Rim
Os rins são órgãos bilaterais localizados no retroperitônio, nos quadrantes abdominais superiores direito e esquerdo, e fazem parte do sistema urinário (sistema excretor). Sua forma se assemelha à de um feijão, sendo possível identificar os polos superior e inferior, assim como uma convexidade maior, voltada lateralmente, e uma concavidade menor, voltada medialmente.
A principal função do rim é eliminar do corpo o excesso de líquido, sais e subprodutos do metabolismo. Isso faz com que os rins sejam fundamentais na regulação do equilíbrio ácido-base, da pressão arterial e de muitos outros parâmetros homeostáticos.
Funções | Eliminação de metabólitos tóxicos através da urina Regulação da homeostase do sangue e da pressão arterial Produção de alguns hormônios |
Características morfológicas e funcionais | Localizado no retroperitônio, consistindo no córtex e medula, e esvaziando a urina no ureter (que a transporta até à bexiga) |
Artéria | Artéria renal (ramo da aorta abdominal) |
Veia | Artéria renal (ramo da aorta abdominal) |
Inervação | Plexo renal |
Notas clínicas | Rim supranumerário Rim em ferradura Agenesia renal Cálculos renais Insuficiência renal aguda |
Este artigo irá discutir a anatomia e as principais funções do rim.
- Terminologia
- Função do rim
- Anatomia do rim
- Vascularização do rim
- Inervação
- Notas clínicas
- Referências
Terminologia
Neste artigo, seguiremos a terminologia anatômica brasileira, que usa o termo “néfron” para se referir à unidade funcional do rim. A terminologia anatômica de Portugal utiliza o termo “nefrónio”.
Além disso, ao longo do artigo mencionamos algumas relações do rim com o peritônio, como é conhecida a estrutura em português brasileiro. O português europeu usa o termo “peritoneu”.
Ao longo do artigo e nas demais áreas do nosso site (unidades de estudo, videoaulas, ilustrações, etc), adotamos a nomenclatura brasileira, para uniformizar nosso conteúdo. Entretanto, as variações europeias também são consideradas corretas nos nossos testes.
Função do rim
O rim é um órgão muito importante no que diz respeito à homeostase corporal. Participa de processos vitais, como a regulação da osmolaridade e do pH do sangue, a regulação do volume sanguíneo e da pressão arterial, a produção de hormônios e a filtração de substâncias tóxicas.
Regulação da pressão arterial | Regula a quantidade de líquido no corpo, aumentando ou diminuindo a produção de urina |
Produção de hormônios | Calcitriol (forma ativa da vitamina D) Eritropoietina (estimula a medula óssea a produzir células sanguíneas) |
Regulação do equilíbrio ácido-base | Manter o pH do sangue em 7,4, diminuindo ou aumentando a excreção de íons de hidrogênio |
Em geral, a quantidade de sangue no corpo é de cerca de 5 litros. Qualquer excesso de fluido aumentará a pressão na parede arterial e fará com que a pressão sanguínea sistêmica aumente (hipertensão arterial). Felizmente, os rins também percebem esse aumento de pressão e, nos casos em que isso acontece, aumentam a taxa de filtração sanguínea e a produção de urina, o que leva ao aumento da excreção de líquidos e à diminuição da pressão arterial. Claro que, na situação inversa (menos de 5 litros de sangue), a pressão arterial está muito baixa (hipotensão). A hipotensão é um estímulo para os rins aumentarem a retenção de líquidos e, assim, levarem ao aumento da pressão arterial.
Além da regulação do volume sanguíneo e da pressão arterial, os rins também participam da produção de calcitriol (a forma ativa da vitamina D). Além disso, em situações de perdas sanguíneas significativas, os rins liberam um hormônio chamado eritropoietina, que estimula a medula óssea a produzir mais células sanguíneas.
As células do nosso corpo produzem íons de hidrogênio constantemente. Um aumento na quantidade de íons de hidrogênio pode acidificar o sangue, causando um estado chamado acidose. Os rins têm um sistema especial para a excreção de íons de hidrogênio e, dessa forma, mantêm consistentemente o pH do sangue em 7,4. A situação oposta também é possível, isto é, se os rins excretarem íons de hidrogênio em excesso, o pH do sangue poderá se tornar muito alcalino, levando a um estado chamado alcalose.
This is just a peek into the kidney physiology. In order to understand the functions of the kidney, we must first learn its anatomy.
Anatomia do rim
Os rins têm uma superfície anterior e uma posterior. A superfície anterior está voltada para a parede abdominal anterior, enquanto a superfície posterior está voltada para a parede abdominal posterior. Essas superfícies são separadas pelas bordas do rim, que consistem em uma convexidade maior, lateralmente, e uma concavidade menor, medialmente. O centro da concavidade menor é conhecido como o hilo renal, e é o local onde a artéria renal entra e a veia renal e o ureter saem do rim.
Os rins estão posicionados no retroperitônio, o que significa que eles se encontram posteriormente ao peritônio, ou seja, ao contrário da maioria dos órgãos abdominais, não são envolvidos pelas camadas peritoneais. Por outro lado, os rins têm relações anatômicas com o peritônio, ou, mais precisamente, com órgãos que são revestidos por peritônio que se encontram diretamente adjacentes aos rins.
Anatomia externa
Para examinar os rins de alguém com ultrassonografia, é preciso saber onde encontrá-los. Uma vez que os rins se localizam no retroperitônio, a forma mais rápida de os examinar é a partir do dorso do paciente.
Os rins se localizam entre os processos transversos das vértebras T12 e L3. O rim esquerdo tipicamente se posiciona ligeiramente mais superior do que o direito. Isso ocorre porque o fígado e o estômago alteram a simetria do abdome, e o fígado força o rim direito um pouco para baixo, enquanto o estômago permite espaço para o rim esquerdo se deslocar um pouco para cima. Os polos ou extremidades superiores (ao nível de T12) de ambos os rins apontam mais medialmente para a coluna vertebral do que os polos inferiores (ao nível de L3). O hilo do rim geralmente se projeta ao nível da vértebra L2. Assim, o ureter pode ser encontrado lateralmente à coluna vertebral, cursando inferiormente a partir de L2.
Agora vamos prestar atenção às bordas dos rins. Os rins têm uma estrutura semelhante a um feijão, com duas bordas: medial e lateral. A borda lateral direciona-se para a periferia, enquanto a borda medial se direciona para a linha média. A borda medial do rim contém um marco muito importante, chamado hilo renal, que é o ponto de entrada e saída dos vasos renais e do ureter.
De superior para inferior, as estruturas que passam no hilo renal são a veia renal, a artéria renal e o ureter. Isto é, o vaso mais superior é a veia renal, que deixa o rim, e imediatamente abaixo dela encontra-se a artéria renal, que entra no rim. Inferiormente à artéria renal encontra-se o ureter. Alternativamente, de anterior para posterior, o padrão é o mesmo: veia renal, seguida da artéria renal e, por fim, o ureter. É importante lembrar a ordem destas estruturas, pois é essencial para compreender a orientação espacial do rim e diferenciar o rim esquerdo do direito quando estiverem fora do cadáver.
O tecido renal é protegido por três camadas que recobrem o rim totalmente:
- Uma cápsula fibrosa (cápsula renal)
- Gordura perinéfrica (panículo adiposo perirrenal)
- E a fáscia renal, que, além do rim, também envolve a glândula suprarrenal e o tecido adiposo adjacente
Externamente à fáscia renal, encontra-se a camada mais superficial — uma camada de tecido adiposo conhecida como gordura perinéfrica. Esta camada encontra-se posterior e lateralmente a cada rim, e os separa dos músculos da cavidade abdominal.
Relações anatômicas
Agora que já sabemos tudo sobre as margens dos rins, será mais fácil aprender as suas relações anatômicas com outras estruturas abdominais.
Superfície anterior do rim direito
Ao observarmos os rins in situ, as suas relações anatômicas com outros órgãos pode parecer muito confusa. No entanto, esse é um assunto frequentemente cobrado em provas de Anatomia. Por esse motivo, vamos abordá-lo de uma forma agradável e concisa. Vamos começar com a superfície anterior do rim direito.
Glândula suprarrenal direita | Polo superior |
Peritônio | Metade superior da superfície anterior |
Parte descendente do duodeno | Centro da superfície anterior |
Flexura cólica direita | Parte lateral do polo inferior |
Jejuno | Parte medial do polo inferior |
- A porção mais alta do polo superior é coberta pela glândula suprarrenal direita
- A metade superior da superfície anterior está em contato com a camada de peritônio que a separa do fígado. Esse espaço potencial que separa o fígado do rim direito é chamado de recesso hepatorrenal de Morison. Em condições normais, este recesso está vazio, mas, em certas condições patológicas, como em caso de ascite ou hemoperitônio, pode acumular-se líquido nesse espaço. Isso pode ser visualizado com auxílio da ultrassonografia ou da tomografia computadorizada.
- Exatamente no centro da superfície anterior, imagine uma faixa horizontal que se estende da concavidade medial em direção ao centro da convexidade lateral – essa é a área do rim que está em contato direto com a parede posterior retroperitoneal da parte descendente do duodeno.
- A parte lateral do polo inferior está em contato direto com a flexura cólica direita (também conhecida como flexura hepática do cólon), que também é retroperitoneal.
- O restante do polo inferior está associado ao peritônio do intestino delgado, mais precisamente do jejuno
Superfície anterior do rim esquerdo
Uma vez que os órgãos da cavidade abdominal não são órgãos pares, o rim esquerdo não se relaciona com as mesmas estruturas que o direito.
Glândula suprarrenal esquerda | Metade superior do polo superior |
Estômago | Parte inferomedial do polo superior |
Baço | Parte inferolateral do polo superior |
Pâncreas | Centro da superfície anterior |
Flexura cólica esquerda |
Parte inferolateral da superfície anterior |
Jejuno | Parte inferomedial da superfície anterior |
A superfície anterior do rim esquerdo tem as seguintes relações anatômicas:
- De forma análoga ao que acontece com o rim direito, a parte mais alta do polo superior esquerdo também é coberta pela glândula suprarrenal esquerda
- A porção inferior do polo superior entra em contato com o peritônio do estômago (medialmente) e do baço (lateralmente)
- Imediatamente abaixo das impressões gástrica e esplênica, o rim esquerdo mantém contato direto com o pâncreas.
- A parte inferolateral da superfície anterior do rim esquerdo está diretamente relacionada com a flexura cólica esquerda (também conhecida como flexura esplênica do cólon) e com o cólon descendente
- A parte inferomedial da superfície anterior e o pólo inferior estão em contato com o peritônio do jejuno
Superfície posterior do rim
As superfícies posteriores de ambos os rins estão relacionadas com algumas estruturas neurovasculares e com alguns músculos:
- 1 Artéria: artéria subcostal
- 2 Ossos: 11.ª e 12.ª costelas
- 3 Nervos: nervos subcostal, ilio-hipogástrico e ilioinguinal
- 4 Músculos: diafragma, psoas maior, quadrado lombar e músculo transverso do abdome
Diafragma | Metade superior |
Psoas maior | Terço medial da metade inferior |
Quadrado lombar | Terço intermédio da metade inferior |
Transverso do abdome | Terço lateral da metade inferior |
A metade superior de cada rim é coberta pelo diafragma, razão pela qual os rins se movem para cima e para baixo durante a respiração.
As relações musculares da metade inferior são fáceis de memorizar dividindo a superfície do rim em três faixas verticais, sendo que a faixa medial corresponde à impressão do músculo psoas maior, a faixa central à impressão do músculo quadrado lombar e a faixa lateral à impressão do músculo transverso do abdome.
Anatomia interna
O parênquima do rim consiste no córtex renal, mais externamente, e na medula renal, mais internamente.
A unidade principal da medula é a pirâmide renal. Em cada rim há entre 8 e 18 pirâmides renais, que no corte coronal parecem triângulos alinhados uns ao lado dos outros, com suas bases voltadas para o córtex e seu ápice apontando para o hilo renal. O ápice da pirâmide projeta-se medialmente em direção ao seio renal. Essa projeção apical é chamada de papila renal, e se abre para o cálice menor. Os cálices menores unem-se para formar um cálice maior. Normalmente, existem dois a três cálices maiores em cada rim (superior, médio e inferior). Os cálices, por sua vez, se unem para formar a pelve renal, da qual emerge o ureter, que deixa o rim através do seu hilo. As pirâmides renais são separadas por extensões do córtex, chamadas colunas renais.
As pirâmides contêm as unidades funcionais do rim, os néfrons, que filtram o sangue para produzir a urina, a qual é transportada através dos cálices e da pelve renal até o ureter.
Para testar os seus conhecimentos sobre a anatomia do rim, experimente a nossa unidade de estudos abaixo:
Néfron
Só de ouvir o nome “néfron”, muitos estudantes já ficam com dor de cabeça. Para a maioria deles, o néfron é uma estrutura complexa e mística, que pode ser difícil de compreender. Mas não tem de ser assim. Vamos ver o que é o néfron e como se organiza sua estrutura, para você aprender isso de uma vez por todas.
O néfron é a unidade funcional do rim. Cada néfron contém um corpúsculo renal, que é o componente inicial que filtra o sangue, e um túbulo renal, que processa e transporta o líquido filtrado para o sistema de cálices renais. O corpúsculo renal tem dois componentes: a cápsula glomerular (de Bowman) e o glomérulo, que está contido na cápsula glomerular.
O glomérulo é, na verdade, uma teia de arteríolas e capilares, com uma membrana especial que filtra o sangue que passa pelos capilares, conhecida como membrana glomerular. O vaso que leva o sangue para o glomérulo é a arteríola aferente, enquanto o vaso que transporta o sangue não filtrado para fora do glomérulo é chamado de arteríola eferente.
A membrana glomerular é projetada de forma a não ser permeável, isto é, não permitir a passagem de moléculas grandes e importantes do sangue, como as proteínas plasmáticas. Ela entretanto é permeável a substâncias menores, como íons de sódio e potássio, aminoácidos e muitas outras substâncias. Também é permeável aos produtos do metabolismo, como a creatinina e os metabólitos de medicamentos.
Assim, no fluido filtrado que vai para o túbulo renal, além das substâncias que devem ser eliminadas, temos substâncias necessárias para o correto funcionamento do corpo. Por isso, os túbulos são projetados de forma a reabsorver as substâncias necessárias (sódio, potássio e aminoácidos, como mencionado anteriormente) e transportá-las de volta ao sangue. As substâncias desnecessárias, como a creatinina e metabólitos de medicamentos, não são reabsorvidas, mas excretadas para fora do corpo.
Desta forma, a constituição do sangue é preservada, e nenhuma substância importante é perdida. Por outro lado, os produtos do metabolismo celular e os metabólitos de medicamentos são eliminados do sangue, o que impede sua deposição no organismo e seus potenciais efeitos tóxicos. É por isso que o rim é essencial para a hemostasia circulatória.
Aprenda mais sobre o néfron na unidade de estudos seguinte ou faça o nosso teste personalizado para avaliar o que você já sabe.
Vascularização do rim
Artérias
Cada rim é irrigado por uma única artéria renal, que é ramo direto da aorta abdominal. As artérias renais direita e esquerda se originam imediatamente abaixo da artéria mesentérica superior, com a artéria renal esquerda posicionada um pouco superiormente. A artéria esquerda tem um caminho curto até o rim esquerdo, enquanto a direita tem que passar posteriormente à veia cava inferior para alcançar o rim direito. Além da artéria renal, existem artérias renais acessórias. Tratam-se de ramos da aorta abdominal que, em conjunto, são chamadas de artérias renais extra-hilares.
Quando as artérias renais entram no rim através do seu hilo, elas se dividem em ramos anterior e posterior. O ramo posterior irriga a parte posterior do rim, enquanto o ramo anterior se divide em cinco artérias segmentares, uma para cada segmento renal diferente. As artérias segmentares, em seguida, ramificam-se nas artérias interlobares, que se ramificam ainda mais, formando as artérias arqueadas. Por fim, as artérias arqueadas ramificam-se nas artérias interlobulares, que se ramificam ainda mais, dando origem às arteríolas aferentes, que chegam ao glomérulo para a filtração do sangue. O rim tem, assim, um suprimento sanguíneo muito rico.
Você pode avaliar seus conhecimentos sobre as artérias renais com o nosso teste.
Veias e vasos linfáticos
Cada rim tem uma única veia renal, que transporta o sangue para fora do órgão e se posiciona anteriormente à artéria homônima. As veias renais drenam na veia cava inferior, e por isso a veia renal direita é mais curta, já que a veia cava inferior se encontra mais próxima do rim direito do que do esquerdo. A veia renal esquerda passa anteriormente à aorta, logo abaixo do tronco da artéria mesentérica superior, o que se associa a alguns riscos, porque a veia renal pode ser comprimida entre as duas artérias (fenômeno conhecido como síndrome de quebra-nozes). No que diz respeito à drenagem linfática, cada rim drena para os linfonodos aórticos laterais (lombares), que se encontram ao redor da origem da artéria renal.
Note que a veia renal esquerda recebe sangue das veias suprarrenal esquerda e testicular esquerda. A veia testicular esquerda possui um trajeto mais longo que a sua contraparte direita, e drena para a veia renal esquerda em um ângulo reto. A veia testicular direita, por outro lado, se une diretamente à veia cava inferior. Isso favorece a ocorrência de varicocele do testículo esquerdo, porque a gravidade funciona contra a coluna de sangue na veia testicular esquerda.
Além disso, como a veia renal esquerda passa entre a artéria mesentérica superior e a aorta abdominal, como vimos anteriormente, um aneurisma da artéria mesentérica superior pode comprimir a veia renal esquerda e levar à obstrução da drenagem de todas as três estruturas que se servem da veia renal esquerda para drenagem (suprarrenal esquerda, rim esquerdo e testículo esquerdo). Isso afeta o testículo de forma significativa, uma vez que a obstrução da drenagem causa também uma obstrução do fluxo de sangue arterial, o que pode resultar na isquemia do tecido testicular. A esta condição, como mencionamos acima, dá-se o nome de síndrome de quebra-nozes.
Inervação
Os rins são inervados pelo plexo renal, que fornece informações:
- do sistema nervoso simpático, através dos nervos esplâncnicos torácicos inferiores, para a regulação do tônus vascular
- do sistema nervoso parassimpático, através do nervo vago.
Os nervos sensitivos do rim entram na medula espinal nos níveis T10 e T11, razão pela qual a dor na região do flanco deve levantar suspeitas de que algo está errado com o rim correspondente.
Notas clínicas
Rim supranumerário
Existem muitas patologias relacionadas com os rins. Algumas delas são congênitas, como um rim supranumerário, que geralmente é atrófico. Em outros casos, ambos os rins podem se fundir, geralmente nos pólos inferiores, que é uma patologia congênita chamada de rim em ferradura. Não há tratamento específico para rins em ferradura, e a única opção é tratar as complicações que surgem durante a vida.
Agenesia renal
Às vezes, um ou ambos os rins não se desenvolvem, o que causa agenesia renal unilateral ou bilateral. Pessoas com agenesia unilateral muitas vezes desconhecem que não possuem um rim, até que isso seja descoberto por acidente, uma vez que o rim que possuem é capaz de compensar a função do outro. Por outro lado, bebês com agenesia bilateral dos rins não conseguem sobreviver sem um transplante renal imediato.
Nota: em português europeu, o termo “agenesia” é conhecido como “agénese”.
Cálculos renais
Outras doenças renais comuns são adquiridas ao longo da vida, e uma das mais comuns é a nefrolitíase (cálculos renais, mais vulgarmente conhecidos como pedras nos rins). Esse termo se refere à formação de cálculos dentro do sistema de cálices renais, devido ao excesso de cálcio ou ácido úrico no filtrado, que leva à precipitação de cálculos. Os cálculos podem passar para o ureter, no qual podem literalmente ficarem presos, porque o lúmen do ureter é muito menor do que o dos cálices, o que causa dor ao paciente. Os cálculos são mais frequentemente tratados através de terapia de choque por ultrassom, durante a qual são utilizadas ondas de rádio de alta frequência para quebrar o cálculo em pedaços menores, que podem ser expelidos naturalmente na urina. Outro método é a remoção cirúrgica clássica do cálculo, seja através do ureter ou por cirurgia aberta.
Insuficiência renal aguda
Outras patologias do rim podem se apresentar como insuficiência renal aguda, uma doença grave e urgente. Pode ser causada por uma variedade de fatores, como por exemplo isquemia do rim ou efeito tóxico de alguns medicamentos, resultando na falência de todas as funções renais. Neste artigo, mencionamos que as funções mais importantes do rim são a regulação da homeostase do sangue e da pressão arterial, portanto, a insuficiência renal aguda pode levar a uma queda rápida da pressão arterial, que se apresenta como um estado de choque.
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