Videoaula: Nervo acessório
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Olá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e bem-vindo a outra videoaula na qual, desta vez, vamos falar sobre o nervo acessório. O que vamos fazer nessa videoaula é basicamente explorar esta imagem que ...
Leia maisOlá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e bem-vindo a outra videoaula na qual, desta vez, vamos falar sobre o nervo acessório. O que vamos fazer nessa videoaula é basicamente explorar esta imagem que você pode ver agora na tela. Esta imagem aqui é um dos nossos focos principais.
Você pode ver o nervo acessório aqui destacado em verde, assim como alguns elementos do crânio aqui - você pode ver o forame jugular. Todas essas estruturas que você pode ver foram removidas. Você também pode ver aqui algumas vértebras cervicais seccionadas. A medula espinal em toda a sua glória está aqui.
Aqui você pode ver alguns músculos seccionados - vamos falar sobre eles um pouco mais à frente nesta videoaula - só para te dar uma ideia do que vamos ver. E também estamos vendo tudo isso de uma vista anterior, então mantenha isso em mente.
Então, novamente, apenas como um lembrete, o nervo que estamos vendo aqui que está destacado é o nervo acessório. E como você sabe, existem doze nervos cranianos que surgem do encéfalo e do tronco encefálico, e o nervo acessório é o décimo-primeiro nervo craniano.
Algumas vezes também chamamos ele de NC XI, que é o numeral romano de onze - então NC nervo craniano 11. O nervo acessório possui tanto fibras eferentes motoras quanto fibras aferentes proprioceptivas. E o que isso significa? É sobre isso que vamos falar em seguida nesta nossa imagem, onde você pode ver novamente o nervo destacado aqui em verde. Mas agora estamos vendo uma vista basal do cérebro, onde você pode ver os outros nervos cranianos em amarelo, e o nervo acessório em verde.
Então vamos falar rapidamente sobre as fibras eferentes. O termo “eferente” se refere ao fato de que essas fibras nervosas conduzem informações, ou impulsos nervosos, do sistema nervoso central em direção aos seus músculos e também outros órgãos para que eles então efetuem um movimento.
Essas fibras são conhecidas como fibras motoras eferentes porque elas estimulam o movimento. Então basicamente o que acontece é isso que você está vendo aqui. Então para simplificar, um sinal vem do sistema nervoso central ou SNC ou cérebro e depois é conduzido para o músculo ou órgão fazendo com que uma ação ou movimento aconteça.
Uma coisa importante para mencionar aqui é que existem dois tipos de fibras motoras eferentes. Um tipo é conhecido como fibra eferente somática geral, ou ESG, que é encontrada em nervos que suprem os músculos esqueléticos; e o segundo tipo é conhecido como fibra eferente visceral geral (EVG), e como o nome indica - visceral – essas fibras são encontradas em nervos que suprem o músculo cardíaco, os músculos lisos e as glândulas - ou seja, músculos que encontramos nos órgãos. A palavra “visceral” significa “órgãos”.
Agora vamos ver esta imagem aqui, onde temos uma aproximação do nervo acessório - bem, esta é uma vista lateral com muitos cortes aqui, mas você pode ver claramente o nervo acessório destacado em verde em toda a sua glória, e aqui temos o forame jugular, onde outros nervos estão passando, e você pode ver aqui o crânio seccionado, um pouco do tronco encefálico e alguns dos músculos, alguns dos músculos faríngeos, só para você ter uma ideia do que estamos vendo agora porque vamos falar sobre as fibras aferentes.
O termo “aferente” se refere ao fato de que esses tipos de fibras nervosas conduzem sinais ou impulsos nervosos de estímulos sensitivos da periferia em direção ao sistema nervoso central. Então basicamente o que estamos dizendo é que nessas fibras o sinal será conduzido na direção oposta da que vimos para as fibras eferentes - isso quer dizer da periferia até o sistema nervoso central, ou cérebro.
O estímulo, neste caso, pode ser algum dos sentidos básicos, como gosto, tato, temperatura, sons e estímulos visuais, etc. Um ponto que eu gostaria de acrescentar brevemente sobre as fibras aferentes é que elas podem ser divididas em quatro tipos diferentes: fibras aferentes somáticas gerais, fibras aferentes viscerais gerais, fibras somáticas especiais e viscerais especiais – vamos discutir todas elas com mais detalhes em outras videoaulas, mas eu só queria mencioná-los aqui como um lembrete.
Agora vamos voltar a falar sobre o nervo acessório, que como já mencionei é o décimo-primeiro nervo craniano. Suas fibras inervam várias estruturas, incluindo músculos muito importantes, como o músculo esternocleidomastoideo. É este aqui, e se você se lembrar dos primeiros slides é um dos músculos que podemos ver nesta imagem seccionada aqui - o músculo esternocleidomastoideo - e agora ele está destacado em verde como você pode ver.
Então este é um músculo superficial do pescoço que você ver e palpar facilmente. O outro é um músculo muito importante da cintura escapular e do dorso - o músculo trapézio, que você também pode ver aqui destacado em verde. Então esses são dois músculos que são inervados pelo nervo acessório.
Voltando para esta imagem aqui no nervo acessório destacado em verde, eu queria mencionar que ele pode ser tradicionalmente dividido em duas partes. Existe uma parte cranial do nervo e também uma parte espinal - vamos discutir ambas as partes nos próximos slides. Vamos começar falando sobre a primeira parte aqui da nossa lista.
Esta estrutura que você vê destacada em verde - a raíz craniana do nervo acessório - bem aqui. A parte cranial do nervo acessório surge da parte lateral, ou aspecto lateral, do bulbo, como você pode ver aqui. Esta parte surge mais especificamente do núcleo ambíguo. Bom, é importante mencionar que esta parte do nervo - o nervo acessório - é raramente citada nas discussões sobre o décimo-primeiro nervo craniano pois ela é a menor parte do nervo e suas fibras seguem para se juntar às fibras do nervo vago.
Se você se lembrar da nossa lista, a próxima parte é a parte espinal do nervo acessório, e podemos ver agora na imagem a raíz espinal do nervo acessório destacado em verde, como você pode ver bem aqui. A parte espinal do nervo acessório também é conhecida como nervo acessório espinal, e ele surge da parte superior da medula espinal cervical, das raízes nervosas espinais C1 a C5, ou até C6 também.
Geralmente quando se discute o nervo acessório na literatura, é sobre esta parte do nervo a que se refere - a parte espinal. Agora que já entendemos um pouco mais o sentido das fibras eferentes e aferentes, vamos dar uma olhada no trajeto eferente do nervo acessório, desde o início dos impulsos nervosos no cérebro até o seu término na periferia.
Bem, vamos começar com esta estrutura aqui que você vê agora destacada em verde, esta estrutura é conhecida como núcleo ambíguo. É aqui que surgem as fibras motoras eferentes do nervo acessório. E como você pode ver aqui, o núcleo ambíguo está localizado no tubérculo grácil do tronco encefálico.
As fibras que surgem do núcleo ambíguo compõem a parte craniana do nervo acessório, como vimos nos slides anteriores quando falamos sobre a parte craniana do nervo acessório. Na próxima imagem vamos ver uma vista dorsal do tronco encefálico.
Você pode ver aqui o cerebelo seccionado para te mostrar esta estrutura destacada, que é o fascículo grácil. Mais fibras do nervo acessório surgem do fascículo grácil, como você vê aqui nesta vista posterior do tronco encefálico. Essas fibras que surgem do fascículo grácil se unem para formar a raíz espinal do nervo acessório, que primeiro sobe para entrar no crânio através do forame magno.
Lembre-se, também falamos sobre isso nos slides anteriores quando discutimos a raíz espinal do nervo acessório. Continuando no trajeto aqui, podemos ver esta estrutura destacada sobre a qual eu também já falei antes. É uma passagem conhecida como forame jugular. As fibras da parte cranial e da parte espinal do nervo acessório saem do crânio através desta passagem aqui - o forame jugular. Você pode vê-las aqui.
Apesar de as fibras da parte cranial e da parte espinal saírem do crânio juntas, elas não se misturam - não se esqueça disso, isso é muito importante. A parte cranial do nervo acessório se separa da porção espinal e então continua sobre a superfície da estrutura que você vê agora destacada em verde na tela – o gânglio inferior do nervo vago, também conhecido como nervo craniano número dez.
Depois de sair do crânio, essas fibras cranianas seguem dentro do nervo vago como você pode ver aqui agora destacado em verde nesta mesma imagem, e se distribuem principalmente para os ramos faríngeo e laríngeo superior do nervo vago. Continuando o nosso trajeto aqui, você pode ver esta estrutura destacada aqui.
Esta é a parte espinal do nervo acessório, cujas fibras, nós vimos, surgem do fascículo grácil, e seguem para formar a parte principal no nervo acessório, que fornece inervação motora àqueles músculos sobre os quais falamos mais cedo - o músculo esternocleidomastoideo e o músculo trapézio.
Bem, algumas das fibras que surgem do fascículo grácil também se inserem nos primeiros quatro nervos espinais cervicais, C1 a C4. Nesta imagem agora você consegue ver destacado, bem aqui - este é o nervo espinal C1. Logo abaixo podemos encontrar então o nervo espinal número dois, ou C2 para ser mais específico - nós estamos falando sobre os nervos espinais cervicais.
Depois vemos aqui, um pouco mais abaixo, C3, ou nervo espinal C3, e finalmente, bem aqui embaixo na nossa imagem, podemos ver C4. Agora terminamos o trajeto eferente do nervo acessório, e eu queria mencionar rapidamente algumas notas clínicas mais relevantes deste nervo.
Uma lesão do neurônio superior, ou neurônio motor do nervo acessório causa fraqueza nos músculos que ele inerva, aqueles que já falamos mais cedo. Você provavelmente se lembra de alguns desses músculos, e um deles está destacado agora na tela - o músculo esternocleidomastoideo.
Um outro músculo que será acometido é este aqui que você vê agora por trás - este é o músculo trapézio. Tais lesões causam fraqueza do lado oposto ou contralateral do músculo trapézio. Já para o músculo esternocleidomastoideo, como você pode ver, a lesão de um dos nervos acessórios leva a fraqueza do esternocleidomastoideo do mesmo lado do nervo lesionado.
Quando a fraqueza muscular está presente somente nos músculos esternocleidomastoideos, isto pode indicar uma lesão na raíz cervical superior do nervo acessório, ou então uma lesão tegumentar do tronco encefálico.
Isso nos leva ao final desta videoaula, e aqui eu só estou te mostrando uma imagem de uma vista dorsal do nervo acessório destacado em verde, à medida em que segue para inervar o músculo trapézio nas costas.
Agora vamos fazer um resumo rápido antes de concluirmos esta videoaula. Nós vimos as definições de fibras aferentes e de fibras eferentes. Também discutimos as duas partes do nervo acessório - a parte cranial e a parte espinal - e depois vimos o trajeto eferente do nervo acessório.
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