Videoaula: Principais nervos do membro inferior
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Ei pessoal! Aqui é a Amanda do Kenhub e, no tutorial de hoje, vamos falar sobre os principais nervos da extremidade inferior. Como este é um tutorial básico, antes de começarmos a falar sobre os ...
Leia maisEi pessoal! Aqui é a Amanda do Kenhub e, no tutorial de hoje, vamos falar sobre os principais nervos da extremidade inferior. Como este é um tutorial básico, antes de começarmos a falar sobre os principais nervos dos membros inferiores, vamos separar alguns minutos para definir o sistema nervoso, os nervos e os membros inferiores.
Como você já deve saber, o sistema nervoso é composto de duas partes, e vamos começar com o sistema nervoso central, que é também conhecido como SNC. E o sistema nervoso central é a parte do sistema nervoso que consiste no encéfalo e na medula espinal.
Claro, você provavelmente está se perguntando se você tem um sistema nervoso, o que é um nervo? Um nervo é um feixe de delicadas fibras envoltas dentro de uma bainha fibrosa carregando informações do encéfalo e da medula espinal para os órgãos na periferia, ou então da periferia para o encéfalo e para a medula espinal. E nesta imagem da medula espinal você pode ver o nervo espinal no círculo azul, mostrado aqui.
E, claro, os nervos formam o sistema nervoso periférico, que é a parte do sistema nervoso que não inclui o encéfalo e a medula espinal. Nesta imagem temos nosso modelo feminino na posição anatômica, e você pode ver que o sistema nervoso periférico está destacado em verde ao longo de todo o corpo, e é composto exclusivamente por nervos.
Mencionamos antes que os nervos carregam informações da medula espinal para o corpo e vice-versa. Assim, os nervos que transmitem informações da medula espinal para o corpo são chamados de nervos motores, e você pode ver a direção do fluxo de informações dos nervos motores indicada pelas setas azuis.
Nervos transmitindo informações do corpo para a medula espinal são chamados de nervos sensitivos, e você pode ver a direção do fluxo de informações dos nervos sensitivos, indicada pelas setas. Embora geralmente um tipo de fibra seja dominante em cada um dos nervos, a maioria deles contêm os dois tipos de fibras.
A próxima pergunta que queremos fazer é: o que é a extremidade inferior? A extremidade inferior é todo o membro inferior do ser humano, do quadril até os dedos do pé. Ela inclui o quadril, a coxa, o joelho, a perna, o tornozelo e o pé. Observe que enquanto na vida cotidiana nós podemos usar o termo perna para nos referirmos à toda a extremidade inferior, na anatomia o mesmo termo aplica-se apenas à região entre o joelho e o tornozelo.
No entanto, Nesse tutorial nós vamos nos concentrar em quatro regiões principais da extremidade inferior e seus respectivos nervos. Esses nervos são os nervos do quadril, da coxa, da perna e do pé. E nós os ordenamos obviamente da região mais proximal para a mais distal, assim você será capaz de acompanhar enquanto passamos por cada nervo.
Como você provavelmente pode imaginar, há muitos nervos na região do quadril, e muitos desses nervos fornecem inervação para os músculos locais, a pele do quadril ou da região genital, enquanto outros cursam mais inferiormente no membro inferior. Nesta seção, no entanto, vamos focar nossa discussão nos nervos situados dentro da região do quadril. Esses nervos incluem os nervos glúteo superior, glúteo inferior, pudendo e ciático. Vamos, é claro, começar com o nervo glúteo superior.
Em primeiro lugar, estamos olhando para uma vista posterior da pelve e do fêmur, com alguns músculos e nervos que são relevantes para essa área. O nervo glúteo superior, que também já foi conhecido como o nervo superior do quadril, é um dos principais nervos da região, e você pode vê-lo destacado em verde. O nervo glúteo superior surge do plexo sacral a partir das raízes de L4, L5 e S1. Ele é acompanhado pela artéria glútea superior, que é visível em vermelho, ao lado do nervo, onde estou apontando com minha seta, bem aqui. Como você pode ver, o nervo glúteo superior está distribuído pela superfície de um grande músculo, conhecido como glúteo médio, que eu desenhei para você em verde aqui.
O glúteo médio é um dos músculos que contribuem para a abdução da coxa. O nervo glúteo superior é um nervo motor que inerva os músculos abdutores da coxa, que incluem o glúteo mínimo - podemos vê-lo delineado em verde - além do tensor fáscia da lata, que está envolvido na estabilização da extensão do quadril e da coxa - podemos ver o tensor da fáscia lata delineado em verde surgindo da crista ilíaca anterior da pelve.
Portanto, o nervo glúteo superior é um nervo que controla os músculos que abduzem a coxa, que é o seu movimento lateral, além de também estabilizam o quadril durante a extensão da coxa, que é o seu movimento para trás.
O nervo glúteo inferior, também conhecido como o nervo inferior do quadril, é outro importante nervo da região. O nervo glúteo inferior surge da divisão posterior do plexo sacral, das raízes de L5, S1 e S2 e deixa a pelve emergindo abaixo da superfície mais inferior do músculo piriforme, que você pode ver aqui nessa imagem. Observe, no entanto, que apesar da proximidade entre essas estruturas o nervo glúteo inferior não inerva o músculo piriforme.
Assim como o nervo glúteo superior, o nervo glúteo inferior é um nervo motor, e inerva o músculo glúteo máximo, que você pode ver delineado em verde à direita. Este músculo é responsável pela extensão do quadril. Você acabou de ver a extensão do quadril quando vimos sobre o músculo glúteo superior, mas o músculo glúteo máximo, que destacamos em verde nesta visão lateral da perna, é geralmente ativado durante o agachamento ou subindo as escadas.
Então temos uma pequena imagem para você aqui, e lá vai ela subindo a escada. E, claro, o glúteo máximo é ativado durante esse movimento. O nervo pudendo tem seu nome derivado do latim "pudendum", que significa literalmente "o lugar vergonhoso", e você pode ver isso destacado em verde com esta ampliação extrema do aspecto posterior da pelve. O nervo pudendo surge de ramos ventrais do plexo sacral, a partir das raízes de S2 a S4. Observe que o nervo pudendo não sai da pelve, e seus ramos estão distribuídos na área perineal. O nervo pudendo inerva a pele dos órgãos genitais externos, do períneo e ao redor do ânus. Também inerva muitos músculos do períneo, incluindo os músculos responsáveis pela constrição uretral e anal, que são comumente conhecidos como esfíncteres.
Vamos passar agora para o nervo ciático ou isquiático, que tem seu nome derivado da palavra "ischium", que é uma palavra antiga que se refere à parte inferior e posterior do osso pélvico. O nervo ciático surge no plexo sacral, a partir dos ramos anteriores de L4 a S3, e deixa a pelve passando logo abaixo do músculo piriforme, que você pode ver desenhado em verde aqui à direita. Ele emite alguns ramos menores para a articulação do quadril antes de continuar inferiormente na região posterior da coxa.
O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano e, embora não pareça na imagem, a bainha do nervo ciático envolve dois nervos - o nervo fibular ou peroneal comum e o nervo tibial. Nesta imagem ventral do quadril e da região da coxa do nosso modelo anatômico feminino, você pode ver mais claramente como o nervo ciático se divide no nervo tibial, à nossa esquerda em laranja, e no nervo fibular comum, à direita em roxo.
Em termos de sua função, o nervo ciático inerva a articulação do quadril e os tendões dos músculos na face posterior da coxa e, claro, os músculos do jarrete ajudam a estender o quadril ou flexionar o membro inferior na articulação do joelho e antagonizar os extensores do joelho na região anterior da coxa. E é claro que você já viu a extensão do quadril nos slides anteriores, então nessa imagem vamos apenas mostrar a flexão do joelho. Você pode ver os músculos do jarrete delineados em verde.
Então, vamos agora dar uma olhada nos nervos da coxa. Ao contrário dos nervos do quadril, que se originam no plexo sacral dentro da pelve, os nervos da coxa se originam no plexo lombar. Há dois nervos principais da coxa que iremos discutir hoje - o nervo femoral e o nervo safeno. Vamos começar com o nervo femoral. O nervo femoral é um nervo muito importante da coxa, que contém tanto fibras sensoriais quanto fibras motoras, e seu significado é refletido em seu nome com a palavra fêmur, que é a palavra em latim para coxa.
Mas, claro, lembre-se de que, apesar de sua etimologia, o nervo femoral não é o único nervo da coxa. Existem muitos nervos na coxa, que vamos estudar nos próximos minutos. Mas primeiro vamos falar sobre a origem do nervo femoral. Ele surge das raízes de L2 a L4 do plexo lombar e então entra na coxa abaixo do ligamento inguinal. E nesta ampliação de uma visão ventral da região anterior da pelve direita, mostrando o ligamento inguinal os músculos anteriores da coxa, você pode ver o nervo femoral destacado em verde à medida que passa por baixo do ligamento inguinal, à nossa direita, aqui, e eu destaquei também o ligamento inguinal, em verde.
Conforme o nervo femoral passa por baixo do ligamento inguinal, ele cursa junto com dois vasos - a veia femoral, em azul, e a artéria femoral, em vermelho - e essas relações anatômicas são, obviamente, muito importantes, pois são particularmente úteis na palpação do pulso femoral e na cateterização da artéria femoral, então note a importância dessas estruturas. E, claro, como tudo o que é médico, nós sempre temos um método mnemônico popular para lembrar das estruturas e nesse caso o mnemônico é a palavra VAN, que são as iniciais dos termos Veia, Artéria e Nervo.
E a maneira de lembrar isso é que a veia é a estrutura mais medial e, por isso, está posicionada primeiro no método mnemônico, com o nervo femoral, então, sendo o último e o mais lateral. Portanto, a veia é a mais medial, a artéria fica entre a veia e o nervo, que é o mais lateral - VAN. Agora que falamos sobre algumas dessas relações anatômicas, vamos aprender um pouco sobre a inervação que o nervo femoral fornece.
A subdivisão motora do nervo femoral inerva os músculos extensores do joelho, que nesta imagem estão representados pelo músculo quadríceps, destacado em verde para você - e é claro que esses músculos extensores do joelho estão envolvidos na extensão da perna através da articulação do joelho. E o nervo femoral também fornece inervação para os músculos flexores do quadril - que são os músculo iliopsoas, sartório e pectíneo, que atuam na flexão da coxa em direção ao quadril. E já que estamos falando sobre isso, vamos ilustrar esses movimentos com algumas imagens - Aqui você pode ver o músculo quadríceps estendendo o joelho, e aqui temos os músculos flexores do quadril flexionando o quadril.
Voltando à nossa imagem ventral do trígono femoral, vamos falar brevemente sobre a divisão sensitiva do nervo femoral, que inerva a pele da região anterior da parte superior da coxa e a parte interna da perna. A maioria desses ramos formam o nervo safeno, que inerva a parte interna da perna e sobre o qual falaremos mais adiante no próximo slide. Vamos então conversar um pouco sobre o nervo safeno, que é um nervo muito importante da extremidade inferior, uma vez que ele é o maior ramo cutâneo do nervo femoral, bem como sua continuação.
Como você pode ver, ele surge dentro do trígono femoral, que é delimitado superiormente pelo ligamento inguinal - como você pode ver em nossa perspectiva ventral da pelve. Também é delimitado pelos músculos da coxa e pelos ossos da perna - e você pode ver como desenhei o triângulo femoral em verde aqui à direita. A estrutura destacada em verde é o nervo safeno, com o nervo femoral cursando lateralmente ao seu lado em amarelo. Após sua origem, o nervo safeno entra em um túnel formado pelos músculos da região anterior da coxa conhecida como canal adutor, que é um canal bastante importante, já que contém também os vasos femorais, assim como o nervo para o músculo vasto medial. Você pode ver o canal delineado em verde nesta imagem.
O nervo safeno então atravessa para a superfície medial da coxa e, em seguida, continua subcutaneamente descendo pelo aspecto medial da perna, mas seu curso não é visível nesta imagem. No terço inferior da perna ele se divide em um ramo tibial, que termina no tornozelo, enquanto o outro ramo passa no aspecto anterior do maléolo medial para terminar no pé. E claro, vamos falar um pouco sobre sua função. O nervo safeno é um nervo inteiramente sensitivo que supre as superfícies ântero-mediais da perna e do pé.
Agora que terminamos de falar sobre os nervos da coxa, vamos falar sobre os nervos da perna. Os nervos da perna são nomeados em relação à tíbia e à fíbula, que também pode ser chamada de perôneo. Portanto, os nervos da perna consistem nos nervos tibial, fibular comum, fibular superficial e fibular profundo. Vamos começar com o nervo tibial, é claro.
O nervo tibial recebe o seu nome da palavra em latim "tíbia", que significa canela. Ele é o ramo terminal do nervo ciático, bem como seu maior ramo. O nervo tibial surge na bifurcação do nervo ciático na parte posterior da coxa, em torno do seu terço inferior. Nesta visão posterior do fêmur, da tíbia e da fíbula ao nível do joelho você pode ver a bifurcação do nervo ciático, aqui no meu círculo verde, se dividindo no nervo tibial, em verde, e no nervo fibular comum, em amarelo. Nesta próxima imagem do aspecto posterior do joelho direito dá para ver o nervo ciático se bifurcando no nervo tibial, em verde, e no nervo fibular comum, em roxo.
O nervo tibial, como você pode ver, é o maior e mais medial dos dois, e portanto o lado esquerdo, aqui, é o lado medial do joelho direito, e este lado aqui, direito, é o lado lateral do joelho direito. Logo após a bifurcação do nervo ciático o nervo tibial entra na fossa poplítea, uma depressão em forma de diamante que é encontrada na face posterior do joelho, onde cursa do seu ápice superior ao ápice inferior. E você pode vê-lo desenhado em verde, à direita. Vamos fazer uma breve pausa para conversar um pouco sobre a fossa poplítea. A fossa poplítea é superficialmente delimitada por músculos, incluindo o músculo gastrocnêmio embaixo aqui, em verde, mas na verdade a fossa poplítea se estende bastante profundamente. Além do nervo poplíteo, há algumas outras importantes estruturas neurovasculares que o acompanham: a veia poplítea e artéria poplítea, vistas aqui em azul e vermelho. No entanto, o nervo poplíteo é o mais superficial dos três.
Mais algumas coisas sobre a fossa poplítea - dentro da fossa poplítea, o nervo tibial emite o nervo cutâneo sural medial, que é este nervo em roxo que eu desenhei para você aqui. E se você pode imaginar o ramo comunicante sural que se origina do nervo fibular comum, em laranja, você pode imaginar também o nervo sural, que desenhei para você em marrom, constituindo os dois nervos que inervam a a perna e o tornozelo.
O nervo tibial também emite o nervo para o músculo gastrocnêmio, que você pode ver aqui destacado em roxo. E, claro, você se lembra do nosso gastrocnêmio aqui, enquanto nosso poplíteo está aqui em verde. Vamos passar para uma imagem onde podemos ver o aspecto posterior da perna e do pé. Nesta imagem ainda estamos na perna direita, mas estamos olhando para o nervo tibial enquanto ele viaja em direção ao pé, com o calcâneo ou osso do calcanhar circulado em verde. Então, como você pode ver, depois que o nervo tibial deixa a fossa poplítea, ele desce na parte posterior da perna, onde se divide no nível do pé nos nervos plantares lateral e medial, dos quais falaremos um pouco mais posteriormente no tutorial. Mas, voltando à nossa imagem original do nervo tibial, vamos discutir brevemente quais estruturas são inervadas pelo nervo tibial. Como você pode provavelmente imaginar, o nervo tibial inerva uma parte da articulação do joelho, bem como parte da pele da coxa.
O nervo tibial também contém muitas fibras motoras para os músculos da panturrilha, que incluem, como vimos antes, os músculos gastrocnêmio, sóleo, plantar e poplíteo. Estes músculos ajudam na deambulação e na flexão plantar do pé. E esses músculos, que estão delineados na nossa imagem da perna, ajudam na deambulação e na flexão plantar do pé. O próximo nervo sobre o qual vamos falar é, obviamente, o nervo fibular comum. Nesta imagem você pode vê-lo se originando do nervo ciático, em verde, com o nervo tibial em amarelo. Como você pode ver no nosso texto sobre etimologia, a palavra vem do antigo nome grego para a fíbula ou osso da panturrilha, e assim como a fíbula está na face lateral da perna, o nervo também está.
O nervo fibular ou peroneal comum, do mesmo modo que o nervo tibial, surge na bifurcação do nervo ciático. Seguindo para uma imagem posterior do nervo, você pode vê-lo surgindo da bifurcação do nervo ciático, que circulei para você em verde aqui. Assim como quando vimos o nervo tibial, estamos olhando para a face posterior do joelho direito, com o nervo fibular comum de menores dimensões, situado mais lateralmente na perna. Depois de emergir da bifurcação, o nervo se dirige do ápice superior da fossa poplítea. Então vamos desenhar nossa fossa poplítea novamente aqui - e você pode ver, portanto, a borda do músculo bíceps femoral e seu tendão, que forma o limite superolateral da fossa.
E vamos apenas desfocar nossa fossa poplítea para que você possa ver o bíceps femoral e o nervo fibular comum, que cursa ao longo da sua borda. O nervo fibular comum então emerge da fossa poplítea ao nível da cabeça lateral do gastrocnêmio e, claro, este é o nosso gastrocnêmio completo, mas a cabeça lateral é esta parte que está delineada aqui em cinza escuro para você. Em seguida, o nervo fibular comum envolve a cabeça da fíbula - em torno de nossa fíbula invisível bem aqui - e se divide nos nervos fibulares superficial e profundo. Em termos de sua inervação, o nervo fibular comum emite alguns ramos para a inervação sensitiva da articulação do joelho, bem como para a inervação da pele, principalmente através do nervo sural lateral, que nesta imagem é este ramo, que já foi conhecido também como nervo sural comunicante. Como mencionamos anteriormente, o nervo sural cutâneo medial junta-se com o nervo comunicante lateral para formar o nervo sural, e esses nervos transmitem as informações sensoriais da pele sobrejacente. O nervo fibular comum não tem ramos motores antes de sua divisão, então vamos dar uma olhada nas suas ramificações motoras.
E por falar nesses ramos, vamos agora estudar esses dois ramos. O nervo fibular superficial surge como um ramo do nervo fibular comum logo abaixo da cabeça da fíbula. Nesta imagem você pode ver a cabeça da fíbula aqui no meu círculo verde, e então a ramificação do nervo fibular superficial em verde. Em seguida, ele continua então descendo pelo aspecto lateral da perna para terminar no pé. O nervo fibular superficial é o principal nervo do compartimento lateral da perna, e inerva os músculos deste compartimento, que são o fibular longo e o fibular curto, que você pôde ver delineados nesta imagem, e esses músculos são os músculos que realizam a flexão plantar e eversão do pé.
Nesta imagem, podemos ver a eversão do pé e os músculos laterais destacados em verde. Ele também fornece inervação sensitiva para a superfície anterior distal da perna e para o dorso do pé. O outro ramo do nervo fibular comum - o nervo fibular profundo - surge na bifurcação do nervo fibular comum, assim como o nervo fibular superficial, logo abaixo da cabeça da fíbula. Ele cursa pela perna anteriormente à membrana interóssea, que é esta membrana fibrosa entre os ossos da perna, que você pode ver aqui.
Ao chegar ao pé, ele se divide em dois ramos terminais - um ramo terminal medial e um ramo terminal lateral. O nervo fibular profundo é o nervo do compartimento anterior da perna, e inerva principalmente os músculos do compartimento anterior, isto é, o tibial anterior, o extensor longo dos dedos, o extensor longo do hálux e o fibular terceiro. Esses músculos flexionam o pé dorsalmente na articulação do tornozelo ou estendem os dedos dos pés. Ele também recebe informações sensitivas da articulação do tornozelo e do aspecto dorsal do pé. Agora que terminamos de falar sobre os nervos da perna, vamos falar sobre os nervos do pé. E, claro, como você pode ver, existem muitos nervos do pé, e os principais são os nervos plantares medial e lateral, o nervo digital plantar comum, o nervo digital plantar próprio e os nervos digitais dorsais. E todos esses são ramos terminais dos nervos do quadril e da coxa. Vamos começar com o nervo plantar medial, que é um dos ramos do nervo tibial que inervam o lado interno ou medial da planta do pé.
E só por curiosidade, vamos, é claro, explicar a etimologia. Planta é a palavra latina para a sola do pé, então o nome plantar medial literalmente significa o nervo do lado interno da sola do pé. E novamente, na nossa imagem, estamos olhando para o nosso pé direito em seu aspecto plantar, com o calcâneo, ou osso do calcanhar, aqui em verde. E novamente nosso aspecto medial está à nossa esquerda, aqui, enquanto o aspecto lateral está à nossa direita. E você pode ver o nervo tibial aqui se dividindo nos nervos plantar medial, destacado em verde, e plantar lateral, em amarelo. O nervo plantar medial, obviamente, é o nervo mais medial. Com relação ao seu trajeto, o nervo tibial se bifurca dentro de um túnel formado pelo osso subjacente e por um ligamento sobrejacente. Este túnel é conhecido como o túnel do tarso, e é formado pelo retináculo dos flexores, desenhado para você aqui em laranja, e pelas superfícies mediais do calcâneo, do tarso e da tíbia - então é este pequeno túnel aqui delineado em verde.
O nervo então desce pelo aspecto medial do dorso do pé em direção ao hálux. O nervo plantar medial é o maior dos dois nervos plantares e inerva os músculos da face medial do pé. E esses músculos incluem o abdutor do hálux, o flexor curto dos dedos, o flexor curto do hálux e o primeiro lumbrical. Todos esses músculos estão envolvidos na abdução do hálux e dos quatro dedos laterais do pé, então se você olhar para a nossa imagem do hálux - estamos apenas traçando uma linha no meio, que indica a linha central do pé - você pode ver a abdução do hálux e dos quatro dedos laterais do pé.
O nervo plantar medial também inerva a pele do lado medial do pé, assim como a pele da face medial dos primeiros três dígitos do pé. O outro ramo do nervo tibial é o nervo plantar lateral, que tem o mesmo ponto de origem do nervo plantar medial - essa é a bifurcação do nervo tibial - e, assim como o nervo plantar lateral, ele cursa ao longo do aspecto lateral da região plantar do pé. O nervo plantar lateral se divide em um ramo superficial e um ramo profundo, e nessa imagem o ramo à nossa esquerda é o ramo profundo, destacado em roxo escuro, e o ramo aqui em nossa direita é nosso ramo superficial, destacado em roxo claro. Antes que o nervo plantar se divida, ele cursa pelo músculo quadrado plantar, que você pode ver aqui, e pelo músculo flexor curto dos dedos, que você pode ver aqui.
Em seguida, ele se divide nos ramos superficial e profundo, e o ramo superficial divide-se novamente no nervo plantar digital lateral próprio e no nervo plantar digital comum, sobre o qual falaremos um pouco mais adiante neste tutorial, enquanto o ramo profundo inerva do segundo ao quarto lumbricais, o adutor do hálux e todos os interósseos, exceto entre o quarto e o quinto metatarsais, que são inervados pelo ramo superficial, embora nesta imagem nós só desenhamos os interósseos plantares que estão entre o quarto e o quinto metatarsos. O nervo plantar lateral também inerva a pele do quinto dedo do pé e a parte inferior externa do quarto dedo do pé. Vamos passar agora para os nervos digitais plantares comuns, e olhando brevemente para a etimologia, podemos ver que digital se refere aos dígitos do pé, ou seja, os dedos dos pés.
Então, esses nervos digitais plantares comuns são os nervos exclusivamente para os dedos dos pés. E uma vez que são plantares, eles inervam apenas as superfícies plantares dos dedos dos pés, ou seja, o lado da sola do pé. Os nervos plantares digitais comuns surgem como ramos dos nervos plantares medial e lateral. Então, se você se lembra do nosso nervo plantar medial, vamos destacá-lo em nossa imagem em roxo escuro e, aqui à nossa direita, o nervo plantar lateral que desenhamos em um roxo mais claro. E como você pode ver, três desses nervos plantares digitais são derivados do nervo plantar medial, enquanto um é derivado do nervo plantar lateral. Os nervos plantares digitais comuns viajam ao longo do comprimento dos metatarsos antes de se dividirem nos nervos digitais plantares próprios do nervo plantar medial e nos nervos digitais plantares próprios do nervo plantar lateral. E, claro, em termos de sua função, o primeiro nervo digital plantar comum inerva o primeiro lumbrical. E se você se lembra do nosso pequeno esboço do primeiro lumbrical, você pode ver como o nervo digital plantar comum o inerva. Vamos falar agora sobre os nervos digitais plantares próprios.
Os nervos digitais plantares próprios, como nós acabamos de mencionar, se originam dos nervos digitais plantares comuns e os três mais mediais mais a metade medial do quarto nervo se originam da nervo plantar medial, enquanto o mais lateral mais a metade lateral do quarto nervo se originam do nervo plantar lateral. Agora vamos falar um pouco sobre como eles se dividem em termos de inervação. Os ramos digitais plantares próprios do nervo plantar medial inervam os primeiros quatro dedos do pé e eles inervam a face inferior dos três primeiros dedos do pé e a parte interna ou medial do quarto dedo do pé e, claro, a distribuição desses ramos é análoga ao do nervo mediano da mão.
Mas é claro que eles estão inervando estruturas diferentes. Estão inervando os três dedos mediais mais a metade medial do quarto dedo do pé, em oposição aos três dedos mediais mais a metade medial do quarto dedo da mão, mas é uma analogia útil para ajudar a decorar. E além disso, os nervos digitais plantares próprios mediais do nervo plantar medial, também inervam a pele plantar e os leitos ungueais das falanges digitais. O lado lateral do quarto e do quinto dedos do pé são inervados por ramos do nervo digital próprio do nervo plantar lateral, que também inervam o flexor curto do dedo mínimo, que você pode ver à direita aqui, além dos músculos interósseos dorsais e plantares entre o quarto e quinto metatarsais, mas, mais uma vez, vamos desenhar aqui só os músculos interósseos plantares. E agora, finalmente, vamos prosseguir para falar sobre os nervos digitais dorsais.
E, claro, olhando rapidamente para nossa etimologia, a palavra dorsal é derivada da palavra "dorso", que significa costas, então é claro que dorsal significa a superfície superior do pé. E os nervos digitais dorsais são ramos provenientes do nervo fibular superficial, do nervo fibular profundo ou do nervo sural. Vamos tirar alguns minutos para detalhar mais esses nervos. Os ramos do nervo fibular superficial inervam a pele dorsal de todos os dedos do pé, exceto o lado lateral do quinto dedo do pé, que é inervado pelo nervo sural e está destacado aqui em uma coloração arroxeada. Como você pode ver, ele desce pela lateral ou lado externo do dedo do pé. O nervo fibular superficial também não inerva os lados adjacentes do hálux e do segundo dedo, que são inervados pelo nervo fibular profundo - e você pode ver este padrão se você olhar de perto para a imagem.
Observe também o nervo fibular profundo, em roxo claro, que se divide nos nervos digitais dorsais distribuídos nos lados adjacentes do hálux e do segundo dedo. Agora que terminamos de falar sobre todos os principais nervos das extremidades inferiores, vamos agora falar sobre suas correlações clínicas. E, claro, as principais correlações clínicas que temos para os nervos da extremidade inferior são lesões em vários níveis do membro inferior; então as condições que vamos discutir hoje serão lesões de nervos específicos.
A primeira lesão que veremos é uma lesão do nervo glúteo superior, e se você se lembra da nossa discussão sobre o nervo glúteo superior, ele inerva os músculos abdutores da coxa. Estes são os músculos glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata e, é claro que o glúteo máximo também é um abdutor da coxa, mas ele não é inervado pelo nervo glúteo superior. Ele é inervado por nossos nervos glúteos inferiores. Se voltarmos à imagem do nosso modelo anatômico feminino, podemos ver que estes músculos ajudam a sustentar o corpo, portanto, uma lesão neste nervo tornará impossível ficar em pé apoiado no membro inferior daquele lado da lesão, o que normalmente é chamado de marcha bamboleante.
Lesões no nervo glúteo inferior às vezes ocorrem durante a cirurgia de substituição do quadril, e pessoas com esses tipos de lesões não podem estender o quadril, então eles geralmente movem a parte superior do corpo para trás como método de compensação. Então, novamente, se dermos uma olhada em nossa imagem do modelo anatômico feminino, dessa vez olhando do lado dorso-lateral, podemos ver que ela provavelmente se moveu para trás enquanto caminhava para fora da página.
A última lesão clínica sobre a qual queremos falar é a lesão do nervo ciático, que é suscetível a lesões musculoesqueléticas. Essas lesões apresentam dor aguda na parte traseira de todo o membro inferior, em combinação com pé caído e marcha escarvante. Então, à direita, você pode ver uma imagem ilustrando o pé caído e, como você pode ver, os músculos do compartimento anterior não conseguem suportar o pé ou flexionar dorsalmente o pé adequadamente, levando a um tipo de marcha em que o o pé balança quando você anda e o calcanhar é captado muito alto.
Agora que estamos no final do nosso tutorial, vamos resumir brevemente tudo o que vimos hoje. Como mencionamos, começando pela parte mais proximal da nossa extremidade inferior, iniciamos com os nervos do quadril, que incluem o nervo glúteo superior, que é um dos principais nervos do quadril; o nervo glúteo inferior, que inerva o músculo glúteo máximo, o nervo pudendo, que não sai da pelve e o nervo ciático, que é também um nervo importante e é um dos maiores nervos do membro inferior.
Em seguida, também estudamos os nervos da coxa e, claro, os nervos da coxa incluem o nervo femoral, que é um dos principais nervos do membro inferior e passa e através do trígono femoral juntamente com a artéria e a veia femorais; bem como o nervo safeno, que é o maior ramo do nervo femoral. E isso nos leva aos nervos da perna, que incluem o nervo tibial, que é o nervo que fica no lado medial do corpo; o nervo fibular comum, que é o nervo do aspecto lateral da perna; o nervo fibular superficial, que, como você pode ver, cursa lateralmente à fíbula e o nervo fibular profundo, que atravessa a membrana interóssea.
E com isso chegamos aos nervos do pé, que incluem o nervo plantar medial, que inerva o lado medial do pé; o nervo plantar lateral, que supre o lado lateral do pé; o nervo digital plantar comum, que cursa ao longo dos metatarsos e se divide nos nervos digitais plantares próprios, que inervam as falanges distais no aspecto plantar do pé e, claro, também temos os nervos digitais dorsais, que fornecem inervação para falanges na face dorsal do pé. E voltando brevemente às nossas notas clínicas, vamos mencionar a lesão do nervo glúteo superior, que resulta em uma marcha bamboleante; a lesão do nervo glúteo inferior, que resulta na disfunção do glúteo máximo, fazendo com que a pessoa se incline para trás enquanto caminha e, finalmente, a lesão do nervo ciático, que resulta em em muita dor acompanhada de um pé caído.
Obrigado por ficar comigo durante todo este tutorial. Espero ver você na próxima vez. Agora que você acabou de concluir este tutorial em vídeo, então é hora de você continuar seu aprendizado testando-se e também aplicando seus conhecimentos.
Existem três maneiras de fazer isso aqui no Kenhub. A primeira é clicando em nosso link “iniciar treinamento”, a segunda é navegando pela nossa biblioteca de artigos relacionados ao tema e a terceira é dando uma olhada no nosso atlas.
Boa sorte a todos, e eu vejo vocês na próxima.