Videoaula: Tipos de articulações
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Você sente como se todo o seu conhecimento de anatomia se articulasse com essa videoaula? Talvez você esteja preocupado que não será uma navegação suave. Mas não fique ansioso, porque nós vamos nos ...
Leia maisVocê sente como se todo o seu conhecimento de anatomia se articulasse com essa videoaula? Talvez você esteja preocupado que não será uma navegação suave. Mas não fique ansioso, porque nós vamos nos divertir. Preparare-se para o nosso tutorial sobre os tipos de articulações encontrados no corpo humano.
Uma articulação é definida como uma conexão entre dois ossos do esqueleto, e existem muitas formas nas quais as articulações podem ser classificadas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com a sua estrutura, sua mobilidade, e de acordo com a sua amplitude de movimento. Ok, vamos começar com a classificação estrutural das articulações.
Há três tipos distintos - a articulação sinovial, a articulação fibrosa, e a articulação cartilaginosa. Vamos começar com a articulação sinovial, já que ela é a articulação mais comum do corpo humano.
Articulações sinoviais têm várias características diferenciadoras que podemos ver usando essa ilustração sagital da articulação do joelho. Primeiramente, articulações sinoviais são circundadas por uma cápsula articular. Essa cápsula consiste em uma camada fibrosa externa, que ajuda a estabilizar a articulação, e uma camada sinovial interna, que absorve e secreta líquido sinovial, lubrificando a articulação. A seguir, é importante saber que as superfícies articulares de uma articulação sinovial são recobertas por cartilagem hialina. Essa cartilagem também é conhecida como cartilagem articular, e age reduzindo o atrito e auxiliando no amortecimento de impacto.
Estruturas adicionais também podem ser encontradas nas articulações sinoviais, tais como os discos articulares. Podemos ver exemplos desses discos na articulação do joelho - os meniscos medial e lateral. Nós também podemos ver bursas, que são pequenas bolsas revestidas por membrana sinovial e preenchidas por líquido sinovial. As bursas reduzem o atrito causado pelos músculos e tendões que estão localizados sobre articulações ósseas.
Antes de seguirmos em frente para o próximo tipo de articulação, é importante mencionar que articulações sinoviais podem ser adicionalmente subclassificadas de acordo com o formato das suas superfícies articulares e com a sua amplitude de movimento. Estas incluem a articulação em “bola-e-soquete” ou esferoide, a articulação em dobradiça, a articulação em pivô, a articulação condilar, a articulação em sela, e a articulação plana. Vamos falar sobre essas articulações com mais detalhes mais à frente na nossa videoaula.
Ok, vamos seguir em frente com o nosso próximo tipo de articulação, que é a articulação fibrosa. Em uma articulação fibrosa, os ossos são unidos por um tecido conjuntivo fibroso denso. Essas articulações possuem pouca ou nenhuma mobilidade. Os tipos de articulações fibrosas sobre as quais vamos falar hoje são as suturas, as gonfoses, e as sindesmoses.
Primeiramente, temos as suturas, que são articulações fibrosas encontradas exclusivamente entre os ossos do crânio. Podemos ver um bom exemplo nesta nossa ilustração aqui, que é de uma sutura coronal. Essa sutura une o osso frontal aos ossos parietais através de ligamentos intrasuturais.
A seguir, temos a gonfose, que é encontrada na boca onde as raízes dos dentes se articulam com os alvéolos dentários nas articulações dentoalveolares. O dente é preso em seu suporte pelo forte ligamento periodontal, que podemos ver aqui destacado em verde.
Por último, temos a sindesmose, que é formada por ligamentos e uma membrana firme que seguram os dois ossos em seus lugares. Podemos ver um exemplo dessa articulação aqui, onde a membrana interóssea cursa entre o rádio e a ulna.
O último tipo de articulação sobre a qual vamos falar é a articulação cartilaginosa. Em uma articulação cartilaginosa, os ossos se conectam através de uma cartilagem hialina ou fibrocartilagem. Essas articulações podem ser subclassificadas em dois tipos - as sincondroses e as sínfises.
Primeiramente, vamos falar sobre a sincondrose, ou articulação cartilaginosa primária, na qual os ossos são unidos por uma cartilagem hialina. Em nossa imagem histológica, podemos ver que esse tipo de articulação é encontrada entre a diáfise e a epífise de um osso longo em crescimento, e eventualmente vai se ossificar completamente na vida adulta.
O segundo tipo de articulação cartilaginosa é conhecida como sínfise, ou articulação cartilaginosa secundária, na qual os ossos são conectados por fibrocartilagem. Esse tipo de articulação é encontrado primariamente ao longo da linha média do corpo; por exemplo, na sínfise púbica, que podemos ver aqui destacada em verde.
Ótimo, então hora de seguirmos em frente para o nosso próximo tipo de classificação, que é de acordo com a mobilidade. Quais são os termos principais? Uma diartrose é uma articulação livremente móvel, e um exemplo é a articulação do joelho, que é uma articulação sinovial em dobradiça. É importante perceber que toda articulação sinovial é uma diartrose. Uma anfiartrose é uma articulação pouco móvel, e um exemplo é a sínfise púbica, que é uma articulação cartilaginosa secundária. A sindesmose, que é uma articulação fibrosa, também é um exemplo de uma anfiartrose. Por último, temos a sinartrose, que é uma articulação imóvel, e um exemplo é a sutura coronal do crânio. Outros exemplos desse tipo de articulação incluem a gonfose, que é uma articulação fibrosa, e a sincrondrose, que é uma articulação cartilaginosa primária.
Tenha em mente que o fato de uma articulação poder ser discretamente móvel não significa que ela será capaz de executar movimentos funcionais; portanto, quando falarmos sobre amplitude de movimento, estaremos falando sobre as nossas diartroses livremente móveis, ou seja, nossas articulações sinoviais.
A última forma como as articulações podem ser classificadas é de acordo com a sua amplitude de movimento. Quando classificamos uma articulação baseada em sua amplitude de movimento, é importante primeiro entender os vários eixos nos quais os movimentos ocorrem. No movimento articular, existem três eixos principais – o eixo sagital, que passa horizontalmente de anterior para posterior, o eixo frontal, que passa horizontalmente da esquerda para a direita, e o eixo vertical, que passa verticalmente de superior para inferior.
Podemos descrever as articulações de acordo com o número de eixos nos quais elas podem se mover. Articulações que podem se movimentar para frente e para trás ao longo de um único eixo são chamadas de uniaxiais. Exemplos são as articulações em dobradiça e a articulação em pivô. Articulações que se movimentam em dois eixos distintos são chamadas de biaxiais, como por exemplo a articulação condilar e a articulação em sela. Finalmente, articulações que podem se mover através de todos os três eixos são chamadas de poliaxiais ou multiaxiais. O único exemplo desse tipo de articulação são as articulações em “bola-e-soquete” ou esferoides.
Ok, agora podemos juntar tudo o que já aprendemos até agora e dar uma nova olhada mais de perto no tipo mais comum de articulação do corpo humano – a articulação sinovial.
Você se lembra dos seis tipos de articulações sinoviais? Vamos começar com a articulação em “bola-e-soquete”, que também é conhecida como articulação esferoide. Essa é a única articulação poliaxial e, portanto, a mais móvel de todas as articulações. Os movimentos que ocorrem nessas articulações são flexão e extensão, que ocorrem no eixo frontal; adução e abdução, que ocorrem no eixo sagital, e rotação interna e externa, que ocorrem no eixo vertical.
Por exemplo, articulações em “bola-e-soquete” são bastante úteis quando você quer brincar na neve fazendo um anjo na neve. Dois exemplos desse tipo de articulação são a articulação acetabulofemoral, também conhecida como articulação do quadril, e a articulação glenoumeral, que está sendo mostrada aqui. Utilizando a articulação glenoumeral como referência, podemos ver que essa articulação em “bola-e-soquete” tem uma superfície articular em formato de “bola” - a cabeça do úmero - e uma superfície articular em formato de soquete - a cavidade glenoide.
A seguir temos a articulação em dobradiça, que só realiza movimento em um eixo, tornando-a assim uniaxial. Articulações em dobradiça permitem movimento no eixo frontal, que passa transversalmente através da articulação. Portanto, os movimentos que ocorrem nessa articulação são a flexão e a extensão. Dois exemplos desse tipo de articulação são a articulação tibiofemoral, ou articulação do joelho, e a articulação do cotovelo. Assim, usamos nossas articulações em dobradiça quando queremos exibir – quero dizer, flexionar - nosso bíceps (bicípide)!
Assim como a articulação em dobradiça, a articulação em pivô também é uniaxial. Dessa forma, as articulações em pivô, também conhecidas como articulações trocoides, permitem movimento em torno de um eixo único - e esse movimento é a rotação. O melhor exemplo desse tipo de articulação é a articulação atlantoaxial, que ocorre entre o arco anterior do atlas e a região frontal do processo odontoide do axis. A articulação atlantoaxial permite que você balance a sua cabeça quando você já aguentou o suficiente.
Vamos seguir em frente para falar sobre a articulação condilar, que também é conhecida como articulação elipsoide. Articulações condilares permitem movimento em torno de dois eixos que estão em ângulos de 90 graus um do outro; portanto, elas são descritas como articulações biaxiais. Um exemplo desse tipo de articulação é a articulação radiocárpica, ou articulação do punho. Os movimentos que ocorrem nessa articulação são o desvio radial e o desvio ulnar, que ocorrem no eixo sagital, e flexão e extensão, que ocorrem no eixo frontal. Esses movimentos em conjunto fazem a circundução da articulação do punho. Então essa é articulação que é útil quando você quer acenar um “tchau”.
De forma similar à articulação condilar, a articulação em sela é uma articulação biaxial. Nessa articulação em particular, podemos ver que em relação aos ossos envolvidos, de um lado temos a superfície articular côncava de um osso e de outro a superfície articular convexa do outro, e essa é a junção que forma a articulação em formato de sela. Novamente, os movimentos que ocorrem nessa articulação são abdução, adução, flexão, extensão e circundução. Um exemplo de tal articulação é a articulação carpometacárpica do polegar, que é a articulação necessária para a oposição do polegar. Assim, essa é a articulação que te permite mandar mensagem para o seu melhor amigo contando o quão ruim foi o seu dia.
O último tipo de articulação que vamos ver no corpo é a articulação plana, que também é conhecida como articulação deslizante. Esse tipo de articulação é diferente das outras articulações que discutimos, uma vez que ela não se movimenta em torno de um eixo e só permite movimento ao longo do plano da superfície articular. Desta forma, ela não pode ser classificada como articulação uniaxial, biaxial ou poliaxial. Ao invés disso, a articulação plana realiza um movimento de deslizamento, no qual um osso se move sobre a superfície de outro. Um exemplo desse tipo de articulação é a articulação acromioclavicular, que aumenta a flexibilidade do ombro.
Antes de concluirmos esta videoaula, eu queria fazer uma nota clínica e falar sobre a estabilidade articular.
Estabilidade articular é um termo de grande relevância clínica e ajuda a explicar por que algumas articulações são mais susceptíveis a deslocamento ou lesão do que outras. Em última análise, é uma troca. Quanto mais móvel for uma articulação, menos estável ela será. Entretanto, existem alguns fatores que contribuem para a estabilidade articular.
O primeiro fator a ser considerado é o grau de contato entre as duas superfícies articulares. Com menos contato, a articulação é mais móvel porém menos estável. Um bom exemplo disso é a articulação glenoumeral, na qual a cabeça do úmero é muito maior do que a cavidade glenoide, resultando num menor contato entre os dois ossos.
O segundo fator a ser considerado é a presença de ligamentos. Os ligamentos aumentam a estabilidade da articulação, mas eles também restringem o movimento. Em nossa ilustração, podemos ver alguns dos ligamentos associados à articulação do joelho.
O terceiro e último fator a ser considerado é o tônus dos músculos circundantes. O melhor exemplo disso são os músculos do manguito rotador, que estabilizam a articulação glenoumeral. Se ocorre uma redução do tônus, tal como ocorre na idade avançada, o ombro ficará mais susceptível a deslocamento.
Então isso nos leva ao final da nossa videoaula sobre os tipos de articulações do corpo humano. Mas não deixe que seu estudo termine aqui, visite kenhub.com onde você poderá ler artigos interessantes, testar seu conhecimento com testes desafiadores, explorar nosso atlas com lindas imagens de anatomia, ou ver mais videoaulas como esta aqui. Sim, você encontrará tudo o que você precisa para dominar a anatomia num instante. Vá lá, clique no botão. Você sabe que você quer.