Videoaula: Vasos sanguíneos e nervos do braço e do ombro
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Quando íamos viajar antigamente - isto é, antes da era do GPS e do Google Maps - a ferramenta mais importante para qualquer família de viajantes era seu grande mapa de papel dobrado em mil partes. ...
Leia maisQuando íamos viajar antigamente - isto é, antes da era do GPS e do Google Maps - a ferramenta mais importante para qualquer família de viajantes era seu grande mapa de papel dobrado em mil partes. Lutar contra um desses no espaço confinado de um carro não era tarefa fácil, sobretudo enquanto você se preocupava em não perder a próxima saída e em desvendar o caminho.
Você notou todas as estradas de cor diferentes? As estradas principais em vermelho, as menores em amarelo e as grandes rodovias em azul? Você não acha que se parece um pouco com o que você vê nos seus livros de anatomia - artérias vermelhas, nervos amarelos e veias azuis? Essas estruturas são encontradas pelo corpo, suprindo-o com sangue oxigenado, fornecendo inervação e devolvendo o sangue desoxigenado para o coração. Coletivamente elas são conhecidas como a neurovasculatura e, na videoaula de hoje, nós vamos focar na neurovasculatura do ombro e do braço.
Antes de começarmos, eu gostaria de apresentar uma breve visão geral do que nós vamos falar nesta videoaula. Na nossa imagem aqui, a musculatura foi dissecada para que você pudesse ver os ossos da articulação do ombro e a neurovasculatura ao redor dela, a partir de uma perspectiva anterior. Vamos usar muito esta ilustração ao longo da nossa videoaula, à medida que discutirmos as artérias, as veias e os nervos do ombro e do braço. E, finalmente, nós vamos concluir nossa videoaula com algumas notas clínicas.
Sem mais delongas, vamos começar com as artérias do ombro e do braço. Para nos orientar, nós vamos começar do começo. O suprimento arterial do ombro e do braço se origina no peito com a artéria subclávia. Você vai perceber que nós removemos as veias e os nervos da nossa ilustração, para que você consiga ver as artérias mais claramente. Se diminuirmos o zoom e olharmos mais de longe, poderemos ver que a subclávia direita se origina do tronco braquiocefálico e que a subclávia esquerda se origina diretamente do arco aórtico.
OK, então vamos voltar para a nossa imagem anterior. Após a sua origem, a artéria subclávia viaja lateralmente, passando entre os músculos escalenos anterior e médio. Ao longo de seu curso, a artéria subclávia dá origem a vários ramos, mas hoje, nós vamos focar apenas nos ramos que suprem o ombro e o braço.
O tronco tireocervical se origina da artéria subclávia e nós estamos mencionando ele aqui porque ele dá origem à artéria supraescapular. A artéria supraescapular supre o supra-espinal e o infra-espinal, que são músculos do manguito rotador.
Quando a artéria subclávia cruza a borda lateral da primeira costela, ela se torna a artéria axilar. Então, a artéria axilar é a continuação da artéria subclávia. Ao longo do seu curso, esta artéria dá origem a vários ramos, incluindo a artéria torácica superior, a artéria toracoacromial, a artéria torácica lateral, a artéria subescapular, a artéria circunflexa anterior do úmero e a artéria circunflexa posterior do úmero. Para se lembrar dos ramos da artéria axilar tente usar o mnemônico “Salve os Leões e proteja o Simba”. A primeira letra de cada palavra do mnemônico corresponde à primeira letra de um ramo da artéria axilar.
A artéria torácica superior não supre o braço nem o ombro, então nós vamos pular ela e falar sobre a artéria toracoacromial. Esta artéria possui três ramos - um ramo clavicular, um ramo acromial e o mais relevante para nós hoje, um ramo deltóideo. O ramo deltóideo supre o músculo deltoide, que define o contorno arredondado do seu ombro.
A seguir nós temos a artéria torácica lateral. Esta artéria é um ramo da artéria axilar e supre o subescapular, que é um músculo do manguito rotador, juntamente com o peitoral maior, o peitoral menor e o serrátil anterior.
Depois podemos ver a artéria subescapular, destacada em verde. Mais uma vez, esta artéria se origina da artéria axilar e dá origem a dois ramos. O primeiro é a artéria toracodorsal, que você pode ver aqui e, se nós mudarmos para uma vista posterior, nós podemos ver o outro ramo, que é a artéria circunflexa da escápula. Esta artéria supre os músculos subescapular, supra-espinal e infra-espinal.
Outro ramo da artéria axilar que nós podemos ver aqui na perspectiva anterior é a artéria circunflexa anterior do úmero. Esta artéria supre a cabeça do úmero, a articulação do ombro e os músculos redondo maior, redondo menor e deltoide.
E por último nós vemos a artéria circunflexa posterior do úmero. Esta artéria se anastomosa com a artéria circunflexa anterior do úmero. Ela supre a articulação do ombro, o redondo maior, o redondo menor, o deltoide e o tríceps braquial, que é o principal músculo do compartimento posterior do braço.
Quando a artéria axilar cruza a borda inferior do redondo maior, ela se torna a artéria braquial. Então a artéria braquial é a continuação da artéria axilar e supre os músculos do braço. A medida que esta artéria viaja ao longo do braço, ela dá origem a vários ramos, incluindo a artéria braquial profunda, a artéria nutrícia do úmero, a artéria colateral ulnar superior, a artéria colateral ulnar inferior e vários ramos musculares menores.
O primeiro ramo da artéria braquial que nós vamos ver é a artéria braquial profunda, que também é conhecida como artéria profunda do braço e dá origem a vários ramos, incluindo o ramo deltóideo, a artéria colateral radial e a artéria colateral média. O ramo deltóideo viaja superiormente no braço e se anastomosa com a artéria circunflexa posterior do úmero. Esta artéria supre o músculo deltoide. A artéria colateral radial viaja inferiormente no braço para se anastomosar com as artérias que formam a rede arterial da articulação do cotovelo e supre o braquial, que é um músculo do compartimento anterior do braço. Nós também temos a artéria colateral média. Esta artéria também cursa inferiormente no braço para se anastomosar com as artérias que formam a rede arterial da articulação do cotovelo.
OK, então nós vimos os ramos da artéria braquial profunda. Vamos ver as outras artérias que se originam da artéria braquial. Aqui nós podemos ver a artéria nutrícia do úmero que, como você deve ter adivinhado, supre o úmero. A artéria braquial também origina a artéria colateral ulnar superior e a artéria colateral ulnar inferior. A artéria colateral ulnar superior contribui com a rede arterial da articulação do cotovelo. Esta artéria supre o tríceps braquial, enquanto a artéria colateral ulnar inferior supre os músculos do compartimento anterior do braço. Nesta imagem nós podemos ver estes músculos, que incluem o coracobraquial, o bíceps braquial e o braquial. Esta artéria também contribui com a rede arterial da articulação do cotovelo.
Quando a artéria braquial alcança a fossa cubital ela se divide em dois ramos terminais - a artéria radial e a artéria ulnar. Estas artérias viajam pelo antebraço e se anastomosam na mão, para formarem os arcos palmares superficial e profundo. Antes de deixarem a região da articulação do cotovelo, ambas dão origem a ramos recorrentes, que ascendem proximalmente no braço. Estes ramos são a artéria recorrente radial, que se anastomosa com a artéria colateral radial; o ramo anterior da artéria recorrente ulnar, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar inferior e o ramo posterior da artéria recorrente ulnar, que se anastomosa com a artéria colateral ulnar superior.
Antes de seguirmos e falarmos sobre as veias do ombro e do braço, vamos resumir o que aprendemos sobre as artérias do ombro e do braço. Bem, o suprimento arterial começa no peito, com a artéria subclávia. A subclávia direita se origina do tronco braquiocefálico e a subclávia esquerda se origina diretamente do arco aórtico. Quando a artéria subclávia cruza a borda lateral da primeira costela ela se torna a artéria axilar, que dá origem a vários ramos. Eventualmente a artéria axilar passa na borda inferior do redondo maior e se torna a artéria braquial. A artéria braquial desce pelo braço dando vários ramos até chegar à fossa cubital. Aqui, ela se divide em dois ramos terminais - a artéria radial e a artéria ulnar.
OK, agora estamos prontos para seguir para as veias do ombro e do braço, que podem ser divididas em veias profundas e veias superficiais. Nas nossas videoaulas, normalmente nós começamos com as estruturas superficiais, mas hoje nós vamos começar com as veias profundas, pois elas são semelhantes às artérias do ombro e do braço e, grande parte delas, faz isto como veias comitantes. Você está se perguntando o que é isso? Bem, “veias comitantes” é um termo usado para descrever um par de veias, mas ocasionalmente mais de duas, que acompanham uma artéria de maneira bem próxima. Isto é uma vantagem fisiológica, pois as pulsações da artéria ajudam no retorno venoso.
Quando nós descrevemos as artérias, fizemos de uma forma que refletiu a entrega de sangue oxigenado do coração ao membro superior, enquanto aqui, nós vamos descrever as veias no outro sentido, para demonstrar como elas recolhem o sangue desoxigenado do membro superior e levam-o até o coração. Para contextualizar, nós vamos começar na mão.
Os arcos palmares superficial e profundo drenam nas duas veias que você pode ver na sua tela - a veia radial e a veia ulnar. Note que na nossa imagem o braço direito mostra as veias superficiais e o braço esquerdo mostra as veias profundas. As veias radial e ulnar viajam superiormente no antebraço e, a nível do fossa cubital, elas se unem para formar as veias braquiais. Estas veias acompanham a artéria braquial como suas veias comitantes e suas tributárias são similares aos ramos da artéria braquial.
Quando a veia braquial cruza a borda inferior do redondo maior, ela se torna a veia axilar. Mais uma vez, as tributárias desta veia refletem os ramos da artéria axilar. A veia axilar viaja até a borda lateral da primeira costela, onde ela se torna a veia subclávia. De sua origem, a veia subclávia viaja medialmente, passando em frente ao músculo escaleno anterior.
Vamos reduzir o zoom e dar uma olhada mais geral. Aqui nós podemos ver que a veia subclávia recebe a veia jugular externa antes de se unir com a veia jugular interna, para se tornar a veia braquiocefálica. As veias braquiocefálicas esquerda e direita se unem para formar a veia cava superior, que devolve o sangue desoxigenado ao átrio direito do coração.
Antes de seguirmos com as veias superficiais, vamos resumir o que aprendemos sobre as veias profundas do ombro e do braço. Nós começamos com os arcos venosos palmares da mão, que drenam nas veias radial e ulnar. Estas veias se unem então ao nível da fossa cubital, para formar a veia braquial. Quando a veia braquial passa pela borda inferior do redondo maior, ela se torna a veia axilar. A veia axilar viaja até a borda lateral da primeira costela, onde ela se torna a veia subclávia. Após receber a veia jugular externa, a veia subclávia se une com a veia jugular interna para formar a veia braquiocefálica. As veias braquiocefálicas esquerda e direita se unem então para formar a veia cava superior, que leva o sangue desoxigenado até o átrio direito do coração.
Agora que acabamos com as veias profundas, vamos falar sobre as veias superficiais. Mais uma vez, nós vamos começar na mão, com a rede venosa dorsal. Esta rede drena em duas veias que nós vamos ver - a veia cefálica e a veia basílica. Primeiro nós temos a veia cefálica, que podemos ver aqui, destacada em verde. Esta veia cursa superiormente no aspecto lateral do membro superior, dentro da fáscia superficial. Após passar através do sulco deltopeitoral, ela perfura a fáscia profunda, para drenar na veia axilar. Agora nós temos a veia basílica, que cursa superiormente no lado medial do membro superior, dentro da fáscia superficial. Esta veia perfura a fáscia profunda e drena na veia braquial, formando a veia axilar. A veia cefálica está conectada com a veia basílica através da veia cubital mediana, no cotovelo. E um detalhe interessante, nós tipicamente utilizamos a veia cubital mediana para drenar sangue da fossa cubital.
Vamos resumir rapidamente o que aprendemos sobre as veias superficiais do ombro e do braço, antes de irmos para os nervos. Nós começamos com a rede venosa dorsal, que drena nas veias cefálica e basílica. A veia cefálica cursa superiormente no lado lateral do membro superior e drena na veia axilar, enquanto a veia basílica viaja superiormente no lado medial do membro superior e se une com a veia braquial, para formar a veia axilar. A veia cefálica e a veia basílica estão conectadas através da veia cubital mediana.
Beleza, está na hora do nosso último tópico desta videoaula, que são os nervos do ombro e do braço. Antes de voltarmos nosso foco aos nervos específicos do ombro e do braço, precisamos reduzir o zoom e dar uma olhada geral. O braço é inervado pelo plexo braquial, que podemos ver aqui, destacado em verde. Eu vou fazer uma breve revisão do plexo braquial para que você não fique assim quando eu for discutir seus ramos. Entretanto, se você quiser mais detalhes, nós temos vários outros recursos que você pode acessar no nosso site.
Bem, nesta imagem, nós temos o plexo braquial isolado. Como você pode ver, o plexo braquial é formado pelos ramos anteriores ou ventrais dos nervos espinais de C5 a T1. Estes ramos dão origem a três troncos - o tronco superior, o tronco médio e o tronco inferior. Cada tronco se divide em uma divisão anterior e uma posterior, que seguem para formar três cordões - o cordão lateral, o cordão posterior e o cordão medial.
Os nervos que nós vamos ver nesta videoaula se originam de vários níveis do plexo plexo braquial. O primeiro nervo que nós vamos ver é o nervo supraescapular, que se origina do tronco superior do plexo braquial. Este nervo carrega fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C5 e C6. Aqui você pode ver os ossos da articulação do ombro e o nervo supraescapular em uma perspectiva superior. Este nervo inerva os músculos supra-espinal e infra-espinal.
Seguindo, nós temos o nervo musculocutâneo, que é um ramo terminal do cordão lateral do plexo braquial. Este nervo carreia fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais de C5, 6 e 7. Na nossa próxima ilustração, nós podemos ver os ossos da articulação do ombro e o nervo musculocutâneo em uma perspectiva anterior. Este nervo inerva os músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial.
Agora nós vamos ver alguns ramos do cordão posterior do plexo braquial, começando com o nervo subescapular superior. Este nervo carrega fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C5 e C6 e inerva a porção superior do músculo subescapular. A seguir nós temos o nervo toracodorsal, que também é conhecido como nervo subescapular médio. Este nervo se origina do cordão posterior e carreia fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C6, 7 e 8. O nervo toracodorsal inerva o músculo latíssimo do dorso e se insere no úmero proximal. O nervo subescapular inferior também se origina do cordão posterior e inerva a porção posterior do subescapular e o músculo redondo maior. Este nervo carrega fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C5 e C6.
OK, então agora vamos dar uma olhada nos ramos terminais do cordão posterior - o nervo axilar e o nervo radial. Aqui, nós temos o nervo axilar, que também é conhecido como nervo circunflexo. Este nervo carreia fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C5 e C6. O nervo axilar inerva os músculos deltoide e redondo menor, bem como a pele sobre estes músculos. O outro ramo terminal do cordão posterior é o nervo radial. Ele é o maior nervo do membro superior e carreia fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais de C5 a T1, então ele recebe fibras de todos os cinco nervos espinais do plexo braquial. O nervo radial inerva diretamente o tríceps braquial, o ancôneo e a pele lateral da região inferior do braço. Ele também contribui na inervação do músculo braquiorradial.
Até aqui, nós focamos primariamente nos nervos que suprem os músculos e os ossos do braço, mas e a pele? Bem, é aqui que os nervos cutâneos braquiais entram. Existem quatro destes nervos e o primeiro que nós vamos ver é o nervo cutâneo medial do braço. Este nervo é um ramo do cordão medial do plexo braquial e inerva a pele medial do braço. A seguir nós temos o nervo cutâneo lateral superior do braço. Este nervo é um ramo do nervo axilar e inerva a pele sobre o músculo deltoide. Se nós temos um nervo cutâneo lateral superior do braço, nós provavelmente temos um nervo cutâneo lateral inferior do braço. Este nervo é um ramo do nervo radial e inerva a pele da região lateral inferior do braço. O último nervo cutâneo braquial é o nervo cutâneo posterior do braço. Este nervo também é um ramo do nervo radial e inerva a pele da superfície posterior do braço.
Para que fique completo, eu vou mencionar brevemente os nervos que inervam o antebraço e a mão, começando pelo nervo mediano. Como você pode ver na nossa ilustração, este nervo é formado por fibras do cordão lateral e do cordão medial do plexo braquial. O nervo mediano carrega fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C6 a T1. Por último, nós temos o nervo ulnar, que é o ramo terminal do cordão medial. Ele carrega as fibras dos ramos anteriores dos nervos espinais C8 e T1 e, como o nervo mediano, inerva o antebraço e a mão.
Antes de falarmos sobre algumas notas clínicas relacionadas com a neurovasculatura do braço, vamos resumir o que nós aprendemos sobre os nervos do ombro e do braço. Primeiro nós vimos o plexo braquial, que é formado pelos ramos anteriores dos nervos espinais de C5 a T1; possui três troncos - o tronco superior, o tronco médio e o tronco inferior e três cordões - o cordão lateral, o cordão posterior e o cordão medial. Nós vimos que o tronco superior dá origem ao nervo supraescapular e que o nervo musculocutâneo é um ramo terminal do cordão lateral. Nós também aprendemos que o cordão posterior dá origem ao nervo subescapular superior, ao nervo toracodorsal, ao nervo subescapular inferior, ao nervo axilar e ao nervo radial. Depois nós falamos sobre os quatro nervos braquiais cutâneo, que são o nervo cutâneo medial do braço, os nervos cutâneos laterais superior e inferior do braço e o nervo cutâneo posterior do braço. Finalmente, nós mencionamos brevemente os nervos que inervam o antebraço e a mão, que são o nervo mediano e o nervo ulnar.
Agora que estamos familiarizados com a neurovasculatura do ombro e do braço, vamos à clínica! Já que o nervo radial é o maior nervo do membro superior, vamos falar sobre ele nas nossas notas clínicas.
A lesão do nervo radial é mais comumente causada por trauma físico, como por exemplo, por uma fratura umeral. Os sintomas comumente se apresentam no polegar, indicador e dedo médio e incluem dormência e formigamento ou dor em queimação. A lesão do nervo radial também pode levar à fraqueza do polegar e dos dedos, bem como à incapacidade de esticar o braço. Os dois últimos sintomas estão relacionados aos músculos que são inervados pelo nervo radial, como o extensor do polegar e dos dedos e o tríceps braquial, que estende o cotovelo.
O tratamento varia dependendo da causa de base, mas pode incluir anti-inflamatórios para alívio da dor e fisioterapia, para aumentar e manter a força muscular. Uma cinta ou tala pode ser usada para imobilizar o nervo, permitindo que ele cicatrize sem riscos de um dano adicional. Se o nervo não estiver rasgado ou lacerado, os pacientes devem se recuperar dentro de três meses. Entretanto, cirurgia também pode ser necessária para corrigir uma lesão ao nervo.
Antes de finalizarmos esta videoaula, Vamos resumir rapidamente, mais uma vez, o que nós aprendemos hoje. Nós começamos com as artérias do ombro e do braço, seguindo a jornada que o sangue oxigenado faz do coração até o membro superior. Nós vimos que o suprimento arterial começa na artéria subclávia, que se torna a artéria axilar na borda lateral da primeira costela. Quando a artéria axilar passa na borda inferior do redondo maior ela então se torna a artéria braquial. A artéria braquial viaja inferiormente no braço até alcançar a fossa cubital, onde ela se divide em dois ramos terminais - a artéria radial e a artéria ulnar. Estas artérias cursam inferiormente no antebraço e se anastomosam na mão para formar os arcos palmares.
Depois, nós vimos as veias do ombro e do braço, que podem ser agrupadas em veias profundas e veias superficiais. Similarmente, nós discutimos estes vasos em uma ordem que reflete como o sangue desoxigenado retorna do membro superior até o coração. As veias profundas são semelhantes às artérias do ombro e do braço e incluem os arcos venosos palmares, a veia radial, a veia ulnar, a veia braquial, a veia axilar e, é claro, a veia subclávia, enquanto as veias superficiais consistem na rede venosa dorsal, veia cefálica, veia basílica e veia cubital mediana.
A seguir nós vimos os nervos do ombro e do braço, que surgem de vários níveis do plexo braquial. O plexo braquial é formado pelos ramos anteriores dos nervos espinais C5 a T1; três troncos - o tronco superior, o tronco médio e o tronco inferior - e três cordões - o cordão lateral, o cordão posterior e o cordão medial. Nós vimos que o cordão superior dá origem ao nervo supraescapular e que o nervo musculocutâneo é um ramo terminal do cordão lateral. Nós também aprendemos que o cordão posterior dá origem ao nervo subescapular superior, ao nervo toracodorsal, ao nervo subescapular inferior, ao nervo axilar e ao nervo radial. E depois nós falamos sobre os quatro nervos cutâneos braquiais, que são o nervo cutâneo medial do braço, os nervos cutâneos laterais superior e inferior do braço e o nervo cutâneo posterior do braço. Nós também mencionamos brevemente os nervos que inervam o antebraço e a mão, que são o nervo mediano e o nervo ulnar.
Finalmente, nós finalizamos nossa videoaula com algumas notas clínicas sobre a lesão do nervo radial.
E isto nos trás ao fim da nossa videoaula sobre a neurovasculatura do ombro e do braço. Espero que você tenha gostado! Obrigada por assistir e bons estudos!