Videoaula: Veias principais dos membros superiores
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Olá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e na videoaula de hoje vamos falar sobre as veias dos membros superiores. E como você já deve saber, as veias do corpo formam uma rede complexa que transporta ...
Leia maisOlá pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e na videoaula de hoje vamos falar sobre as veias dos membros superiores. E como você já deve saber, as veias do corpo formam uma rede complexa que transporta sangue desoxigenado dos tecidos do corpo de volta para o coração.
Esta rede é tão complexa e variável que pode ser difícil aprender e memorizar as veias mais importantes e suas localizações anatômicas no corpo. Nesta videoaula, vamos focar especificamente no membro superior, destrinchando-o para te ajudar a entender de verdade a anatomia venosa desta região.
Começando com as redes venosas da mão, vou seguir com você superiormente através do antebraço e do braço, te mostrando os vários trajetos que o sangue desoxigenado pode percorrer em seu caminho de volta para o coração. Mas antes de começarmos, eu queria falar brevemente sobre alguns conceitos que serão úteis para você neste tutorial, e também para quando você estiver vendo o arranjo geral do sistema venoso.
Vamos usar este esquema aqui para ajudar a ilustrar estes conceitos. Pense nele como se fosse um corte transversal bem simplificado, com a superfície da pele sendo a camada superior. O corpo humano é uma estrutura tridimensional, logo as veias não estão localizadas todas na mesma profundidade.
As veias do membro superior podem ser subdivididas nas veias superficiais e nas veias profundas. As veias superficiais estão localizadas logo abaixo do tegumento, que nada mais é do que um outro nome para a pele, e entre as duas camadas da fáscia superficial.
Como um lembrete, o termo “fáscia” se refere às camadas de tecido conjuntivo que servem para estabilizar e compartimentalizar as estruturas internas do corpo. As veias superficiais drenam para as veias perfurantes, mostradas aqui, que por sua vez drenam para as veias profundas.
As veias profundas do corpo tendem a seguir paralelamente a artérias que acompanham, algumas vezes em pares e algumas vezes em maior número, e estas são conhecidas como veias comitantes daquela artéria específica. As veias são frequentemente dispostas desta forma pois a pulsação da artéria que a acompanha ajuda com o retorno venoso.
“Veia comitante”, o singular de “veias comitantes”, deriva do Latim e significa simplesmente “veia acompanhante”. Para ajudar ainda mais o retorno venoso, as veias também têm válvulas em seu interior a intervalos regulares, como esta indicada aqui, que evitam que o sangue flua na direção errada através da veia.
Agora que temos uma ideia geral da disposição das veias, vamos começar a falar mais especificamente sobre as veias do membro superior. Mas antes de fazermos isso, eu vou te dar uma rápida visão geral do que vamos abordar na videoaula de hoje.
Bem, vamos considerar que o membro superior pode ser dividido em três partes, começando com a mão, considerando as vistas palmar e dorsal. Depois, seguindo superiormente, temos o antebraço, onde vamos ver as veias superficiais e profundas separadamente para não confundí-las. E, finalmente, vamos dar uma olhada no braço, onde vamos, mais uma vez, considerar as veias superficiais e profundas separadamente.
Como prometido, vamos começar a nossa jornada na mão, e vamos ver as veias superficiais e profundas que drenam estes tecidos aqui. Quando estamos olhando para uma vista palmar da mão, podemos ver tanto o arco palmar superficial quanto o profundo destacados em verde. Eles estão intimamente relacionados com os arcos palmares arteriais da mão, que estão indicados aqui por esta linha.
Se removermos as estruturas arteriais e musculares, poderemos ver as veias um pouco melhor. Você pode ver que a rede venosa ainda parece um pouco bagunçada e complexa, e sua disposição de fato tende a variar entre os indivíduos. Então talvez seja melhor usar as localizações que eu apontar aqui mais como um guia do que como uma regra definitiva.
O arco venoso palmar superficial, indicado aqui por esta linha, recebe o fluxo de sangue venoso através de tributárias oriundas das veias digitais comuns. O termo “digitais” neste caso se refere aos dedos. Se você esticar bem a palma da sua mão, pode ser que você consiga ver um pouco do arco palmar superficial.
O arco venoso palmar profundo, que está indicado por esta linha, recebe seu fluxo sanguíneo de tributárias oriundas das veias metacarpais palmares e drenam para a veia radial, sobre a qual nós também vamos falar daqui a pouco.
Se virarmos a mão para dar uma olhada na vista dorsal, podemos ver as veias superficiais que compõem a rede venosa dorsal da mão destacadas em verde. Essas veias podem ser facilmente palpadas no dorso da sua mão, mas como elas estão intimamente conectadas à rede venosa do resto da mão, a compressão dessas veias não interfere muito com o retorno venoso global desta região.
Além de drenar para os arcos venosos palmares superficial e profundo, como acabamos de discutir, esta rede também drena para a veia cefálica e para a veia basílica. Como esta rede pode ser vista tão facilmente no dorso da mão, ela constitui um bom local para a realização de procedimentos médicos que requerem um acesso fácil às veias, tais como a punção venosa e a canulação.
Então agora que abordamos as importantes redes venosas superficial e profunda da mão, vou levar você para a próxima etapa da nossa jornada que é o antebraço. Eu separei esta região para você para que a gente possa ver as veias profundas e superficiais separadamente, para que a gente não se confunda, e vamos começar então com as veias profundas.
As primeiras destas veias que vou te mostrar são as veias radiais, destacadas aqui em verde. Vamos dar um zoom para podermos ver um pouco melhor. As veias radiais são as veias comitantes da artéria radial, e elas recebem suas tributárias do arco venoso palmar profundo, e seguem superiormente pelo antebraço para drenarem nas veias braquiais, sobre as quais vou falar um pouco mais daqui a pouco.
Se eu te levar agora para o lado interno do antebraço, posso te mostrar o segundo par das veias profundas do antebraço, que são as veias ulnares destacadas em verde. Estas veias são maiores do que as veias radiais e são as veias comitantes da artéria ulnar.
As veias ulnares recebem o fluxo sanguíneo venoso de várias fontes, uma delas sendo de tributárias do arco venoso palmar profundo. Elas também recebem ramos de veias que drenam os músculos interósseos anterior e posterior, próximo ao cotovelo, e um grande ramo comunicante da veia cubital mediana, que também vamos abordar com um pouco mais de detalhes daqui a pouco.
As veias ulnares seguem para se juntarem às veias radiais na fossa cubital anterior, que é nada mais, nada menos, do que um outro termo para descrever aquela depressão no seu cotovelo, e juntas elas formam outras veias chamadas de veias braquiais no braço.
Mas antes de seguirmos superiormente para falarmos sobre estas veias, vamos ficar um pouco mais no antebraço, pois aqui existem algumas outras veias localizadas próximas à superfície. Eu estou falando, é claro, das veias superficiais do antebraço.
A proximidade dessas veias com a superfície da pele significa que elas podem ser visíveis no seu braço. Isso as torna um ótimo local para realizar a punção venosa, assim como a rede venosa dorsal da mão sobre a qual falamos um pouco mais cedo.
Então, primeiramente, temos a veia basílica, que segue superiormente pelo lado ulnar do antebraço - ou seja, pelo lado interno desta nossa visão aqui. Se retirarmos outros elementos da anatomia circunjacente aqui, podemos ter uma visão melhor. A veia basílica ajuda a drenar a rede venosa dorsal da mão. Ela segue superiormente pelo braço além do que podemos ver aqui, e termina quando desemboca na veia braquial, que eu já mencionei antes.
Vamos ver isso daqui a pouco quando seguirmos um pouco mais adiante pelo braço. Pulando para o outro lado do antebraço, temos a veia cefálica. Ela recebe seu nome pelo fato de que segue da mão em direção à cabeça, uma vez que “cephalus” em grego significa “cabeça”. Ela recebe o fluxo venoso da região lateral do braço e do antebraço, assim como da rede venosa dorsal da mão, e segue para se juntar à veia axilar um pouco mais acima no braço, numa área chamada de trígono clavipeitoral, para se tornar a veia subclávia.
Assim como outras veias superficiais, ela é vista como uma boa veia para a punção venosa. Como ambas as veias basílica e cefálica seguem superiormente além do antebraço, vamos encontrá-las novamente daqui a pouco, mas antes disso, eu queria te falar sobre esta pequena mas importante veia que está localizada aqui na região da fossa cubital anterior que, se você se lembra, é um outro nome para descrever esta depressão no seu cotovelo.
Se olharmos aqui um pouco mais de perto, eu vou poder te mostrar que esta veia quase horizontal é a veia cubital mediana, e ela conecta a veia basílica e a veia cefálica. Esta veia constitui o local mais comum de punção venosa e é também um local para a introdução de catéteres cardíacos durante procedimentos chamados de cateterismos cardíacos.
Nós agora já vimos as veias superficiais e profundas mais importantes da mão e do antebraço, então a seguir eu gostaria de te levar para a última etapa da nossa jornada que será o braço. Vamos começar desta vez com as veias superficiais antes de abordarmos as veias profundas, porque na verdade você já as conhece.
Estou falando, é claro, das nossas antigas amigas, a veia basílica e as veias cefálicas, que nós encontramos lá no antebraço. Essas veias continuam superiormente pelo braço, como eu estou te mostrando aqui, e se dermos uma olhar um pouco mais de perto na nossa Ana anatômica, podemos ver a porção da veia basílica que se encontra no braço destacada em verde.
Se seguirmos adiante e isolarmos as estruturas venosas um pouco mais, podemos ver que o trajeto da veia basílica no braço é mais curto do que o trajeto da veia cefálica, que está aqui, e que ela termina quando encontra a veia braquial aqui onde está este círculo. Pulando para o outro lado do braço, podemos ver a porção da veia cefálica localizada no braço destacada em verde.
Esta veia segue superiormente pelo braço e drena na veia axilar aqui, numa área conhecida como trígono clavipeitoral, para se tornar a veia subclávia. Seguindo em frente com as veias profundas do braço agora, vamos começar com a veia que já mencionei algumas vezes, que é a veia braquial, e eu tenho certeza que você está morrendo de curiosidade para saber tudo sobre ela.
Se dermos um zoom aqui e isolarmos novamente as estruturas venosas, poderemos ver com mais clareza que as veias braquiais são veias profundas formadas pela união das veias radial e ulnar aqui embaixo, na fossa cubital anterior. As veias braquiais são as veias comitantes da artéria braquial, e recebem vários ramos perfurantes dos compartimentos anterior e posterior do braço.
As veias braquiais se unem mais ou menos aqui e se juntam à veia basílica para formar a veia axilar. Falando nela, a próxima veia que vamos ver hoje é a veia axilar, que podemos ver aqui destacada em verde. Se dissecarmos através das estruturas circunjacentes assim e dermos uma olhada nesta imagem aqui, podemos ver mais claramente a veia axilar destacada novamente em verde com os músculos do tórax superior seccionados para te ajudar a ter uma ideia melhor desta localização.
A veia axilar é uma importante veia que recebe o fluxo sanguíneo venoso de diferentes fontes. Removendo as estruturas circunjacentes ainda mais nos permite ver isso mais claramente. Ela é formada pela união da veia basílica e das veias braquiais aqui embaixo, e também recebe tributárias da veia cefálica e de ramos que correspondem aos ramos da artéria axilar.
Também podemos ver aqui que a veia axilar aumenta em tamanho à medida em que ascende, e termina na margem lateral da clavícula aqui, onde se torna a veia subclávia. Se olharmos de novo brevemente para a imagem anterior, podemos ver como a veia axilar continua seu trajeto seguindo por trás da clavícula. Este é o ponto onde ela se torna a veia subclávia, que está destacada aqui em verde agora, e que é a última das principais veias do membro superior que vamos abordar hoje.
Esta veia, como acabamos de ver, é a continuação da veia axilar. Assim como muitos termos em anatomia, nós podemos usar o nome dessa veia para ajudar a determinar a sua localização. “Subclávia” pode ser literalmente traduzido para “abaixo da clavícula”, o que podemos ver muito claramente nesta imagem aqui. É claro que o retorno venoso não pára aqui simplesmente. Ele continua.
Se removermos algumas outras estruturas ao redor aqui, podemos ver que a veia subclávia se junta à veia jugular interna que desce da cabeça para formar a veia braquiocefálica. Pode ajudar a saber que algumas vezes a veia braquiocefálica pode também ser chamada de veia inominada. Seguindo adiante, podemos ver que a veia braquiocefálica segue para drenar na veia cava superior, retornando o sangue desoxigenado ao coração para que o ciclo possa começar novamente.
Antes de terminarmos esta videoaula, vou dar uma rápida resumida no que falamos hoje, e com isso espero te ajudar a ver como as veias do membro superior se conectam umas às outras de forma geral. Primeiro falamos sobre a disposição geral das veias, então, temos as veias superficiais, que estão localizadas abaixo do tegumento ou pele, e entre as duas camadas da fáscia superficial.
As veias superficiais então drenam nas veias perfurantes, que por sua vez drenam nas veias profundas. As veias profundas estão frequentemente em pares acompanhando as artérias, de forma que a pulsação da artéria possa auxiliar no fluxo sanguíneo venoso. Esses pares são conhecidos como veias comitantes.
Além deste auxílio arterial, as veias também têm válvulas distribuídas em intervalos regulares, que evitam que o sangue flua na direção contrária. A seguir falamos sobre as veias da mão, que de uma vista palmar incluíam o arco venoso palmar superficial que recebe o fluxo sanguíneo das veias digitais comuns, e o arco venoso palmar profundo, que recebe fluxo sanguíneo das veias metacarpais palmares.
Se virarmos a mão para uma vista dorsal, podemos ver a rede venosa dorsal destacada em verde. Assim como várias veias superficiais nesta videoaula, esta rede venosa é um exemplo de um ótimo local para a realização de punção venosa e canulação, devido à sua proximidade com a superfície da pele.
Seguindo superiormente para o antebraço, temos as veias profundas, que consistem na veia radial e na veia ulnar. Em relação às veias superficiais, falamos sobre a veia basílica e a veia cefálica, que são unidas pela veia cubital mediana na região da fossa cubital anterior, ou a depressão do seu cotovelo. Esta pequena veia tende a ser um outro bom local para a punção venosa.
Em seguida, alcançamos o braço. Aqui continuamos a seguir as veias superficiais que tínhamos visto no antebraço, incluindo a veia basílica e a veia cefálica. Quanto às veias profundas, nós abordamos a veia braquial, que se une à veia axilar no trígono clavipeitoral, e segue para se tornar a veia subclávia. Finalmente, eu te mostrei rapidamente como o fluxo sanguíneo venoso segue para a veia braquiocefálica e então para a veia cava superior. É aqui que o sangue chega ao final do seu ciclo pelo corpo e retorna ao coração.
E isso é só por hoje. Eu espero que tenha te ajudado a melhorar o seu entendimento das veias do membro superior, e obrigada por assistir.