Músculo peitoral maior
O peitoral maior é um músculo superficial, localizado na região anterior da caixa torácica. Ele possui uma origem ampla, que é dividida em três partes: clavicular, esternocostal e abdominal. Todas as três partes convergem lateralmente e se inserem no tubérculo maior do úmero.
A principal função do peitoral maior é a adução e a rotação medial (interna) do braço na articulação do ombro. Agindo independentemente, a parte clavicular ajuda a fletir e estender o braço até 90°, enquanto a parte esternocostal facilita a extensão do braço fletido ao puxá-lo para baixo.
Origem |
Parte clavicular: superfície anterior da metade medial da clavícula Parte esternocostal: superfície anterior do esterno e cartilagens costais da 1ª a 6ª costelas Parte abdominal: camada anterior da bainha do músculo reto do abdome |
Inserção | Crista do tubérculo maior do úmero |
Ação |
Articulação do ombro: adução, rotação medial (interna), flexão (cabeça clavicular) e extensão (cabeça esternal) do braço Articulação escapulotorácica: puxa a escápula anteroinferiorment |
Inervação | Nervos peitorais lateral e medial (C5-T1) |
Vascularização | Ramos peitorais da artéria toracoacromial, ramos perfurantes da artéria torácica interna |
Neste artigo vamos discutir a anatomia e a função do músculo peitoral maior.
Origem e inserção
O peitoral maior é um músculo em forma de leque que possui três partes, de acordo com seus locais de origem:
- Parte clavicular: origina-se da superfície anterior da metade medial da clavícula.
- Parte esternocostal: origina-se da superfície anterior do esterno e das cartilagens costais da 1ª a 6ª costelas.
- Parte abdominal: a menor delas, se origina da camada anterior da bainha do músculo reto do abdome.
As fibras musculares das três partes seguem lateralmente e se convergem em direção à porção proximal do úmero. Elas se juntam em um tendão amplo que se insere ao longo da crista do tubérculo maior do úmero.
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Relações anatômicas
O peitoral maior é um músculo amplo encontrado superficialmente na região anterior da parede torácica. Nos homens, ele é recoberto pela camada profunda da fáscia, tecido subcutâneo e pele. Nas mulheres, ele é recoberto pela mama. A superfície profunda do músculo recobre os músculos peitoral menor e serrátil anterior e a superfície anterior das primeiras seis costelas.
A depressão triangular encontrada entre o músculo peitoral maior, o músculo deltoide e a clavícula é chamada de fossa infraclavicular (fossa de Mohrenheim), e é uma importante referência anatômica para procedimentos cirúrgicos na artéria subclávia.
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Inervação
O músculo peitoral maior é inervado pelos nervos peitorais lateral e medial (raízes nervosas de C5 a T1), que se originam do plexo braquial.
Vascularização
O músculo peitoral maior é vascularizado pelos ramos peitorais da artéria toracoacromial e pelos ramos perfurantes da artéria torácica interna.
Função
Quando o braço está em posição anatômica, o músculo peitoral maior age como um forte adutor e rotador medial do úmero na articulação do ombro. Agindo independentemente, a parte clavicular do músculo flete o úmero até 90° no plano horizontal. A parte esternocostal faz o movimento antagonista, ou seja, estende o úmero de volta à posição anatômica.
Agindo junto com o músculo latíssimo do dorso, o peitoral maior puxa o tronco para frente e para cima, quando sua inserção umeral está fixa. Esta ação é importante em atividades como a escalada. Quando age a partir da inserção umeral, o peitoral maior também facilita a inspiração. Isso é particularmente importante durante a respiração forçada que ocorre durante o esforço físico.
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Nota clínica
Síndrome de Poland
A síndrome de Poland é uma malformação embrionária da parede torácica, na qual há um defeito no músculo peitoral maior juntamente com outras malformações no membro superior (ex.: malformação dos dedos). O músculo pode estar completamente ou parcialmente ausente. Dependendo da gravidade do quadro, a adução e a rotação medial da articulação do ombro são mais ou menos difíceis de se realizar (por exemplo, cruzar os braços elevados). Além disso, os pacientes afetados pela síndrome possuem a região peitoral visivelmente alterada, e é por isso que a reconstrução com cirurgia plástica pode ser realizada nesses casos.
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