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Úmero

Generalidades sobre o úmero e a escápula (omoplata).

O úmero é o maior e o mais longo osso do membro superior. Consiste em uma extremidade proximal, uma diáfise e uma extremidade distal, todas contendo importantes marcos anatômicos.

O úmero se articula proximalmente com a escápula na articulação glenoumeral, participando dos movimentos do ombro. Além disso, o úmero possui articulações distais com o rádio e com a ulna na articulação do cotovelo.

A natureza da articulação do cotovelo permite os movimentos que são únicos ao braço e antebraço e não podem ser realizados em outras partes do corpo, como supinação e pronação.

Informações importantes sobre o úmero
Extremidade proximal Cabeça, colo anatômico, tubérculo maior, tubérculo menor

Músculos que se inserem no tubérculo maior do úmero:
supraespinal, infraespinal e redondo menor.
Diáfise Bordas: anterior, lateral, medial
Superfícies:
anterolateral, anteromedial, posterior
Extremidade distal Partes articulares: Tróclea, Capítulo
Partes não articulares:
fossa do olécrano, fossas radial e coronoide, epicôndilo medial, epicôndilo lateral
Marcos ósseos:
capítulo, epicôndilo medial, tróclea, epicôndilo lateral, fossa olecraniana e fossa coronoide)
Fraturas Impacto, avulsão, transversa, espiral, intercondilar
Mnemônico:
fratura do braço ("ARM")
(significa nervos Axilar, Radial e Mediano, que podem ser lesados nas fraturas do úmero)

Esse artigo vai falar sobre o úmero em detalhes, incluindo inserções musculares e referências anatômicas, seguido por uma visão geral de algumas patologias relacionadas ao úmero.

Conteúdo
  1. Extremidade proximal
    1. Cabeça
    2. Colo anatômico
    3. Tubérculo maior
    4. Tubérculo menor
    5. Sulco intertubercular
    6. Colo cirúrgico
  2. Diáfise
    1. Bordas
    2. Superfícies
  3. Extremidade distal
    1. Tróclea
    2. Capítulo
    3. Epicôndilo medial
    4. Epicôndilo lateral
    5. Fossa olecraniana
    6. Fossa coronoide
  4. Fraturas
    1. Localizações
    2. Fratura por impacto
    3. Fratura por avulsão
    4. Fratura transversa
    5. Fratura espiral
    6. Fratura intercondilar
    7. Estruturas em risco
  5. Referências
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Extremidade proximal

A extremidade proximal do úmero consiste em uma cabeça, um colo anatômico e os tubérculos maior e menor.

Cabeça

A cabeça tem formato hemisférico, com cartilagem hialina cobrindo sua superfície articular lisa. Na posição anatômica, a cabeça está voltada para uma direção medial, superior e posterior, onde se articula com a fossa glenoide da escápula.

Colo anatômico

O colo anatômico é um discreto estreitamento abaixo da superfície articular da cabeça. É o local de inserção da cápsula articular do ombro.

Tubérculo maior

O tubérculo maior é a porção mais lateral da extremidade proximal do úmero. Consiste em três impressões lisas e planas no aspecto posterosuperior para a inserção dos músculos. De superior para inferior, os músculos que se inserem nessas impressões são:

O músculo deltoide cobre a face lateral do tubérculo maior, resultando na forma arredondada normal do ombro. O aspecto lateral também contém vários forames vasculares.

Tubérculo menor

O tubérculo menor está localizado anterior ao colo anatômico e tem uma impressão muscular lisa e palpável. A parte lateral forma a margem medial do sulco intertubercular. O músculo subescapular se insere nesse tubérculo e o ligamento transverso do ombro também se insere na sua parte lateral.

Sulco intertubercular

O sulco intertubercular é uma reentrância localizada entre os dois tubérculos. Às vezes é chamado de sulco bicipital. O longo tendão do bíceps braquial e um ramo ascendente da artéria circunflexa anterior do úmero estão localizados dentro do sulco. O sulco consiste em um lábio lateral e um lábio medial. O tendão do músculo peitoral maior se insere ao lábio lateral (também conhecido como crista do tubérculo maior), enquanto o tendão do redondo maior se insere no lábio medial. Além disso, o tendão do latíssimo do dorso se insere na face posterior.

Colo cirúrgico

Também há um estreitamento abaixo dos tubérculos, conhecido como colo cirúrgico, que é um local comum de fratura.

O colo está próximo ao nervo axilar e à artéria circunflexa posterior do úmero e é o local onde a extremidade proximal do úmero se junta à diáfise.

Diáfise

A metade proximal da diáfise tem um formato cilíndrico, enquanto a metade distal é triangular. Consiste em três bordas conhecidas como bordas anterior, lateral e medial. A diáfise também contém três superfícies chamadas de superfícies anterolateral, anteromedial e posterior.

Bordas

A borda anterior começa no tubérculo maior e desce quase até o final do osso. A extremidade proximal da borda anterior é contínua com o lábio lateral do sulco intertubercular.

A borda lateral começa logo distal ao tubérculo maior do úmero. Ele se torna mais espesso distalmente para formar a crista supracondilar lateral. A porção média da borda lateral é adjacente à área rugosa em forma de V conhecida como tubérculo / tuberosidade deltóidea.

A borda medial é semelhante à borda lateral, pois forma a crista supracondilar medial distalmente. O sulco radial é um sulco raso que interrompe a borda medial no seu terço medial. O nervo radial e a artéria braquial profunda estão localizados neste sulco.

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Superfícies

A superfície anterolateral é uma área limitada entre as bordas anterior e lateral. Tem uma superfície proximal lisa e é amplamente coberta pelo músculo deltoide. O deltoide se insere no tubérculo / tuberosidade deltóidea no terço médio dessa superfície. A porção lateral do músculo braquial origina-se da parte mais distal, bem como dos dois terços proximais da crista supracondilar lateral.

A superfície anteromedial está localizada entre as bordas anterior e medial da diáfise, começando proximalmente no assoalho do sulco intertubercular. Ela fornece fixação para o músculo coracobraquial em torno de sua porção média, enquanto a metade distal da superfície é amplamente coberta pela porção medial do músculo braquial.

A superfície posterior é delimitada pelas bordas medial e lateral e é coberta principalmente pela cabeça medial do músculo tríceps braquial. Uma crista no terço proximal também fornece ponto de inserção para a cabeça lateral do tríceps braquial.

Extremidade distal

A extremidade distal consiste em partes articulares e não articulares. A parte articular do úmero é um côndilo modificado e é mais largo transversalmente. Ele se articula com a ulna e o rádio e consiste em uma tróclea medial e um capítulo lateral, que são separados por um leve sulco.

A parte não articular consiste nos epicôndilos medial e lateral, bem como na fossa do olécrano, fossa coronoide e fossa radial.

Tróclea

A tróclea tem uma superfície em forma de polia e cobre as superfícies anterior, posterior e inferior do côndilo medial do úmero. Ela se articula com a ulna na incisura troclear.

Quando o cotovelo está estendido, os aspectos posterior e inferior da tróclea estão em contato com a ulna. No entanto, quando o cotovelo é flexionado, a parte posterior não está mais em contato, pois a incisura troclear desliza em direção à face anterior do úmero.

Capítulo

O capítulo é uma projeção convexa e arredondada que cobre as superfícies anterior e inferior do côndilo lateral do úmero.

Ao contrário da tróclea, não cobre a superfície posterior. Ele se articula com a cabeça do rádio. Em extensão, a superfície inferior está em contato com o rádio, mas durante a flexão a cabeça do rádio desliza em direção à face anterior do úmero.

Epicôndilo medial

O epicôndilo medial é uma projeção superomedial ao côndilo medial, que se forma no final da borda medial do úmero. O nervo ulnar cruza sua superfície posterior lisa e é palpável neste local. Os músculos superficiais do compartimento anterior do antebraço se originam da superfície anterior do epicôndilo medial. Esses músculos são:

Às vezes, pode ser difícil lembrar se o tendão flexor comum é medial ou lateral. Aqui está um mnemônico que pode ajudá-lo.

Rádio FM

  • Flexor Medial, então a origem do tendão flexor comum está no lado medial.

Epicôndilo lateral

A borda lateral do úmero termina no epicôndilo lateral. Há uma impressão nas faces lateral e anterior de onde se originam os sete músculos do grupo superficial do compartimento posterior do antebraço:

Fossa olecraniana

A fossa do olécrano é uma área profunda na superfície posterior, superior à tróclea. Na extensão do cotovelo, a ponta do processo do olécrano da ulna se aloja nessa fossa.

Fossa coronoide

A fossa coronoide é uma cavidade menor que também está localizada superiormente à tróclea, mas na superfície anterior. Durante a flexão do cotovelo, o processo coronoide da ulna se aloja na fossa coronoide. Lateral à fossa coronoide e superior ao capítulo encontramos outra depressão conhecida como fossa radial. Ela tem esse nome pois aloja a margem da cabeça do rádio em flexão total.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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