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Estruturas subcorticais

Anatomia básica e funções do encéfalo.
Estruturas subcorticais - vista superior

Se imaginarmos o nosso cérebro como um pêssego, na secção transversal desse pêssego, veríamos a pele exterior, a carne e um caroço interno. A pele é o correspondente ao córtex cerebral, a parte carnosa é a substância branca profunda e o caroço representa as estruturas subcorticais.

As estruturas subcorticais são um grupo de diversas formações neurais que se encontram no interior do cérebro, e incluem o diencéfalo, a glândula hipófise, as estruturas límbicas e os núcleos da base. Estas estruturas estão envolvidos em atividades complexas, como a memória, a emoção, o prazer e a produção hormonal. Elas atuam como centros de informação do sistema nervoso, pois transmitem e modulam informações que passam para as diferentes áreas do cérebro.

Esta página irá apresentar-lhe o núcleo do nosso cérebro, na forma das estruturas subcorticais.

Fatos importantes sobre as estruturas subcorticais
Definição Ilhotas de substância cinzenta encontradas sob o córtex cerebral, organizadas em várias partes distintas do cérebro.
Partes Diencéfalo, glândula hipófise, estruturas límbicas, núcleos da base.
Funções Processamento e retransmição de impulsos nervosos entre as diferentes partes do cérebro.
Conteúdo
  1. Diencéfalo
    1. Tálamo
    2. Epitálamo
    3. Subtálamo
    4. Hipotálamo
  2. Glândula Hipófise
  3. Sistema Límbico
    1. Hipocampo
  4. Núcleos da base
  5. Referências
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Diencéfalo

O diencéfalo é a parte posterior do prosencéfalo encontrada profundamente no cérebro. Consiste no tálamo, epitálamo, subtálamo e hipotálamo.
Cada uma destas estruturas tem muitos papéis essenciais para a sobrevivência e para o ótimo funcionamento do corpo humano, então vamos conhecer a sua neuroanatomia.

Tálamo

O tálamo é a maior estrutura subcortical. Ele age como um centro de transmissão entre o tronco cerebral e o cérebro. O tálamo é composto de 12 núcleos - anatomicamente, nove deles são agrupados em núcleos anterior, medial e lateral, enquanto os três restantes formam lâminas que separam esses grupos. Funcionalmente, eles podem ser classificados em três grupos: os núcleos de transmissão, os núcleos intralaminares e o núcleo reticular.

Os núcleos talâmicos são responsáveis por todo um espetro de funções do corpo, como a transmissão de sinais sensitivos e motores, e a regulação da consciência, do sono e do estado de alerta.

Aprenda tudo sobre a anatomia do tálamo com estes materiais.

Os dois núcleos talâmicos laterais, chamados de núcleos geniculados lateral e medial, em conjunto, são conhecidos como metatálamo. Os núcleos geniculados são os núcleos de transmissão sensitiva. O núcleo geniculado medial é uma estação de transmissão auditiva, enquanto o corpo geniculado lateral é a estação de transmissão óptica. 

Epitálamo

O epitálamo é a parte posterior do diencéfalo. Localiza-se póstero-inferiormente ao tálamo e consiste na glândula pineal, estria medular e trígono da habênula. Historicamente, a glândula pineal era considerada o terceiro olho devido às suas conexões com o sistema visual; contudo, agora sabemos que a função da glândula pineal é controlar o ciclo de sono-vigília (ritmo circadiano), secretando a hormona do sono, a melatonina. As conexões da glândula pineal com o sistema visual fornecem informações sobre a hora do dia com base na quantidade de luz que existe. A escuridão provoca a secreção de melatonina.

A estria medular é um feixe de substância branca que liga o hipotálamo e o trígono da habênula. Esta última é uma área triangular encontrada anteriormente ao colículo superior, que fornece fibras ao feixe que conecta os núcleos da base e a porção ventral tronco cerebral. Esta via permite a iniciação e o controle de movimentos.

Subtálamo

O subtálamo encontra-se ventralmente ao tálamo. Consiste no núcleo subtalâmico, na zona incerta (de Forel) e no núcleo peripeduncular.

O núcleo subtalâmico é uma parte funcional dos núcleos da base, participando no controle da atividade motora. O papel da zona incerta permanece desconhecido. Esta zona transmite fibras entre uma ampla gama de regiões do sistema nervoso central, e acredita-se que desempenhe um papel em atividades como a integração motora e a precisão dos movimentos do corpo. O núcleo peripeduncular tem conexões ricas com o sistema límbico, e acredita-se que desempenha um papel importante no controle do comportamento sexual.

Núcleo subtalâmico - vista lateral-esquerda

Aprenda mais sobre a anatomia do subtálamo e outras estruturas diencefálicas com os nossos materiais.

Hipotálamo

Ínfero-anteriorrmente ao tálamo, encontramos o hipotálamo. É uma parte do diencéfalo que mantém funções endócrinas e autonômicas. Por controlar muitos mecanismos importantes relacionados com a sobrevivência, como a ingestão de alimentos e líquidos, o sono, o metabolismo e a temperatura corporal, o hipotálamo permite um estado de equilíbrio fisiológico (homeostase corporal).

Estruturalmente, o hipotálamo é composto por 13 núcleos. Anatomicamente, os núcleos dispõem-se ântero-posteriormente em três grupos: anterior (pré-óptico e supra-óptico), médio (tuberal) e posterior (mamilar). Os núcleos hipotalâmicos também podem ser divididos em médio-lateralmente de acordo com sua proximidade com o terceiro ventrículo:

  • Periventricular - controla a libertação de hormonas do lobo anterior da hipófise
  • Intermediária (Medial) - regula o sistema nervoso autônomo, a libertação de hormonas do lobo posterior da hipófise e o ritmo circadiano
  • Lateral - controla as emoções devido às suas conexões com o sistema límbico e regula a alimentação e o ciclo sono-vigília

O hipotálamo controla os mecanismos de sobrevivência através de vias especiais chamadas de eixos hipotalâmicos. Os eixos se projetam do hipotálamo para a glândula hipófise e da glândula hipófise para os órgãos-alvo. Existem três eixos principais:

  • O eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal medeia a resposta ao estresse
  • O eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo regula a intensidade do metabolismo
  • O eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal regula a reprodução
Fatos importantes sobre os eixos hipotalâmicos
Eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal Hormona hipotalâmica: hormona libertadora de corticotrofinas (CRH)
Hormona hipofisária: hormona adrenocorticotrófica (ACTH)
Alvo: glândula suprarrenal (glicocorticoides, cortisol)
Eixo hipotalâmico-hipofisário-tireóideo Hormona hipotalâmica: hormona libertadora de tireotrofinas (TRH)
Hormona hipofisária: hormona estimulante da tireoide (TSH)
Alvo: glândula tireoide (tiroxina, tri-iodotironina)
Eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal Hormona hipotalâmica: hormona libertadora de gonadotrofinas (GRH)
Hormona hipofisária: hormona luteinizante (LH), hormona foliculoestimulante (FSH)
Alvo: gônadas (estrogênio, testosterona)

É de notar que todos os eixos passam pela glândula pituitária (hipófise). Isso ocorre porque o hipotálamo e a hipófise estão intrinsecamente ligados. Os axônios hipotalâmicos ligam o hipotálamo à hipófise posterior, enquanto uma coleção de vasos sanguíneos chamada sistema porta hipofisário liga o hipotálamo à hipófise anterior.

Para aprender mais sobre o sistema porta hipofisário, faça nossos testes a seguir:

Os axônios hipotalâmicos projetam-se do hipotálamo para o lobo posterior da glândula hipófise (neuro-hipófise). Esses axônios transportam neuro-hormonas produzidas pelo hipotálamo para a neuro-hipófise (oxitocina, hormona antidiurética/vasopressina), onde são armazenadas e libertadas no sistema circulatório quando necessário.O sistema porta hipofisário atua para transportar hormonas "libertadoras" hipotalâmicas até ao lobo anterior da glândula hipófise (adeno-hipófise). As hormonas hipotalâmicas são sintetizadas pelo hipotálamo e atuam no controle da secreção de hormonas, tais como a hormona estimulante da tireoide e a hormona adrenocorticotrófica, produzidas pelas células endócrinas da adeno-hipófise. É por isso que o hipotálamo é coloquialmente chamado de mestre do mestre, já que produz hormonas e também controla a produção e libertação de hormonas da glândula hipófise.

Para aprender tudo sobre essa minúscula, mas muito importante, parte do cérebro, mergulhe neste material de estudo.

Glândula Hipófise

Vamos apresentar-lhe uma das principais glândulas do corpo humano. A glândula pituitária, ou hipófise, é uma continuação do hipotálamo. Encontra-se na sela turca (túrcica) do osso esfenoide.

Consiste em um lobo anterior (adeno-hipófise) e um lobo posterior (neuro-hipófise). Ao ser estimulada por hormonas de libertação hipotalâmicas, o lobo anterior secreta hormonas trópicas e tróficas, como a hormona estimulante da tireoide, que regula a função de outras glândulas endócrinas. O lobo posterior armazena a ocitocina e a vasopressina formadas pelo hipotálamo e liberta-as quando necessário.

Para saber como essa poderosa glândula afeta todo o perfil endócrino do corpo humano, confira os recursos abaixo.

Sistema Límbico

O sistema límbico é uma parte antiga do cérebro humano. É composto por áreas corticais, subcorticais e no tronco cerebral. Em uma secção sagital mediana do cérebro, o sistema límbico estende-se através dos aspetos mediais dos lobos temporal, frontal e parietal.

As partes do córtex cerebral envolvidas na função límbica são juntas chamadas de córtex límbico. O córtex límbico consiste no giro (circunvolução) cingulado, no giro (circunvolução) para-hipocampal, giro (circunvolução) orbitofrontal medial, nos polos temporais dos hemisférios e na parte anterior do córtex da ínsula.

As estruturas profundas que formam o sistema límbico são a formação do hipocampo, a amígdala, o córtex olfatório (olfativo), o diencéfalo, os núcleos da base, o prosencéfalo basal, os núcleos septais e o tronco cerebral.

O sistema límbico controla o olfato, a memória, as emoções e a homeostase corporal. Em relação às emoções, a principal função da amígdala é a resposta ao medo. Por causa das numerosas funções do sistema límbico, as sinapses dentro dele são muito ativas (alta plasticidade sináptica), pelo que esta é uma região frequentemente associada à epilepsia.

Está se sentindo sobrecarregado com a aprendizagem de todas as partes do cérebro? Você não está sozinho. Facilite o seu aprendizado com a nossa apostila de exercícios sobre a anatomia do cérebro humano.

Hipocampo

Hipocampo é frequentemente utilizado como sinônimo daquilo que, em anatomia, é oficialmente chamado de formação do hipocampo. Ele desempenha um papel importante no armazenamento de memória a longo prazo e na navegação espacial.

A formação do hipocampo continua-se no giro (circunvolução) para-hipocampal, à medida que penetra no lobo temporal medial. A formação do hipocampo consiste no giro (circunvolução) denteado, hipocampo e subículo. Pode parecer confuso dizer que o hipocampo faz parte da formação do hipocampo, pois sabemos que eles são frequentemente usados como sinônimos. No entanto, em seu sentido mais restrito, o termo hipocampo refere-se, na verdade, à parte da formação do hipocampo encontrada entre o giro (circunvolução) dentado e o subículo.

Assim, o giro (circunvolução) dentado, o hipocampo e o subículo formam, em conjunto, a formação do hipocampo, que tem este nome devido à sua forma que se assemelha à de um cavalo-marinho. A formação do hipocampo tem duas partes: cabeça e cauda, embora algumas fontes descrevam três partes (cabeça, corpo e cauda). A cabeça refere-se à parte anterior, mais larga, enquanto que a cauda se continua posteriormente.

A formação do hipocampo comunica com muitas partes diferentes do cérebro através da sua principal eferência, chamada fímbria, que mais tarde se torna no fórnix. O fórnix projeta-se do hipocampo para os corpos mamilares do hipotálamo, e essas conexões são importantes para a criação de memórias a longo prazo. Se uma pessoa tiver uma lesão que afete a função do hipocampo, ela será incapaz de criar novas memórias (amnésia anterógrada) após a lesão.

Saiba mais sobre a parte do cérebro responsável pelo aprendizado com os nossos materiais de estudo interessantes.

Núcleos da base

Os núcleos da base, ou gânglios da base, são um grupo de núcleos interconectados de substância cinzenta encontrados profundamente na substância branca do telencéfalo, diencéfalo e mesencéfalo. Eles formam o sistema motor extrapiramidal e ajudam a afinar a função motora. 

Os núcleos da base são constituídos por cinco pares de núcleos: núcleo caudado, putâmen, globo pálido, substância negra e núcleo subtalâmico. A substantia negra e o núcleo subtalâmico não são constituintes anatômicos dos núcleos da base, mas pertencem a eles funcionalmente. Em vez disso, a substância negra está localizada no mesencéfalo, enquanto que o núcleo subtalâmico é uma parte do subtálamo, que se encontra no diencéfalo ventralmente ao tálamo.

O putâmen e o núcleo caudado juntos também são conhecidos como estriado e são separados por uma lâmina de matéria branca chamada cápsula interna. O putâmen e o globo pálido formam o núcleo lenticular (ou lentiforme).

Então, qual é o objetivo dos núcleos da base? Em poucas palavras, eles enviam sinais para o tálamo que determinam como o tálamo afetará o córtex motor. Eles se comunicam com o tálamo através de três vias: direta, indireta e hiperdireta. A via direta é excitatória e desempenha um papel importante no início de um movimento voluntário, enquanto que a via indireta é inibitória e impede movimentos involuntários. A via hiperdireta é a forma mais rápida de inibir todas as funções motoras e suprimir o movimento involuntário.

A importância dos núcleos da base pode ser facilmente percebida através da doença mais prevalente do sistema extrapiramidal - a doença de Parkinson. Lesões na via direta causam dificuldades em iniciar o movimento em pessoas que têm esta condição médica, enquanto que as vias indireta e hiperdireta causam notável agitação involuntária nas mãos (tremor), já que a supressão não é possível.

Para aprender tudo sobre os núcleos da base, recomendamos que você faça o nosso teste para dominar esse assunto rapidamente.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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