Videoaula: Regiões do membro superior
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Quer você goste de assistir os macacos balançando nos galhos das árvores do zoológico, ou você tenha boas lembranças de brincar nas barras do parquinho quando era uma criança, eu aposto que você ...
Leia maisQuer você goste de assistir os macacos balançando nos galhos das árvores do zoológico, ou você tenha boas lembranças de brincar nas barras do parquinho quando era uma criança, eu aposto que você estava muito envolvido para considerar as regiões específicas dos membros superiores que ajudaram a realizar o movimento dessas atividades.
Você pode estar pensando: “Bem, todo mundo sabe quais são as partes do braço; afinal, nós as usamos todos os dias”. No entanto, as regiões dos membros superiores podem não ser tão óbvias quanto você pode pensar, e entendê-las, sua terminologia descritiva, e o conteúdo de cada região é crucial para reconhecer e comunicar a localização das estruturas, lesões ou patologias.
Então segure firme enquanto damos uma olhada mais de perto nas principais regiões dos membros superiores. Durante esta videoaula nós vamos revisar as principais regiões anatômicas dos membros, ou extremidades, superiores.
Vamos dar uma olhada nos termos importantes relacionados ao ombro, ao braço, ao cotovelo, ao antebraço e à mão. À medida que avançamos vamos detalhar mais as subdivisões, os principais conteúdos e os limites dessas regiões. Mas antes de mergulhar no assunto, vamos dar um passo atrás para compreender de forma clara a anatomia regional do membro superior. Então o que queremos dizer com termo “regiões” nesse contexto?
Bem, o membro superior é dividido em diferentes áreas, ou regiões, que são determinadas com base na posição ou na função das estruturas subjacentes. Regiões menores geralmente correspondem, e são nomeadas, de acordo com a sua estrutura específica, tal como a região deltoidea, que recebe seu nome do músculo deltoide; enquanto regiões maiores, como o ombro, e regiões mais complexas, como a mão, são organizadas adicionalmente em subdivisões.
Com esse conhecimento estamos prontos para explorar precisamente como as regiões são distribuídas no membro superior. Como um todo, o membro superior é dividido em aspectos anterior e posterior, com base na sua posição anatômica. Além disso, o braço, o antebraço e a mão são separados em compartimentos anterior e posterior por uma fáscia intermediária e por um septo intermuscular de tecido conjuntivo.
Bem, então agora você está pronto para fortalecer o seu conhecimento sobre o membro superior? Ótimo! Sem mais delongas, vamos começar com a região do ombro.
O ombro é a região mais proximal do membro superior. Localizado entre o tórax e o braço, o ombro é delimitado medialmente pelos músculos peitorais no tórax, superiormente pela clavícula, posteriormente pela escápula, e inferiormente pelo braço. A articulação óssea entre o úmero e a escápula forma um dos principais componentes do ombro - a articulação glenoumeral ou articulação do ombro.
O ombro também contém duas importantes subdivisões - a região deltoidea e a região axilar. A região deltoidea se estende ao redor do ombro e corresponde ao músculo deltoide subjacente.
Apesar de o músculo ser responsável pelo contorno reconhecido do ombro, é importante entender que a região deltoidea é diferente da região do ombro, e que esses termos não são sinônimos. Como uma subregião do ombro, a região deltoidea se localiza superficialmente e lateralmente, cobrindo os músculos do manguito rotador que ancoram e sustentam a articulação do ombro propriamente dita.
A região deltoidea pode ser adicionalmente subdividida nas regiões deltoideas anterior e posterior. Situado ao longo da borda medial do músculo deltoide e adjacente ao músculo peitoral maior está o sulco deltopeitoral.
Apesar de seu nome ser pouco criativo, esse é um marco importante de lembrar, pois ele abriga a veia cefálica e é o local onde o processo coracoide da escápula é mais facilmente palpado. Localizada abaixo da articulação do ombro, na junção entre a parte superior do membro superior e o tórax, está a região axilar.
Talvez mais conhecida como "suvaco", a axila é uma via de passagem movimentada de nervos e vasos fundamentais para o membro superior. Na axila, o espaço ou vão em forma de pirâmide criado entre a parede torácica lateral e o membro superior é conhecido como fossa axilar. A fossa axilar contém vasos e nervos do membro superior e músculos do braço. A axila é delimitada anteriormente pelos músculos peitorais, e posteriormente por músculos do ombro e do dorso.
Medialmente, é delimitada pela parede torácica anterior, enquanto lateralmente sua borda é o úmero. O ápice da axila é o canal cervicoaxilar, enquanto seu assoalho é a fáscia axilar. Isso encerra a região do ombro. Vamos seguir uma região para baixo e ver o que podemos encontrar no braço.
O braço, ou região braquial, é muitas vezes considerado como todo o membro superior; mas isso não é muito preciso do ponto de vista anatômico. Em anatomia, o braço se estende somente da região deltoidea do ombro, superiormente, até a região do cotovelo inferiormente. A região do braço compreende um aspecto anterior e um posterior.
A região anterior do braço, ou região braquial anterior, contém os músculos flexores do braço, o úmero, e as estruturas neurovasculares que suprem esta região ou continuam seu trajeto para o restante do membro. O formato dos músculos do braço cria dois marcos de superfície.
O mais medial dos dois é conhecido como sulco bicipital medial. É uma indentação rasa, formada entre o bíceps braquial no braço anterior e o tríceps braquial no braço posterior. Se temos alguma estrutura medial, devemos ter uma lateral também, certo? Correto! A contraparte lateral do sulco bicipital medial é conhecida como sulco bicipital lateral. É formado pelos contornos dos mesmos dois músculos do braço. Agora vamos dar uma rápida espiada na região posterior do braço, também conhecida como região braquial posterior. Assim como a região anterior, ela abrange a área entre a região deltoidea e a região do cotovelo. Essa região contém os músculos extensores do braço e corresponde ao compartimento posterior dos músculos do braço.
O músculo tríceps braquial é o principal extensor do braço, e define a anatomia de superfície dessa área. E isso encerra as regiões do braço. Está na hora de seguir para o cotovelo. A região do cotovelo é bem simples. É uma pequena área delimitada superiormente pelo braço e inferiormente pelo antebraço.
De forma alternativa, essa região é conhecida como região cubital e é dividida nos aspectos anterior e posterior. Situada entre a região anterior do braço e a região anterior do antebraço está a região cubital anterior. Nessa região temos uma depressão chamada de fossa cubital, que você pode conhecer se já teve que tirar sangue alguma vez na vida.
Os principais conteúdos dessa região são o tendão do músculo bíceps braquial e os vasos e nervos passando para o antebraço. Você pode adivinhar o que vem em seguida? Aperte o cinto, porque é a região cubital posterior. Também conhecida como região posterior do cotovelo ou região olecraniana, a área em questão contém o olécrano - uma estrutura óssea da ulna que muitos tradicionalmente enxergam como se fosse o cotovelo propriamente dito.
Agora está na hora de seguir com o vizinho imediato do cotovelo e dar uma olhada no antebraço. Logo distalmente ao cotovelo temos a região do antebraço, também referida como região antebraquial. Há dois marcos de referência que você deve conhecer nessa região. Quando uma pessoa está na posição anatômica, a região mais medial é conhecida como borda medial do antebraço, enquanto a região mais lateral é chamada de borda lateral do antebraço. Fácil! A região anterior do antebraço, também conhecida como região antebraquial anterior, corresponde ao compartimento anterior do antebraço.
Ela contém os músculos flexores do antebraço, a ulna, o rádio e as estruturas neurovasculares do antebraço. Tenho certeza que você pode adivinhar o que vamos abordar a seguir - elementar, meu caro Watson! É o antebraço posterior, também conhecido como região antebraquial posterior. Esta região corresponde ao compartimento posterior do antebraço.
Seu conteúdo inclui os músculos extensores do antebraço, assim como o nervo radial e seu ramo profundo, que inervam esses músculos. Isso encerra o antebraço. Vamos agora dar uma olhada nessa região pequena mas muito ativa chamada de punho.
O punho, ou região carpal, corresponde à área ocupada pelos ossos do punho subjacentes, chamados de ossos carpais. Permite a passagem de nervos, vasos e tendões musculares para a mão. Considerando que usamos a mão praticamente para tudo, o punho tem um papel bem importante. A região anterior do punho abriga o retináculo dos flexores.
Como você provavelmente pode adivinhar por causa do seu nome, ele mantém os tendões dos flexores dos dedos no lugar, assim como o nervo mediano, enquanto também forma um teto para o túnel do carpo. Considerando a quantidade de estruturas que têm que passar através dessa pequena área, não é de se surpreender que as coisas podem dar errado. Você pode já estar familiarizado com a síndrome do túnel do carpo, já que é bem comum.
Mas se você quiser saber mais sobre ela, fique ligado até o final, pois vamos arregaçar as mangas e aprender tudo sobre a síndrome do túnel do carpo. Será que você consegue adivinhar o próximo tópico? É isso aí! É a região posterior do punho.
O que vamos encontrar nessa região é na verdade muito semelhante ao que vimos na região anterior, mas em vez dos flexores, vamos falar agora sobre todas as estruturas extensoras, especificamente o retináculo dos extensores, que recobre os tendões dos músculos extensores que atravessam essa área.
Agora que terminamos o punho com sucesso finalmente chegamos à nossa última, e provavelmente mais complexa região do membro superior. É isso mesmo! É a mão. Então, o que há de tão especial na mão? Bem, ela tem uma estrutura muito complexa com vários pequenos ossos e músculos. Coletivamente, eles te permitem realizar tarefas tais como escrever, usar ferramentas e jogar Candy Crush no seu celular.
Essa complexidade também se reflete na maneira com que a mão é adicionalmente subdividida em regiões menores. Vamos lá para as primeiras duas regiões! Enquanto sempre tivemos uma divisão anterior e uma posterior nas outras regiões do membro superior, na mão temos a palma da mão e a região dorsal da mão.
Como você pode ver, a palma não compreende todo o aspecto anterior da mão, mas somente a região entre o punho e os dedos. De um modo geral, essa região contém os músculos flexores da mão, assim como os nervos e vasos associados. O contorno desses músculos é visível na palma da mão, que tem duas áreas elevadas. Cada uma delas recebe um nome específico de acordo com os grupos musculares subjacentes. A eminência tenar é a área arredondada na base do polegar.
Ela corresponde aos músculos tenares subjacentes responsáveis pelos movimentos finos do polegar. A eminência hipotenar é a área menor e menos pronunciada próxima da margem medial da mão, que repete o formato dos músculos hipotenares encontrados nessa área. Os músculos hipotenares são responsáveis pelos movimentos do dedo mínimo. Para onde vamos a seguir? Vamos para o dorso da mão, é claro.
Esta região contém os músculos e tendões extensores, os interósseos dorsais, e alguns nervos e vasos. Há também uma pequena região importante no dorso da mão. A fossa radial, talvez mais conhecida como tabaqueira anatômica, é uma depressão triangular na parte medial do dorso da mão. É encontrada logo distal ao punho e é melhor visualizada quando o polegar está abduzido. Ela contém os nervos e vasos que suprem a mão.
Com base nos ossos subjacentes, a mão também pode ser dividida na região metacarpal e nos dedos. A região metacarpal é bem direta. Ela simplesmente corresponde à área ocupada pelos ossos metacarpais na palma da mão. Correspondendo às falanges subjacentes, temos os dígitos da mão.
Os dígitos estão numerados de 1 a 5, começando com o dígito mais lateral conhecido como polegar, seguindo sequencialmente para o dedo indicador, o dedo médio, o dedo anular, e o dedo mínimo, algumas vezes conhecido como mindinho. O termo “dígitos” é comumente usado como sinônimo de “dedos”. Em anatomia, somente os dígitos 2 a 5 são dedos. O polegar, ou primeiro dígito, não.
Dois aspectos podem ser definidos na superfície dos dígitos. As superfícies palmares dos dígitos da mão são - você adivinhou - do mesmo lado que a palma da mão, ou aspecto anterior da mão. Contidos na superfície palmar dos dígitos estão os tendões flexores distais que dobram os dedos, além de outros músculos para movimentos mais complexos dos dedos.
O aspecto dorsal dos dígitos corresponde ao dorso, ou superfície posterior da mão. Ele contém as falanges e os tendões dos extensores dos dedos, que ajudam a estender os dedos. A última estrutura que vamos ver nessa videoaula na verdade não é uma estrutura propriamente dita. Estamos falando dos espaços interdigitais. Eles são simplesmente espaços entre os dedos. Existem quatro espaços em cada mão.
Agora que aprendemos tudo sobre o membro superior, vamos colocar um jaleco e entrar na parte clínica. Como prometi anteriormente, vamos falar agora sobre a síndrome do túnel do carpo. O túnel do carpo propriamente dito é uma passagem estreita na região anterior do punho que permite a passagem de tendões musculares e estruturas neurovasculares essenciais, incluindo o nervo mediano.
A compressão do nervo mediano pelo retináculo dos flexores sobrejacente é o que causa a síndrome do túnel do carpo. Sintomas comuns incluem dor, queimação e sensação de formigamento nos dígitos 1 a 4, mas nunca no dedo mínimo. A síndrome do túnel do carpo comumente resulta em um desgaste dos músculos tenares.
A síndrome piora com o tempo e frequentemente uma cirurgia é necessária para aliviar completamente os sintomas. Isso pode ser feito através de um procedimento chamado de descompressão do túnel do carpo, no qual o retináculo dos flexores é cortado para aliviar a pressão no nervo mediano.
Certo, agora você pode se dar um tapinha nas costas porque agora você domina as regiões do membro superior. Mas antes de você ir vamos resumir tudo o que aprendemos hoje. Para começar vimos a parte mais proximal do membro superior - o ombro.
A seguir vimos as subregiões do ombro, incluindo a região deltoidea e o sulco deltopeitoral. Em seguida abordamos a região axilar, comumente conhecida como suvaco. Depois seguimos para baixo no braço, ou região braquial, para ver a região braquial anterior contendo os músculos flexores.
Também demos uma olhada no sulco bicipital medial e no no sulco bicipital lateral nessa região. Do lado oposto, abordamos a região braquial posterior contendo os músculos extensores do braço, ou seja, o tríceps braquial. Logo distal ao braço vimos o cotovelo. Aqui nós passamos pela região anterior do cotovelo contendo a fossa cubital e a região posterior do cotovelo que contém a parte óssea olécrano, da ulna.
Continuando distalmente, vimos o antebraço. Nas suas subdivisões anterior e posterior, vimos os músculos flexores e extensores do antebraço, respectivamente. Ligando o antebraço à mão, o punho foi a próxima parada no membro superior. Aprendemos que a região carpal anterior contém o retináculo dos flexores, tendões dos músculos flexores e o nervo mediano.
Na região carpal posterior vimos o retináculo dos extensores e os tendões dos músculos extensores. Continuando, exploramos a complexidade da mão. Nessa região do membro superior, nós abandonamos a terminologia “anterior” e “posterior” para usar “palma da mão” e “dorso da mão”. Vimos que a palma da mão se situa entre o punho e os dígitos e contém tanto a eminência tenar quanto a eminência hipotenar.
Os principais conteúdos do dorso da mão incluíam os músculos e tendões extensores e os músculos interósseos dorsais. Nós então demos uma olhada de perto na fossa radial, ou tabaqueira anatômica. Em seguida, nós identificamos rapidamente a região metacarpal e os cinco dígitos. Nós então mencionamos as superfícies palmares dos dígitos e as superfícies dorsais dos dígitos.
Finalmente, concluímos nossa videoaula revisando os quatro espaços interdigitais da mão que são simplesmente espaços entre os dedos. Para a sessão de notas clínicas, vimos a síndrome do túnel do carpo. Especificamente, revisamos como é causada pela compressão do nervo mediano pelo retináculo dos flexores.
Também discutimos os sintomas associados e como pode ser tratada cirurgicamente através da liberação do túnel do carpo.
Conseguimos! Bom trabalho, pessoal! Esperamos que você tenha aproveitado esta videoaula. Te vejo da próxima vez e bons estudos!