Osso esfenoide
O osso esfenoide é um dos ossos mais complexos do corpo humano, e possui um formato único, que lembra uma vespa. Ele forma parte da base do crânio, contribuindo para a formação do assoalho da fossa craniana média.
Algumas estruturas formadas por tecidos moles, como os nervos cranianos e partes do encéfalo, estão intimamente associadas ao osso esfenoide. A principal função desse osso é permitir a passagem de estruturas neurovasculares para dentro e fora do crânio, através dos seus forames e canais.
Neste artigo você aprenderá sobre a anatomia do osso esfenoide, suas partes, limites e desenvolvimento.
Estrutura | Corpo (parte central) Duas asas maiores (parte lateral) Duas asas menores (parte anterior) Processos pterigoides (orientados inferiormente) |
Limites |
Sutura esfenofrontal - com o osso frontal Sutura esfenoparietal - com o osso parietal Sutura esfenoescamosa - com o osso temporal Sutura esfeno-occipital - com o osso occipital (desaparece aos 25 anos, quando os ossos se fundem) |
Relações anatômicas |
Corpo: Anteriormente: contribui com a cavidade nasal; lateralmente com o canal óptico Superiormente forma a sela turca, a fossa hipofisária e o dorso da sela Asa menor: Superolateralmente - canal óptico Inferiormente - margem lateral da órbita Superiormente - cavidade craniana Juntamente com o corpo e a asa maior forma a fissura orbital superior (que contém a veia oftálmica superior e os nervos oftálmico, abducente, oculomotor e troclear) Asa maior: Anteriormente - aspecto posterior da parede lateral da órbita Contém o forame oval (por onde passam o nervo mandibular, a artéria meníngea acessória, o nervo petroso menor e a veia emissária) e o forame espinhoso (por onde passam os vasos meníngeos mediais e o ramo meníngeo do nervo mandibular) Processo pterigoide: contém o canal pterigóideo (por onde passam os nervos petrosos maior e profundo) e o canal palatovaginal (por onde passa o nervo faríngeo) |
Anatomia
Limites
O osso esfenoide articula-se com o osso frontal através da sutura esfenofrontal, com o osso parietal através da sutura esfenoparietal, com a parte escamosa do osso temporal através da sutura esfenoescamosa e com o osso occipital através da sutura esfeno-occipital. Como os ossos esfenoide e occipital se fundem durante a puberdade (formando o clivus), a sutura esfeno-occipital desaparece aos 25 anos de idade.
Partes
O osso esfenoide possui quatro partes:
- Um corpo
- Duas asas maiores
- Duas asas menores
- Dois processos pterigoides
Corpo
O corpo é a porção central do osso esfenoide. Anteriormente ele contribui na formação da cavidade nasal. Lateralmente, forma a parede medial do canal óptico, e superiormente forma a sela turca, a fossa hipofisária e o dorso da sela.
Os seios esfenoidais são cavidades preenchidas por ar, que estão localizados no corpo do esfenoide, atrás da cavidade nasal. Eles são divididos por um septo chamado de septo interesfenoidal.
Na parte superior do corpo do esfenoide também são observadas quatro proeminências ósseas, duas anteriores, chamadas de processos clinoides anteriores, e duas posteriores, os processos clinoides posteriores.
O clivus é uma estrutura óssea que se inclina posteriormente a partir do corpo do esfenoide, formada pela fusão da sua parte mais posterior com a porção mais anterior do osso occipital.
Asas menores
As asas menores do esfenoide se projetam superolateralmente a partir do seu corpo e forma o canal óptico, que contém o nervo óptico e a artéria oftálmica. A superfície inferior de cada asa menor do esfenoide participa da formação margem lateral da órbita, enquanto sua superfície superior forma parte da cavidade craniana.
Asas maiores
As asas maiores do esfenoide se projetam posterolateralmente a partir do corpo do osso.
Suas superfícies laterais formam as superfícies infratemporais do osso esfenoide e suas superfícies anteriores formam parte da parede lateral da órbita.
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Cada uma das asas maiores contêm três importantes aberturas:
- Forame redondo, que dá passagem ao nervo maxilar
- Forame oval, que dá passagem ao nervo mandibular, à artéria meníngea acessória, ao nervo petroso menor e à veia emissária
- Forame espinhoso, que dá passagem aos vasos meníngeos médios e à ramos do nervo mandibular.
Processos pterigoides
Os processos pterigoides do osso esfenoide são extensões da superfície basal do corpo deste osso. Cada processo pterigoide é formado por uma lâmina medial e uma lateral. A lâmina lateral é mais larga e mais curta do que a medial, e serve como ponto de origem para os músculos pterigóideos medial e lateral. Na extremidade inferior da lâmina medial existe um pequeno processo com forma de gancho, o hâmulo pterigóideo.
Os processos pterigoides contêm dois canais, conhecidos como canal pterigóideo e canal palatovaginal. O canal pterigóideo contém o nervo petroso maior e o nervo petroso profundo. O canal palatovaginal (ou faríngeo) contém o nervo faríngeo.
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Desenvolvimento ósseo
O corpo e asas menores do osso esfenoide amadurecem através de ossificação endocondral clássica, enquanto os processos pterigoides sofrem ossificação intramembranosa.
O desenvolvimento das asas maiores do osso esfenoide é incomum, uma vez que elas são as únicas estruturas ósseas do crânio que sofrem tanto ossificação endocondral quanto intramembranosa.
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