Videoaula: Pâncreas in situ
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Oi pessoal! Sejam muito bem-vindos a esta videoaula de anatomia sobre o pâncreas in situ, ou seja, o pâncreas visto em seu local anatômico habitual. Então hoje nós vamos explorar esta imagem que está ...
Leia maisOi pessoal! Sejam muito bem-vindos a esta videoaula de anatomia sobre o pâncreas in situ, ou seja, o pâncreas visto em seu local anatômico habitual. Então hoje nós vamos explorar esta imagem que está na sua tela, que mostra uma vista anterior do abdome. Nós tiramos vários músculos, órgãos e vasos para podermos visualizar o pâncreas e algumas das principais estruturas que ficam próximas a ele. Nós vamos descrever essas estruturas e falar um pouco sobre elas.
Como você provavelmente já sabe, o pâncreas, destacado agora em verde, é um órgão acessório do trato gastrointestinal e faz parte do sistema endócrino. Ele é um órgão único, pois funciona como duas glândulas - uma glândula exócrina do sistema digestório e uma glândula endócrina, produtora de hormônios. Esse órgão possui aproximadamente 15 centímetros de comprimento e é retroperitoneal, exceto por uma pequena parte da sua cauda. Ele se localiza posteriormente ao estômago, que nós removemos aqui nesta imagem, junto à uma estrutura que chamamos de alça duodenal, e parcialmente atrás da bolsa omental, que você não pode ver aqui nesta imagem, pois nós removemos nesta ilustração.
Bem, como eu mencionei, o pâncreas é tanto uma glândula endócrina quanto uma glândula exócrina, e pode ser dividido anatomicamente em: cabeça, colo, corpo e cauda, como nós vamos ver mais adiante nesta videoaula.
Mas antes de falarmos sobre isso, vamos primeiro conhecer as funções do pâncreas. Como eu disse, o pâncreas é, ao mesmo tempo, uma glândula exócrina e uma glândula endócrina. Como uma glândula exócrina, o pâncreas secreta enzimas no duodeno para quebrar proteínas, lipídeos, carboidratos e ácidos nucleicos durante a digestão. E como uma glândula endócrina, o pâncreas secreta hormônios na corrente sanguínea, como a insulina e o glucagon, que controlam os níveis de glicose no sangue.
Antes de continuarmos, eu gostaria de trazer uma breve visão geral da histologia do pâncreas. A parte exócrina, que forma cerca de 80% desse órgão, é composta por ácinos serosos densamente organizados, e secreta um fluido alcalino rico em enzimas, que chega ao duodeno através do ducto pancreático. A parte endócrina forma cerca de 20% desse órgão, e é formada por pequenos grupos ou ilhas de células endócrinas chamadas de ilhotas de Langerhans. Essas ilhotas são constituídas por quatro tipos celulares que liberam vários hormônios na circulação. Primeiro temos as células alfa, que produzem um hormônio muito importante chamado de glucagon, que aumenta a concentração de glicose na corrente sanguínea. Cerca de 20% das ilhotas de Langerhans são formadas por células alfa.
Existem também as células beta, que produzem e armazenam os hormônios insulina e amilina. A insulina reduz a concentração de glicose na corrente sanguínea, e a amilina, que também é secretada pelas células beta, é um hormônio que atua promovendo a sensação de saciedade, além de inibir a secreção de glucagon. As células beta formam de 65 a 80% das ilhotas de Langerhans. Existem também as células delta, que produzem somatostatina e constituem 10% das ilhotas de Langerhans. Finalmente, as células gama formam até 5% das ilhotas de Langerhans e produzem polipeptídeo pancreático. Por isso, essas células também são chamadas de células PP por alguns autores.
Antes de continuarmos destacando as diferentes estruturas, eu queria falar rapidamente sobre um aspecto clínico relacionado ao pâncreas. A inflamação do tecido pancreático vai levar a uma condição chamada de pancreatite. Essa é uma doença grave, que pode causar um sério dano a todo o parênquima pancreático e levar até mesmo à morte. Outras doenças pancreáticas incluem o câncer de pâncreas, diabetes mellitus tipo 1 (uma doença crônica autoimune) e diabetes mellitus tipo 2, uma doença que cursa com resistência à insulina e redução da sua secreção, e que pode se desenvolver devido a fatores ambientais e genéticos.
Agora vamos começar a destacar algumas estruturas que ficam próximas ao pâncreas. Vamos começar com essa grande estrutura que você pode ver aqui. Retiramos muitas estruturas abdominais e fizemos vários cortes para mostrar melhor o peritônio parietal. O peritônio parietal é uma membrana serosa, vista aqui destacada em verde, que forma o revestimento da cavidade abdominal. E como você pode ver nessa ilustração, o peritônio parietal recobre o pâncreas. Por isso, o pâncreas é classificado como um órgão retroperitoneal - ou seja, que está atrás do peritônio. O peritônio também recobre outras vísceras ou órgãos retroperitoneais e fornece sustentação para esses órgãos.
Agora vamos falar um pouco sobre as diferentes partes do pâncreas. Como você deve se lembrar, no início desta videoaula eu disse que o pâncreas é dividido em quatro partes, e a primeira delas é essa aqui que está destacada na imagem: a cabeça do pâncreas. Ela se localiza junto da curvatura da alça duodenal - que é essa alça do duodeno, que você pode ver na imagem.
Uma outra parte do pâncreas que também podemos ver aqui - agora em uma imagem ampliada - é o processo uncinado do pâncreas. Esse processo semelhante a um gancho é encontrado na extremidade inferior do pâncreas, e passa posteriormente à artéria e à veia mesentéricas superiores.
A próxima parte do pâncreas que você vê agora em destaque é o corpo do pâncreas. O corpo constitui a maior parte desse órgão, e se localiza entre o colo e a cauda do pâncreas, à frente da coluna vertebral. Além disso, o corpo possui uma superfície anterior, uma posterior e uma inferior.
A última parte do pâncreas que nós podemos ver destacada agora é conhecida como cauda do pâncreas. A cauda do pâncreas se localiza na parte superior esquerda do órgão e fica em contato com o baço, que nós removemos da imagem, mas que ficaria aproximadamente aqui. Mais especificamente, a cauda do pâncreas pode ser encontrada perto do hilo do baço, que fica nesta região circulada em azul, passando entre as camadas do ligamento esplenorrenal.
E antes de terminarmos de falar sobre o pâncreas para passar para as estruturas ao seu redor, vamos dar uma olhada em uma outra parte importante. Aqui temos uma imagem ampliada do duodeno, na qual podemos ver o pâncreas e essa estrutura destacada em verde, que é o ducto pancreático. As células exócrinas do pâncreas liberam as suas enzimas em uma série de tubos progressivamente maiores chamados de ductos, que eventualmente se juntam e formam o ducto pancreático principal, que é justamente a estrutura destacada em verde sobre a qual estamos falando. É importante observar aqui que a maior parte das pessoas têm somente um ducto pancreático, mas algumas pessoas podem ter um ducto adicional, que você pode ver agora destacado em verde, conhecido como ducto pancreático acessório ou ducto de Santorini. O ducto pancreático principal se une ao ducto colédoco e juntos eles formam a ampola hepatoduodenal, ou ampola de Vater, que se abre na porção descendente ou segunda parte do duodeno, mais especificamente na papila duodenal maior, como você pode ver na ilustração, liberando tanto a bile como as enzimas pancreáticas, no duodeno. Quando existe um ducto pancreático acessório, esse ducto se abre no duodeno através da papila duodenal menor, como você pode ver aqui em verde, que também está localizada na porção descendente do duodeno.
Agora vamos falar sobre as diferentes estruturas adjacentes ao pâncreas. Vamos começar com essa estrutura aqui destacada em verde, que é a raiz do mesocólon transverso. O mesocólon transverso é uma reflexão peritoneal que conecta as vísceras à parte posterior da parede abdominal. E como nós podemos ver nesta ilustração, na qual podemos ver em destaque a raiz do mesocólon transverso, ele se origina na parede abdominal posterior e se estende até a superfície anterior da cabeça, do corpo e parte da cauda do pâncreas, e depois envolve o cólon transverso, conectando-o à parede abdominal posterior.
Agora, nesta outra imagem, podemos ver o nosso próximo destaque: a raiz do mesentério, outra importante prega peritoneal. O mesentério fornece ancoragem para as partes intraperitoneais do intestino delgado. Sua raiz se estende da parede posterior da cavidade abdominal, na flexura duodenojejunal, até a fossa ilíaca direita.
A próxima estrutura que nós podemos ver destacada em verde é o ligamento hepatoduodenal. O ligamento é essa estrutura aqui, então não confunda com esta outra estrutura verde adjacente, que é a vesícula biliar. O ligamento hepatoduodenal é uma outra prega ou dobra peritoneal importante. Ele faz parte do omento menor, e é encontrado entre a parte superior do duodeno e a veia porta hepática. Dentro desse ligamento encontramos a tríade portal, que é formada pela artéria hepática própria, pela veia porta hepática e pelo ducto colédoco. Nós também podemos ver aqui, ainda de uma vista anterior, o ligamento hepatoduodenal em uma secção transversa, e no seu interior vemos as estruturas da tríade portal que acabamos de mencionar.
Agora vamos dar uma olhada nos órgãos adjacentes ao pâncreas. Vamos começar com essa estrutura aqui, que é a parte superior do duodeno. Bem, o duodeno é uma parte do intestino delgado que circunda o pâncreas, aproximadamente ao nível da primeira vértebra lombar. Então podemos ver aqui a parte superior do duodeno que, como você pode ver na nossa ilustração, é proximal à cabeça do pâncreas e está localizada anteriormente a ela.
Nós também podemos ver aqui uma outra parte do duodeno, conhecida como parte descendente. Começando logo após a flexura duodenal superior, a parte descendente do duodeno se estende até a flexura duodenal inferior. Essa parte do duodeno também se localiza anteriormente ao pâncreas e, como nós vimos antes, ela contém as papilas duodenais maior e menor.
A próxima parte do duodeno que podemos ver agora destacada é conhecida como parte horizontal, que é a terceira parte do órgão, localizada imediatamente após a parte descendente. Ela começa logo após a flexura duodenal inferior e cursa transversalmente até o lado esquerdo, abaixo da cabeça do pâncreas e em frente à veia cava inferior, à aorta abdominal e à coluna vertebral lombar.
A próxima parte do duodeno que nós vamos destacar é conhecida como parte ascendente do duodeno. Ela é a quarta e última parte do duodeno e também pode ser encontrada anteriormente à cabeça do pâncreas, aproximadamente ao nível de L2. Ela se inicia logo após a parte horizontal do duodeno e se estende superiormente até a flexura duodenojejunal.
Bem, agora, se adicionarmos aqui algumas outras estruturas, poderemos ver o jejuno. O jejuno é a continuação do duodeno e a parte média do intestino delgado, que começa após a flexura duodenojejunal e se estende até o íleo. Nessa ilustração nós só conseguimos ver a primeira parte do jejuno, que é proximal e anterior ao pâncreas.
Em íntima relação com o pâncreas nós vemos esses órgãos aqui: os rins. Mais especificamente, na imagem da esquerda nós vemos o rim esquerdo e, na imagem da direita nós vemos o rim direito, ambos destacados em verde. Os rins são órgãos retroperitoneais. O rim esquerdo se localiza posteriormente à cauda do pâncreas e ao baço, enquanto o rim direito é parcialmente coberto pelo fígado, que foi removido da imagem para que a gente pudesse ver um pouco melhor esse órgão.
As próximas estruturas que nós vamos destacar aqui são conhecidas como glândulas adrenais. Você pode ver as duas glândulas adrenais destacadas em verde, acima de ambos os rins. A adrenal esquerda, que você pode ver na imagem da esquerda, está em íntima relação com a cauda do pâncreas, enquanto a adrenal direita, destacada na imagem da direita, está mais próxima do corpo do pâncreas.
Agora estamos vendo parte de uma outra estrutura destacada em verde - o diafragma. Nessa ilustração, o fígado foi removido para revelar esta parte destacada do diafragma, que é conhecida como superfície hepática do diafragma, já que está em contato direto com a superfície superior do fígado.
Vamos seguir então para essa outra estrutura aqui, que é o recesso esplênico. O recesso esplênico é simplesmente um recesso da bolsa omental situado abaixo do lado esquerdo do diafragma. Como o nome sugere, o baço é encontrado nesse recesso. Na nossa ilustração o baço foi removido para permitir uma melhor visualização dessa extensão da bolsa omental.
Agora, podemos ver destacada em verde uma outra estrutura muito importante, que foi cortada transversalmente - esse é o esôfago. O esôfago é um tubo fibromuscular que se estende da faringe até o estômago, passando pelo hiato esofágico para entrar na cavidade abdominal.
Muito bem! Agora que falamos sobre todos os órgãos adjacentes ao pâncreas, vamos falar um pouco sobre os diferentes vasos sanguíneos que encontramos nesta região.
O primeiro vaso sanguíneo que vamos ver é a artéria gástrica esquerda, essa estrutura destacada em verde. A artéria gástrica esquerda se origina do tronco celíaco, que está sendo apontado aqui pela seta. Ela então segue pela prega gastropancreática esquerda, na região da cárdia do estômago, e continua para irrigar a curvatura menor do estômago. Nessa segunda imagem podemos ver a artéria gástrica esquerda destacada em verde, mas agora com o estômago também representado na imagem para mostrar a distribuição da artéria ao longo desse órgão. Essa artéria também dá origem a ramos que irrigam a porção inferior do esôfago, como você pode ver aqui na terceira imagem.
A próxima artéria que vamos destacar é conhecida como artéria esplênica, um outro importante ramo do tronco celíaco. Mais especificamente, podemos ver agora que a artéria esplênica é o terceiro ramo desse tronco. Ela segue pelo ligamento esplenorrenal ao longo da margem superior do pâncreas até o baço, para irrigar esse órgão. Ela também dá origem a vários ramos para o pâncreas.
A próxima artéria que vamos ver é conhecida como artéria hepática comum. Você pode ver uma parte dessa artéria aqui, bem próxima ao pâncreas. Ela irriga o fígado e, parcialmente, o estômago, o duodeno e o pâncreas. Se mudarmos para essa outra imagem aqui, na qual o pâncreas foi removido, podemos ver que a artéria hepática comum também se origina do tronco celíaco, assim como a artéria gástrica esquerda e a artéria esplênica. Após a sua origem, ela segue para o lado direito, em direção ao fígado, e se divide na artéria gastroduodenal e na artéria hepática própria.
Já que mencionamos a artéria hepática própria, vamos falar um pouco sobre ela agora. Como vimos no slide anterior, ela se origina da artéria hepática comum e é um dos seus ramos terminais. Essa artéria, juntamente com a veia porta hepática e o ducto colédoco, forma a tríade portal - que você pode ver nessa imagem. Se você se lembrar, nós já falamos sobre a tríade portal anteriormente nessa videoaula. As três estruturas da tríade portal seguem dentro do ligamento hepatoduodenal, como você pode ver aqui. E bem, voltando para a artéria hepática própria, ela se bifurca para dar origem às artérias hepáticas direita e esquerda.
Esta outra estrutura que podemos ver agora destacada em verde, bem próxima à artéria hepática própria, é a veia porta hepática. Nós já mencionamos essa veia algumas vezes nessa videoaula pois, como você pode ver e como acabamos de mencionar, ela é uma das três estruturas que formam a tríade portal. Nesta outra imagem ainda podemos ver uma vista anterior dos órgãos abdominais, mas agora estamos retraindo o fígado aqui para te mostrar como a veia porta hepática está conectada ao fígado.
A veia porta hepática, diferente da maioria das veias do corpo, não leva sangue para o coração, mas sim em direção ao fígado. Mais especificamente, sua função é transportar para o fígado o sangue proveniente do trato gastrointestinal, que contém tanto os nutrientes absorvidos quanto possíveis toxinas dos alimentos, para que esse sangue seja filtrado e processado.
As próximas estruturas que vamos destacar são os ductos hepáticos, que transportam secreções hepáticas para o intestino. Os ductos hepáticos direito e esquerdo se unem para formar o ducto hepático comum. Posteriormente, esse ducto se une ao ducto cístico, da vesícula biliar, para formar o ducto colédoco, que é uma das estruturas da tríade portal.
Essa próxima estrutura que podemos ver destacada agora é uma veia muito importante, conhecida como veia cava inferior. A veia cava inferior é formada pela união das veias ilíacas comuns direita e esquerda. Ela então sobe ao longo da parede posterior do abdome, à direita da aorta, para se abrir no átrio direito do coração.
Essas três veias tributárias da veia cava inferior que podemos ver agora em verde são conhecidas como veias hepáticas. Na verdade, elas são veias intra-hepáticas que transportam sangue desoxigenado do fígado até a veia cava inferior. Para aprender um pouco mais sobre elas, dê uma olhada no nosso artigo sobre o suprimento sanguíneo do fígado.
Uma outra estrutura que podemos ver aqui na parte inferior da imagem é a aorta abdominal, que está localizada posterior e inferiormente ao pâncreas. Na verdade, nós só estamos vendo uma pequena parte desse vaso, já que a aorta abdominal é a porção da aorta que se estende desde o hiato aórtico do diafragma, que nós não podemos ver aqui nessa imagem, até a sua bifurcação ao nível da quarta vértebra lombar, como você pode ver bem aqui embaixo. A aorta abdominal é a maior artéria do abdome, e irriga grande parte dessa cavidade, dando origem a vários ramos.
Na próxima imagem vamos destacar uma estrutura muito importante - a artéria mesentérica superior. Veja que nós adicionamos algumas outras estruturas aqui na imagem, como o cólon, algumas partes do intestino delgado e várias outras artérias, para te mostrar o posicionamento da artéria mesentérica superior em relação a essas outras estruturas. Como podemos ver, ela se origina da aorta abdominal, logo abaixo do tronco celíaco, que nós vemos aqui um pouco mais acima. Essa é uma artéria única que irriga o intestino e o pâncreas. Nessa outra imagem podemos ver um corte da artéria mesentérica superior, que está destacada em verde, mostrando seu trajeto posteriormente ao pâncreas e em direção ao processo uncinado. Depois, ela segue pelo mesentério e pelo mesocólon, dando origem a vários ramos.
Logo ao lado da artéria mesentérica superior vemos a veia mesentérica superior, que se une à veia esplênica para formar a veia porta hepática. Ela recebe tributárias das veias que drenam o pâncreas, o estômago, os intestinos delgado e grosso e o apêndice. O sangue proveniente dessas regiões é então transportado pelas veias mesentérica superior e porta hepática até o fígado. A veia mesentérica superior, assim como a artéria mesentérica superior, passa posteriormente ao pâncreas, como você pode ver aqui, e é transportada pelo mesocólon, para então se unir à veia esplênica.
Vamos ver agora dois outros importantes ramos da aorta abdominal: as artérias renais. Na verdade, nesta imagem só a artéria renal esquerda está destacada. As artérias renais são um par de artérias que se originam da aorta abdominal, logo à frente da primeira vértebra lombar, e abaixo da artéria mesentérica superior. Elas se dividem em vários ramos que irrigam os rins direito e esquerdo. Em ambas essas imagens podemos ver a estreita relação da artéria renal esquerda com o pâncreas. Na imagem de cima, podemos ver a artéria renal esquerda destacada em verde se originando da aorta abdominal e alcançando o rim esquerdo, e na imagem de baixo nós adicionamos o pâncreas para que você veja a artéria renal esquerda passando posteriormente ao corpo do órgão, e também posteriormente à veia renal esquerda e à veia esplênica.
Bem próximo das artérias renais encontramos as veias renais, e agora vamos destacar a veia renal esquerda, que segue um trajeto similar à artéria renal esquerda. As veias renais são um par de veias que drenam sangue desoxigenado dos rins para a veia cava inferior, como você pode ver claramente aqui nesta imagem. Essa é a veia cava inferior. Observe como a veia renal esquerda se abre na veia cava inferior, e também como a veia renal direita se abre nessa mesma veia. Por causa da posição da veia cava inferior do lado direito do abdome, a veia renal esquerda recebe o sangue proveniente da veia gonadal esquerda - ou seja, da veia ovariana, nas mulheres, ou da veia testicular, nos homens. Ela também recebe o sangue da veia suprarrenal esquerda e da veia frênica inferior, antes de se abrir na veia cava inferior.
A próxima estrutura que podemos ver destacada em verde é uma artéria - a artéria cólica esquerda. Essa artéria é um ramo da artéria mesentérica inferior, e passa pelo retroperitônio para irrigar o cólon descendente. Ela então se divide nos ramos ascendente e descendente, como você pode ver aqui nesta imagem.
E, por fim, vamos falar sobre a veia cólica esquerda, que drena sangue do cólon descendente para a veia mesentérica inferior. Daí, o sangue é drenado para a veia esplênica, que então se une à veia mesentérica superior para formar a veia porta hepática.
Antes de encerrarmos esta videoaula eu gostaria de mostrar as partes do intestino grosso que nós podemos ver nesta imagem. Nós mencionamos anteriormente o mesocólon transverso, que é um ligamento que suspende o cólon transverso na cavidade abdominal. E aqui nós podemos ver uma parte do cólon transverso, com sua porção média removida para mostrar os órgãos abaixo dele. O cólon transverso é a parte horizontal do intestino grosso que se estende da flexura cólica direita, ou flexura hepática, que você pode ver aqui destacada em verde nesta imagem, até a flexura cólica esquerda, ou flexura esplênica, que você pode ver aqui, destacada em verde na imagem da direita. Como você pode ver na nossa ilustração, essa parte do intestino grosso é intraperitoneal e se localiza anteriormente à cabeça do pâncreas, ao duodeno e à algumas convoluções do jejuno e do íleo.
Finalmente, vamos destacar aqui o cólon descendente, que começa logo após a flexura cólica esquerda. Essa parte do intestino grosso está localizada no retroperitônio e se estende da flexura cólica, ou flexura esplênica, até o cólon sigmoide. Ela tem como função armazenar alguns nutrientes e vitaminas residuais do alimento digerido, antes de transportar as fezes para o reto.
E pelo vídeo de hoje é isso, eu espero que você tenha gostado e aprendido bastante! Nos vemos na próxima videoaula. Bons estudos!