterior do fêmur.
Esta crista é chamada de linha áspera do fêmur, e é um importante local de inserção muscular. Agora vamos ver algumas características do fêmur distal. Primeiro temos o epicôndilo lateral, seguido pelo epicôndilo medial. Esses epicôndilos funcionam como ponto de inserção para músculos, ligamentos e tecidos.
Abaixo desses epicôndilos, temos o côndilo lateral, seguido pelo côndilo medial. Esses côndilos então se articulam com a tíbia da perna para formar a articulação do joelho. Na superfície anterior da articulação do joelho há um osso de formato irregular chamado de patela. Pode ser que você conheça esse osso com o nome de rótula.
A perna, que é a região entre a patela e o pé, tem dois ossos longos - a tíbia medialmente e a fíbula lateralmente. Vamos ver primeiro a tíbia. A tíbia é mais larga que a fíbula, e como vimos, ela se articula com o fêmur. A tíbia é mais comumente chamada de osso da canela. Na extremidade proximal da tíbia estão os côndilos tibiais. O côndilo lateral da tíbia está situado lateralmente, enquanto o côndilo medial está situado, claro, medialmente. Esses dois côndilos sustentam o peso do fêmur, e acima deles há uma superfície articular plana conhecida como platô tibial, que se articula com as superfícies condilares do fêmur que vimos mais cedo.
Na superfície anterior da tíbia, na sua extremidade proximal, há uma proeminência óssea palpável conhecida como tuberosidade da tíbia, e na extremidade medial distal da tíbia há uma proeminência óssea conhecida como maléolo medial. Essa proeminência óssea também é mais comumente conhecida como tornozelo interno. A fíbula é o osso mais delgado e mais lateral dos dois ossos da perna. Em sua extremidade proximal está a cabeça da fíbula. Ela tem um formato irregular e se articula com a tíbia na superfície inferolateral do côndilo tibial na articulação tibiofibular.
Na extremidade distal da fíbula há uma proeminência óssea chamada de maléolo lateral. Você pode conhecer essa proeminência óssea simplesmente como tornozelo externo. Finalmente, vamos dar uma olhada nos ossos do pé. Os ossos do pé podem ser divididos em ossos do tarso, ou tarsais, e ossos do metatarso e, claro, os ossos dos dedos ou falanges.
Os ossos do tarso são compostos por sete ossos sobre os quais vamos falar agora com um pouco mais de detalhes. O primeiro osso do tarso que vamos ver é o tálus, que forma um elo entre o pé e a perna através da articulação do tornozelo. Também é conhecido como osso do tornozelo e desempenha um papel importante na estabilidade do tornozelo. O segundo osso do tarso sobre o qual vamos falar é o calcâneo, que também é conhecido como osso do calcanhar.
Eu acho que você vai concordar comigo que é um pouco difícil ver desse ponto de vista, então vamos vê-lo de seu aspecto lateral e dar um zoom aqui. Então agora podemos ver que o calcâneo localiza-se logo abaixo do tálus, que é o maior dos ossos do tarso, e que ele se projeta posteriormente para formar o calcanhar do pé. O osso navicular também é um osso do tarso e está situado no dorso do pé. Se olharmos o navicular de lado e dermos um zoom, podemos ver como esse osso se relaciona com os outros tarsais do pé.
Ele se articula com o tálus proximalmente, com o osso cuboide lateralmente, e com os três ossos cuneiformes distalmente; entretanto, podemos ver apenas dois deles nesta imagem. Vamos seguir em frente para falar sobre esses ossos. Há três ossos cuneiformes que estão situados no lado medial do pé - o cuneiforme medial, o cuneiforme intermédio e o cuneiforme lateral.
Além de se articularem com o osso navicular proximalmente, os ossos cuneiformes também se articulam com o cuboide lateralmente e com as superfícies proximais do primeiro ao terceiro metatarsais distalmente. O último osso do tarso é o osso cuboide.
Se olharmos esse osso de lado e dermos um zoom, podemos ver que ele se articula com o calcâneo posteriormente, com o cuneiforme lateral medialmente, e com o quarto e quinto metatarsais anterolateralmente. Vamos seguir distalmente para vermos os metatarsais. Existem cinco metatarsais do pé que conectam o tornozelo aos dedos, e eles são nomeados de um a cinco de medial para lateral quando você os vê na superfície dorsal do pé, como estamos vendo agora.
Os ossos do metatarso estão conectados às falanges do pé através das articulações metatarsofalângicas. Os últimos ossos do membro inferior que vamos ver são as falanges do pé. Esses longos ossos do pé estão situados distalmente aos metatarsais, e compõem os ossos dos dedos. Cada dedo é composto por três falanges, com a exceção do hálux, que é composto por apenas duas falanges, e podemos ver isso melhor se dermos um zoom na nossa imagem.
O segundo ao quinto dedos são compostos por uma falange proximal, uma falange média e uma falange distal. As falanges estão conectadas umas às outras através de articulações conhecidas como articulações interfalângicas.
Observe que o segundo ao quinto dedos formam cada um duas articulações interfalângicas. O hálux, por sua vez, não tem três falanges. O hálux é composto somente por uma falange proximal e uma falange distal. Isso significa que, enquanto os outros dedos formam cada um duas articulações interfalângicas, o hálux forma somente uma articulação interfalângica. Você vai ficar aliviado de saber que estamos chegando ao final do nosso tutorial, mas antes que eu deixe você ir, vamos discutir algumas notas clínicas relevantes ao sistema esquelético.
Como qualquer outro tecido no corpo, os ossos também podem ser afetados por doenças. O osso pode, por exemplo, se tornar cancerígeno. Existem vários tipos de câncer ósseo, mas vamos focar hoje em dois tipos - o osteossarcoma e o condrossarcoma. Osteossarcoma é o tipo mais comum de câncer ósseo, e ele surge das células ósseas. Este câncer afeta principalmente indivíduos abaixo de vinte anos de idade.
O condrossarcoma, por sua vez, surge das células cartilaginosas e afeta principalmente indivíduos acima de quarenta anos. Doenças ósseas também podem surgir como resultado de desnutrição. O raquitismo é uma condição que afeta o desenvolvimento ósseo em crianças. Pode ser causado, por exemplo, por deficiência de vitamina D, o que faz com que os ossos fiquem amolecidos e fracos. Isso pode causar deformidades, como podemos ver aqui neste raio-X, que mostra um arqueamento das pernas característico que pode surgir em indivíduos com raquitismo.
Então, agora terminamos por hoje. Vamos resumir o que vimos hoje ao longo deste tutorial. Então, a primeira coisa que aprendemos hoje é que o esqueleto pode ser dividido em duas partes principais - o esqueleto axial e o esqueleto apendicular. Nós vimos então que o esqueleto axial consiste no crânio, que pode ser adicionalmente dividido nos ossos do neurocrânio e nos ossos do viscerocrânio.
O esqueleto axial também consiste no tronco, que inclui a coluna vertebral ou espinha, na caixa torácica, e no osso peitoral ou esterno. A seguir, vimos o esqueleto apendicular, que consiste na cintura escapular, nos ossos do membro superior, na cintura pélvica e nos ossos do membro inferior. Vimos os principais ossos que compõem cada região, e também discutimos algumas características importantes desses ossos.
Então isso nos leva ao final do nosso tutorial sobre o sistema esquelético. Espero que tenha gostado e obrigada por assistir.