Videoaula: Tecido muscular esquelético
Você está assistindo uma prévia. Torne-se Premium para acessar o vídeo completo: Este tipo de tecido é encontrado nos músculos esqueléticos e é responsável pelos movimentos voluntários dos ossos.
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Oi pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e sejam bem vindos ao tutorial de histologia, onde nós vamos aprender sobre o tecido que é, mais provavelmente, o mais reconhecido no corpo humano - o tecido ...
Leia maisOi pessoal! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e sejam bem vindos ao tutorial de histologia, onde nós vamos aprender sobre o tecido que é, mais provavelmente, o mais reconhecido no corpo humano - o tecido muscular esquelético.
Então vamos começar com algumas informações básicas sobre o tecido muscular. Como você já deve saber, o tecido muscular pode ser dividido em três tipos diferentes. O primeiro tipo é o músculo esquelético, como podemos ver nesta micrografia. O músculo esquelético, que será o objetivo deste tutorial, é também conhecido como músculo voluntário, uma vez que está sob controle voluntário do sistema nervoso somático.
O próximo tipo que vamos ver é o músculo cardíaco, que pode ser visto aqui nesta micrografia, que, como o nome sugere, pode ser encontrada no coração. A contração altamente sincronizada das células do músculo cardíaco transforma o coração em uma bomba que distribui o sangue pelo corpo. E, finalmente, nós temos o músculo liso, que pode ser visto aqui nesta micrografia e é o terceiro tipo de tecido muscular.
Também é conhecido como músculo involuntário, uma vez que sua atividade não é iniciada, nem controlada conscientemente. Mas, é claro, este tutorial é sobre o músculo esquelético. Então vamos cobrir brevemente o que nós estudaremos hoje. Então, especificamente, nós veremos as propriedades gerais e depois exploraremos a organização do tecido muscular esquelético para podermos entender como nossos músculos esqueléticos são capazes de gerar sua força como o fazem.
Nós, então, veremos as camadas de tecido conjuntivo que são encontradas no tecido muscular esquelético. Depois, veremos especificamente os miócitos ou células musculares e suas estruturas associadas. E, finalmente, vamos ver mais de perto os finos filamentos presentes no tecido muscular esquelético.
Tudo isso ficará mais claro durante nosso estudo, então vamos começar. É importante observar, antes de começarmos, que a maioria das imagens histológicas que veremos hoje são coradas com hematoxilina e eosina. Essa coloração marca o citoplasma celular com uma cor rosa-avermelhada e o núcleo com uma cor escura azul-arroxeada, como você pode ver nessa imagem. Então, vamos começar dando uma olhada nas propriedades gerais do tecido muscular esquelético.
A maioria dos músculos esqueléticos são fixados nos ossos através dos tendões, que são feixes de fibras colágenas que têm uma força tênsil incrivelmente alta. Eles têm que ser assim porque quando os músculos esqueléticos se contraem, podem produzir muita força. É claro, um músculo não é uma fibra muscular gigante. É feito de várias fibras individuais. Vamos dar uma olhada na organização histológica que permite os músculos esqueléticos a funcionarem do modo como o fazem. Músculos como o bíceps braquial, que podemos ver aqui, são como sacos cheios de pequenas e individuais fibras musculares longas, que são agrupadas em feixes mais largos chamados de feixes musculares ou fascículos, demonstrados aqui em verde.
Quando múltiplos feixes musculares são agrupados, eles formam o músculo em si, que seria toda a estrutura dessa imagem. Aqui, podemos ver a imagem inteira da secção transversal das fibras e dos feixes musculares que constituem o tecido muscular esquelético e, como mencionamos antes, demonstrado em verde, nós podemos ver os vários feixes musculares ou fascículos.
Mas, como essas fibras e feixes permanecem juntas como uma unidade? Bem, a resposta se baseia nas camadas de tecido conjuntivo que são encontradas no tecido muscular esquelético e que estudaremos a seguir. Começando do lado de fora e indo em direção ao centro, o tecido conjuntivo que engloba todo o músculo esquelético é chamado de epimísio - um segmento dele pode ser visto em verde nessa imagem.
A camada mais externa é formada por tecido conjuntivo denso e irregular e contém algumas fibras elásticas, uma vez que tem a função de se alongar e de contrair juntamente com o tecido muscular abaixo. Agora, se nós olharmos mais no interior de um feixe muscular individualmente, nós nos deparamos com o chamado perimísio, uma camada de tecido conjuntivo que forma uma bainha ao redor dos feixes musculares individuais.
Nesta imagem aqui, podemos ver um segmento do perimísio destacado em verde. Agora, pense no perimísio como um rolo de filme plástico envolvendo os feixes musculares e os mantendo agrupados. A próxima camada de tecido conjuntivo é conhecida como tecido conjuntivo interfascicular. Esse tecido preenche o espaço entre os fascículos envoltos em seu próprio perimísio. Essa camada serve como uma contribuição extra na integridade estrutural do músculo esquelético.
Na verdade, o tecido conjuntivo aqui é um pouco mais denso do que podemos ver nesta imagem e, quando a lâmina histológica é preparada, a tendência é que esse processo encolha os tecidos e as células, causando este espaço vazio aparente. Por último, destacado em verde nesta imagem aqui, nós podemos ver o endomísio. Essa camada específica de tecido conjuntivo é o tecido conjuntivo frouxo que preenche o espaço entre as fibras musculares e é composto por fibras de colágeno.
Esta imagem específica mostra o endomísio em um corte longitudinal e, para sua informação, uma fibra de colágeno se parece como uma dessas fibras onduladas aqui. Nesta imagem, você pode ver o endomísio entre as fibras musculares dentro de um feixe muscular. Uma célula típica encontrada no tecido conjuntivo é o fibroblasto, que tem uma importância muito grande, uma vez que ela produz as fibras de colágeno. A fibra de colágeno é o tipo de fibra mais encontrado no tecido conjuntivo e, esta imagem aqui, mostra os núcleos dos fibroblastos destacados em verde.
Podemos encontrar essas estruturas entre os tecidos musculares de coloração mais escura dentro do tecido conjuntivo. Rodeando todas essas estruturas ao redor do tecido muscular e no topo do epimísio está a gordura perimuscular. A gordura perimuscular é composta por adipócitos ou células de gordura que auxiliam no isolamento e amortecimento dos músculos do corpo.
Dentro dessas células, um vasto estoque de gordura pode ser encontrado, mas durante a preparação da lâmina, a gordura é removida. Então, suas características histológicas são finas paredes celulares com o núcleo encontrado na periferia da célula.
Agora que já temos um entendimento básico das características histológicas e da organização do tecido muscular esquelético, vamos explorar as regiões ainda menores desse tecido e estudar as unidades funcionais do tecido muscular esquelético, os miócitos. Aqui, nesta imagem, podemos ver o miócito destacado em verde. Os miócitos se juntam a outros miócitos para formar as miofibrilas. Essas células têm a forma tubular e o núcleo é encontrado na periferia da fibra muscular quando visto em um corte transversal.
Esta imagem mostra um conjunto de miócitos e, destacados em verde, podemos ver os núcleos dos miócitos. Como mencionado antes, os núcleos dos miócitos são encontrados na periferia e são deslocados paro o lado destas miofibrilas, o que podemos observar em alguns destes cortes longitudinais.
Vamos dar uma olhada em duas outras estruturas relacionadas aos miócitos. A primeira é o sarcolema. Este é simplesmente o termo dado à membrana celular do miócito e aqui podemos ver o sarcolema destacado em verde. Um fato interessante sobre o sarcolema e, que não podemos ver nesta imagem, são as invaginações que vão para dentro do miócito. Este recurso especial permite uma adequada disseminação de um potencial de ação em toda a fibra muscular para assegurar uma contração sincronizada e eficiente.
A outra estrutura associada aos miócitos é o sarcoplasma, que é essencialmente o citoplasma do miócito. Destacado em verde aqui, o sarcoplasma preenche os miócitos e as miofibrilas. Tem uma alta concentração de íons de cálcio, que permite a contração dos tecidos musculares esqueléticos. Uma alta concentração de glicossomos também é encontrada no sarcoplasma. Eles armazenam glicogênio para gasto de energia e mioglobinas que contém estoques de oxigênio. Essas características são para facilitar a produção de energia para um tecido com uma demanda tão grande. Também encontrado embutido no sarcoplasma e contribuindo para a função contrátil, estão as miofibrilas.
Os miócitos contém cadeias dessas estruturas tubulares, que são feitas de unidades celulares contráteis conhecidas como sarcômeros. Esta imagem mostra as miofibrilas destacadas em verde e que devem ser imaginadas como tubos entrando e saindo da tela. Dentro das miofibrilas estão várias proteínas que interagem entre si para gerar contrações e essas proteínas são organizadas em filamentos que, quando observados histologicamente, dão origem a estrias transversais no tecido muscular esquelético.
Seguindo adiante, vamos dar uma olhada em outro importante componente do músculo esquelético, os diferentes tipos de filamentos. Uma das características mais importantes em uma lâmina que deve sugerir qual tipo de tecido muscular você está observando, é a presença de estrias, como as que podemos ver nesta micrografia. São bandas alternadas de coloração clara e escura que aparecem nestas lâminas de hematoxilina e eosina decorrentes da presença de filamentos espessos de miosina e filamentos finos de actina dentro dos miócitos que são organizados de tal maneira que leva a estas cores alternadas.
Vamos observar mais de perto esses filamentos na próxima lâmina. Então, os filamentos espessos de miosina que acabamos de mencionar são chamados de bandas-A. A miosina quando corada com hematoxilina e eosina aparece com uma coloração mais escura que sua contraparte, a actina, e isso gera as faixas escuras dentro das estrias. Toda a extensão dessa faixa ou filamento espesso é chamada de banda-A, e podemos observar algumas em verde aqui.
As faixas mais claras dentro das estrias são conhecidas como bandas-I e são compostas inteiramente por finos filamentos de actina. Esses filamentos interagem com a miosina nos filamentos espessos para gerar contrações. E por último, mas não menos importante, vamos discutir o que são as linhas-Z. As linhas-Z não costumam aparecer de maneira óbvia em lâminas de histologia, então usaremos este diagrama aqui para mostrá-las, bem como para ajudar a rever tudo que aprendemos sobre os filamentos do músculo esquelético.
Agora, se relembrarmos, o sarcômero é a unidade contrátil de uma célula muscular esquelética e as linhas-Z aqui indicam os limites do sarcômero. Vamos explorar o sarcômero um pouco mais. Cada sarcômero é composto de filamentos deslizantes de proteína de actina e miosina e esse diagrama mostra os espessos filamentos de miosina formando as bandas-A, assim como os finos filamentos formam as bandas-I, mais claras.
Os sarcômeros geram contrações no tecido muscular quando os filamentos espessos de miosina deslizam sobre os filamentos de actina, trazendo os filamentos juntos entre si, como você pode observar aqui. E como você pode ver, a linha-Z também atua como um ponto de ancoragem para os filamentos finos que ajudam na contração do tecido.
Então, agora que já cobrimos as características do tecido muscular esquelético saudável, vamos estudar a histopatologia dos músculos esqueléticos em uma doença chamada distrofia muscular. A distrofia muscular é um tipo de desordem genética descrita como um enfraquecimento e atrofia do tecido muscular. Sob visão microscópica, aparece como um número reduzido e desorganizado de miofibrilas. A atrofia e o encolhimento das fibras musculares na distrofia muscular leva ao aparecimento de um núcleo celular desorganizado e localizado mais centralmente na imagem histológica do tecido muscular esquelético.
A quebra dessas fibras musculares leva a músculos atrofiados e enfraquecidos, levando os pacientes que têm essa desordem a uma perda progressiva da massa muscular e, eventualmente, perda da capacidade de andar, se movimentar e respirar. Então, isso nos leva ao final do nosso estudo sobre o tecido muscular esquelético. Vamos fazer uma breve revisão.
Primeiro, vamos dar uma olhada na organização geral do tecido muscular esquelético começando com as fibras musculares que, juntas formam os feixes musculares ou fascículos, e que por sua vez formam o músculo como um todo. Em seguida, aprendemos as várias camadas de tecido conjuntivo que envolvem o músculo esquelético e ajudam a manter sua integridade estrutural.
Começando de fora para dentro, primeiro vimos o epimísio, que circunda a totalidade do músculo esquelético. Depois, temos o perimísio, que envolve os feixes musculares individuais e ainda vimos o tecido conjuntivo interfascicular, que preenche o espaço entre os feixes musculares.
A camada mais interna do tecido conjuntivo é conhecida como endomísio e preenche o espaço entre as fibras musculares. Outras estruturas relacionadas às camadas do tecido conjuntivo que estudamos foram os fibroblastos, que produzem as fibras de colágeno tão importantes para a integridade estrutural do músculo. E por último, vimos a gordura perimuscular que serve como um amortecedor para o músculo.
Em seguida, analisamos mais de perto os miócitos ou células musculares e suas estruturas relacionadas. Primeiro dos quais, os núcleos dos miócitos, seguidos pelo sarcolema, que é a membrana celular do miócito. E por último, o sarcoplasma, que é o citoplasma do miócito. Finalmente, existem as miofibrilas, que são fibras compostas de sarcômeros, as unidades contráteis da célula muscular esquelética.
Na última seção do tutorial, vimos mais de perto os filamentos que contribuem para a contração do músculo esquelético para a contração do músculo esquelético. Primeiro, tínhamos as bandas-A que aparecem mais escuras e são compostas por filamentos espessos de miosina. Em segundo lugar, tivemos as bandas-I que aparecem mais claras em contraste com as bandas-A e são compostas por finos filamentos de actina. E, finalmente, vimos as linhas-Z que agem como pontos de ancoragem para os finos filamentos de actina e indicam os limites entre os sarcômeros, que são as unidades contráteis da célula. E, com isso, concluímos nosso estudo.
Obrigado por assistir e bons estudos!