Videoaula: Músculos principais do tronco
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Olá a todos! Aqui é a Nicole, do Kenhub, e nesta videoaula nós vamos discutir os principais músculos do tronco. Já que esta é uma aula básica, vamos usar algum tempo para definir alguns termos, e a ...
Leia maisOlá a todos! Aqui é a Nicole, do Kenhub, e nesta videoaula nós vamos discutir os principais músculos do tronco. Já que esta é uma aula básica, vamos usar algum tempo para definir alguns termos, e a primeira coisa que nós queremos definir é a resposta da questão “o que é um músculo?”
Um músculo é um feixe de tecido fibroso que se contrai para produzir movimentos, e você pode sentir o seu músculo quando você tensiona o seu bíceps, por exemplo, que está destacado em verde nesta imagem, e você pode ver o músculo se movimentando para cima e para baixo.
A segunda questão que nós queremos nos perguntar para esta videoaula é “o que é o tronco”? E o tronco é a parte do corpo que não é a cabeça ou os membros. Então se você olhar para esta imagem do nosso homem em posição anatômica você poderá ver que o retângulo que nós destacamos é a parte do corpo que não inclui os braços e as pernas ou a cabeça, e esta é, claro, a região que nós vamos ver hoje.
Então nesta videoaula nós vamos falar sobre quatro conjuntos ou grandes grupos de músculos encontrados no tronco. Primeiramente, os músculos peitorais, seguidos pelos músculos intercostais, em seguida os músculos da parede abdominal anterior, e finalmente os músculos posteriores do tronco. E, é claro, nós vamos resumir tudo no final.
Então vamos começar com os músculos peitorais, que são constituídos nos músculos peitoral maior e peitoral menor. Vamos, é claro, começar com o músculo peitoral maior, e como você pode ver, o músculo peitoral maior é um grande músculo com forma de leque da articulação do ombro. E o músculo peitoral maior possui três pontos de origem. Ele tem uma parte clavicular, que possui sua origem na metade medial da clavícula, uma parte esternocostal, que possui sua origem no esterno e na segunda à sétima cartilagens costais, e a parte abdominal do peitoral maior tem origem na camada anterior da bainha do reto.
Então, apesar de este músculo possuir três pontos de origem, as suas fibras se unem em uma única inserção, e este ponto é na crista da tuberosidade maior do úmero. Devido aos diferentes trajetos de suas fibras musculares nós podemos também ver que o peitoral maior possui um recesso em seu ponto de inserção, que é aberto superiormente para impedir que o músculo se distenda excessivamente - e você pode ver este pequeno recesso delineado em cinza escuro aqui.
O músculo é inervado pelos nervos peitorais medial e lateral, C5 a T1, que são ramos diretos do plexo braquial - e você pode ver estes nervos em amarelo na nossa direita - sendo o superior o nervo peitoral medial e o inferior o nervo peitoral lateral.
No que diz respeito à sua função, a contração do músculo todo resulta em adução e rotação interna do úmero, enquanto a contração das partes clavicular e esternal do músculo resultam em anteversão, que é o inclinamento anterior de uma estrutura ou órgão, sem dobrar o mesmo - e você pode ver esta ação demonstrada pela minha seta, bem aqui.
Uma outra coisa a se observar é que quando a cintura escapular está fixada, o peitoral maior também ajuda na respiração. O músculo peitoral menor também é um músculo com formato de leque da cintura escapular, mas como você pode ver ele é bem menor que o peitoral maior que nós acabamos de estudar, e se encontra posterior ao peitoral maior, tendo sua origem na terceira a quinta costelas. Suas fibras se inserem no processo coracoide da escápula, e o músculo é inervado pelos nervos peitorais medial e lateral, C6 a T1, que nós vimos antes, e estes, só para lembrá-lo, são ramos diretos do plexo braquial. Falando sobre a sua função, a contração do músculo peitoral menor puxa a escápula anterior e inferiormente, resultando efetivamente na adução e depressão da escápula, e isto por sua vez resulta em um movimento dorsomedial do ângulo inferior da escápula, que você pode ver aqui embaixo, e além disso esse músculo ainda ajuda na respiração ao elevar a terceira a quinta costelas quando a escápula está fixada.
Muito bem, agora que nós acabamos de falar sobre os músculos peitorais vamos continuar e falar sobre os músculos intercostais. Como você pode ver, os músculos intercostais são músculos que ocupam os espaços intercostais entre as costelas, e existem três destes músculos - os músculos intercostais externos, os músculos intercostais internos e os músculos intercostais íntimos.
Vamos, é claro, começar com os músculos intercostais externos. Como você pode ver, os músculos intercostais externos são formados por onze pares de músculos, que cursam obliquamente da borda inferior de uma costela anteriormente e inferiormente até a borda superior da costela inferior. Em outras palavras, cada músculo possui sua origem da superfície inferior da costela superior, e se insere na superfície superior da costela inferior. Os músculos intercostais externos são inervados pelos nervos intercostais, que são ramos dos nervos torácicos T1 a T11, e a contração destes músculos eleva as costelas durante a inspiração.
Além disso, eles ainda suportam os espaços intercostais e estabilizam a parede torácica. A segunda camada de músculos intercostais que nós vamos ver é a dos músculos intercostais internos, e estes músculos possuem suas origens na borda superior de uma costela, e cursam de maneira oblíqua anterior e superiormente para se inserir na margem inferior da costela superior.
Eles são inervados pelos nervos intercostais, e a sua principal função é baixar as costelas durante a expiração. E da mesma forma que os músculos intercostais externos, os músculos intercostais internos também suportam os espaços intercostais e estabilizam a parede torácica.
Finalmente, vamos dar uma olhada nos músculos intercostais íntimos, e estes músculos estão situados profundamente aos dois músculos intercostais que nós já vimos, então é por isso que nós estamos observando estes músculos de uma perspectiva sagital. E os músculos intercostais íntimos se originam da costela superior, a partir da margem interna do sulco costal, e as suas fibras cursam inferiormente perpendiculares às fibras dos intercostais externos, e se inserem na borda superior da costela inferior. Como os outros dois intercostais, eles também são inervados por nervos intercostais, e a função dos músculos intercostais íntimos é baixar as costelas durante a expiração.
Uma coisa que é importante observar sobre esta região é que os nervos intercostais e os vasos sanguíneos passam através de um espaço fibroso entre os músculos intercostais íntimos e internos, na borda inferior da costela superior, e este espaço é conhecido como túnel intercostal. Nós vamos só retirar isto para que você possa explorar com um pouco mais de clareza.
E nesta ampliação você pode ver os músculos intercostais íntimos destacados em verde. Estes são os músculos intercostais íntimos, e em azul você pode ver os músculos intercostais internos, destacados posteriormente. E entre eles você pode ver o túnel intercostal com os nervos e os vasos sanguíneos intercostais cursando através dele, e na superfície anterior da parede intercostal você pode ver o túnel exposto com o que seriam os músculos intercostais íntimos cursando sobre ele.
Muito bem, vamos continuar e falar sobre os músculos da parede abdominal anterior, que são formados pelo reto abdominal, o músculo oblíquo externo do abdome, o oblíquo interno do abdome e o músculo transverso do abdome.
Começando com o reto abdominal, você pode ver este músculo muito reto, e isto faz jus a seu nome. Em Latim o músculo é chamado de “rectus”, que significa “reto”. Portanto é claro que o reto abdominal é o músculo mais reto do abdome. E este músculo possui sua origem a partir da quinta a sétima cartilagens intercostais, bem como do processo xifoide do esterno, e as suas fibras cursam verticalmente e se inserem no púbis, entre o tubérculo púbico e a sínfise púbica. A inervação do reto abdominal é fornecida pelos nervos intercostais inferiores, T5 a T12.
No que diz respeito à sua função, a contração deste músculo flexiona a coluna lombar e retifica a pelve. Ele é também ativo durante a expiração, e ajuda a manter o tônus abdominal, que também é conhecido como prensa abdominal. E o tônus abdominal eleva a pressão intra-abdominal, por exemplo, durante a defecação ou o vômito.
Então como este músculo passa pela bainha do reto, ele possui cerca de três a quatro inserções tendíneas que se inserem à camada anterior da bainha do reto, e isto da ao músculo uma aparência de múltiplos ventres, que podem ser vistas em indivíduos em cujos músculos abdominais são bem definidos como resultado de treinamento ou exercício. E esta aparência de tanque de lavar roupas deste músculo é o que é chamado comumente de “tanquinho” ou em inglês “six-pack”.
Esta pequena estrutura que eu quero mencionar, que está relacionada ao músculo reto abdominal, é uma estrutura de tecido conjuntivo que cursa ao longo da linha média do abdome anterior, e ela é conhecida como linha alba. A linha alba é formada pela aponeurose dos músculos da parede abdominal anterior, e você pode vê-la destacada em azul, e é esta banda vertical de tecido conjuntivo que separa os lados esquerdo e direito do músculo reto abdominal. Vamos continuar agora para o músculo oblíquo externo do abdome.
E o músculo oblíquo externo é um dos três músculos que pertencem aos músculos ântero-laterais da parede abdominal anterior, e é o mais superficial dos três músculos - os outros dois são o músculo oblíquo interno e o músculo transverso do abdome, que nós vamos ver em seguida.
E o músculo oblíquo externo possui sua origem a partir da superfície externa da quinta à décima segunda costelas, e as suas fibras cursam ventromedialmente e formam uma ampla aponeurose que eu destaquei para você em azul aqui, que se insere na linha alba e na camada anterior da bainha do reto medialmente, e no lábio externo da crista ilíaca, no púbis e no ligamento inguinal, caudalmente. E como o nome sugere, as fibras do músculo oblíquo externo cursam obliquamente.
Ele é inervado pelos nervos intercostais inferiores T7 a T12, e realiza diversas ações. Por exemplo, a contração unilateral deste músculo resulta em dobrar o tronco para o mesmo lado, enquanto ao mesmo tempo rodar o tronco para o lado oposto. A contração bilateral deste músculo flexiona o tronco e retifica a pelve, e o músculo oblíquo externo ajuda ainda a manter o tônus abdominal, e é ativo durante a expiração.
O segundo dos músculos anterolaterais da parede abdominal anterior é o músculo oblíquo interno, e este é um músculo plano que se encontra profundamente ao músculo oblíquo externo.
Ele possui sua origem na camada profunda da fáscia toracolombar, na linha intermediária da crista ilíaca e no ligamento inguinal, e suas fibras cursam obliquamente, se inserindo cranialmente na borda inferior das cartilagens costais da décima à décima segunda costelas e na face anterior e posterior da bainha do reto, e na linha alba, ventralmente.
E o oblíquo interno é inervado pelos nervos intercostais inferiores, T7 a T12 e L1, bem como pelos nervos iliohipogástrico e ilioinguinal, que são ramos do plexo lombar. Em relação à sua função, a contração unilateral deste músculo dobra o tronco na mesma direção do músculo e roda o tronco também para o mesmo lado. A contração bilateral deste músculo, entretanto, flexiona o tronco e retifica a pelve. Ele também é ativo durante a expiração, e ajuda a manter o tônus abdominal. Uma coisa que é importante observar é que as fibras do músculo oblíquo interno cursam perpendiculares às fibras do oblíquo externo - e você pode ver isso mais claramente nesta imagem aqui.
O terceiro dos músculos abdominais anterolaterais é o músculo transverso do abdome, e este músculo se encontra profundamente ao músculo oblíquo interno, e as suas fibras cursam transversalmente. Ele possui as suas origens nas superfícies internas da sétima à décima segunda cartilagens costais, na fáscia toracolombar, no lábio interno da crísta ilíaca, na espinha ilíaca anterior superior e na parte lateral do ligamento inguinal. Ele se insere na camada posterior da bainha do reto. As fibras caudais do transverso do abdome estão envolvidas na formação do músculo cremaster, que você pode ver aqui, e as suas fibras aponeuróticas também contribuem para a linha alba.
O músculo transverso do abdome é inervado pelos nervos intercostais inferiores, T5 a T12, pelo nervo iliohipogástrico, nervo ilioinguinal e nervo genitofemoral. E no que diz respeito à sua função, a contração unilateral do transverso do abdome roda o tronco para o mesmo lado, enquanto a contração bilateral deste músculo ajuda na expiração e na manutenção do tônus abdominal.
Vamos continuar e falar sobre os músculos posteriores do tronco, e há algumas idéias conceituais e estruturais de anatomia que eu gostaria que você entendesse antes. Os músculos posteriores do tronco ou músculos dorsais são divididos em músculos dorsais extrínsecos - músculos que ajudam com a respiração e os movimentos, e eles se encontram superficialmente - e os músculos da camada intrínseca, que se encontram próximos à coluna vertebral, e estes atuam para controlar a postura e movimentar a própria coluna vertebral.
Então os músculos dorsais extrínsecos e intrínsecos podem ser divididos em partes menores - os músculos dorsais extrínsecos são divididos nas camadas superficial e intermediária, enquanto os músculos dorsais intrínsecos podem ser divididos nas camadas superficial, intermediária e profunda. E apesar de nós estudarmos todos eles agora, na verdade se você se lembrar que os músculos posteriores do tronco possuem uma camada extrínseca que ajuda na respiração e movimentos e uma camada intrínseca que ajuda a controlar a postura e a coluna vertebral você já pode ficar bem contente.
Vamos, é claro, começar com a camada superficial dos músculos dorsais extrínsecos, e esta camada contém os músculos trapézio, o latíssimo do dorso, o levantador da escápula e os romboides, que são o romboide maior e o romboide menor.
Vamos começar com o músculo trapézio. O músculo trapézio, como você pode ver nesta imagem, é um grande músculo triangular plano da articulação do ombro, e este músculo é o mais superficial de todos os músculos dorsais discutidos nesta videoaula, e devido ao seu tamanho ele pode ser dividido em três partes.
A primeira parte é a parte descendente do músculo, e a parte descendente é a parte mais superior deste músculo, e possui as suas origens na linha nucal superior e na protuberância occipital externa do osso occipital, bem como nos processos espinhosos de todas as vértebras cervicais, através do ligamento nucal, e possui a sua inserção no terço lateral da clavícula.
A segunda parte deste músculo é a parte transversa, que é ainda a parte média, e possui suas origens nos processos espinhosos da primeira à quarta vértebras torácicas, T1 a T4, e se insere no acrômio da escápula.
A terceira parte deste músculo, que é conhecida como parte ascendente, é a parte mais inferior do músculo trapézio, e esta parte do músculo possui as suas origens nos processos espinhosos da quinta à décima segunda vértebras torácicas, e se insere na espinha da escápula.
O músculo trapézio é inervado pelo décimo primeiro nervo craniano - o nervo acessório - e pelo plexo cervical. No que diz respeito à sua função, o papel do músculo trapézio é estabilizar e sustentar a escápula junto ao tórax, e também as três partes do músculo facilitam várias ações.
Então nós vamos passar por elas agora. Bem, para começar, falando sobre a parte descendente do músculo, a contração desta parte puxa a escápula obliquamente para cima e roda a cavidade glenoide inferiormente. Quando a cintura escapular está em uma posição fixada a contração desta parte do músculo ainda gira a cabeça para o mesmo lado e a roda para o lado oposto. A contração da parte transversa do músculo puxa a escápula medialmente, enquanto a contração da parte ascendente do músculo deprime e puxa a escápula medialmente.
Vamos continuar para o músculo latíssimo do dorso, e, como você pode ver, é um músculo bem largo. Na verdade é o músculo mais largo no corpo humano, e ele cobre a maioria dos músculos dorsais, exceto o músculo trapézio. O latíssimo do dorso, junto com o redondo maior, forma a prega axilar posterior na axila, e é também aqui que este músculo é mais espesso, e portanto mais facilmente palpável.
O músculo latíssimo do dorso pode ser dividido em quatro partes, dependendo dos pontos de origem, começando com a parte escapular. A parte escapular do músculo se origina a partir do ângulo inferior da escápula, como você pode ver destacado em azul.
A segunda parte do latíssimo do dorso é a parte costal. Nós meio que temos que virar o corpo um pouco para este lado para que você consiga entender este conceito. Então nós estamos olhando para o esqueleto de uma perspectiva posterolateral direita, onde eu estou desenhando a estrutura trapezoidal que representa a escápula, e aqui está a estrutura que representa o úmero. Portanto você pode ver a parte do latíssimo do dorso no lado direito do corpo circunscrita, e aqui em baixo no nosso círculo cinza escuro você pode ver onde a parte costal do latíssimo do dorso se insere na caixa torácica.
A terceira parte do músculo latíssimo do dorso que eu quero ver é a parte vertebral, e esta parte do músculo possui suas origens nos processos espinhosos da sétima à décima segunda vértebra torácicas, na fáscia toracolombar e nos processos espinhosos das vértebras lombares, bem como no sacro.
E a última parte que eu quero mencionar é a parte ilíaca, e a parte ilíaca do músculo se origina do terço posterior da crista ilíaca. As fibras deste músculo se juntam para se inserir na crista da tuberosidade menor do úmero, e o músculo é inervado pelo nervo toracodorsal, que é um ramo do plexo braquial.
O músculo latíssimo do dorso é um músculo da cintura escapular, e portanto participa em vários movimentos do ombro, e a contração deste músculo resulta em uma rotação interna, adução e retroversão do úmero. O músculo latíssimo do dorso é ainda um músculo acessório da expiração, e quando ativado em ambos os lados ele comprime a caixa torácica e esta é a parte que ajuda na expiração. Ele é ainda algumas vezes chamado de músculo da tosse, já que ele bastante forçado durante ataques de tosse.
Continuando, vamos falar sobre o músculo levantador da escápula. Como você pode ver, este é um músculo longo da cintura escapular, e possui suas origens nos processos transversos da primeira e segunda vértebras cervicais e nos tubérculos posteriores da terceira e quarta vértebras cervicais. Suas fibras se inserem na borda superior e na borda medial da escápula. A inervação deste músculo vem do nervo escapular dorsal, que é um ramo do plexo braquial, e ele ainda recebe ramos diretos dos nervos espinhais C3 e C4.
A principal função deste músculo, como o nome sugere, é levantar ou elevar a escápula, e a contração do levantador da escápula puxa a escápula medialmente e superiormente, e move o ângulo inferior da escápula para longe do tronco, e quando a escápula está em uma posição fixa a contração do levantador da escápula resulta em uma flexão lateral do pescoço.
Agora vamos continuar para os romboides, começando com o músculo romboide maior. E o músculo romboide maior é um músculo com formato de diamante, e como você pode ver ele possui as suas origens logo abaixo do romboide menor, nos processos espinhososos da primeira à quarta vértebras torácicas. No que diz respeito à sua inserção, as fibras se inserem na borda medial da escápula, abaixo da espinha da escápula, e também são inervadas pelo nervo escapular dorsal.
O músculo romboide maior leva a escápula medialmente e superiormente ao puxar o ângulo inferior da escápula em direção à coluna vertebral, e retorna o braço elevado à posição neutra. Ele ainda estabiliza a escápula durante movimentos do braço e no repouso.
Continuando para o músculo romboide menor, que como você pode ver também possui um formato de diamante, e possui as suas origens nos processos espinhosos da sexta e sétima vértebras cervicais, e se insere na borda medial da escápula, acima da espinha da escápula, assim como o romboide maior. E ele é inervado pelo nervo escapular dorsal, que é um ramo do plexo braquial. A contração do romboide menor puxa a escápula medialmente e superiormente, e leva o ângulo inferior da escápula em direção à coluna vertebral. Em outras palavras, isto resulta na adução e elevação da escápula e isto pode, por exemplo, retornar o braço para a posição neutra ou abaixar um braço elevado. Ele ainda estabiliza a escápula tanto durante o movimento do braço quanto no repouso.
Agora vamos falar sobre a camada intermediária dos músculos dorsais extrínsecos. E esta camada é bem simples. Ela consiste no músculo serrátil posterior, que pode ser dividido em uma parte superior e uma parte inferior, e nós vamos, é claro, começar com a parte superior.
O músculo serrátil posterior superior é uma das partes do músculo serrátil posterior, parte dos músculos dorsais, como nós mencionamos anteriormente. Ele possui as suas origens nos processos espinhosos das vértebras C7 a T3, e se insere na segunda a quinta costelas. O serrátil posterior superior se encontra profundamente aos músculos romboides, e é inervado pelos nervos intercostais. A contração deste músculo ajuda na inspiração, já que ela eleva a segunda a quinta vértebras, e a contração bilateral deste músculo ainda estende a coluna vertebral torácica, enquanto a contração unilateral resulta na rotação da coluna vertebral torácica para o lado oposto.
Agora vamos dar uma olhada no músculo serrátil posterior inferior, que claro, é a parte localizada mais inferiormente das duas partes do músculo serrátil posterior. E o serrátil posterior inferior possui suas origens nos processos espinhosos das vértebras torácicas inferiores e das vértebras lombares, e na fáscia toracolombar. Suas fibras cursam superolateralmente, se inserindo na nona a décima segunda costelas, e são inervadas pelos nervos intercostais que se originam dos ramos anteriores dos nervos espinhais.
A contração da parte inferior do músculo serrátil posterior abaixa as costelas e ajuda durante a expiração, e a contração unilateral roda a coluna para o lado oposto, enquanto a contração bilateral deste músculo também estende a coluna vertebral.
Muito bem, isto finaliza a nossa pequena seção sobre os músculos extrínsecos. Agora vamos continuar com os músculos dorsais intrínsecos, e se você se lembra, eles também possuem uma camada superficial.
Esta primeira camada consiste no músculo esplênio, que na verdade é um grupo de dois músculos, o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço. O músculo esplênio da cabeça possui sua origem nos processos espinhosos das vértebras C7 a T3. Este músculo dorsal intrínseco do trato lateral se insere na linha nucal superior do osso occipital, e no processo mastoide do osso temporal. Ele pode ainda se inserir na metade inferior do ligamento nucal, e recebe inervação dos ramos laterais dos ramos dorsais dos nervos espinhais C1 a C6. A contração unilateral flexiona e roda a cabeça para o mesmo lado, enquanto a contração bilateral de todo o músculo estende a coluna cervical e a cabeça.
Vamos continuar agora para o músculo esplênio do pescoço, e como você pode ver aqui, ele é um músculo bem longo, e se parece um pouco com o músculo esplênio da cabeça. E o músculo possui suas origens nos processos espinhosos da terceira a sexta vértebras torácicas, e se insere nos processos transversos do atlas, do áxis e na terceira vértebra cervical. Ele também é inervado pelos ramos laterais dos ramos dorsais dos nervos espinhais de C1 a C6, e da mesma forma que o esplênio da cabeça, a contração unilateral deste músculo flexiona e roda a cabeça para o mesmo lado, enquanto a contração bilateral resulta na extensão da coluna cervical e da cabeça.
Muito bem, vamos continuar para a camada intermediária dos músculos dorsais intrínsecos, e esta é uma camada muito importante. E esta camada é formada por um músculo muito grande chamado músculo eretor da espinha, que você pode já ter ouvido falar, já que ele é um músculo grande que fica de cada lado da coluna vertebral.
O músculo eretor da espinha está envolvido principalmente na extensão da coluna vertebral, e pode ser dividido em três colunas. A primeira coluna é o músculo iliocostal, e esta forma a coluna lateral do músculo eretor da espinha, o músculo longuíssimo, que forma a coluna intermediária, e o músculo espinhal, que forma a coluna medial. Para complicar ainda mais as coisas, cada um destes três músculos pode ser dividido em três partes - por exemplo, uma parte cefálica, cervical e torácica - mas nós vamos falar sobre cada uma destas partes conforme passamos por cada músculo, e não se esqueça que se você está tendo dificuldades com alguma coisa você pode voltar e ouvir esta parte novamente.
Então vamos começar com o músculo iliocostal. E como você pode ver, este músculo pode ser dividido em uma parte cervical, uma torácica e uma lombar, e nós vamos, é claro, começar com a parte cervical. Então o iliocostal cervical possui suas origens na terceira a sétima costelas, e se insere nos processos transversos da quarta a sexta vértebras cervicais.
A parte torácica do músculo é conhecida como iliocostal torácico, e possui as suas origens na sétima a décima segunda costelas, e se insere na primeira a sexta costelas. E a parte lombar deste músculo é conhecida como iliocostal lombar, e ela possui suas origens no sacro, na crista ilíaca e na fáscia toracolombar, e se insere na sexta a décima segunda costelas, na camada profunda da fáscia toracolombar e nos processos transversos das vértebras lombares superiores.
Então apesar deste músculo poder ser dividido em três partes baseado nas suas origens e suas inserções, todo o músculo é inervado pelos ramos laterais dos ramos dorsais dos nervos espinhais C8 a L1. Enquanto a contração unilateral resulta na dobra da coluna lateralmente para o mesmo lado, a contração bilateral de todo o músculo iliocostal estende a espinha. O próximo músculo na nossa lista é o músculo longuíssimo. E o músculo longuíssimo situa-se medial ao músculo iliocostal, e como nós mencionamos antes, ele é considerado a coluna intermediária.
O músculo longuíssimo, é claro, possui três partes - o longuíssimo da cabeça, o longuíssimo cervical ou do pescoço e o longuíssimo do tórax. Vamos começar com o longuíssimo da cabeça.
A parte mais superior deste músculo é conhecida como longuíssimo da cabeça, e ela possui suas origens nos processos transversos da primeira à terceira vértebras torácicas, bem como nos processos transverso e articular da quarta à sétima vértebras cervicais, e se insere superiormente no processo mastoide do osso occipital.
A parte média deste músculo - o longuíssimo do pescoço - possui suas origens nos processos transversos da primeira à quinta vértebras torácicas, e se insere superiormente nos processos transversos da segunda à quinta vértebras cervicais.
A terceira parte deste músculo, que é a parte torácica, é conhecida como músculo longuíssimo do tórax, e possui as suas origens no sacro, nos processos espinhosos das vértebras lombares e nos processos transversos das vértebras torácicas inferiores, e até compartilha um tendão comum de origem com o iliocostal na crista ilíaca, e se insere na segunda à décima segunda costelas, nos processos costais das vértebras lombares, que são pequenas protuberâncias para a inserção de músculos nos processos transversos, e nos processos transversos das vértebras torácicas, que ficam aqui.
Juntando novamente todas as partes, o o músculo longuíssimo recebe inervação dos ramos laterais dos ramos dorsais dos nervos espinhais C1 a L5, e em termos de sua função, uma contração unilateral do músculo dobra a coluna lateralmente para o mesmo lado, enquanto uma contração bilateral de todo o músculo longuíssimo estende a coluna. E um pouco mais sobre as partes do músculo longuíssimo. A parte mais superior do músculo - o longuíssimo da cabeça - flexiona e roda a cabeça para o mesmo lado mediante contração unilateral, e ela estende a cabeça quando há contração bilateral.
Muito bem, a última das três colunas do músculo eretor da espinha é o músculo espinal, e este músculo também pode ser dividido em três partes - o espinhal da cabeça, que na verdade nós não podemos ver nesta imagem e não vamos discutir nesta parte, mas eu gostaria apenas de mencioná-lo, porque ele é uma parte do espinhal. Então o espinhal da cabeça é seguido pelo espinhal do pescoço, que você pode ver aqui, e, é claro, pelo espinhal do tórax. Então desta vez, como nós mencionamos antes, nós não vamos falar sobre o espinhal da cabeça. Nós vamos falar apenas sobre o espinhal do pescoço.
Então vamos começar a falar sobre ele. Como você pode ver, o espinhal do pescoço é a parte média do músculo espinhal, e ele possui sua origem nos processos espinhosos de C6 e C7, enquanto se insere nos processos espinhosos de C3 e C4. Em termos de inervação, o espinhal do pescoço recebe sua inervação dos nervos cervicais C1 a C8, e em termo de sua função, que é somente bilateral, ele estende a coluna espinhal.
Continuando para o espinhal do tórax, ele se origina dos processos espinhosos de T10 a L3, enquanto se insere nos processos espinhosos de T1 a T8. No que diz respeito à inervação, ela é fornecida pelos ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos e lombares, e novamente, a sua função bilateral é estender a coluna cervical. Vamos continuar agora para a nossa última camada dos músculos dorsais intrínsecos. E a camada profunda dos músculos dorsais intrínsecos é dividida em duas partes.
A primeira é a dos músculos transversoespinhais - novamente, não se preocupe muito com esta terminologia, mas apenas note que há certas divisões nos músculos dorsais intrínsecos - e o primeiro destes músculos é o semiespinhal, seguido pelo multífido, que é seguido pelos rotadores, e em seguida por uma camada menor profunda, que contém os interespinhais e os levantadores das costelas.
Vamos, é claro, começar com o semiespinhal, que como você pode adivinhar pode ser dividido em três partes - o semiespinhal da cabeça, o semiespinhal do pescoço e o semiespinhal do tórax. Então começando com o semiespinhal da cabeça, você pode ver que ele se origina nos processos transversos de C3 a T6, e se insere no osso occipital, entre as linhas nucais superior e inferior. Sua inervação é fornecida pelos ramos dorsais dos nervos espinhais cervicais, e se contraido unilateralmente ele flexiona o pescoço lateralmente, e roda as vértebras cervicais para o lado oposto. No que diz respeito à sua função bilateral ele estende a cabeça.
Continuando inferiormente para o semiespinhal do pescoço, ele se origina nos processos espinhosos de C2 a C7 e se insere nos processos transversos de T1 a T6. De maneira semelhante, a inervação se origina dos ramos dorsais dos nervos cervicais e torácicos, e a sua função unilateral é a flexão lateral da cabeça, e se contraido bilateralmente ele estende a coluna vertebral.
Continuando inferiormente novamente até o semiespinhal torácico nós podemos ver que o semiespinhal torácico se origina nos processos transversos de T6 a T12, e se insere nos processos espinhosos de C6 a T4. Sua inervação se origina dos ramos dorsais dos nervos espinhais torácicos e cervicais, e a sua contração unilateral promove uma flexão lateral da coluna vertebral cervical e torácica, e roda contralateralmente as vértebras cervicais e torácicas. Durante sua contração bilateral ele estende a coluna vertebral.
Agora vamos continuar para o músculo multífido, e como você pode ver o músculo multífido não possui propriamente pontos de origem e inserção. Em vez disso, nós vamos falar somente sobre o seu trajeto, já que eles cursam entre os processos transversos e espinhosos da coluna cervical, exceto pelos processos transversos das vértebras C2 a C4, que vcoê pode ver aqui.
Eles podem ser encontrados por todo o eixo vertebral, até o sacro, inferiormente. Sua inervação é fornecida pelos ramos dorsais dos nervos espinhais, e sua contração unilateral flexiona a coluna para o mesmo lado, enquanto a roda para o lado oposto. E quando contraido bilateralmente ele estende a coluna.
Agora vamos continuar para os músculos rotadores curto e longo do tórax. E, basicamente, os rotadores podem ser divididos em duas partes - uma parte curta no tórax e uma parte longa. A sua origem é observada nos processos transversos das vértebras torácicas e nos processos espinhosos das vértebras superiores, enquanto a origem dos músculos longos se encontra nos processos transversos das vértebras torácicas e nos processos espinhosos das vértebras dois níveis acima. A sua inervação é fornecida por ramos dorsais dos nervos espinhais, e a sua contração unilateral roda a coluna torácica para o lado oposto, enquanto a contração bilateral promove uma extensão da coluna torácica. Vamos continuar agora para os músculos interespinhais, e novamente, como o músculo multífido, nós não temos propriamente pontos de origem ou inserção, conforme estes músculos cursam entre os processos espinhosos das vértebras cervicais, onde eles são chamados de interespinhais cervicais, e entre os processos espinhosos das vértebras torácicas, onde eles são conhecidos como interespinhais torácicos.
Nós temos ainda uma parte entre os processos espinhosos das vértebras lombares, conhecida como interespinhais lombares. E todos estes músculos são inervados pelos ramos dorsais dos nervos espinhais. No que diz respeito à sua função, eles estendem a coluna cervical, torácica e lombar. E não se esqueça que os interespinhais são parte da pequena camada profunda da camada profunda dos músculos dorsais intrínsecos.
O outro músculo que é parte da pequena camada profunda dos músculos dorsais intrínsecos é o levantador das costelas, e ele possui duas partes - o levantador curto das costelas e o levantador longo das costelas. Em termos de suas origens, ambas as partes se originam nos processos transversos das vértebras C7 a T11, e se inserem em diferentes locais.
O curto se insere no ângulo costal da costela inferior, enquanto o longo se insere no ângulo costal da costela superior. A sua inervação é fornecida pelos ramos dorsal e ventral dos nervos espinhais C8 a T11, e a sua função unilateral é dobrar a coluna torácica para o mesmo lado, enquanto a roda para o lado oposto, enquanto a função bilateral é a extensão da coluna.
Então agora que nós acabamos isto, vamos para o nosso resumo e falar sobre o que nós discutimos hoje. Bem, nós começamos falando sobre os músculos peitorais, dos quais há dois - o músculo maior, que é um grande músculo com forma de leque, e o peitoral menor, que também tem forma de leque, mas é consideravelmente menor.
Em seguida nós falamos sobre os músculos intercostais, que ajudam na respiração, e o primeiro que nós mencionamos foi o músculo intercostal externo, que é formado por onze pares de músculos, o músculo intercostal interno, que se encontra profundo do músculo intercostal externo e o músculo intercostal íntimo, que por sua vez fica profundo ao músculo intercostal interno e possui o túnel intercostal.
Em seguida nós continuamos para falar sobre os músculos da parede abdominal anterior, começando com o reto abdominal, que é o músculo reto encontrado no abdome, seguido pela linha alba, que é uma densa linha de tecido conectivo que cursa no meio do reto abdominal.
Nós falamos sobre o oblíquo externo, que é o mais superficial dos músculos anterolaterais encontrados na parede abdominal anterior, seguido pelo músculo oblíquo interno, cujas fibras cursam perpendiculares às do músculo oblíquo externo, e em seguida nós falamos sobre o transverso do abdome, cujas fibras cursam, como você pode ver, horizontalmente pelo abdome.
Nós então continuamos para falar dos músculos posteriores do tronco, começando com os músculos dorsais extrínsecos e sua camada superficial, formada pelo trapézio, que é o músculo mais superficial da região posterior do tronco, o músculo latíssimo do dorso, que é o músculo mais largo do corpo, o levantador da escápula, que é um longo músculo da cintura escapular e os romboides, que são dois - o romboide maior, que possui formato de diamante e o romboide menor, também com formato de diamante.
Nós então continuamos para falar sobre a camada intermediária, que é formada pelo serrátil posterior, este consistindo em duas partes - o serrátil posterior superior e o serrátil posterior inferior - e em seguida nós falamos sobre os músculos dorsais intrínsecos, divididos em três camadas - a camada superficial sendo a primeira delas, contendo o músculo esplênio, que possui duas partes, o esplênio da cabeça e o esplênio do pescoço, e eles estão envolvidos na extensão da coluna cervical e da cabeça.
Nós então continuamos para falar sobre a camada intermediária, que é formada pelo músculo eretor da espinha, que é um grande músculo que está envolvido na postura e no movimento da coluna vertebral, e o eretor da espinha é formada pelo iliocostal, que constitui a coluna lateral do eretor da espinha, e por sua vez é formado pelo iliocostal cervical, o iliocostal torácico e o iliocostal lombar.
Este foi seguido pelo músculo longuíssimo, que é parte da coluna intermediária do músculo eretor da espinha, e é formado pelo longuíssimo da cabeça, longuíssimo do pescoço e longuíssimo do tórax.
E finalmente nós falamos sobre o músculo espinhal, que é formado também por três partes - o espinhal da cabeça, que nós não podemos ver nesta imagem, o espinhal do pescoço e o espinhal do tórax.
Nós então continuamos para falar sobre a camada profunda dos músculos dorsais intrínsecos, e a camada profunda é formada por duas outras camadas, uma das quais é o grupo muscular transversoespinhal, que contem o semiespinhal, que por sua vez pode ser dividido em três partes - o semiespinhal da cabeça, o semiespinhal do pescoço e o semiespinhal do tórax. O multífido também é um membro dos músculos transversoespinhais, bem como os rotadores, que possuem duas partes - uma curta e uma longa.
E então nós falamos sobre a pequena camada profunda, que é formada pelos interespinhais e pelos levantadores das costelas, que novamente podem ser divididos em curto e longo.
E isso é o que temos tempo para discutir por hoje. Obrigado por assistir!