Rádio e ulna
O rádio e a ulna constituem os ossos do antebraço. A região antebraquial, como é clinicamente conhecida, abrange a região que se estende do cotovelo ao punho. O rádio é o osso mais lateral, enquanto a ulna é o osso mais medial do antebraço.
Esses ossos são especialmente adaptados para possibilitar os movimentos únicos do membro superior, como a supinação e a pronação. Eles são essenciais para o funcionamento da extremidade superior, uma vez que sustentam todos os 20 músculos do antebraço.
Extremidade proximal do rádio | Cabeça (superfície proximal para a articulação com o capítulo do úmero e circunferência da cabeça para a articulação com a incisura radial da ulna), colo (dá suporte para a cabeça do rádio), tuberosidade do rádio |
Diáfise do rádio |
Margens: margem anterior, margem interóssea, margem posterior Superfícies: superfície anterior, superfície posterior, superfície lateral |
Extremidade distal do rádio |
Superfícies articulares: superfície carpal para a articulação com os ossos escafoide e semilunar, incisura ulnar para a articulação com a cabeça da ulna Superfícies não articulares: anterior, posterior, lateral |
Músculos que se inserem no rádio |
Bíceps braquial - inserção - tuberosidade do rádio Supinador - origem e inserção - terço proximal da diáfise Flexor superficial dos dedos - origem - superfície medial Flexor longo do polegar - origem - superfície medial Pronador redondo - inserção - superfície lateral Pronador quadrado - inserção - superfície medial Abdutor longo do polegar - origem - superfície posterior |
Extremidade proximal da ulna | Dois processos curvos - olécrano (preenche a fossa do olécrano do úmero durante a extensão) e o processo coronoide (preenche a fossa coronoide do úmero durante a flexão); duas cavidades articulares côncavas - incisura semilunar (articula-se com a tróclea do úmero) e incisura radial (articula-se com a circunferência da cabeça do rádio) |
Diáfise da ulna |
Margens: margem anterior, margem posterior, margem interóssea Superfícies: superfície anterior, superfície posterior, superfície medial |
Extremidade distal da ulna |
Cabeça - superfície articular que se une ao disco articular triangular e à incisura ulnar do rádio Processo estiloide - inserção do ligamento colateral ulnar da articulação do punho |
Músculos que se inserem na ulna |
Tríceps braquial - inserção - olécrano Ancôneo - inserção - olécrano Braquial - inserção - processo coronoide Pronador redondo - origem - processo coronoide Flexor ulnar do carpo - origem - olécrano e superfície posterior Flexor superficial dos dedos - origem - superfície anterior e medial Flexor profundo dos dedos - origem - superfície anterior e medial Pronador quadrado - origem - superfície anterior (parte distal) Extensor ulnar do carpo - origem - borda posterior Supinador - origem - extremidade proximal Abdutor longo do polegar - origem - superfície posterior Extensor longo do polegar - origem - superfície posterior Extensor do indicador - origem - superfície posterior (parte distal) |
Esse artigo se concentrará nas características individuais e estruturas adjacentes do rádio e da ulna. A seguir, teremos uma breve visão geral das condições patológicas potenciais que podem afetar qualquer um desses ossos.
- Marcos ósseos do rádio
- Marcos ósseos da ulna
- Membrana interóssea
- Fraturas do rádio e da ulna
- Referências
Marcos ósseos do rádio
O rádio é o osso mais curto do antebraço e é composto por uma diáfise, uma extremidade proximal e uma extremidade distal.
Extremidade proximal do rádio (cabeça, colo e tuberosidade)
A cabeça do rádio tem um formato côncavo e pode ser encontrada proximalmente. Se articula com o capítulo do úmero como parte da articulação do cotovelo. O rádio também se comunica com a cabeça da ulna, articulando-se com a incisura radial da ulna por meio de sua própria circunferência.
O colo é a área do osso que se estreita entre a cabeça e a tuberosidade do rádio. Logo abaixo da cabeça e do colo do osso está a tuberosidade do rádio, que é uma convexidade de formato oval sobre a qual o músculo bíceps braquial se insere.
Diáfise do rádio
A diáfise do rádio é uma coluna longa e larga de osso que é convexa em seu lado lateral e se torna mais larga em direção ao punho. Possui três bordas (anterior, posterior e interóssea) e três superfícies (anterior, posterior e lateral). Existem vários marcos ósseos anatômicos nas suas superfícies, que servem como pontos de origem e a inserção dos tendões.
Lateralmente, podemos encontrar a fixação de dois músculos:
- O músculo supinador (cabeça do rádio) se insere na face lateral do rádio, cobrindo uma grande área.
- O músculo pronador redondo também se insere na diáfise do rádio (abaixo da inserção do supinador) e se insere na tuberosidade do pronador, que é uma área irregular bem demarcada.
Medialmente, entre a invaginação criada pelos dois músculos que se inserem lateralmente, podemos ver as origens de outros dois músculos:
- Flexor superficial dos dedos.
- Flexor longo do polegar (imediatamente inferior à origem do Flexor superficial dos dedos).
A maior área de inserção muscular que cobre a extremidade distal da diáfise em sua superfície medial é a do músculo pronador quadrado. Ligeiramente inferior a essa área, no lado oposto, fica a inserção do músculo braquiorradial, que está logo acima do processo estiloide - uma extrusão da crista supraestiloide. Esta é uma projeção da face lateral da extremidade distal do rádio, que margeia a superfície articular do carpo superiormente. A superfície posterior do rádio é o ponto de origem de mais dois músculos:
- Abdutor longo do polegar, que se origina logo abaixo da margem posterior da inserção do músculo supinador.
- Extensor longo do polegar, que pode ser encontrado distalmente.
Extremidade distal do rádio
Os dois últimos marcos dignos de nota não são inserções musculares, mas estruturas ósseas. O tubérculo dorsal se projeta na face posterior da extremidade distal do rádio e está situado entre os sulcos para os tendões do extensor radial longo e curto do carpo, bem como o tendão do extensor longo do polegar. A incisura ulnar do rádio é uma concavidade medial na extremidade distal do osso, que mantém contato direto com a extremidade distal da ulna.
Marcos ósseos da ulna
Extremidade proximal da ulna
A ulna é um osso longo que ajuda a estabilizar a região do lado medial do antebraço. Sua extremidade proximal consiste nos seguintes processos (2) e incisuras (2):
- Olécrano: um processo em forma de gancho, localizado na face posterior da extremidade proximal da ulna.
- Incisura troclear: uma incisura em forma de C, localizada anterior ao olécrano. Ela se articula com a tróclea do úmero na articulação do cotovelo.
- Processo coronoide
- Incisura radial: a faceta articular da articulação radioulnar, que pode ser encontrada na face lateral da sua extremidade proximal.
Diáfise da ulna
A diáfise da ulna é afilada distalmente e mais espessa ao redor do colo e porção proximal. Sua face lateral é pontiaguda e dá origem à membrana interóssea entre os dois ossos do antebraço, daí o seu nome - margem interóssea.
Na sua face posterior a ulna é arredondada e lisa, e pode ser palpada em toda a extensão do antebraço. Logo abaixo do processo coronoide, no ponto mais proximal da diáfise, a tuberosidade da ulna forma a inserção do músculo braquial.
No lado lateral, inferior à incisura radial, a fossa supinadora é uma concavidade que é limitada pela crista supinadora e mantém as fibras originárias do músculo supinador. Logo abaixo dessa inserção muscular, um segundo ponto de inserção, menor, pode ser encontrado para o flexor longo do polegar.
Anteriormente, a meio caminho da diáfise da ulna, existe um forame nutrício que estimula o crescimento ósseo desde a sétima semana intrauterina até o décimo primeiro ano de vida. Esse forame é coberto pelo músculo flexor profundo dos dedos, que recobre a maior parte da diáfise ulnar.
Posteriormente, no lado distal do olécrano, o músculo ancôneo encontra sua inserção distal. A origem dos músculos flexor ulnar do carpo e da cabeça ulnar do músculo supinador também estão localizados na superfície posterior proximal.
Três inserções musculares consecutivas podem ser vistas sequencialmente logo abaixo da inserção da membrana interóssea conforme ela percorre a diáfise:
- O músculo abdutor longo do polegar,
- O músculo extensor longo do polegar e
- O músculo extensor do indicador.
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Extremidade distal da ulna
A cabeça distal da ulna é composta pela circunferência articular, que se articula com os ossos do punho e, posteriormente, por uma projeção óssea conhecida como processo estiloide. Logo acima dele, na face medial do osso, está posicionada a inserção do músculo pronador quadrado, que se estende entre o rádio e a ulna.
Membrana interóssea
Além de ter muitas estruturas adjacentes, o rádio e a ulna estão diretamente conectados por meio de uma sindesmose chamada de articulação fibrosa radioulnar. É uma membrana interóssea que se estende entre as faces mediais dos ossos e divide a região do antebraço nos compartimentos anterior e posterior.
Ela contém um único cordão oblíquo que corre proximalmente, criando uma forma triangular situada entre o cordão, a superfície distal da ulna e a membrana (cujas fibras geralmente correm distalmente, em direção ao punho).
Distalmente, uma única abertura pode ser vista no nível de inserção do músculo pronador quadrado. Essa abertura é conhecida como como a abertura da artéria interóssea anterior.
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Fraturas do rádio e da ulna
As fraturas são o tipo de lesão mais comum que afeta diretamente os ossos do antebraço. Exemplos dessas fraturas incluem:
- A fratura de Monteggia ocorre quando a porção superior da ulna é fraturada, acompanhada pelo deslocamento da cabeça do rádio proximal.
- A fratura de Galeazzi é uma fratura que afeta diretamente o rádio. Consiste em uma fratura radial associada ao deslocamento da articulação radioulnar distal.
- A fratura de Barton é uma fratura intra-articular do rádio distal que é acompanhada pelo deslocamento da articulação radiocarpal.
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