Videoaula: Nervo vestibulococlear
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Aqui é a Amanda do Kenhub, e hoje vamos falar sobre o nervo vestibulococlear. E nesse tutorial há algumas coisas sobre as quais vamos falar em relação ao nervo vestibulococlear, e essas ...
Leia maisOlá pessoal!
Aqui é a Amanda do Kenhub, e hoje vamos falar sobre o nervo vestibulococlear. E nesse tutorial há algumas coisas sobre as quais vamos falar em relação ao nervo vestibulococlear, e essas incluem a anatomia básica do nervo vestibulococlear, seguido pelo seu trajeto, seus componentes e seu curso até o sistema nervoso central - ou seja, vamos falar sobre os núcleos do tronco encefálico.
E quando terminarmos esses tópicos, vamos concluir esse tutorial com algumas notas clínicas relacionadas ao nervo vestibulococlear. Mas primeiramente vamos nos orientar e olhar a principal imagem que vamos ver hoje.
Você pode ver nessa adorável mulher anatômica, e queremos ver essa região destacada em azul aqui, e se aproximarmos um pouco podemos ver a parte do ouvido que vamos ver hoje, incluindo uma vista anterior do osso temporal no plano coronal, especificamente o osso temporal direito.
E, logicamente, o osso temporal é a parte destacada em azul. Nessa imagem também podemos ver o lado ventral do tronco encefálico, e o seio petroso superior aqui em cima, mas na verdade hoje estamos realmente interessados nos componentes da orelha que eu destaquei para você em azul.
Então vamos começar e dar uma olhada em sua anatomia. Então, claro que todos nós sabemos como é a orelha externa. Nesta imagem estamos excluindo a parte da orelha externa que fica na cabeça e é conhecida como pavilhão auditivo, e em vez disso estamos analisando a região mais proximal da orelha externa.
E então, nessa imagem, a orelha externa está destacada em verde, e como você pode ver, essa parte da orelha se estende até a membrana timpânica, que é essa fina membrana aqui destacada em cinza escuro. Ela também é conhecida como tímpano.
Esse canal que também podemos ver aqui é conhecido como meato acústico externo, e você pode vê-lo delineado em cinza escuro também. Obviamente, esta é a parte do ouvido que um médico examina com um otoscópio, o que você pode ver na nossa pequena animação aqui.
Vamos agora dar uma olhada no que se encontra além da membrana timpânica. Bem, essa região que se estende da superfície medial da membrana timpânica até a mucosa que recobre a próxima superfície óssea medialmente é
conhecida como ouvido médio.
E, novamente, você pode ver isso destacado em verde. E existem cinco entidades anatômicas principais de importância nesse compartimento sobre as quais quero falar, e vamos vê-las no sentido horário.
A primeira são os ossículos da audição, que são pequenos ossos no ouvido médio que ajudam com as vibrações do som. E vamos dar um pouco de zoom aqui para que possamos ver o ouvido médio um pouco mais de perto. Nesta imagem, você pode ver os ossículos auditivos delineados em azul, e esses pequenos ossos são ossos que transmitem as ondas sonoras de um meio aéreo no ouvido externo para um meio aquoso no ouvido interno.
E apesar de não ser tão óbvio, você talvez consiga ver que há três ossos - o martelo, que é o maior e mais lateral dos ossos, e esse pequeno osso transmite vibração ao próximo pequeno osso que é chamado de bigorna, que como você pode ver é o ossículo auditivo médio, e esse osso por sua vez se articula com o estribo, que é o mais proximal assim como o menor ossículo, e como você pode ver o estribo se encaixa na janela oval, sobre a qual vamos falar a seguir.
Bem, a janela oval está marcada por essa pequena linha azul na tela, e a janela oval é essencialmente um pequeno orifício no segmento petroso do osso temporal e é recoberto por uma fina lâmina. E logicamente nosso estribo, que está aqui novamente em azul, se conecta a essa membrana e transmite a pulsação dos três ossículos para provocar oscilações no líquido dentro do ouvido interno.
Seguindo em frente, vamos dar uma olhada na terceira estrutura que é a janela redonda. Assim como a janela oval, esta também é um pequeno orifício recoberto por uma membrana fina que você pode ver destacado em azul.
Entretanto, você também pode ver que não há ossículos ligados a ela. Assim, a janela redonda serve mais para certificar que o fluido vai se movimentar no ouvido interno: ela vibra quando é atingida pelo fluido e como resultado alivia a pressão criada pelas vibrações que entram no ouvido interno através da janela oval.
Seguindo para baixo, temos a tuba auditiva, também conhecida como tuba de Eustáquio, e esse tubo, que está aqui embaixo, serve como uma comunicação entre o ouvido médio e a nasofaringe, especialmente quando está aberto, como ocorre por exemplo na deglutição.
E finalmente temos a corda do tímpano, que é um nervo ramo do nervo facial. Nessa imagem em zoom podemos vê-lo cursando ao longo da base do ouvido médio destacado em amarelo, que é a cor que usamos para destacar os nervos quando podemos usá-la.
Esse nervo se origina nas papilas gustativas e segue através do ouvido médio transmitindo informações sensitivas ao cérebro, nos permitindo ter o sentido da gustação.
Então, como você poderia esperar, se um paciente se apresenta com redução do gosto após uma cirurgia de ouvido, é provável que esse nervo tenha sido danificado; vamos falar mais sobre esse nervo com mais detalhes daqui a pouco no nosso tutorial, então não se preocupe.
Então, por último nos nossos compartimentos do ouvido, vamos falar sobre o ouvido interno, e você pode achar que o nervo vestibulococlear foi inventado para confundir estudantes de medicina, mas sua etimologia é na verdade bem interessante.
Quando as pessoas descobriram o ouvido interno no século dezasseis, era comum usar o Latim ou o Grego como terminologia médica, e aqueles que descobriram o ouvido interno o visualizaram como um compartimento com duas câmaras - uma como uma concha de caracol, que eles chamaram de cóclea, que é a palavra Grega para “caracol”, e é essa pequena seção aqui.
Vamos nos divertir um pouco e colocar uma figura de um caracol lá para nos lembrarmos de como é a cóclea. E também havia uma pequena parte do ouvido interno que os fazia lembrar de um pequeno vestíbulo que levava a um espaço maior que era a cavidade craniana.
E nesta imagem, você pode ver um pequeno vestíbulo que eu coloquei para você atrás de alguns degraus. E naquele tempo, essas pequenas salas eram comuns na entrada de templos e palácios e elas eram chamadas de “vestibula”, da palavra em Latim “vestibulum” que significa antecâmara ou sala de entrada.
Então, esperançosamente, você não vai se esquecer de nenhum dos dois, pois deveríamos ser capazes de reconhecê-los de acordo com o que se parecem. Agora que falamos sobre os componentes do ouvido, vamos falar brevemente sobre alguns nervos que estão associados a esta região e, claro, o principal nervo que queremos ver hoje é o nervo vestibulococlear, que está destacado em verde nesta imagem.
E como você já pode ter adivinhado, o nervo vestibulococlear tem dois componentes – o compartimento vestibular abriga o nervo vestibular, que você pode ver delineado em azul, e o compartimento coclear abriga o nervo coclear, que agora também está delineado em azul.
E esses dois nervos se unem logo antes de sair do ouvido interno em direção à cavidade craniana, e você pode ver esse ponto circulado em azul, e esse ponto é conhecido como meato acústico interno.
Se seguirmos além desse ponto, podemos ver o nervo vestibulococlear que eu tracejei em cinza escuro. Uma outra maneira de ver isso é seguindo o nervo vestibulococlear a partir do sistema nervoso central em direção à periferia.
Então o meato acústico interno seria o ponto onde esse nervo se divide em um nervo vestibular e um nervo coclear. Um fato importante para observar sobre o nervo vestibulococlear é que ele é o oitavo nervo craniano, um dos doze nervos cranianos que emergem do encéfalo.
No entanto você pode estar curioso sobre um outro nervo visível nesta imagem, então vamos falar um pouco sobre ele. Nesta imagem podemos ver que temos o nervo facial destacado em verde. O nervo facial é o sétimo nervo craniano, e o nervo facial controla o movimento dos músculos da expressão facial e transmite sensações e gosto de algumas regiões da língua.
Como você pode ver, o nervo facial também sai da cavidade craniana através do meato acústico interno, que novamente é essa pequena abertura aqui circulada em azul, mas ele desvia do ouvido interno seguindo por outros ramos.
Podemos vê-lo novamente destacado aqui no ouvido médio, então podemos imaginar que ele segue um trajeto bem tortuoso para chegar aqui, mas não vamos entrar em muitos detalhes sobre o trajeto do nervo facial.
Se você quiser dar uma revisada no seu conhecimento sobre o nervo facial, sinta-se à vontade para ver um dos nossos outro tutoriais que focam no nervo facial. Mas claro, se seguirmos esse destaque verde translúcido à esquerda aqui, podemos imaginá-lo seguindo por trás dos compartimentos do ouvido médio e do ouvido externo até que saia do crânio através de um forame atrás do processo estiloide, que é essa estrutura aqui apontada pela seta.
Bem, normalmente deixaríamos o nervo facial para trás, não fosse por esse pequeno ramo que ele emite no ouvido médio, que incomoda muitos cirurgiões otorrinolaringologistas e que está relacionado à gustação.
Se você se lembrar da nossa discussão sobre o ouvido médio, talvez se lembre desse nervo - a corda do tímpano. Esse pequeno nervo é um ramo do nervo facial, entretanto, apesar de entrar no ouvido médio e seguir seu trajeto diretamente atrás da membrana do tímpano, ele não tem nenhuma relação com qualquer elemento das vias auditivas ou vestibulares, e nenhuma relação com o nervo vestibulococlear.
Ao invés disso, é um dos três nervos cranianos envolvidos na gustação. Então até agora nós demos um esboço geral sobre a anatomia do nervo vestibulococlear e esclarecemos algumas concepções erradas em relação ao nervo facial e seus ramos, e agora vamos seguir em frente para discutir elementos anatômicos importantes envolvidos na inervação do ouvido interno, começando da periferia e seguindo em direção ao sistema nervoso central.
Mas por enquanto, vamos começar com uma abordagem de baixo para cima, ou seja, da periferia para o sistema nervoso central. Como você pode se lembrar, nós mencionamos que o nervo vestibulococlear se divide em dois ramos terminais - o nervo vestibular e o nervo coclear - e vamos começar por enquanto com o nervo vestibular.
Como você pode ver, ele está destacado à nossa direita em verde, e esse nervo leva informações relacionadas a mudanças na aceleração linear e angular da cabeça em qualquer eixo, que é o que nós podemos chamar simplesmente de sensação de equilíbrio.
O nervo vestibulococlear inerva várias estruturas conhecidas coletivamente como aparato vestibular, que desempenham seus próprios papéis significativos na percepção do equilíbrio. Existem três estruturas do aparato vestibular sobre as quais vamos falar hoje, e essas três são os canais semicirculares, o utrículo e o sáculo.
Então claro vamos começar com os canais semicirculares e sua inervação. Os canais semicirculares são três alças ósseas encontradas no ouvido interno e eles são preenchidos por fluido, ajudando com a sensação de equilíbrio. E obviamente, existem três desses canais e eles têm três nomes diferentes.
O primeiro é o canal anterior, seguido pelo canal lateral e, por último, o canal posterior. Como talvez você possa ver, cada canal semicircular termina em um alargamento denominado ampola, e eu as destaquei para você em cinza escuro.
A ampola é importante pois está envolvida na sensação de mudanças na aceleração angular em um único plano. De uma forma mais fácil, cada uma dessas ampolas oferece uma sensação separada de equilíbrio direcional. E cada ampola é inervada por um nervo ampular, sobre o qual vamos falar nos próximos slides.
Vamos começar com o nervo ampular anterior. Como talvez você possa adivinhar, esse nervo inerva a ampola anterior e o canal semicircular alinhado com o plano sagital, e a ampola anterior é sensível a mudanças na aceleração angular vertical a este eixo, o que basicamente significa que ela detecta movimentos no plano sagital, tais como assentir com a cabeça, então espera-se que o nervo ampular anterior leve informações sobre a rotação da cabeça no plano sagital.
Assim, se reduzirmos um pouco o tamanho da nossa imagem aqui à direita e trouxermos nossa imagem da mulher anatômica à esquerda com o plano sagital destacado em verde, você poderá ver a direção da rotação destacada em azul.
O canal semicircular lateral está alinhado com o plano transverso, então sua ampola detecta mudanças na aceleração angular vertical a esse eixo, tais como quando viramos a cabeça ou quando estamos girando.
Essa ampola é inervada pelo nervo ampular lateral, que você pode ver destacado nesta imagem, e é seguro dizer que o nervo ampular lateral leva informações sobre a rotação da cabeça no plano transverso. Então se colocarmos aqui nossa mulher anatômica, vamos destacar o plano transverso em verde e você pode ver a rotação ao longo desse eixo em azul.
Agora, finalmente, vamos ver o canal semicircular posterior, e a primeira coisa que você pode ter percebido sobre essa imagem é que o ramo inervando a ampola - isto é, o nervo ampular posterior - se origina de uma ramo diferente do nervo vestibular.
Ele não parece emergir do mesmo ramo que os outros dois, e isso acontece porque o canal semicircular posterior está localizado atrás dos outros dois canais e ele detecta mudanças na aceleração angular vertical ao plano coronal, então basicamente ele é sensível a movimentos da cabeça nesse plano, tais como a inclinação da cabeça em direção ao ombro.
Assim, podemos dizer que o nervo ampular posterior leva informações sobre a rotação da cabeça no plano coronal. Então, claro, vamos voltar com a nossa mulher anatômica com o plano coronal destacado em verde, e podemos ver nossa seta azul mostrando a direção da rotação.
Então agora que terminamos de falar sobre a rotação em vários planos, agora vamos falar sobre como podemos perceber a aceleração linear. Vamos começar, claro, com o utrículo, e você pode vê-lo destacado em verde na nossa imagem.
O utrículo é um pequeno saco membranoso dentro do ouvido interno conectado aos canais semicirculares. É também a região que detecta mudanças na aceleração linear no plano horizontal, e isso significa que ele pode dizer se estamos nos movimentando para frente, para trás ou para o lado.
O utrículo é, obviamente, inervado pelo nervo utricular, e logo leva informações sobre a aceleração linear no plano horizontal. E apenas para demonstrar, nós vamos mudar nossa mulher anatômica um pouco, então vamos movimentá-la para o lado, para frente e depois para trás, e basicamente todas essas direções serão detectadas pelo utrículo.
O sáculo é um outro saco membranoso dentro da região do ouvido interno - ele é responsável pela percepção da aceleração linear no plano vertical, e assim pode detectar o movimento para cima ou para baixo, como quando caímos devido ao efeito da gravidade.
Assim, com isso podemos inferir que o nervo sacular leva informações referentes à aceleração linear no eixo vertical. Então vamos voltar à nossa imagem da mulher anatômica e observar como ela se move ao redor do eixo vertical.
E claro, esse movimento será detectado pelo sáculo. Então vamos voltar para a nossa imagem do nervo vestibular como um todo, e como você pode ver, os ramos menores do nervo vestibular se unem para formar dois ramos principais - ou seja, o ramo superior e o ramo inferior.
Então agora vamos conversar um pouco agora sobre o que esses dois ramos inervam. Vamos então começar com o ramo superior do nervo vestibular, e como você pode ver, ele é formado pela junção do nervo ampular anterior, do nervo ampular lateral e do nervo utricular, que estou apontando com minha seta.
O ramo inferior, por outro lado, é formado pela junção de dois nervos, e esses são o nervo ampular posterior e o nervo sacular. Antes de terminarmos nossa discussão sobre o trajeto do nervo vestibular, vamos conversar um pouco sobre essas duas tuberosidades proeminentes que podemos ver logo antes dos ramos superior e inferior se juntarem.
E essas tuberosidades juntas formam os gânglios vestibulares, que contém corpos celulares dos neurônios bipolares aferentes que inervam os elementos anatômicos do vestíbulo.
E como você pode ver, há uma parte superior e uma parte inferior. Claro, vamos ter uma breve conversa sobre ambos. Então, a parte de cima do gânglio é chamado formalmente de parte superior, e ela contém os corpos celulares de neurônios bipolares que constituem o ramo superior do nervo vestibular, e como já discutimos anteriormente, esses neurônios recebem e levam informações das ampolas anterior e lateral e do utrículo.
A parte de baixo do gânglio é formalmente chamada de parte inferior, e contém os corpos celulares de neurônios bipolares que constituem o ramo inferior do nervo vestibular, e como já discutimos anteriormente, esses neurônios recebem e levam informações da ampola posterior e do sáculo.
Agora que terminamos a discussão sobre o nervo vestibular, vamos falar sobre o nervo coclear e alguns de seus componentes. O nervo coclear, que você pode ver destacado nesta imagem, é muito mais simples em sua anatomia do que o nervo vestibular, e como você pode ver, está praticamente distribuído ao longo da cóclea em forma de espiral, e recebe informações sobre a intensidade e a frequência do som.
Ele também tem neurônios aferentes bipolares. E o nervo coclear também tem um gânglio, entretanto, ele é bastante diferente do gânglio vestibular do nervo vestibular. As terminações sensitivas do nervo coclear estão distribuídas em forma de espiral ao longo do comprimento do órgão de Corti, que se localiza na cóclea, e essa região é conhecida como gânglio espiral.
Bem, até agora nós já discutimos a anatomia do ouvido interno, assim como os ramos vestibular e coclear do nervo vestibulococlear com bastante detalhe, mas agora eu gostaria de falar sobre o nervo vestibulococlear à medida em que ele entra na cavidade craniana e no tronco encefálico e explicar sobre como esses neurônios bipolares levam informações sobre som ou equilíbrio para o tronco encefálico.
Mas primeiramente vamos falar um pouco sobre esses núcleos e quantos deles existem. Bem, há dois grupos de núcleos vestibulococleares, o primeiro sendo os núcleos vestibulares; em relação a eles, existem quatro deles, com células desse complexo de núcleos sendo encontradas tão altas quanto na ponte e tão baixas quanto na região inferior do bulbo, e eu as destaquei para você em azul aqui na nossa imagem.
Observe que esses núcleos estão na verdade localizados sob a região posterior do bulbo. Quanto aos núcleos cocleares, existem apenas dois deles, e ambos estão localizados no bulbo, o que você novamente pode ver destacado em azul.
Vamos agora falar sobre esses núcleos e, claro, vamos começar com os núcleos vestibulares. Existem quatro desses núcleos localizados de cada lado do tronco encefálico, e você pode ser lembrar facilmente dos nomes desses núcleos porque cada um tem o nome de uma direção anatômica.
O primeiro núcleo que vamos ver é o núcleo superior, que é o núcleo mais superior e lateral e está localizado na ponte. A seguir temos o núcleo inferior, que é o núcleo mais inferior e está localizado no bulbo.
O próximo é o núcleo lateral, e ele está localizado na região inferior da ponte, e note que ele se encontra ao lado do núcleo superior que eu estou apontando com a minha seta azul. E finalmente estamos vendo o núcleo vestibular medial.
Podemos ver que esse é o maior dos núcleos vestibulares e que ele se estende da ponte até o bulbo, e se dermos uma olhada nesta secção, podemos ver que esse núcleo se encontra medialmente ao núcleo vestibular lateral.
Vamos agora, claro, dar uma olhada nos núcleos cocleares, e dos dois núcleos cocleares, um é o anterior e o outro é o posterior. Vamos seguir em frente para dar uma olhada primeiramente no núcleo anterior.
Bem, agora você pode ver o núcleo coclear anterior que está localizado no bulbo, e podemos ver tanto uma representação de seu posicionamento espacial quanto uma secção. Podemos ver que esse núcleo está localizado na região posterior do bulbo.
Vamos agora dar uma olhada no núcleo posterior, que podemos ver destacado em verde, e o núcleo posterior também está localizado na região posterior do bulbo, imediatamente atrás do núcleo anterior.
Agora que terminamos de falar sobre o nervo vestibulococlear, vamos conversar um pouco sobre algumas notas clínicas. Agora, a principal coisa sobre a qual quero falar hoje sobre as notas clínicas relacionadas ao nervo vestibulococlear são os distúrbios desse nervo em particular.
Então primeiramente quero falar sobre os distúrbios do sistema vestibular. Então, condições do sistema vestibular e do nervo vestibular podem se apresentar como vertigem.
Podemos definir vertigem como um sintoma que descreve a percepção do espaço rodando sozinho.
Bem, a vertigem pode ser tanto central quanto periférica. Vertigem central está associada a lesões cerebelares e do tronco encefálico, e normalmente vem acompanhada por nistagmo vertical - isto é, os olhos do paciente podem fazer movimentos repetitivos no eixo vertical (para cima e para baixo) caso se solicite que o paciente mova seus olhos para cima e para baixo.
E vertigem periférica se deve a uma lesão ou condição do sistema vestibular e dos nervos, e ela se apresenta com um nistagmo horizontal – então, na nossa pequena imagem, desenhamos algumas setas horizontais que significam que se o paciente for solicitado a mover seus olhos horizontalmente, eles podem fazer movimentos repetitivos para a direita ou para a esquerda.
Lesões do nervo coclear podem ser a causa de surdez neurossensorial, uma condição na qual os sons não podem ser transmitidos do ouvido interno para o sistema nervoso central.
A surdez neurossensorial pode ser diferenciada da surdez condutiva, que é surdez devido a uma obstrução mecânica das ondas sonoras pelo uso de um diapasão. E agora vamos mostrar nossa pequena imagem de um diapasão e fazer um pouco de animação.
Portanto, se você colocar um diapasão na testa de uma pessoa com audição normal, ela vai ouvir um som semelhante nos dois ouvidos, enquanto uma pessoa com surdez neurossensorial não ouvirá nenhum som no ouvido afetado e uma pessoa com surdez condutiva ouvirá um som de alto volume no ouvido afetado.
E agora que finalmente terminamos de falar sobre as notas clínicas, vamos analisar tudo o que falamos hoje, como sempre fazemos. Então claro, nesse tutorial começamos falando sobre a anatomia da orelha, começando falando sobre os compartimentos da orelha.
E a orelha é composta pela orelha externa, que está destacado em verde aqui, e ela se estende da membrana timpânica até a aurícula, seguido pela orelha média, que é a porção do ouvido que contém cinco importantes estruturas, e essas são os ossículos da audição, que são pequenos ossos que ajudam a transmitir vibração do lado de fora do corpo para dentro do conteúdo aquoso da orelha interna, a janela oval, que está ligada ao estribo e também ajuda nessa transmissão, a janela redonda, que alivia a pressão no ouvido interno através de vibração, a tuba auditiva, que facilita a comunicação entre o ouvido médio e a nasofaringe, e a corda do tímpano, que é um pequeno nervo que está associado à gustação.
Nós então demos uma olhada no ouvido interno, que é composto pela cóclea e pelo vestíbulo, e nós determinamos que a cóclea tinha um formato de “caracol” e o vestíbulo se parecida com uma pequena sala.
A seguir, nessa seção de anatomia, falamos sobre os nervos que estão associados a este tópico, e, claro, o principal nervo é o nervo vestibulococlear que está destacado em verde à nossa direita, seguido pelo nervo facial, que também é conhecido como sétimo nervo craniano, e, assim como o nervo vestibulococlear, passa através do meato acústico interno; a corda do tímpano, que como mencionamos é um ramo do nervo facial, está envolvida com a gustação.
A seguir falamos sobre o trajeto e os componentes do nervo vestibulococlear, e o primeiro componente sobre o qual falamos foi o nervo vestibular, que está envolvido com a sua percepção do espaço.
E se estivermos indo do sistema nervoso central para a periferia, o nervo vestibular se inicia nos gânglios vestibulares, que contém neurônios bipolares aferentes, e os gânglios vestibulares podem ser divididos em duas partes - uma parte de cima e uma parte de baixo - mas a parte de cima, que também é conhecida como parte superior, é a que dá origem ao ramo superior, que por sua vez dá origem ao nervo ampular anterior, que inerva o canal semicircular anterior, o nervo ampular lateral, que inerva o canal semicircular lateral, e o nervo utricular, que inerva o utrículo.
A outra parte dos gânglios vestibulares é parte inferior dos gânglios, e a parte inferior, claro, dá origem ao ramo inferior do nervo vestibular, que por sua vez dá origem ao nervo ampular posterior, que inerva o canal semicircular posterior, e o nervo sacular, que inerva o sáculo.
O outro nervo sobre o qual quisemos falar, que é um componente importante do nervo vestibulococlear foi, claro, o nervo coclear, que é um nervo curto que segue em espiral dentro da cóclea, e o nervo coclear também possui um gânglio espiral.
Depois de falarmos sobre o trajeto e os componentes do nervo vestibulococlear, falamos sobre os núcleos que estão localizados no tronco encefálico e, claro, esses são divididos em duas partes - os núcleos vestibulares, que contém quatro núcleos individuais, a saber o núcleo superior, localizado na ponte, o núcleo inferior, que está localizado no bulbo, o núcleo lateral, que está localizado na região inferior da ponte, e o núcleo medial, que está localizado na ponte e o bulbo; e também vimos, claro, os núcleos cocleares, compostos pelo núcleo anterior, que se encontra na região posterior do bulbo, e também o núcleo posterior, que também se encontra na região posterior do bulbo.
A última coisa que quisemos falar neste tutorial foram algumas notas clínicas relacionadas ao nervo vestibulococlear, e primeiro falamos sobre lesões do nervo vestibular, que envolvem vertigem, incluindo vertigem central, que está relacionada a lesões cerebelares e de tronco encefálico e se apresenta com nistagmo vertical, bem como vertigem periférica, causada por uma lesão do sistema vestibular e cujos sintomas podem se apresentar com nistagmo horizontal.
E depois terminamos com lesões do nervo coclear, que podem gerar surdez neurossensorial que é uma condição na qual o som não pode ser transmitido do ouvido interno para o sistema nervoso central.
E isso é tudo o que temos para hoje. Obrigada novamente por assistir.