Como examinar lâminas histológicas
A histologia é uma disciplina fascinante que nos permite explorar a estrutura e função dos tecidos. Se pegarmos numa pequena amostra de um tecido de órgão, se a corarmos corretamente e se a colocarmos sob um microscópio de luz, conseguiremos ver as células principais e alguns dos outros componentes que formam o tecido.
Neste artigo, responderemos a duas perguntas: quando é que você precisa de examinar lâminas da Histologia? E como você o fazer?
Quando?
Quer você esteja aprendendo histologia, realizando uma prova de histologia, ou trabalhando com preparações microscópicas, essa estratégia pode ajudá-lo a prevenir erros quando for identificar cada lâmina usando um microscópio.
Como?
1. Inspeção: Inspecione a lâmina utilizando somente seus olhos e uma boa fonte luminosa para primeiro determinar o formato da peça preparada. Ocasionalmente uma peça específica possui formato característico e é muito facilmente identificável, ex.: no corte transversal da cartilagem da traqueia uma preparação anular pode ser visibilizada.
2. Calibração: Coloque a lâmina sob o microscópio e calibre o microscópio para que a imagem produzida seja nítida. Mova a lâmina de forma que toda a sua superfície possa ser vista e analise-a com diferentes lentes e magnificações. Isso é importante pois:
- Sempre há estruturas maiores e menores na preparação que podem nem sempre ser visíveis com uma única lente ou magnificação, ex.: no íleo as placas de Peyer são grandes e características, enquanto as outras células são menores e não tão definidas.
- A lâmina é sempre maior que a lente, então para visibilizar todas as estruturas deve-se mover a lâmina, ex.: uma lâmina de sangue contém muitas células diferentes e nem sempre elas estão uniformemente distribuídas.
3. Descrição: Escreva a descrição das estruturas maiores e menores que podem ser visibilizadas e nomeie as que você tem certeza, ex.: células vermelhas, de formato discóide, proximamente agrupadas = Hemácias.
4. Determinação: Determine a coloração, peça e processo de preparação da lâmina, ex.: eosina ou nitrato de prata, em cortes longitudinais ou transversais, congelada e cortada, etc.
5. Identificação: Uma vez que você tenha coletado todas as informações necessárias, tente juntar as evidências e, através de um processo de eliminação, identificar a lâmina.
6. Conclusão: Adicione todas as informações adicionais às suas notas, ex.: funções celulares, informações extras mencionadas pelos professores, etc.
7. Lembre-se! Nunca pule para nenhuma conclusão, mesmo se você estiver certo de qual preparação microscópica você possui. Revise todo o conteúdo disponível e, somente então, identifique sua lâmina.
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