Órgãos reprodutores masculinos
O sistema reprodutor masculino faz parte de um sistema chamado sistema urogenital. O sistema urogenital, por sua vez, é constituído pelos sistemas urinário e reprodutor, os quais se fundem (partilham alguns ductos comuns como a uretra) no sexo masculino. Como tal, é importante fazer a distinção entre os sistemas urinário e reprodutor, já que o sistema urogenital possui órgãos excretores (órgãos do sistema urinário), como os rins, os ureteres, a bexiga e a uretra e órgãos reprodutores.
Principais funções do sistema urinário:
- Remover produtos de excreção do corpo (principalmente ureia e ácido úrico)
- Regular o equilíbrio eletrolítico de iões como o sódio, potássio e cálcio
- Controlar o volume sanguíneo e manter a pressão sanguínea
Pênis |
Partes - corpo, glande, raíz, corpos cavernosos, corpo esponjoso, fáscia superficial do pênis, músculo dartos, ligamento suspensor do pênis Vascularização - artéria do bolbo do pênis, artéria profunda do pênis, artéria dorsal do pênis Inervação - nervo pudendo, nervo perineal, nervos escrotais posteriores, nervos dorsais do pênis, nervos pélvicos esplâncnicos |
Escroto |
Conteúdos - testículos, cordões espermáticos, músculo dartos, músculo cremáster, fáscia dartos, rafe Vascularização - artérias pudendas externas superficiais e profundas, ramos das artérias pudendas internas Inervação - nervo ilioinguinal, ramos escrotais do nervo perineal, nervo cutâneo posterior da coxa |
Testículos |
Partes e Conteúdos - túbulos seminíferos, células de Leydig (intersticiais), rede testicular, túnica albugínea, túnica vaginal Vascularização - artérias testiculares Inervação - nervos do plexo nervoso testicular (sistema nervoso simpático) |
Epidídimo |
Partes - cabeça, corpo, cauda, seio do epidídimo Vascularização - ramos das artérias testiculares Inervação - nervos simpáticos dos gânglios celíacos |
Ductos deferentes (Vas deferens) |
Partes - ampolas dos ductos deferentes, contribuem para os ductos ejaculatórios Vascularização - ramo da artéria vesical superior ou inferior Inervação - plexo pélvico |
Glândulas seminais |
Responsáveis pela secreção de frutose e de um agente de coagulação, formam parte do ducto ejaculatório. Vascularização - ramos das artérias vesical inferior e rectal média Inervação - plexo pélvico |
Ductos ejaculatórios |
Formados pela união dos ductos deferentes e das vesículas seminais, desembocam na uretra prostática. Vascularização - ramos das artérias vesicais superior e/ou inferior |
Próstata |
Partes - zonas (periférica, central, de transição, fibro-muscular anterior) e lóbulos (anterior, posterior, lateral, mediano) Vascularização - ramos da artéria ilíaca interna, incluindo as artérias vesicais inferiores, pudenda interna e rectal média Inervação - nervos pélvicos esplâncnicos |
Glândulas bulbo-uretrais |
Secretam fluidos responsáveis pela lubrificação do pênis durante a ereção Vascularização - artérias bulbo-uretrais |
Contrariamente às funções do sistema urinário previamente referidas, as funções do sistema reprodutor masculino incluem:
- Produzir, manter, armazenar e transportar espermatozoides (os gâmetas masculinos) e o fluido que serve de suporte às células - o sémen
- Lançar essas células reprodutoras dentro do trato reprodutor feminino, durante as relações sexuais
- Produzir e secretar as hormonas sexuais responsáveis pela manutenção do sistema reprodutor masculino
- Órgãos genitais masculinos
- Embriologia
- Estruturas macroscópicas e microscópicas
- Fornecimento sanguíneo e drenagem venosa
- Inervação
- Nota clínica
- Referências
- Artigos relacionados
Órgãos genitais masculinos
O sistema reprodutor masculino é o sistema ligado à reprodução - produção dos gâmetas para a fertilização do ovo feminino (ovo ou gameta), e nutrição do feto em desenvolvimento. Tal como outros sistemas do corpo humano, o sistema reprodutor masculino é composto por diversos órgãos, para além disso possui também algumas glândulas e ductos.
Os órgãos do sistema reprodutor (ou genital) masculino podem ser divididos em dois grupos:
- Internos
- Externos
Externos
Os genitais externos masculinos incluem o pênis e o escroto.
Internos
Os genitais internos masculinos incluem os:
- Testículos
- Epidídimos
- Ductos deferentes
- Glândulas seminais (vesículas seminais)
- Ductos ejaculatórios
- Próstata
- Glândulas bulbo-uretrais (Glândulas de Cowper)
As glândulas seminais, a próstata e as glândulas bulbo-uretrais constituem as glândulas acessórias.
Os testículos e epidídimos localizam-se no escroto; contudo, são considerados órgãos genitais internos devido à sua posição durante o desenvolvimento embrionário e homologia aos ovários (órgãos genitais internos femininos). Para mais informações sobre o sistema reprodutor masculino, leia o artigo a seguir.
Embriologia
Fase indiferenciada
Segue-se um resumo muito breve do desenvolvimento do sistema reprodutor masculino, contudo os eventos principais serão destacados. O sexo genético do embrião é determinado aquando da fertilização, de acordo com o tipo de esperma que fertiliza o oócito secundário (assim sendo, XY representa um embrião cujo sexo genético é masculino e XX um cujo sexo genético é feminino). No entanto, o desenvolvimento das características morfológicas masculinas e femininas só se inicia durante a 7ª semana de desenvolvimento. Em estágios iniciais do desenvolvimento embrionário, os sistemas genitais de ambos os sexos são semelhantes, por essa razão, o período inicial de desenvolvimento genital é chamado de fase indiferenciada do desenvolvimento sexual.
Gónadas
A fase indiferenciada do desenvolvimento das gónadas (desenvolvimento de testículos e/ou ovários) começa durante a quinta semana. As gónadas (testículos em desenvolvimento, neste caso) derivam de três fontes:
- Mesotélio que reveste a parede abdominal posterior
- Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário)
- Células germinativas primordiais
Até à 7ª semana as gónadas são designadas de gónadas indiferenciadas. A proliferação das três fontes mencionadas anteriormente, produz um broto no lado medial do mesonefro (rim que aparece no final da 4ª semana e funciona durante cerca de 4 semanas até que um rim permanente se desenvolva). Esse broto é a crista gonadal - o primórdio dos testículos. Com o avançar do desenvolvimento, a crista gonadal dá origem aos cordões gonadais que crescem para o mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário) e, finalmente, sob a influência dos genes Sox9 e Fgf9, se diferenciam em cordões seminíferos (primórdios dos túbulos seminíferos). O gene Sox9 é essencial para a determinação testicular. No entanto, o gene SRY, presente no braço curto do cromossoma Y age como um interruptor que direciona o desenvolvimento das gónadas indiferenciadas em testículos. Os cordões gonadais são induzidos a condensar e formar a rede testicular.
Pouco tempo depois, forma-se a densa túnica albugínea, devido à quebra da conexão entre os cordões seminíferos e o epitélio de superfície. A rede testicular torna-se contínua com 15 a 20 túbulos mesonéfricos, originando os ductos eferentes. Estes ductos estão ligados ao ducto mesonéfrico, o qual se torna o ducto do epidídimo. Durante a 8ª semana, a testosterona produzida pelos tecidos fetais, faz com que a parte proximal de cada ducto mesonéfrico se torne altamente contorcida para formar o epidídimo.
A extremidade caudal de cada ducto mesonéfrico, origina protuberâncias laterais. Essas protuberâncias formam as glândulas seminais. A parte do ducto mesonéfrico entre o ducto das glândulas seminais e a uretra, forma o ducto ejaculatório.
Durante o desenvolvimento embrionário, os testículos localizam-se na parede abdominal posterior. Contudo, durante a 26ª semana de desenvolvimento, descem retroperitonealmente através do canal inguinal e em direção ao escroto para assumir a sua localização definitiva. A descida dos testículos é controlada e induzida por diversos fatores, como por exemplo, o aumento dos processos vaginais que guiam os testículos através do canal inguinal.
Uretra e Glândulas
A uretra desenvolve-se principalmente a partir do mesênquima esplâncnico, enquanto o seu epitélio deriva da endoderme do seio urogenital. A próstata deriva da parte prostática da uretra e cresce para o mesênquima circundante. Com o avançar do desenvolvimento, o epitélio glandular da próstata forma-se e diferencia-se do mesênquima associado em estroma denso e músculo liso da próstata. Finalmente, as glândulas bulbo-uretrais, estruturas com o tamanho de uma ervilha, desenvolvem-se a partir de protuberâncias emparelhadas da parte esponjosa da uretra.
Pênis
O desenvolvimento dos genitais masculinos externos é maioritariamente induzido pela testosterona produzida pelas células dos testículos fetais. O pênis forma-se devido ao alongamento do falus. As pregas uretrais formam a parede lateral do sulco uretral na superfície ventral do pênis. A fusão das pregas uretrais ao longo da superfície ventral do pênis forma a uretra esponjosa. Durante a 12ª semana, um crescimento circular de ectoderme surge na periferia da extremidade distal do pênis - a glande peniana. Esse crescimento rompe-se, formando o prepúcio - uma dobra de pele. O escroto é formado pela fusão das saliências labioescrotais que crescem uma em direção à outra. A linha de fusão dessas dobras (saliências labioescrotais) é claramente visível como a rafe escrotal.
Estruturas macroscópicas e microscópicas
Seguidamente apresenta-se a anatomia macroscópica e microscópica dos órgãos reprodutivos masculinos:
Órgãos genitais externos
Pênis
É o órgão masculino de copulação. Tem um corpo longo e uma ponta com uma dilatação em forma de cogumelo chamada de glande, a qual é recoberta por uma dupla camada de pele, chamada prepúcio em homens não circuncidados. O pênis possui uma raiz (consistindo no bulbo do pênis com uma cruz de cada lado) no períneo e um corpo livre e pendente (corpo ou haste) completamente coberto de pele. O pênis é o órgão responsável pela introdução do esperma no sistema reprodutor feminino. Ele contém tecidos esponjosos que se tornam túrgidos e eretos quando cheios de sangue. Os tecidos eréteis do pênis incluem os corpos esponjosos e os corpos cavernosos.
Os corpos cavernosos formam a maior parte do corpo do pênis. Essas estruturas são envoltas pela túnica albugínea (camadas profunda e superficial) e contêm a maior parte do sangue (devido à sua rica vascularização) no pênis durante a ereção peniana. Os corpos esponjosos também são cobertos pela túnica albugínea e são contínuos com os outros corpos - os cavernosos. Os corpos esponjosos são atravessados pela uretra. Para além disso, unem-se ao sulco mediano na superfície uretral dos corpos cavernosos. São cilíndricos, afunilam-se ligeiramente e estendem-se para a glande. Sendo uma massa de tecido esponjoso (ou tecido erétil), os corpos esponjosos também são capazes de se encher de sangue durante a ereção.
Outras estruturas do pênis incluem a fáscia peniana superficial, o ligamento suspensor do pênis e a sua vascularização. A fáscia peniana superficial não possui gordura, e é constituída por tecido conjuntivo laxo invadido por fibras do músculo de dartos do escroto. Os ligamentos suspensores do pênis são os ligamentos fundiforme e triangular, sendo ambos responsáveis pelo suporte do corpo do pênis. Esses ligamentos são formados por fibras elásticas e são contínuos com a fáscia peniana.
Escroto
O escroto é uma estrutura semelhante a um saco formado a partir da parte inferior da parede abdominal e está suspenso por trás do pênis. Ele abriga e protege os testículos e os cordões espermáticos e mantém os testículos a uma temperatura cerca de 2-4°C inferior à temperatura corporal.
O tecido escrotal subcutâneo não possui gordura, mas contém uma parte do panículo carnoso, o músculo dartos, que envia uma banda para o septo fibroso da linha média do escroto. Em alturas de baixas temperaturas, o músculo cremáster contrai de forma a puxar o escroto para junto do corpo, um local com temperatura mais elevada, enquanto o músculo dartos dá ao escroto a sua aparência enrugada. Quando a temperatura aumenta, os músculos dartos e cremáster relaxam fazendo com que o escroto se afaste do corpo e perca a sua aparência enrugada. A parede escrotal é composta por uma camada fina de pele revestida por tecido muscular liso (fáscia de dartos ou fáscia de Colles). A pele que reveste o escroto é pigmentada e tem várias glândulas sebáceas (produtoras de sebo), glândulas sudoríparas e alguns pêlos. Externamente, os componentes direito e esquerdo do escroto estão separados por uma linha média chamada rafe.
Órgãos genitais internos
Testículos
Os testículos são dois órgãos genitais internos masculinos em forma de ovo que produzem o esperma e a hormona testosterona, eles localizam-se dentro do escroto. O testículo esquerdo localiza-se ligeiramente inferior ao direito.
Cada testículo é formado por estruturas densamente enroladas chamadas túbulos seminíferos, os quais são adjacentes às células de Leydig ou células intersticiais de Leydig, estas células são responsáveis pela produção da testosterona na presença de hormona luteínica (LH). Os túbulos seminíferos abrem-se para uma série de canais chamados de rede testicular. O esperma move-se da rede testicular para o epidídimo. Os epidídimos estão ligados à superfície póstero-lateral dos testículos. A continuação direta do epidídimo forma outra estrutura chamada de ductos deferentes (vas deferens). Recobrindo os testículos existe um tecido fibroso espesso, a túnica albugínea. As superfícies ventral e lateral dos testículos estão livres num espaço seroso formado pela túnica vaginal sobrejacente, um remanescente do processo vaginal fetal.
Epidídimo
O epidídimo é um tubo único e firme, com cerca de 7 metros de comprimento, altamente enrolado e unido por tecido fibroso. Ele liga-se, atrás do testículo, ao lado medial dos ductos deferentes. O epidídimo funciona como um local de maturação e armazenamento dos espermatozóides. Entre o epidídimo e o testículo, há uma fenda estreita, o seio do epidídimo. Este seio encontra-se dentro da túnica vaginal. O epidídimo pode ser dividido em três partes. São elas a cabeça, o corpo e a cauda. Os ductos deferentes são contínuos com a cauda do epidídimo.
Quando esta estrutura se inflama ocorre a epididimite. Consulte o link abaixo para mais informações.
Ductos deferentes
Os ductos deferentes são uma continuação do ducto do epidídimo. Eles têm uma parede muscular relativamente espessa e um lúmen pequeno. Os ductos deferentes começam na cauda do epidídimo, ao nível do polo inferior dos testículos, ascendendo posteriormente a eles e medialmente ao epidídimo. Eles formam o componente principal do cordão espermático. Os ductos deferentes correm mais para cima e aumentam para formar a ampola dos ductos deferentes antes de terminarem unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório.
Glândulas seminais (Vesículas seminais)
As glândulas seminais são estruturas alongadas com aproximadamente 5cm de comprimento e localizam-se entre o fundo da bexiga e o reto. Estas glândulas têm uma posição oblíqua superior à próstata e não armazenam esperma, em vez disso, secretam um fluido alcalino espesso com frutose (a fonte de energia do esperma) e um agente de coagulação que se misturam com o esperma à medida que este passa nos ductos ejaculatórios e na uretra. As extremidades superiores das glândulas seminais são revestidas por peritônio. O ducto da glândula seminal une-se aos ductos deferentes para formar o ducto ejaculatório.
Ductos ejaculatórios
Estas estruturas são tubos delgados formados pela união dos ductos do ducto deferente e da vesícula seminal. Os ductos ejaculatórios têm cerca de 2.5cm de comprimento e formam-se perto do colo da bexiga. Durante o seu trajeto, os ductos perfuram a próstata e esvaziam-se na parte da uretra que atravessa a glândula prostática.
Você já pensou em aprender anatomia em 3D? Será que seria uma boa ideia? Leia este artigo e tire suas próprias conclusões.
Próstata (Glândula prostática)
A glândula prostática tem cerca de 3cm de comprimento, 4cm de largura e 2cm de profundidade (medido antero-posteriormente), sendo a maior glândula acessória do sistema reprodutor masculino.
A próstata pode ser dividida de duas formas: em zonas ou em lobos.
Zonas
- Zona periférica (ZP) - É a partir desta porção da glândula que ~70–80% dos cancros prostáticos se originam.
- Zona central (ZC) - Esta zona rodeia os ductos ejaculatórios. A zona central é responsável por apenas 2.5% dos cancros prostáticos, no entanto, estes tendem a ser mais agressivos e mais prováveis de invadir as vesículas seminais.
- Zona transicional (ZT) - 10–20% dos cancros prostáticos originam-se nesta zona. A zona transicional rodeia a uretra proximal e é a região da próstata que cresce durante toda a vida e é responsável pela doença de hiperplasia prostática benigna.
- Zona fibro-muscular anterior (ou estroma) - Esta zona geralmente não possui componentes glandulares, sendo composta unicamente, como o seu nome sugere, por músculo e tecido fibroso.
Lobos
- Lobo anterior (ou istmo) - corresponde aproximadamente a parte da zona transicional
- Lobo posterior - corresponde aproximadamente à zona periférica
- Lobos laterais - engloba todas as zonas
- Lobo mediano (ou lobo médio) - corresponde grosseiramente a uma porção da zona central
A próstata é rodeada por uma cápsula, a cápsula fibrosa da próstata, que contém os vasos sanguíneos e nervos desta glândula. A cápsula fibrosa é, por sua vez, rodeada por uma camada visceral da fáscia pélvica, formando a bainha prostática fibrosa. A principal função da próstata é a secreção de um fluido leitoso, responsável por 20% do volume do sémen. Este fluido leitoso tem também um papel importante na ativação dos espermatozóides. Os ductos prostáticos, cerca de 20 a 30, abrem-se principalmente nos seios da próstata que se encontram em ambos os lados do colículo seminal na parede posterior da uretra prostática.
Glândulas bulbo-uretrais
Estas são as terceiras glândulas acessórias do sistema reprodutor masculino, e são também chamadas de glândulas de Cowper. As glândulas bulbo-uretrais são pequenas estruturas redondas com cerca de 1cm de comprimento que se localizam postero-lateralmente à parte intermédia da uretra. Elas esvaziam-se diretamente na uretra e secretam fluidos escorregadios que lubrificam a glande quando o pênis está ereto.
Chegou a hora de testar seus conhecimentos sobre as estruturas da pelve masculina.
Fornecimento sanguíneo e drenagem venosa
Pênis
O pênis recebe três pares de artérias que são todas ramos da artéria pudenda interna. Essas artérias são:
- artéria bulbouretral
- artéria profunda do pênis
- artéria dorsal do pênis
O pênis é drenado por:
- veias que acompanham as artérias mencionadas anteriormente, mas principalmente pela veia dorsal do pênis. Todas as veias drenam para as veias pudendas internas.
Escroto
- artérias pudendas externas superficial e profunda
- ramos das artérias pudendas internas
A drenagem venosa é feita pelas:
- veias pudendas externas (superficial e profunda as quais drenam para a veia safena magna)
Testículos
- artérias testiculares, ramos da artéria aorta abdominal.
Os testículos são drenados pelo:
- plexo pampiniforme
Epidídimos
- ramos da artéria testicular
- a drenagem venosa é feita pelo plexo pampiniforme
Ductos deferentes
- ramo da artéria vesical superior ou inferior (uma artéria muito pequena)
- a drenagem venosa é feita pelo plexo pampiniforme
Glândulas seminais
As vesículas seminais recebem sangue arterial a partir de:
- ramos das artérias vesical inferior e retal média
Estas glândulas são drenadas pelas:
- veias vesical inferior e retal média, as quais acompanham as artérias do mesmo nome (veias comitantes)
Ductos ejaculatórios
- ramos das artérias vesicais superior e/ou inferior
Eles são drenados pelas veias comitantes que se juntam aos plexos venosos prostáticos e vesical.
Próstata
- ramos da artéria ilíaca interna incluindo as artérias vesical inferior, pudenda interna e retal média.
A próstata é drenada pelo:
- plexo venoso prostático, o qual drena, por sua vez, para as veias ilíacas internas
Glândulas bulbouretrais
- vascularizadas por um dos três ramos da artéria peniana comum - a artéria bulbouretral
Inervação
Pênis
- Nervos pudendos
- Nervos perineais
- Nervos escrotal posterior e dorsal do pênis
- Nervos esplâncnicos pélvicos (nervos S2 e S3)
Escroto
- Nervo ilioinguinal (L1)
- Ramos escrotais do nervo perineal (S3)
- Nervo cutâneo femoral posterior (S2)
Testículos
- Nervos simpáticos
Epidídimo
- Nervos simpáticos do gânglio celíaco
Ductos deferentes e vesículas seminais
- Plexo pélvico
Próstata
- Nervos esplâncnicos pélvicos
Agora você já está preparado para fazer este amplo teste sobre o sistema reprodutor masculino.
Nota clínica
Angulação ventral do pênis
O trauma do pênis pode causar danos ao ligamento suspensor. A lesão deste ligamento resulta numa angulação ventral do corpo do pênis.
Disfunção erétil
A disfunção erétil traduz-se na incapacidade de atingir a tumescência (uma ereção espontânea do pênis durante o sono ou ao acordar), mesmo com estimulação adequada. O mecanismo da ereção é muito complexo, por isso, a lesão de qualquer componente peniano pode originar disfunção erétil. Contudo, as causas mais comuns da disfunção erétil são as seguintes:
- Doenças ateromatosas, resultando em insuficiência arterial
- Distúrbios psicogénicos que impessam o relaxamento do músculo liso cavernoso
- Prostatectomia
- Remoção dos intestinos
Priapismo
O priapismo é uma condição clínica caracterizada pelo desenvolvimento de uma ereção que não diminui após a ejaculação. O priapismo pode estar associado tanto a alto fluxo como a baixo fluxo. No entanto, o priapismo de baixo fluxo é mais comum e pode ocorrer espontaneamente, devido a doenças como a leucemia ou a anemia falciforme, ou como resultado da injeção de drogas como a prostaglandina intracavernosa E1, diretamente no pênis em pessoas com disfunção erétil. O priapismo pode levar à isquemia do músculo liso corporal, causando dor e podendo mesmo causar disfunção erétil se não tratado.
Pseudo-hermafroditismo masculino
Indivíduos com esta condição intersexual possuem núcleos com cromatina sexual negativa (ou seja, não possuem cromatina sexual) e têm um constituição cromossómica 46, XY. A sua genitália externa possui um desenvolvimento diferente do normal. O pseudo-hermafroditismo masculino é causado pela produção inadequada de testosterona pelos testículos fetais e o desenvolvimento testicular varia podendo ser rudimentar ou normal.
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