Videoaula: Tronco encefálico (cerebral)
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Olá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e neste tutorial nós vamos estudar o tronco encefálico e as estruturas adjacentes.
Então, neste tutorial nós vamos ver esta imagem em particular, que mostra o ...
Leia maisOlá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e neste tutorial nós vamos estudar o tronco encefálico e as estruturas adjacentes.
Então, neste tutorial nós vamos ver esta imagem em particular, que mostra o aspecto dorsal do encéfalo e mais especificamente na primeira metade deste tutorial nós vamos focar nesta área que está destacada - o aspecto dorsal do tronco encefálico - e mais tarde nós vamos continuar e falar sobre esta região aqui, e em seguida nós vamos finalizar com uma discussão sobre o cerebelo e os pedúnculos cerebelares.
Tenha em mente que nesta videoaula nós não vamos discutir as estruturas internas do tronco encefálico, já que estas estruturas não são visíveis nesta imagem. Nós vamos começar falando com uma breve análise do encéfalo em um corte sagital na linha média, e, como você pode ver, nós temos o tronco encefálico destacado em verde.
O tronco encefálico, como você pode ver, possui o formato de um tronco curto, e é uma parte importante do encéfalo, já que conecta os hemisférios cerebrais à medula espinhal, e o tronco encefálico possui várias funções, incluindo as seguintes: o tronco encefálico atua como uma estação de conexão entre os hemisférios cerebrais, o cerebelo e a medula espinhal; o tronco encefálico está também envolvido na regulação do ciclo sono-vigília, consciência e controle cardiovascular e respiratório; e o tronco encefálico funciona ainda como local de origem da maioria dos doze nervos cranianos no encéfalo.
E continuando com o nosso corte sagital na linha média do encéfalo, nós podemos ver que estruturalmente o tronco encefálico é constituído por três partes - o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. Entretanto, o aspecto dorsal do tronco encefálico não corresponde necessariamente ao seu aspecto ventral.
Nós vamos ver algumas partes do tronco encefálico que nem sempre parecem se conectar. Então, como você pode ver nestas próximas imagens, à esquerda está a nossa imagem do mesencéfalo em um corte sagital na linha média, à direita está parte do mesencéfalo dorsal, que nós vamos ver ao longo desta videoaula.
E o mesmo vale para a ponte, exceto que o aspecto dorsal da ponte na verdade é recoberto por uma cavidade cheia de líquido chamada quarto ventrículo. Na verdade a região que nós vamos estudar dorsalmente é parte do assoalho do quarto ventrículo, e a área que corresponde dorsalmente ao bulbo é esta área aqui à direita, apesar de, como você pode ver, a parte superior do bulbo constitui o assoalho do quarto ventrículo, enquanto a parte inferior recobre o aspecto dorsal do bulbo.
Mas antes vamos é claro começar a nossa videoaula sobre o tronco encefálico com o mesencéfalo - a parte mais superior do aspecto dorsal do tronco encefálico. O mesencéfalo é a parte mais rostral do tronco encefálico. Como você pode ver, o aspecto dorsal do mesencéfalo está localizada entre o tálamo, que é esta estrutura aqui, e a ponte, que nós vimos mais cedo.
E como é a localização dos núcleos do terceiro e quarto nervos cranianos, sua principal função é controlar os movimentos do olho, bem como o processamento de informações auditivas e sensoriais. No seu aspecto posterior existem várias estruturas, incluindo a placa tectal, posteriormente, também conhecida como placa quadrigeminal, que pode por sua vez ser dividida em colículo superior e colículo inferior; e os pedúnculos cerebrais anteriormente.
Como nós mencionamos, a placa tectal ou placa quadrigeminal pode ser dividida nos colículos superiores e inferiores, e nós vamos começar com os colículos superiores. Como você pode ver, os dois colículos superiores, que são intumescências arredondadas do mesencéfalo, estão situadas abaixo do tálamo, e envolvem a glândula pineal, que é esta estrutura localizada na linha média, bem aqui.
E como você pode ver nesta imagem, os colículos superiores são uma estação de conexão para movimentos reflexos do olho e reflexos pupilares, recebendo informações da retina e do córtex visual. Claramente a função primária dos colículos superiores é visual. E logo abaixo dos colículos superiores estão os colículos inferiores, que são a central de conexão da via auditiva, e portanto sua função está primariamente relacionada à audição.
Nesta imagem você pode ver os colículos inferiores e a sua relação com as vias audiovisuais. E abaixo dos colículos inferiores ficam os pedúnculos cerebrais, e como você pode ver, existem dois deles - um à esquerda e um à direita.
Os pedúnculos cerebrais são coleções de fibras que levam vias ascendentes e descendentes entre o tronco encefálico e os tálamos. E apesar de nesta imagem nós estarmos vendo o aspecto dorsal do tronco encefálico, os pedúnculos cerebrais são a parte mais ventral do mesencéfalo, sendo a extensão caudal da cápsula interna - uma estrutura que fica profunda nos hemisférios cerebrais - e eles podem portanto ser considerados parte do mesencéfalo que conecta o restante do tronco encefálico ao cérebro.
Na região do mesencéfalo existem algumas outras estruturas que podem ser encontradas e que merecem a nossa atenção. A primeira delas é o véu medular superior, que é uma lâmina transparente de substância branca, entre os dois pedúnculos cerebelares superiores, que são estas estruturas bem aqui.
É importante observar que o véu medular superior é contíguo aos pedúnculos cerebelares superiores, e cria parte do teto do quarto ventrículo. O véu medular superior se prende à superfície rostral do tronco encefálico através de uma crista levemente elevada, chamada de frênulo do véu medular superior. No outro lado do frênulo do véu medular superior nós podemos ver outra estrutura, o nervo troclear, também conhecido como quarto nervo craniano.
Uma coisa que é importante saber sobre o nervo troclear e a sua localização é que ele é o único nervo craniano a deixar o tronco encefálico a partir de seu aspecto dorsal. O nervo troclear também é o único nervo motor que inerva o músculo oblíquo superior do olho.
A próxima região que nós vamos estudar é a área sobrejacente à ponte. Se nós nos lembrarmos da nossa imagem do início, esta estrutura aqui à direita é a estrutura que se sobrepõe à maior parte da ponte; trata-se do quarto ventrículo, que está destacado em verde. Como nós mencionamos brevemente, o assoalho do quarto ventrículo é chamado de fossa romboide. E como você pode ver, seu nome é derivado de sua forma.
A questão mais difícil aqui é que parte da fossa romboide na verdade é formada pelo teto da ponte, e parte é formada pelo teto do bulbo. Mas, para os propósitos deste tutorial, eu vou focar nas estruturas da fossa romboide e, conforme avançarmos eu vou mostrar quais partes se sobrepõem à ponte e quais partes se sobrepõem ao bulbo.
Tenha em mente que as três partes da fossa romboide são a parte triangular superior, que é constituída pela parte posterior da ponte e inclui as eminências mediais; o locus ceruleus, e a parte superior da área vestibular.
A fossa romboide também possui uma parte intermediária, que é marcada nesta superfície pelas estrias medulares do quarto ventrículo e está destacada aqui em verde, e também possui uma parte triangular inferior, que é constituída da parte superior da superfície posterior do bulbo, que também é conhecida como parte aberta do bulbo.
As estruturas que são encontradas nesta área são a parte inferior da área vestibular, o trígono do nervo hipoglosso, o trígono do nervo vago e o óbex.
Note que muitas destas regiões contém elevações que são formadas por núcleos dos nervos cranianos, e nós vamos falar sobre estes núcleos dos nervos cranianos nos slides a seguir. A primeira parte da parte triangular superior que nós vamos ver neste slide são as eminências mediais, que são encontradas de cada lado do sulco mediano posterior, que por sua vez divide o aspecto posterior da fossa romboide e do bulbo em lados direito e esquerdo.
As eminências mediais, que são elevações longitudinais da fossa, também contém as intumescências dos colículos faciais, que são criadas pelos núcleos motores do nervo facial cursando ao redor do joelho interno do nervo facial.
Como você pode ver, as eminências mediais são limitadas lateralmente por uma estrutura chamada sulco limitante. O sulco limitante fornece o limite medial para a nossa próxima estrutura. Na margem superior do sulco limitante, que nós não podemos ver bem nesta imagem, encontra-se um achatamento chamado de fóvea superior, e no final desta encontram-se uma estrutura chamada de locus ceruleus, que apesar de estar destacada em verde, na realidade possui uma coloração cinza azulada.
O locus ceruleus recebe sua cor do pigmento de melanina em um grupo de células chamado de substância ferrugínea, e estas células também são o sítio primário de produção de noradrenalina, portanto possuem um papel importante na resposta ao estresse. Como nós mencionamos, a fossa romboide cobre tanto a ponte quanto o bulbo, mas existem também algumas estruturas que cobrem ambos, e aqui estão duas delas, que eu vou apontar para você agora.
A primeira delas é uma área que está localizada imediatamente abaixo do locus ceruleus, e lateral à eminência medial, e esta área é chamada de área vestibular. E claro que isto é devido ao fato de que esta área recobre o núcleo vestibular. E a área vestibular recobre tanto a ponte quanto o bulbo.
A parte intermediária da fossa romboide é conhecida como estrias medulares, e estas fibras se referem a um feixe de fibras nervosas altamente mielinizadas, que cursam do núcleo arqueado ao cerebelo, e como o núcleo arqueado está localizado no hipotálamo ele não é visível nesta imagem.
Como nós mencionamos antes, as estrias medulares marcam o fim da porção pontina da fossa romboide e o início da porção medular, então as seguintes estruturas anatômicas que nós vamos descrever são localizadas no bulbo.
Agora nós estamos na parte triangular inferior da fossa romboide, e nós já mencionamos a parte inferior da área vestibular inferior, então estamos continuando para ver de cada lado do sulco mediano posterior, onde nós podemos ver duas proeminências triangulares, conhecidas como trígono do nervo hipoglosso.
Apesar de não estar bem ilustrado nesta imagem, há uma parte medial, que recobre o nervo hipoglosso, e uma parte lateral, que se sobrepõe ao núcleo intercalado. Se nós nos lembrarmos do sulco limitante nós podemos ver que ele fornece a margem lateral do trígono do hipoglosso, e a borda medial da nossa próxima estrutura.
O trígono do vago, que também possui forma triangular, está destacado aqui em verde. E o trígono do vago é formado pelo núcleo dorsal do nervo vago, bem como os núcleos glossofaríngeo e acessório. E, finalmente, a fossa romboide se fecha com esta estrutura vista aqui destacada em verde, conhecida como óbex.
E este é um importante referencial anatômico, já que o ápice inferior do quarto ventrículo é o ponto onde o quarto ventrículo se estreita para se tornar o canal central da medula espinhal. E o sulco mediano posterior, que nós vimos anteriormente nesta videoaula, passa através do óbex e continua inferiormente pela medula espinhal.
Então como nós mencionamos, o bulbo é a parte mais inferior do tronco encefálico, e pode ser considerado a sua porção terminal. Superiormente ele está conectado à ponte, e inferiormente ele se torna a medula espinhal no forame magno. Como nós mencionamos anteriormente, o aspecto dorsal do bulbo possui duas partes, uma parte aberta, que também é considerada a parte triangular inferior da fossa romboide, e uma parte fechada, que é a parte do bulbo que se torna os funículos da medula espinhal.
E a parte fechada por sua vez pode ser dividida em duas colunas - a coluna dorsal, que possui um tubérculo e um fascículo grácil e um tubérculo e um fascículo cuneiforme e a coluna lateral, que contém o tubérculo trigeminal e os funículos laterais. O primeiro par de tubérculos e fascículos que nós vamos ver é o par mais medial, envolvendo cada lado do sulco posterior mediano - o tubérculo grácil e seu fascículo correspondente - o fascículo grácil.
A coluna dorsal, também conhecida como lemnisco medial é primariamente uma via sensitiva, na verdade é a maior via sensitiva do sistema nervoso, e portanto leva informação do tato, pressão e propriocepção da parte inferior do corpo, principalmente as pernas e o tronco.
O fascículo grácil é formado por axônios dos neurônios localizados nos gânglios dorsais do sétimo nervo torácico em diante. Estes axônios em seguida formam sinapses nos núcleos abaixo da proeminência do tubérculo grácil, e dali a informação é carregada ao tálamo, que integra toda a informação sensitiva.
O segundo par de estruturas na coluna dorsal são os tubérculos cuneiformes, com os seus respectivos fascículos. Como nós podemos ver, os tubérculos cuneiformes e seus fascículos estão localizados lateralmente aos tubérculos gráceis e seus fascículos, e eles levam o mesmo tipo de informação sensitiva que os fascículos gráceis - tato, pressão e propriocepção - mas acima do nível do sétimo nervo torácico.
Continuando para a coluna lateral, o tubérculo encontrado superior ao funículo é chamado de tubérculo trigeminal. Situado lateralmente ao tubérculo cuneiforme, este tubérculo marca a representação superficial do trato trigeminal espinhal e seu núcleo subjacente.
Mas nós não vamos entrar muito no funículo lateral, já que ele é descrito em mais detalhes no tutorial sobre a medula espinhal, encontrado em nosso site.
Agora que nós demos uma olhada na anatomia detalhada do tronco encefálico, eu gostaria apenas de dar um pouco de informação sobre as síndromes isquêmicas do tronco encefálico. Como eu mencionei no início desta videoaula, os núcleos da maioria dos doze nervos cranianos está localizado no tronco encefálico.
Além disso, as mais importantes vias ascendentes e descendentes dos hemisférios cerebrais passam pelo tronco encefálico. Portanto, qualquer oclusão das artérias que suprem o tronco encefálico iriam resultar em uma variedade de sintomas, dependendo do núcleo craniano afetado.
É claro que estas síndromes são conhecidas como síndromes isquêmicas do tronco encefálico. A sintomatologia de cada síndrome, entretanto, depende do nível da artéria afetada. Se a artéria afetada está ao nível do mesencéfalo, existem três síndromes que podem ser observadas, mas a mais comum destas é a síndrome de Weber.
Se a artéria ocluída está ao nível da ponte, existem cinco síndromes que podem ocorrer como resultado, entretanto a mais importante destas é a síndrome de Foville. E se a obstrução da artéria ocorrer no bulbo, isto pode resultar em outras três síndromes, mas a mais comum delas é a síndrome de Wallenberg.
O quadro clínico característico de todas estas síndromes é uma paralisia ipsilateral de um nervo craniano e uma hemiparesia ou hemiplegia e perda sensitiva contralaterais.
Muito obrigado por ficar comigo até agora, é uma videoaula longa.
E agora que nós descrevemos as três partes do tronco encefálico - o mesencéfalo, a ponte e o bulbo - é hora de dar uma olhada e descrever algumas das estruturas que estão localizadas próximas ao tronco, e nós vamos começar de cima para baixo como nós fizemos com o tronco encefálico, e se você está se sentindo um pouco cansado ou se precisa fazer uma pausa, sinta-se a vontade para parar e preparar uma xícara de chá para si mesmo.
Muito bem, então agora que você voltou eu vou falar sobre estas três áreas principais que são as partes importantes das estruturas adjacentes ao tronco encefálico, e elas são os núcleos da base, que nesta imagem estão representados basicamente pelo núcleo caudado; o diencéfalo e o terceiro ventrículo - que é outra cavidade do cérebro preenchida por líquido localizada no diencéfalo; e o cerebelo, que é claro, inclui os pedúnculos cerebelares.
Como nós acabamos de mencionar, o núcleo da base que é visível nesta imagem é o núcleo caudado. Este núcleo é um núcleo alongado com forma da letra "C", que cursa paralelo ao ventrículo lateral e possui três partes - a cabeça, o corpo e a cauda, que você pode observar neste corte.
E a cauda termina no teto do corno temporal do ventrículo lateral. Localizado no ângulo entre o núcleo caudado e o tálamo e recobrindo a veia talamoestriada é a estria terminal e é parte do sistema límbico.
As estrias terminais ativam respostas emocionais da amígdala e levam também sinais olfatórios. O diencéfalo é o aspecto mais dorsal do prosencéfalo, e contém o hipotálamo, o tálamo, o metatálamo e o epitálamo.
Mas nesta imagem nós só vamos ser capazes de ver três partes - o tálamo, que inclui o metatálamo, que é uma parte do tálamo, e o epitálamo.
O terceiro ventrículo, como nós mencionamos, é uma cavidade preenchida por líquido que é envolvida pelo diencéfalo, e nós vamos falar sobre isso alguns slides adiante.
E antes de começarmos a discutir o tálamo, eu gostaria de mencionar brevemente a lâmina afixa - uma estreita banda branca encontrada na superfície dorsal do tálamo - e é aqui que o plexo coroide do ventrículo lateral se prende. O tálamo é um grande núcleo do diencéfalo.
O par de estruturas ovoides dos tálamos pode ser considerado a última estação de conexão antes da informação ser passada ao córtex cerebral, onde eles integram e unem uma variedade de impulsos motores e sensitivos entre o córtex e a periferia. O tálamo consiste em substância cinzenta e é formado por vários núcleos, mas os que nós podemos ver nesta imagem incluem os tubérculos anteriores do tálamo, o núcleo pulvinar e os dois corpos que formam o metatálamo - os corpos geniculados laterais e os corpos geniculados mediais.
O tubérculo anterior do tálamo é uma pequena protuberância que sobrepõe o núcleo anterior do tálamo dorsal, e ele é encontrado no aspecto mais rostral do tálamo. O papel dos núcleos talâmicos anteriores é incerto, mas eles podem ter um papel na memória e na aprendizagem. A parte mais caudal do tálamo são os núcleos pulvinares, vistos aqui destacados em verde.
Como os núcleos talâmicos anteriores, seu significado funcional não é inteiramente compreendido, mas os núcleos pulvinares são formados por vários núcleos que recebem diversas informações intratalâmicas, principalmente dos corpos geniculados lateral e medial, e não recebem informações extratalâmicas, portanto eles são considerados um possível núcleo de integração das informações visuais e auditivas.
O corpo geniculado lateral - o mais superior e lateral do par de corpos do metatálamo - é uma estação de processamento para a principal via da retina ao córtex. Nesta imagem você pode ver os corpos recebendo informação do trato óptico antes de dar origem à radiação geniculocalcarina, que é por sua vez recebida pelo córtex visual do cérebro.
Medial e inferior aos corpos geniculados laterais encontram-se os corpos geniculados mediais. Os corpos geniculados mediais são a estação de conexão talâmica da via auditiva e eles recebem axônios auditivos aferentes dos colículos inferiores ipsilaterais antes de dar origem a fibras eferentes que viajam dos corpos geniculados mediais até o córtex auditivo nos lobos temporais.
Continuando em direção à linha média, agora nós nos encontramos no epitálamo, e, mais especificamente, no trígono habenular - uma pequena área triangular localizada na extremidade posterior do terceiro ventrículo - formando parte da haste da glândula pineal.
O trígono habenular sobrepõe-se aos núcleos habenulares, e é considerado parte do sistema límbico.
A glândula pineal, também conhecida como corpo pineal ou epífise, é uma glândula endócrina. Ela é suspensa da habênula e situa-se em um sulco entre os dois corpos talâmicos, e esta pequena mas importante estrutura libera um hormônio conhecido como melatonina - um derivado da serotonina - que possui um papel na regulação do ritmo circadiano.
E a última estrutura que nós vamos estudar na região diencefálica é o terceiro ventrículo. Como nós mencionamos anteriormente, o terceiro ventrículo é um dos quatro ventrículos preenchidos por líquido cefalorraquidiano, e é ainda uma cavidade do diencéfalo.
O terceiro ventrículo é situado na linha média entre os tálamos direito e esquerdo, e se estende da lâmina terminal ao aqueduto cerebral, e você pode observar toda a sua extensão nesta imagem.
De cada lado, ele se comunica com os ventrículos laterais direito e esquerdo através dos forames interventriculares de Monro, que nesta imagem é esta pequena passagem bem aqui.
Posteriormente, o terceiro ventrículo se conecta com o quarto ventrículo, destacado em verde, através do aqueduto cerebral. Agora nós vamos continuar para a nossa última estrutura, o cerebelo, e mais uma vez, muito obrigado por ficar comigo nesta longa vidoeaula.
Apesar de o cerebelo não ser parte do tronco encefálico, ele é uma parte integral do encéfalo, então nós vamos gastar um pouco de tempo conversando sobre ele e seus pedúnculos. Como você provavelmente notou anteriormente em nossas imagens do cerebelo, ele recobre a fossa romboide ao nível da ponte e do bulbo.
O termo cerebelo vem do latim, e significa "pequeno cérebro". Se você observar a nossa ilustração do cerebelo, que mostra parte dele removida, você pode ver que ele parece um pequeno cérebro. Dentro do crânio o cerebelo situa-se na fossa cerebelar, logo inferior aos lobos occipitais do cérebro.
Há várias funções associadas ao cerebelo, a maioria relacionada ao controle motor, e apesar de o cerebelo não iniciar movimentos, ele possui um papel em modificar os comandos motores das vias descendentes para tornar os movimentos mais adaptativos e precisos.
O cerebelo recebe informações do sistema sensitivo da medula espinhal e outras partes do cérebro, integrando-os para refinar a atividade motora, portanto algumas das funções dele estão envolvidas na manutenção do equilíbrio e postura, coordenação de movimentos voluntários, aprendizagem motora e funções cognitivas, na linguagem, por exemplo.
O córtex cerebelar consiste em dois grandes hemisférios, que são unidos na linha média por uma estrutura chamada verme, que nós vemos agora à direita, de um ponto de vista dorsal. E assim como os hemisférios cerebrais, os hemisférios cerebelares são formados de uma camada externa conhecida como córtex e uma camada interna que é a substância branca.
O córtex cerebelar é formado por três camadas - uma camada molecular, que é a camada logo inferior à superfície e contém muitas células estreladas e células em cesto; uma camada de células de Purkinje, que é formada, obviamente, de células de Purkinje, que são as maiores células do cerebelo; e uma camada granular, que é uma camada densamente celular do córtex cerebelar, onde encontramos células granulares e grandes células de Golgi.
Dentro da substância branca do cerebelo encontram-se massas ou núcleos de substância cinzenta. Existem quatro pares de núcleos cerebelares, mas hoje nós vamos focar apenas em um deles - os núcleos denteados.
Os núcleos denteados, que são os maiores e mais laterais núcleos cerebelares, são particularmente fáceis de se reconhecer, devido a sua borda serrilhada parecida com dentes, que nós podemos ver destacadas em verde nesta imagem.
Os núcleos denteados recebem informações dos hemisférios laterais, e estão associados principalmente com o planejamento, início e controle voluntário dos movimentos. E o último grupo de estruturas que quero mencionar são os pedúnculos cerebelares, que são feixes de fibras que trocam informações entre o cerebelo e o tronco encefálico.
Eles possuem uma relação particularmente importante com o tronco encefálico, uma vez que não somente sobrepõem o aspecto dorsal do mesmo mas também conectam as várias partes do tronco encefálico e distribuem informações.
É claro que existem três deles, sendo os pedúnculos cerebelares superiores, os pedúnculos cerebelares médios e os pedúnculos cerebelares inferiores. Os mais superiores deles são, é claro, os pedúnculos cerebelares superiores, também conhecidos como braços conjuntivos.
Primariamente, os pedúnculos cerebelares superiores fornecem uma via eferente para fibras dos núcleos cerebelares, principalmente do núcleo denteado, para cursarem ao tálamo, além de conter fibras aferentes do trato espinocerebelar.
Os pedúnculos cerebelares superiores estão conectados e fornecem a via física para fibras cursando entre o cerebelo e o mesencéfalo. Os pedúnculos cerebelares médios, também conhecidos como brachia pontis, são o maior dos três pares de pedúnculos do cerebelo.
Diferente dos pedúnculos cerebelares superiores, entretanto, os pedúnculos cerebelares médios contêm somente fibras aferentes, que se originam dos núcleos pontinos do lado contralateral. Os pedúnculos cerebelares médios são conectados e fornecem uma via física para fibras cursando entre o cerebelo e a ponte.
E por último, mas não menos importante, os pedúnculos cerebelares inferiores, também conhecidos como corpos restiformes, também são estruturas pareadas que possuem o formato de espessas cordas formadas por fibras do trato espinocerebelar posterior e os axônios do núcleo olivar inferior, que emergem do aspecto pósterolateral do bulbo.
Os pedúnculos cerebelares inferiores são fibras que levam primariamente informações aferentes do bulbo, entretanto eles também levam algumas fibras eferentes aos núcleos vestibulares. E só para reiterar, os pedúnculos cerebelares inferiores são conectados e fornecem a via física para as fibras que cursam entre o cerebelo e o bulbo.
E este é o fim da nossa videoaula sobre o tronco encefálico e estruturas adjacentes. Obrigado por assistir!
Agora que você acabou de completar esta videoaula, é hora de continuar a sua experiência de aprendizagem ao se testar e aplicar o seu conhecimento. Há três formas de fazer isto aqui no Kenhub. A primeira é clicar no nosso botão "iniciar treinamento", a segunda é navegar por nossa biblioteca de artigos relacionados, e a terceira é conferir o nosso atlas.
Boa sorte a todos, vejo vocês na próxima videoaula.