ArtigosAnatomiaMembros superioresOmbro e braçoMúsculo ancôneo

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Músculo ancôneo

Autor: Dr. Rafael Lourenço do Carmo • Revisor: Dra. Catarina Chaves
Última revisão: 30 de Outubro de 2023
Tempo de leitura: 5 minutos

O ancôneo é um pequeno músculo de formato triangular localizado na região distal posterior do braço, próximo à articulação do cotovelo. Fixando-se ao úmero e à ulna, esse músculo auxilia na extensão do antebraço e fornece suporte tanto para a capsula articular dorsal quanto para a própria ulna. O nervo que permite que o músculo ancôneo performe todas essas funções ao se contrair é o nervo radial.

Este artigo discute a anatomia do músculo ancôneo, com informações sobre sua origem, iserção, inervação e função no sistema muscular.

Informações importantes sobre o músculo ancôneo
Origem	Epicôndilo lateral do úmero
Inserção	Olécrano da ulna
Inervação	Nervo radial (C7, C8, T1)
Função	Extensão do antebraço, prevenção de danos na cápsula articular dorsal durante a hiperextensão e estabilização a ulna
Irrigação	Artéria recorrente interóssea posterior

Conteúdo

Anatomia
1. Origem e inserção
2. Inervação
Função
Notas Clínicas
Referências

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Anatomia

Origem e inserção

O músculo ancôneo é um músculo pequeno e triangular localizado no cotovelo. Ele se origina da face dorsal do epicôndilo lateral do úmero e se insere no olécrano da ulna. As fibras do tendão de origem estão ainda ligadas à cápsula articular dorsal. O músculo encontra-se superficialmente e pode ser facilmente palpado na face dorsal e lateral do antebraço, próximo ao cotovelo.

Para aprender mais sobre o músculo ancôneo e outros músculos do braço, verifique os recursos a seguir:

Inervação

O ancôneo é inervado por um ramo motor do nervo radial (C7, C8, T1), que emerge do sulco do nervo radial do úmero, continua através da cabeça medial do tríceps, até que finalmente atinge o músculo, distalmente.

O ancôneo constitui uma continuação morfológica e funcional do tríceps braquial. Não apenas eles são inervados pelo mesmo nervo, mas também estão muito frequentemente fundidos parcial ou completamente. Isso quer dizer que em alguns indivíduos pode ser difícil individualizar o músculo ancôneo, que, como mencionado acima, pode estar completamente fundido ao tríceps braquial.

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Função

Funcionalmente, o ancôneo cumpre no cotovelo as mesmas tarefas que o músculo tríceps braquial. Sua contração leva a uma extensão do antebraço. Além disso, ele mantém a tensão da cápsula articular dorsal, assim prevenindo danos durante a hiperextensão. Acredita-se que o ancôneo possui a função adicional de estabilizar a ulna, especialmente durante movimentos de pronação do antebraço.

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Notas Clínicas

Algum tipo de variação anatômica do ancôneo é encontrada em até um terço de todos os seres humanos. Apesar da maioria ser inofensiva, existe uma variação que pode ser considerada clinicamente relevante, o chamado músculo ancôneo epitroclear. Esse músculo se origina - ao contrário da variante “normal” – no epicôndilo medial do úmero, assim cruzando o sulco do nervo ulnar do úmero. Em casos de hipertrofia (ex.: em levantadores de peso), o ancôneo epitroclear pode comprimir o nervo, levando a uma parestesia da região ulnar da mão, os dedos mínimo e anelar, bem como dor no cotovelo e no antebraço (síndrome do túnel cubital).

Referências

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Bibliografia:

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J. E. Muscolino: The muscular system manual – The skeletal muscles of the human body, 2.Auflage, Elsevier Mosby (2005), S.601-602
J. R. Doyle/M. J. Botte: Surgical anatomy of the hand and upper extremity, Lippincott Williams and Wilkins (2003), S.106
I. Joen, P. Kim, I. Park et al.: Cubital tunnel syndrome due to the anconeus epitrochlearis in an amateur weight lifter, Sicot Case-Reports (July 2002), Department of Orthopaedic Surgery – Kyungpook National University Taegu, Korea (http://www.sicot.org/resources/File/IO_reports/07-2002/1-07-2002.pdf)
H. Assmus, G. Antoniadis, C. Bischoff et. al.: Leitlinie - Diagnostik und Therapie des Kubitaltunnelsyndroms (KUTS), Arbeitsgemeinschaft der Wissenschaftlichen Medizinischen Fachgesellschaften (http://www.awmf.org/uploads/tx_szleitlinien/005-009l.pdf)

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Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver

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