Videoaula: Costelas
Você está assistindo uma prévia. Torne-se Premium para acessar o vídeo completo: Características principais das costelas.
Unidade de estudos relacionada
Artigos relacionados
Transcrição
Olá pessoal! Aqui é o Amanda, do Kenhub, e nesta vídeoaula de anatomia, vamos estudar as costelas e as cartilagens costais. Vamos abordar a estrutura e os principais marcos ósseos das costelas. Vamos ...
Leia maisOlá pessoal! Aqui é o Amanda, do Kenhub, e nesta vídeoaula de anatomia, vamos estudar as costelas e as cartilagens costais. Vamos abordar a estrutura e os principais marcos ósseos das costelas. Vamos começar pela anatomia global das costelas - isto é, a sua localização e organização no corpo, e os dois diferentes tipos de costelas, incluindo as costelas verdadeiras e as costelas falsas.
Em seguida, vamos ver os marcos ósseos que estão presentes em todas as costelas, para depois analisar os marcos ósseos que só podem ser encontrados em algumas costelas específicas. Vamos então ver as articulações das costelas e depois as costelas flutuantes, que são um subtipo de costela falsa.
Depois que já tivermos entendido tudo sobre as costelas e seu posicionamento no tórax, vamos ver o que acontece quando alguma coisa dá errado com elas. Bem, as costelas fazem parte do esqueleto axial, que é composto por crânio, coluna, costelas, esterno e sacro. As costelas são longas. Elas são ossos finos que compõem a caixa torácica.
A caixa torácica protege órgãos vitais que estão localizados no tórax, como o coração e os pulmões. Elas também servem como locais de inserção para alguns músculos que movimentam os braços e te ajudam a respirar. Bem, vamos ver quais os tipos de costelas que podemos encontrar no corpo humano, incluindo as costelas verdadeiras, as costelas falsas e as costelas flutuantes.
Vamos começar olhando para a caixa torácica de frente para ver as cartilagens costais. Então, esta é uma imagem da caixa torácica vista de frente. O esterno está destacado em verde, e as costelas são classificadas em dois grupos de acordo com a sua inserção no esterno. Os primeiros sete pares de costelas são chamados de costelas verdadeiras. As costelas verdadeiras se inserem diretamente no esterno através da cartilagem costal.
As costelas de oito a doze são chamadas de costelas falsas. Elas também se inserem no esterno, mas não diretamente. Ao invés disso, elas se inserem na cartilagem costal das costelas verdadeiras. Observe que tanto as costelas verdadeiras quanto as falsas têm uma extremidade esternal achatada que acomoda a cartilagem costal. A cartilagem forma a articulação entre a costela e o esterno.
Finalmente, as duas últimas costelas, as costelas onze e doze, nem se inserem no esterno. Elas são chamadas de costelas flutuantes e são consideradas como um subtipo de costela falsa. Nesta vista de frente só conseguimos ver uma parte delas, porque as costelas flutuantes não dão a volta no corpo todo.
Antes de seguirmos em frente com os marcos ósseos das costelas, vamos falar sobre as cartilagens costais, que mencionamos brevemente mais cedo. Como mencionamos, as costelas estão unidas medialmente a cartilagens costais, que são cartilagens que estendem as costelas e tornam a parede torácica mais elástica para a respiração.
As primeiras sete cartilagens, e ocasionalmente a oitava, estão conectadas ao esterno, como você pode ver nesta imagem. Por outro lado, as cartilagens de oito a dez estão ligadas às cartilagens imediatamente superior a elas, o que você pode ver nesta imagem. As cartilagens costais das costelas onze e doze não são visíveis nessa imagem, mas elas formam uma espécie de capuz nas extremidades dessas costelas.
Agora vamos dar uma olhada em alguns marcos ósseos que podem ser encontrados na maioria das costelas. Para te mostrar os marcos ósseos, nós isolamos uma costela aqui para você. Esses marcos incluem a cabeça da costela, o colo da costela, a face articular do tubérculo da costela, a articulação entre a costela e a vértebra, a crista do colo da costela, o ângulo e o corpo da costela.
Bem, esta é uma imagem de quatro costelas de níveis diferentes da caixa torácica. Esta é a primeira costela, esta é a segunda, esta é uma costela verdadeira, e esta é a décima-primeira costela. Apesar de algumas exceções, a maioria das costelas têm os mesmos marcos ósseos.
Vamos examinar alguns dos marcos que você encontraria numa costela típica, e depois vamos ver algumas características especiais que podem ser vistas somente em algumas costelas. Para começar, a cabeça da costela é a parte mais próxima à coluna. Todas as costelas têm uma cabeça, com um superfície para articular ou formar uma articulação com o corpo vertebral próximo a ela.
Se afastarmos um pouco mais, vamos chegar nesta parte aqui que é o colo da costela. É uma região um pouco mais longa, entre a cabeça e o ângulo da costela. Nesta imagem, nós o destacamos em verde. O colo tem mais algumas superfícies envolvidas na adesão das vértebras às costelas, que nós chamamos de tubérculos articulares. Os tubérculos das costelas são pequenas protuberâncias ásperas que ligam o colo da costela à vértebra torácica.
Se você olhar os tubérculos de perto, vai perceber uma superfície lisa no meio do tubérculo articular, chamada de face articular. É aqui que o tubérculo da costela se articula com o processo transverso da uma vértebra torácica. Vamos dar uma olhada melhor em como essas superfícies se encaixam. É assim que se parece a articulação entre as costelas e a coluna espinal, vista de cima.
Este é o corpo e este o processo transverso da vértebra. Você pode ver aqui que há duas articulações envolvidas. Esta é a articulação entre a cabeça da costela e o corpo vertebral, e aqui é a articulação entre a face articular do tubérculo e o processo transverso da vértebra. Para nos reorientar, aqui estão quatro costelas de níveis diferentes da caixa torácica.
Esta é a primeira costela, esta aqui é a segunda, esta é uma vértebra típica perto do meio da caixa torácica, e esta é a décima-primeira costela. A parte mais superior do colo da costela é conhecida como crista da costela. Nesta imagem é esta linha verde entre a cabeça da costela e o tubérculo do colo.
Nós acabamos de ver a cabeça e o colo das costelas, e se seguirmos mais um pouco, afastando da coluna, podemos ver que o osso se encurva. Aqui temos o ângulo da costela. Neste ponto, a costela começa a se curvar ao redor do pulmão em direção ao esterno. O restante da costela, desde o ângulo até a articulação com o esterno, é chamado de corpo da costela.
O corpo da costela tem um pequeno sulco na parte inferior, do lado de dentro da caixa torácica. Este é o sulco da costela. Os nervos e as artérias que suprem as costelas e os músculos seguem este sulco. Agora que já sabemos qual é a estrutura básica das costelas, vamos ver algumas das características das costelas atípicas. Lembre-se, as costelas atípicas incluem as costelas um, dois, e de dez a doze.
Nesta parte da videoaula, vamos ver o tubérculo do músculo escaleno, o ponto de inserção do subclávio, o sulco para a veia subclávia e, também, o sulco para a artéria subclávia. E finalmente vamos ver a tuberosidade do músculo serrátil anterior. Bom, esta é a primeira costela.
Assim como uma costela típica ela tem cabeça, colo, corpo e tubérculos articulares, mas ela é muito menor do que as outras costelas e tem alguns marcos ósseos a mais, formados por inserções musculares e vasos sanguíneos que passam por ela. O marco que está destacado nesta ilustração é tubérculo escaleno, e é o ponto de inserção dos músculos escalenos anterior e médio.
Este aqui é outro marco ósseo formado por uma inserção muscular. O músculo subclávio se insere na clavícula e na primeira costela. Quando esse músculo se contrai, ele traciona aproxima a clavícula da primeira costela. Agora, a veia subclávia é uma grande veia que drena o sangue dos membros superiores, e ela passa sobre a primeira costela em seu trajeto em direção ao coração.
A veia subclávia é grande o suficiente para criar uma pequena depressão na costela. Chamamos essa depressão de sulco da veia subclávia, e ele está destacado em verde na figura agora. A artéria subclávia passa sobre a primeira costela do lado da veia subclávia, e também cria um sulco. A pressão sanguínea é maior nas artérias do que nas veias, então o sulco criado pela artéria subclávia é maior do que o sulco da veia subclávia.
O sulco da artéria subclávia está destacado em verde aqui, do lado do sulco da veia subclávia. Assim como os músculos escalenos, o músculo serrátil anterior também cria um marco ósseo único no local onde se insere nas costelas. As primeiras oito ou nove costelas possuem uma tuberosidade do músculo serrátil anterior. Esta é a tuberosidade do músculo serrátil anterior da segunda costela.
Vamos dar uma olhada agora em algumas articulações importantes associadas às costelas. As articulações esternocondrais, ou esternocostais como às vezes são chamadas, são articulações que unem o aspecto medial da segunda à sétima cartilagens costais à superfície lateral do esterno. São articulações sinoviais planas que se movem com a respiração. As articulações esternocondrais do primeiro par de cartilagens costais, por sua vez, se articulam com o manúbrio do esterno, como você pode ver nessa imagem aqui.
Estas articulações são classificadas como sincondroses, que são articulações fortes e estáveis com pequena amplitude de movimento. Seguindo lateralmente ao longo das cartilagens costais, vemos as articulações costocondrais, que são aquelas encontradas entre a extremidade lateral da cartilagem costal e a extremidade esternal, ou medial, das costelas.
Cada uma das extremidades esternais das costelas tem uma pequena depressão em forma de taça na qual a extremidade lateral da cartilagem costal se insere. Essas articulações são articulações cartilaginosas hialinas, e elas estão unidas pelo periósteo de ambas as costelas e pela cartilagem, de forma que geralmente não há movimento nessas articulações. E descendo a caixa torácica em direção às costelas inferiores temos as articulações intercondrais, que são articulações entre as bordas contíguas das cartilagens costais de seis a dez.
Mas observe que enquanto as articulações entre as cartilagens costais de seis a nove são articulações sinoviais planas, a articulação entre a nona e a décima cartilagens costais é uma articulação fibrosa. Essas articulações são reforçadas por ligamentos intercondrais, que você pode ver aqui.
Agora vamos ver algumas características das costelas flutuantes. As costelas de três a dez apresentam estrutura e marcos ósseos típicos, mesmo que as costelas de oito a doze sejam costelas falsas. Lembre-se que as costelas falsas se articulam com o esterno sim, mas apenas através das cartilagens costais das costelas típicas.
As costelas flutuantes são bem parecidas com uma costela típica. Observe que aqui nesta imagem estamos vendo as costelas flutuantes de trás. Esta é a décima-primeira costela. Você pode ver aqui que ela tem cabeça, colo, ângulo e corpo, mas a extremidade esternal dessa costela é cônica ao invés de plana.
Agora que já nos familiarizamos com as características das nossas costelas torácicas, vamos dar uma olhada nas implicações de ter uma costela cervical. Esta é uma radiografia do pescoço e da parte superior do tórax. A coluna e as costelas estão visíveis numa coloração cinza claro. As primeiras quatro costelas estão aqui. Em alguns casos raros, uma pessoa pode ter uma outra costela por cima. Ela é chamada de costela cervical, porque surge de uma vértebra cervical.
Nessa radiografia, a costela cervical está apontada pela seta vermelha. Geralmente existe uma vértebra cervical só de um lado. Normalmente as vértebras cervicais não causam muito problema para a pessoa, mas algumas vezes elas podem alterar a posição de um grande plexo nervoso que se segue desde as colunas cervical e torácica até o braço.
O bloqueio do nervo supraclavicular, que é usado nas cirurgias de ombro, ainda pode ser feito na presença de uma costela cervical, mas o médico tem que tomar cuidado extra para contorná-la. Agora que terminamos de ver as características das costelas e suas correlações clínicas, vamos resumir rapidamente o que aprendemos sobre elas.
Nesta videoaula, vimos a classificação e a estrutura das costelas. As costelas são classificadas em dois grupos. As costelas verdadeiras se fixam diretamente ao esterno através de suas próprias cartilagens costais. As costelas de um a sete são costelas verdadeiras. Nós também vimos as costelas falsas, que se ligam ao esterno através das cartilagens costais das costelas verdadeiras.
As costelas de oito a doze são costelas falsas, e as costelas flutuantes que nem se ligam ao esterno. As costelas onze e doze são costelas flutuantes. As cartilagens costais são cartilagens que se inserem na extremidade medial das costelas para ajudar a tornar a parede torácica mais elástica para a respiração. As cartilagens costais de um a sete se inserem no esterno, enquanto as cartilagens costais de oito a dez se inserem nas cartilagens de cima.
Depois vimos algumas características comuns encontradas em todas as costelas. A cabeça da costela é a parte mais próxima ao corpo vertebral. O colo da costela é imediatamente distal à cabeça. O colo da costela possui uma face articular para a inserção do processo transverso da vértebra, e uma crista, que é o ponto mais alto do colo. Distalmente ao colo está o ângulo da costela.
Este é o ponto onde a costela começa a se curvar ao redor da parte da frente do corpo. A longa parte da costela que segue ao redor do tórax é chamada de corpo da costela. Algumas das costelas têm marcos ósseos únicos. A tuberosidade do músculo serrátil anterior é criada pelas origens do músculo serrátil anterior nas primeiras oito ou nova costelas.
O tubérculo escaleno é criado pela inserção dos músculos escalenos na primeira e na segunda costelas. O músculo subclávio cria um pequeno marco ósseo no local onde se insere na primeira costela. Finalmente, a artéria e a veia subclávias ambas criam um sulco na primeira costela quando passam sobre ela.
O sulco da veia subclávia e o sulco da artéria subclávia estão lado-a-lado na costela. Nós também vimos as articulações da costela, incluindo as articulações esternocondrais, que ligam o aspecto medial da segunda à sétima cartilagens costais à superfície lateral do esterno, e as articulações esternocondrais do primeiro par de cartilagens costais que se articulam com o manúbrio.
Vimos as articulações costocondrais, que são encontradas entre a extremidade lateral da cartilagem costal e a extremidade esternal das costelas. E também vimos as articulações intercondrais, que são as articulações entre as bordas contíguas das cartilagens costais de seis a dez. E, finalmente, finalmente, vimos uma radiografia de uma costela bem incomum.
As costelas se articulam com a coluna torácica, mas elas também podem, algumas vezes, se originar de uma vértebra no pescoço. Isso é então chamado de costela cervical. Embora geralmente não seja um grande motivo de preocupação, as costelas cervicais podem afetar a localização dos nervos que controlam os braços. E é isso, chegamos o final desta videoaula.
Obrigado por assistir e eu espero te ver da próxima vez.