Videoaula: Como examinar lâminas histológicas
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Oi pessoal! Aqui é a Amanda do Kenhub e nesta videoaula eu vou te dar algumas dicas para te ajudar a examinar corretamente suas lâminas histológicas.
Como parte do seu estudo de anatomia, você terá ...
Leia maisOi pessoal! Aqui é a Amanda do Kenhub e nesta videoaula eu vou te dar algumas dicas para te ajudar a examinar corretamente suas lâminas histológicas.
Como parte do seu estudo de anatomia, você terá algumas aulas de histologia, que têm como objetivo te ajudar a se familiarizar com as estruturas que você está estudando a nível microscópico ou celular.
Muitas vezes, em preparações microscópicas ou lâminas histológicas, estudantes cometem erros quando estão identificando estruturas ou se orientando na lâmina. Pode parecer bem confuso e frustrante.
Isto é compreensível, pois a maioria dos estudantes estão acostumados a olhar as estruturas macroscópicas, como as artérias da cabeça e do pescoço que nós vemos aqui, e não estão acostumados a olhar para a sua estrutura microscópica.
Esta lâmina mostrando sangue não se parece em nada com a anatomia macroscópica, então pode ser um pouco confusa. Existem várias técnicas diferentes de colorações usadas nas preparações que mudam o contraste da lâmina e aumentam ainda mais a confusão entre os estudantes.
Bem, a boa notícia é que nós do Kenhub juntamos algumas dicas para te ajudar a examinar lâminas histológicas com maior eficácia. Então, vamos começar com o primeiro passo.
Antes de você colocar sua lâmina no microscópio, use o seu ‘olho nu’ para determinar o formato da sua preparação. Isso pode parecer um pouco trivial, mas olhar para a lâmina antes de colocá-la no microscópio vai te ajudar a se orientar quando você for olhar a lâmina através do microscópio.
Por exemplo, nesta secção transversa, uma preparação anular ou em formato de anel pode ser vista. Se você notar isso antes de usar o microscópio, você está um passo à frente no reconhecimento das estruturas na preparação.
Depois, coloque sua lâmina no microscópio e calibre o microscópio para que sua imagem entre em foco e não fique embaçada. Comece na menor magnificação ou ampliação e mova sua lâmina para ver toda a sua superfície, uma vez que a lâmina sempre é maior do que a lente.
Quando você já tiver olhado toda a lâmina na menor magnificação, vá em frente e olhe a lâmina usando uma magnificação maior, passando para o próximo nível e sempre lembrando-se de trazer sua imagem para o foco a cada vez.
Você pode fazer isso várias vezes para ver uma magnificação cada vez maior da sua lâmina, como estamos fazendo aqui com a nossa lâmina. É importante fazer a imagem ficar clara em cada magnificação, para controlar qual parte específica da lâmina você está olhando, isso se você quiser dar zoom em alguma determinada área.
Também é importante olhar sua lâmina em diferentes magnificações, pois podem haver estruturas maiores e menores ou células que podem somente ser visíveis em uma determinada magnificação. Este é o maior zoom que daremos neste exemplo.
Uma vez que você já teve a oportunidade de olhar para a sua lâmina e para as estruturas da sua preparação em diferentes magnificações, o próximo passo é escrever uma descrição das estruturas maiores e menores que você consegue ver.
Escreva o nome das estruturas que você conhece e escreva também a descrição daquelas que você não conhece ou não tem certeza, para que você possa perguntar ao seu professor ou olhá-las depois. Vamos fazer isto nesta lâmina.
Nós podemos ver vasos sanguíneos aqui, células epiteliais que aparecem como células colunares pseudoestratificadas, células mais claras dentro dessa camada, tecido conjuntivo nesta área, contendo fibras colágenas, que estão tingidas de azul, alguns espaços vazios nos quais não tem tecido e, se nós movermos a lâmina, cartilagem hialina.
Depois que você fez suas anotações sobre essas estruturas que você foi capaz de ver e identificar na sua lâmina, a próxima coisa a se fazer é determinar o tipo de coloração, secção e processo de preparação que foram usados para preparar sua lâmina.
Vamos ver algumas colorações diferentes e técnicas de preparação para descobrir se alguma delas bate com a nossa lâmina. Aqui, estamos mostrando alguns exemplos de diferentes colorações, incluindo hematoxilina e eosina, reação do ácido periódico de Schiff, impregnação por prata, azul de toluidina, tetróxido de ósmio e tricromo de Masson.
Como você pode ver, esta técnica de coloração tricromo de Masson se parece muito com a lâmina que nós estávamos examinando.
Nossa lâmina também tem uma coloração tricromo, já que é um tricromo de Ladewing, que é comumente usado para ver músculo e colágeno e diferenciar tecidos conjuntivos de outras estruturas celulares.
OK, agora que nós vimos a lâmina no microscópio e identificamos as estruturas e a técnica de coloração utilizada, está na hora de juntar todas essas informações e identificar a preparação.
Se juntarmos todas as estruturas que nós vemos, qual parte do corpo faria mais sentido para a lâmina? Olhando para a coloração tricromo, é fácil ver tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, células epiteliais e cartilagem hialina, que está localizada aqui.
Cartilagem hialina é encontrada apenas em determinados lugares do corpo, incluindo debaixo da pele do ouvido, conectado ao septo nasal no nariz, na traqueia e nos tubos respiratórios menores na forma de anéis estruturais, na estrutura de formato irregular da laringe e nas superfícies articulares lisas dos ossos nas articulações sinoviais.
Se nós nos lembrarmos do formato geral da preparação na lâmina, nós podemos ver um formato de anel completo. Alguma ideia?
O formato da preparação nos dá uma pista e elimina a possibilidade da lâmina ser uma amostra de cartilagem de nariz ou de ouvido, bem como de superfície articular de um osso. Provavelmente não é a laringe, já que ela tem uma forma tão irregular.
A traqueia e os tubos respiratórios menores têm um formato de anel característico, bem como cartilagem hialina. Também existem vasos sanguíneos correndo através da lâmina, o que nós podemos ver aqui, e podemos ver a borda irregular das células epiteliais na abertura ou lúmen e as camadas grossas de tecido conjuntivo profundamente.
Nós também vimos células mais fracamente coradas dentro do epitélio colunar pseudoestratificado. Estas são as células caliciformes, que secretam muco e a área roxa clara, na porção inferior da lâmina, bem aqui, se parece um revestimento mucoso. Isto deve ser uma grande dica.
Você já descobriu qual é esta preparação? A traqueia!
A traqueia tem formato anelar, tem cartilagem hialina, bem como muitos vasos sanguíneos e uma grossa camada de células epiteliais e mucosa.
Os tubos respiratórios menores, como aqueles no início da ramificação aqui, são muito mais finos e apareceriam diferentes em uma lâmina e as células epiteliais colunares pseudoestratificadas sofrem transição para células cuboidais a medida que os túbulos vão ficando menores.
Parabéns! Você identificou uma preparação. Mas ainda não acabou!
É uma boa ideia adicionar informações adicionais às suas anotações depois de identificar as preparações. Elas podem ser as funções celulares, características anatômicas e informações adicionais das suas aulas e professores.
Aqui estamos anotando a função da traqueia, dos anéis cartilaginosos e das células epiteliais secretoras de muco. Isso te ajuda a realmente entender porque a histologia de uma secção tem a aparência que tem.
Lembre-se, a forma segue a função, mesmo a nível microscópico. Então é isso! Você acabou seu exame da sua lâmina histológica.
Espero que fique mais fácil para você examinar lâminas histológicas, mas lembre-se, tente não tirar conclusões precipitadas quando estiver examinando suas lâminas, mesmo se você achar que já sabe para qual preparação você está olhando.
Fique com a mente aberta e reveja todo o conteúdo disponível antes de identificar definitivamente sua lâmina. Este é o fim da videoaula.
Obrigada por assistir e bons estudos!