Videoaula: Glândulas salivares
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Olá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e hoje nós vamos falar sobre as glândulas salivares principais. E nesta videoaula nós vamos estudar esta imagem da vista lateral da cabeça com a pele removida, ...
Leia maisOlá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e hoje nós vamos falar sobre as glândulas salivares principais. E nesta videoaula nós vamos estudar esta imagem da vista lateral da cabeça com a pele removida, e aqui nós temos a língua, destacada em azul. Antes de continuarmos a falar sobre as diferentes glândulas salivares, vamos primeiro definir o que é uma glândula salivar. Uma glândula salivar é uma glândula secretora, que secreta a saliva, um líquido insípido e transparente. A saliva possui muitas funções importantes, como manter a mucosa da boca úmida, lubrificar os alimentos, prevenir a degeneração dos dentes e, é claro, é nas glândulas salivares que a digestão dos alimentos começa.
Então agora que nós sabemos o que são as glândulas salivares, vamos falar um pouco sobre as suas divisões. As glândulas salivares do nosso corpo podem ser divididas em glândulas maiores e glândulas menores. Mas neste vídeo nós vamos falar sobre as glândulas salivares maiores, que são as glândulas sublinguais, submandibulares e parótidas. E conforme nós falarmos sobre elas nós vamos discutir suas bordas, o trajeto de seus ductos, a vascularização e a inervação dessas glândulas.
Então vamos começar falando sobre as bordas das glândulas salivares maiores. E existem várias bordas das glândulas salivares maiores, a primeira sendo o assoalho da boca, que é esta coleção de músculos aqui no triângulo azul e aqui está porção inferior da língua, que é onde as glândulas salivares se abrem. Então agora que nós definimos isso, vamos começar observando o assoalho da boca e o que está localizado nesta região.
O assoalho da boca é formado principalmente pelo músculo milo-hióideo, pelo músculo gênio-hióideo, que não está ilustrado na nossa imagem da base lateral, mas você pode observá-lo aqui no esqueleto e na mandíbula e, voltando a esta imagem, você pode ver que nós destacamos o músculo gênio-hióideo. O assoalho da boca também contém o músculo digástrico e o músculo estilo-hióideo e é nesta região que você irá encontrar as glândulas sublingual e submandibular e as suas estruturas relacionadas. Mas antes vamos discutir alguns dos músculos que nós acabamos de mencionar, começando com o músculo milo-hióideo, que está destacado em verde nesta imagem, e, como você pode ver, o músculo milo-hióideo forma a maior parte do assoalho da boca e sustenta as glândulas salivares.
Já o músculo gênio-hióideo, visto aqui na nossa imagem da mandíbula e do osso hioide, deprime a mandíbula e ajuda na abertura da boca, ele também puxa o hioide ântero-superiormente durante a deglutição - e você pode ver o osso hioide destacado em azul à direita. O músculo longo e delgado que você pode ver abaixo do músculo milo-hióideo, destacado em verde na nossa imagem, é o músculo digástrico. O músculo digástrico é formado por dois ventres - um ventre anterior e um ventre posterior. Como você pode ver na imagem, os dois ventres são interconectados por um tendão que é mantido ao nível do osso hioide, e este tendão é conhecido como tendão conectivo. Bem, o músculo que você pode ver circundando o ventre posterior do músculo digástrico é o músculo estilo-hióideo, que também forma o assoalho da boca e se insere no osso hioide.
Agora vamos dar uma olhada na superfície inferior da língua, onde os ductos das glândulas salivares vão se abrir. A superfície inferior da língua repousa no assoalho da boca. Na nossa imagem à direita você pode observar que a língua, que eu estou apontando com a minha seta azul, está levantada, para podermos ver a sua superfície inferior e as estruturas subjacentes. A primeira delas é o frênulo da língua, que está destacado em verde, e ele é uma prega mucosa que se estende até gengiva e é visualizado na linha média da superfície inferior da língua quando você a levanta.
No assoalho da cavidade oral a mucosa contém uma longa e estreita prega de cada lado, conhecida como prega sublingual e esta prega cobre a glândula sublingual, sobre a qual nós vamos falar um pouco mais em breve. E próximo de onde o frênulo lingual se inicia no assoalho da cavidade oral há uma pequena proeminência, conhecida como carúncula sublingual, onde os ductos da glândula sublingual maior e da glândula submandibular se abrem em conjunto, ou próximos uns dos outros.
Então agora que nós discutimos a anatomia básica da cavidade oral e vimos os seus limites. Podemos então começar a estudar as diferentes glândulas salivares, começando com as glândulas sublinguais. Como você pode ver, a glândula sublingual é uma glândula com formato de amêndoa e ela é também a menor glândula dentre as glândulas salivares maiores. Ela possui várias aberturas ductais que cursam ao longo das pregas sublinguais e também secretam uma pequena quantidade de saliva todos os dias. As glândulas sublinguais se situam bilateralmente no assoalho da boca e, como nós mencionamos antes, o assoalho da boca é formado pelos músculos milo-hióideo, gênio-hióideo, digástrico e estilo-hióideo, e vamos passar rapidamente por eles mais uma vez. Então aqui nós temos o músculo milo-hióideo, o músculo gênio-hióideo, agora destacado, o músculo digástrico fica bem aqui e o nosso estilo-hióideo está aqui embaixo.
A glândula sublingual é limitada anteriormente pela mandíbula, que você pode ver destacada em azul, e pelo músculo genioglosso, póstero-inferiormente - você pode vê-lo destacado em azul na imagem à nossa direita. A língua recobre a glândula superiormente, e as glândulas sublinguais se unem para formar um formato de ferradura sob o frênulo da língua, que é visto aqui na linha média, abaixo da língua.
Vamos falar um pouco sobre o trajeto do ducto sublingual. A glândula sublingual possui muitos pequenos ductos, como os ductos de Rivinus e o ducto de Bartholin, que se abrem ao longo da margem das pregas sublinguais. Mas o que é importante saber neste slide é que o ducto do complexo da glândula sublingual maior se abre na carúncula sublingual, que você pode ver destacada em azul, como essa pequena proeminência elevada que nós vimos antes. As numerosas glândulas sublinguais menores emitem pequenos ductos que se abrem ao longo da prega sublingual, e você também pode vê-las aqui destacadas.
Já o suprimento arterial das glândulas sublinguais é dado por duas artérias distintas. Nesta imagem você pode ver a artéria carótida externa, que se ramifica na artéria lingual e, aqui, você pode ver a artéria lingual originando um ramo chamado artéria sublingual, que você pode ver cursando em direção à glândula sublingual. Você irá notar que a artéria está um pouco pequena na imagem, então nós vamos ampliá-la, para que você possa ver a artéria sublingual aqui. E a segunda artéria que vasculariza a glândula sublingual é a artéria submentual, que é um ramo da artéria facial.
Em relação à drenagem venosa, as veias responsáveis por drenar a glândula sublingual são as veias com os nomes correspondentes aos das artérias, portanto a veia sublingual e a veia submentual drenam para as veias lingual e facial. E nesta imagem nós destacamos a veia facial, que como você pode ver, drena para a veia facial comum, que por sua vez drena para a veia jugular interna. E as artérias que se alinham logo anteriormente à veia jugular interna são as artérias carótidas.
Continuando com a inervação da glândula sublingual, a inervação da glândula sublingual é de responsabilidade do nervo da corda do tímpano, que contém fibras que se originam do nervo facial, o sétimo nervo craniano, e ele deve ser conhecido, já que ele contém fibras secretomotoras que são responsáveis pelo estímulo nervoso para a secreção de saliva. Além disso, o nervo corda do tímpano se junta ao ramo lingual do nervo mandibular e leva a sensação do paladar para os dois terços anteriores da língua e fibras ganglionares parassimpáticas para o gânglio submandibular, para inervar as glândulas salivares submandibular e sublingual. E as fibras simpáticas cursam até ele através do plexo ao longo da artéria lingual, mas não se preocupe se você não entendeu isso, nós vamos ver isso mais uma vez.
Vamos ampliar um pouco, e como você pode ver nós temos o nervo corda do tímpano e, como mencionado antes, o nervo corda do tímpano se junta ao nervo lingual, que é um ramo do nervo mandibular, para levar fibras da sensação do paladar dos dois terços anteriores da língua, e veja também as fibras secretomotoras aqui embaixo, que levam inervação para o gânglio submandibular. E se você não entendeu esta via ainda, nós vamos discuti-la mais uma vez um pouco mais tarde nesta videoaula, então não se preocupe.
Vamos continuar agora com a glândula submandibular, e, como você pode ver, as glândulas submandibulares localizam-se tanto superiormente quanto inferiormente ao aspecto interno da mandíbula, no triângulo submandibular do pescoço. E o triângulo submandibular do pescoço algumas vezes é chamado de triângulo digástrico. Vamos falar sobre as bordas do triângulo submandibular, que é limitado superiormente pela borda inferior da mandíbula e pelo processo mastoide do crânio, que eu desenhei para você como este triângulo invertido logo aqui à direita. Ele é limitado posteriormente pelo ventre posterior do músculo digástrico, visto aqui nesta imagem, bem como pelo músculo estilo-hióideo, que você pode ver agora destacado em azul. Anteriormente ele é limitado pelo ventre anterior do músculo digástrico, que você pode ver aqui, e o assoalho do triângulo submandibular é formado pelo músculo milo-hióideo - este músculo que você pode ver na imagem, que está cortado.
Agora vamos falar sobre o ducto submandibular, que também é conhecido como ducto de Wharton. O ducto submandibular possui cerca de cinco centímetros de comprimento e se origina entre os músculos milo-hióideo e hioglosso, então eu apontei o milo-hióideo mais uma vez para você em azul. O músculo hioglosso não está nesta imagem, mas eu desenhei ele para você em azul. O ducto então cursa ao longo da superfície superior do músculo milo-hióideo, visto aqui na ilustração, e em seguida passa anteriormente, medial à glândula sublingual, para se abrir na carúncula sublingual, que se situa de cada lado da base do frênulo lingual.
Agora vamos falar rapidamente sobre as artérias responsáveis pelo suprimento da glândula submandibular, que possui a mesma vascularização arterial que a glândula sublingual. Então se você se lembrar dos últimos slides, a glândula sublingual é suprida pela artéria submentual e pela artéria sublingual, então, é claro, você pode vê-las novamente nesta nossa imagem. Como nós mencionamos antes, estas duas artérias são ramos da artéria lingual, que se origina das artérias carótida interna e facial. De forma semelhante, a glândula submandibular é drenada principalmente pela veia submentual - que se anastomosa com a veia sublingual - e a veia facial se une às veias submentual e sublingual, que juntas drenam para a veia jugular interna.
Então como nós mencionamos antes, a inervação das glândulas submandibular e sublingual é a mesma, e se você se lembrar dos nossos slides anteriores, ambas são inervadas pelas fibras secretomotoras do nervo facial, que é o sétimo nervo craniano. A inervação parassimpática do corda do tímpano do nervo facial se junta ao nervo lingual na mesma via, e nós vamos passar por esta via mais uma vez para que você aprenda. Bem, nós temos o nervo corda do tímpano e nós temos o nervo lingual, nós temos as nossas fibras secretomotoras se originando do nervo lingual como vimos antes, e, é claro, nós temos o gânglio submandibular. Mas nesta imagem eu só queria desenhar as fibras do gânglio submandibular que inervam a glândula submandibular, e aqui estão algumas fibras que inervam a glândula sublingual.
A inervação simpática do gânglio cervical superior acompanha a artéria lingual até o tecido submandibular. Eu vou só explicar isto um pouco mais porque não está completamente claro nesta imagem. Bem, o gânglio cervical superior fica localizado abaixo desta imagem em algum lugar próximo a C2 e C3, e emite fibras que cursam junto com a artéria lingual da glândula submandibular e do gânglio.
Agora que nós acabamos de falar sobre as glândulas submandibulares e sublinguais, vamos continuar para as glândulas parótidas. E a glândula parótida, como você pode ver, é a maior das glândulas salivares maiores. Ela fica localizada anteriormente à orelha, na região pré-auricular, e, é claro, a glândula parótida possui bordas, que são a margem anterior do músculo masseter, um dos músculos da mastigação, e você pode vê-lo aqui destacado em azul. Ela também é limitada anteriormente pelo ramo da mandíbula, que você não pode ver nesta imagem, mas eu circulei para você em azul. É limitada superiormente pelo arco zigomático, que você não é capaz de ver, mas eu circulei para você, enquanto posteriormente a parótida é limitada pelo processo mastoide do crânio e pelo músculo esternocleidomastóideo, este grande músculo que você pode ver claramente aqui no lado direito do pescoço. Você pode ainda sentir este músculo quando você vira a sua cabeça para os lados.
Então a glândula parótida possui um leito parotídeo de formato irregular, que pode ser descrito como a estrutura envolvendo e tocando a glândula parótida, e estas estruturas são encontradas posteriormente ao ramo da mandíbula e anteriormente ao processo estiloide, e nós vamos passar por seus limites também. Bem, o leito parotídeo é limitado anteriormente pelo músculo masseter, pelo ramo da mandíbula e pelo músculo pterigóideo medial. Posteriormente ele é limitado pelo esternocleidomastóideo, bem como pelo ventre posterior do músculo digástrico. Medialmente, o leito parotídeo é limitado pelo músculo estilo-hióideo, que, é claro, cursa do processo estiloide até ao hioide, pelo músculo estilofaríngeo, que cursa do processo estiloide até a cartilagem tireóidea, e pela parede faríngea, bem como pelo músculo estiloglosso, que cursa do processo estiloide até o músculo hioglosso e move a língua posteriormente. Ele é limitado também pela artéria carótida externa, que se divide na artéria temporal superficial, que cursa no músculo temporal e na artéria maxilar. E, superiormente, o leito parotídeo é limitado pelo arco zigomático.
Então nós decidimos falar sobre o leito parotídeo, porque ele possui várias estruturas importantes. E estas estruturas incluem a fáscia parotídea-massetérica, as divisões do nervo facial, que você pode ver aqui na imagem deixando o leito parotídeo, o nervo auriculotemporal do nervo craniano V3, encontrado próximo ao meato acústico. Nós temos ainda os linfonodos parotídeos; a veia retromandibular, que possui duas divisões: uma divisão posterior, vista aqui, e uma divisão anterior, vista aqui; bem como a artéria carótida externa, também vista aqui na imagem.
Conforme nós mencionamos antes, o nervo facial faz parte do conteúdo do leito parotídeo e está em íntimo contato com a glândula parótida. O nervo facial cursa pela glândula parótida e a deixa como cinco ramos separados, conforme visto nesta figura. Este grupo de nervos também é chamado de plexo parotídeo, a partir do qual os ramos para os músculos faciais se originam. E nós vamos passar por estes ramos agora, começando com os ramos temporais, que inervam os músculos da expressão facial acima do olho, e eles ficam mais ou menos na área do círculo azul, os ramos zigomáticos, que cruzam a região superior da bochecha e inervam o músculo orbicular do olho, que é o músculo que circunscreve o olho, os ramos bucais, que inervam os músculos responsáveis pela expressão facial abaixo da órbita e acima do queixo, os ramos mandibulares marginais, que são responsáveis pela inervação do músculo risório, que é o músculo envolvido no sorriso e os músculos do lábio inferior e do queixo, bem como os ramos cervicais, que são os ramos mais inferiores, e cursam inferiormente para inervar o platisma do pescoço, que você pode ver na imagem à nossa direita.
E para te ajudar a lembrar de todos os diferentes ramos do nervo facial, nós temos uma imagem bem legal para te mostrar. Bem, uma forma de lembrar da ordem e da localização dos nervos é colocar uma mão aberta sobre o lado da face, e onde os seus dedos estiverem, o ramo temporal será onde está o seu quinto dedo, o quarto dedo estará na área do zigomático, o terceiro dedo na área bucal, o segundo dedo, que estará na área do queixo, será o ramo mandibular marginal e o primeiro dedo, que é o seu polegar, estará onde cursa o ramo cervical.
Algumas outras coisas que eu gostaria de dizer sobre esta área, a glândula parótida é circunscrita por uma cápsula fascial rígida conhecida como fáscia ou bainha parotídea, que é parte da fáscia parotídea-massetérica, envolvendo a glândula parótida e o músculo masseter, e esta bainha é parte da fáscia cervical profunda, que se divide nas camadas superficial e profunda para envolver a glândula parótida. Ela situa-se anteriormente ao meato acústico na parte posterior do músculo masseter, e recobre a articulação temporomandibular.
Uma outra estrutura que eu queria ver nesta região é o ducto parotídeo, e você pode vê-lo destacado em verde na nossa imagem à direita. O ducto parotídeo, que também é chamado de ducto parotídeo de Stensen, é uma estrutura importante, porque ele serve como trajeto tomado pela saliva da glândula parótida até a boca. E como você pode ver, ele passa horizontalmente, cruzando o músculo masseter, e perfura o músculo bucinador - você pode ver ambos destacados em azul - para se abrir posteriormente ao segundo molar maxilar na cavidade oral. E a artéria que você vê aqui acima do ducto parotídeo é a artéria facial transversa, que é um ramo da artéria temporal superficial, também vista aqui, que cursa sobre a face.
É claro, nós queremos falar sobre a vascularização da glândula parótida. O suprimento arterial da glândula parótida vem de ramos da artéria carótida externa, que, se você se lembrar, são estes ramos aqui embaixo, que são as artérias temporal superficial, maxilar e facial transversa. A artéria temporal superficial, que você pode ver aqui na imagem, cursa superiormente desde a parte superior da glândula parótida até a sua ponta, a artéria maxilar deixa a glândula pela parte medial da parótida, e vasculariza a fossa infratemporal e a fossa pterigopalatina e a artéria facial transversa se ramifica da artéria temporal superficial e cursa superiormente ao ducto parotídeo, como você pode ver nesta imagem. A artéria facial transversa irriga as glândulas parótidas, o ducto parotídeo e músculo masseter.
Nós vamos, é claro, dar uma olhada na drenagem venosa da glândula parótida. E a glândula parótida é drenada principalmente pela veia retromandibular, que é formada pela veia maxilar e pela veia superficial, que se juntam. Nós já vimos a veia retromandibular anteriormente, mas vamos passar por ela mais uma vez. Então como você pode ver, a veia retromandibular se bifurca em ramos anterior e posterior. A glândula parótida é um pouco diferente das outras duas glândulas, sendo inervada por diferentes nervos. Então vamos discutir isto.
A inervação sensitiva é fornecida pelo nervo auriculotemporal do ramo mandibular do nervo trigêmeo, ou quinto nervo craniano. A inervação parassimpática estimula a produção de saliva e é feita pelo nervo glossofaríngeo, que origina o nervo petroso menor e forma sinapse no gânglio ótico. Você pode ver o trajeto dele destacado. A glândula parótida também recebe inervação simpática de fibras diretas do plexo carotídeo externo e você pode ver isto esboçado aqui.
Então agora que nós passamos pelas glândulas salivares maiores, eu gostaria de ver algumas notas clínicas. A principal síndrome que eu quero discutir está relacionada à glândula parótida e é conhecida como síndrome de Frey, ou ainda como síndrome auriculotemporal. A síndrome de Frey é um distúrbio neurológico raro, que é resultado de dano direto às glândulas parótidas ou próximo a elas, ou ainda de dano ao nervo auriculotemporal, comumente decorrente de cirurgia. Então, se isto acontecer, o paciente não será capaz de controlar a sudorese que ocorre atrás da bochecha, das orelhas e da região temporal depois de comer alguns alimentos que produzem uma intensa resposta salivatória. Muito mais raros são os tumores da glândula parótida, que podem ocorrer, apesar de oitenta por cento deles se provarem benignos. Uma outra condição é uma infecção viral chamada caxumba, que afeta principalmente crianças, e é caracterizada clinicamente por um edema típico das glândulas parótidas, febre e vômitos.
Existe uma condição das glândulas submandibulares na qual se forma uma massa calcificada, chamada de sialolitíase. A sialolitíase é a desordem mais comum das glândulas salivares. Ela geralmente se apresenta com dor e edema na bochecha relacionados às refeições. O tratamento geralmente envolve calor úmido e AINES, mas ela pode ser tratada com a ingestão de alimentos azedos, como um limão, que pode algumas vezes ajudar a liberar o cálculo. Mas se o cálculo persistir, geralmente a cirurgia é necessária.
E agora que nós terminamos a videoaula eu quero revisar o que nós discutimos hoje. Nós falamos sobre as glândulas salivares maiores - a sublingual, que é a menor das glândulas, a glândula submandibular e a glândula parótida, que é a maior das glândulas salivares maiores. Nós falamos ainda sobre os limites da cavidade oral, que incluem o assoalho da boca, formado pelo músculo milo-hióideo e pelo músculo gênio-hióideo, que você pode ver circulado em azul aqui à nossa direita, o músculo digástrico, que possui um ventre anterior e um posterior, e o músculo estilo-hióideo, que envolve o músculo digástrico. A outra borda da cavidade oral e das glândulas salivares é a porção inferior da língua, que inclui o frênulo da língua, que você pode ver quando você levanta a mesma, a prega sublingual, que é onde os ductos da glândula sublingual se esvaziam, bem como a carúncula sublingual, que você pode ver destacada em verde.
E, é claro, nós passamos pela glândula sublingual, cujos limites são a mandíbula, o músculo genioglosso e a língua, e no que diz respeito ao seu ducto, o principal trajeto é através da carúncula sublingual, enquanto o seu trajeto menor inclui a prega sublingual - mais uma vez, você pode ver os pequenos ductos se abrindo ali. A glândula sublingual é vascularizada pelas artérias sublingual e submentual e sua drenagem venosa é semelhante, dada pelas veias sublingual e submentual. E nós falamos sobre como a glândula sublingual é inervada pelo nervo corda do tímpano.
Em relação à glândula submandibular nós falamos sobre a sua localização, que fica no triângulo submandibular e como o trajeto de seu ducto, que você pode ver destacado em verde, cursa em direção à glândula sublingual. E, é claro, o suprimento arterial, a drenagem venosa e a inervação da glândula submandibular são os mesmos da glândula sublingual.
Nós falamos sobre os limites da glândula parótida, que incluem o músculo masseter, o ramo da mandíbula, o arco zigomático, o processo mastoide e o músculo esternocleidomastóideo, e em termos de seu ducto, nós falamos sobre como ele cursa sobre os músculos masseter e bucinador para se abrir sobre o segundo molar maxilar. O seu suprimento arterial inclui a artéria temporal superficial, a artéria maxilar e a artéria facial transversa, que cursa superiormente à glândula parótida, e a drenagem venosa inclui a veia retromandibular, que possui uma parte anterior e uma parte posterior.
A glândula parótida é inervada pelos nervos auriculotemporal e glossofaríngeo, bem como por fibras diretas do plexo carotídeo externo. Nós falamos ainda sobre o leito parotídeo, cujos limites incluem o masseter, o ramo da mandíbula, o músculo pterigóideo medial, o músculo esternocleidomastóideo, o ventre posterior do músculo digástrico, os músculos estilo-hióideo, estilofaríngeo e estiloglosso, a artéria carótida externa e o arco zigomático. Nós falamos também sobre os conteúdos do leito parotídeo, que incluem a fáscia parotídea-massetérica, o nervo facial, o nervo auriculotemporal, os linfonodos parotídeos, a veia retromandibular e a artéria carótida externa.
Nas nossas notas clínicas vimos as doenças da glândula parótida, incluindo a síndrome de Frey, que, como você se lembra, se deve a lesão do nervo auriculotemporal. Nós falamos sobre tumores, dos quais oitenta por cento são benignos, e sobre a caxumba, que é uma infecção viral comum em crianças. Nós falamos também sobre uma condição da glândula submandibular, que provavelmente é a mais comum desta glândula, a sialolitíase, que é quando se forma uma massa calcificada dentro do ducto submandibular, causando dor e edema na bochecha.
E isso é tudo por hoje. Obrigada por assistir!