Músculo orbicular do olho
O músculo orbicular do olho é um par de músculos faciais que circundam cada órbita e a região periorbital adjacente. Juntamente com o corrugador do supercílio e o levantador da pálpebra superior, ele pertence ao grupo de músculos circum-orbitais e palpebrais que circundam o olho.
O músculo orbicular do olho é composto por uma parte orbital, uma palpebral e uma palpebral profunda. O músculo se estende entre três ossos do viscerocrânio (osso frontal, maxila e osso lacrimal) e estruturas de tecido mole na região periorbital. Sob o controle do nervo facial (nervo craniano VII), o orbicular do olho fecha os olhos. Dependendo do grau e da frequência desse fechamento, essa ação pode ser essencial para hidratar o olho, protegê-lo ou transmitir uma mensagem não-verbal, como numa piscada de olhos atrevida num flerte.
Origem | Parte nasal do osso frontal, processo frontal da maxila, ligamento palpebral medial, osso lacrimal |
Inserção | Pele da região orbital, rafe palpebral lateral, placas tarsais superior e inferior |
Ações | Parte orbital: Fecha as pálpebras com firmeza Parte palpebral: Fecha as pálpebras suavemente Parte palpebral profunda: Comprime o saco lacrimal |
Inervação | Ramos temporal e zigomático do nervo facial (NC VII) |
Vascularização | Artérias maxilar, temporal superficial, facial e oftálmica |
Este artigo descreve a anatomia e as funções do músculo orbicular do olho.
Origem e inserção
O orbicular do olho é um músculo plano e largo que forma uma elipse ao redor da circunferência da órbita. É composto pelas partes orbital, palpebral e palpebral profunda, cada uma com suas próprias origens e inserções:
- Parte orbital: sobrepõe a margem da órbita e se origina da parte nasal do osso frontal, do processo frontal da maxila e do ligamento palpebral medial. As fibras circundam a órbita completamente, estendendo-se para os tecidos moles das regiões adjacentes. A parte orbital não possui inserções ósseas, mas insere-se em várias estruturas de tecido mole da região periorbital. As fibras superiores se fundem com os músculos occipitofrontal, corrugador do supercílio e abaixador do supercílio, inserindo-se finalmente na pele e no tecido subcutâneo da sobrancelha. As fibras inferiores e mediais da parte orbital fundem-se com os músculos levantador do lábio superior, levantador do lábio superior e da asa nasal e zigomático menor. As fibras mais periféricas podem ir ainda mais além, inserindo-se frouxamente na parte temporal da aponeurose epicraniana.
- Parte palpebral: origina-se na face superficial do ligamento palpebral medial. As fibras musculares compõem as pálpebras à medida que seguem em direção à comissura ocular lateral. Neste local, as fibras superiores e inferiores se unem e inserem-se no ligamento (rafe) palpebral lateral. As fibras mais periféricas da parte palpebral que cursam pelas margens de cada pálpebra formam o feixe ciliar.
- Parte palpebral profunda: também conhecida como parte lacrimal, origina-se na superfície lateral e na crista lacrimal (parte superior) do osso lacrimal. As fibras cursam lateralmente, passando posteriormente ao saco lacrimal. Alguns se inserem no tarso superior e inferior das pálpebras, enquanto outros continuam além do tarso para se inserirem no ligamento palpebral lateral.
Relações
O músculo orbicular do olho está localizado na região orbital da face. Ele circunda a órbita e se estende para regiões próximas da cabeça: pálpebras, sobrancelhas e regiões temporal e infraorbital. O músculo sobrepõe o corrugador do supercílio e se funde inferiormente com um músculo altamente variável, o músculo malar, quando este está presente. As fibras do músculo levantador da pálpebra superior perfuram o orbicular do olho durante o seu trajeto em direção à pele da pálpebra superior.
A parte orbital do músculo orbicular do olho é perfurada por duas importantes estruturas neurovasculares: a veia supraorbital e o nervo zigomático-facial. O orbicular do olho está situado superficialmente aos ramos palpebrais do nervo infraorbital, que também perfuram o músculo.
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Inervação
O músculo orbicular do olho é inervado pelos ramos zigomático e temporal do nervo facial (nervo craniano VII).
Vascularização
O músculo orbicular do olho recebe sangue arterial de três ramos da artéria carótida externa: as artérias maxilar, temporal superficial e facial. A artéria oftálmica, um ramo da artéria carótida interna, também irriga o músculo.
Funções
O músculo orbicular do olho é considerado o esfíncter das pálpebras, estando envolvido na expressão facial, na proteção ocular e nos reflexos. A contração da parte orbital traciona a pele da testa e da bochecha em direção ao nariz. Esse mecanismo de proteção pode fechar parcial ou completamente as pálpebras, limitando a exposição dos olhos a possíveis agentes prejudiciais, como uma luz brilhante ou uma poeira voando.
A contração da parte palpebral resulta num controle mais fino das pálpebras. Essas fibras musculares tracionam as pálpebras superiores para baixo e elevam as inferiores. Assim, a contração voluntária isolada da parte palpebral fecha suavemente as pálpebras, por exemplo ao piscar ou ao dormir. A parte palpebral também pode fechar involuntariamente as pálpebras como um mecanismo reflexo. Esse mecanismo protetor espalha as lágrimas produzidas pela glândula lacrimal por toda a superfície do globo ocular, de modo a mantê-la sempre úmida e livre de partículas potencialmente irritantes. O controle fino das pálpebras realizado pela parte palpebral também facilita a comunicação e a expressão não verbal.
Por fim, a contração da parte palpebral profunda traciona as pálpebras e as papilas lacrimais medialmente e dilata o saco lacrimal. Essas ações, em conjunto, facilitam a drenagem das lágrimas pela córnea. Esta parte também está envolvida na compressão da glândula e dos ductos lacrimais, melhorando ainda mais o fluxo lacrimal. Infelizmente, a contração do orbicular do olho pode ter alguns efeitos adversos. Ela pode criar, por exemplo, as pregas de pele no ângulo lateral das pálpebras ("pés de galinha"), também conhecidas como rugas.Descubra mais sobre outros músculos faciais e aprenda sobre eles de uma maneira fácil usando os seguintes recursos:
Nota Clínica
A participação do músculo orbicular do olho no movimento de piscar e na hidratação do globo ocular pode ter importantes consequências clínicas durante a vida cotidiana. A paralisia do nervo facial (por paralisia de Bell, acidente vascular cerebral, trauma ou infecção) resulta na incapacidade de fechar os olhos e na impossibilidade de piscar. Isso causa uma lubrificação ineficiente, gerando uma condição conhecida como síndrome do olho seco (ceratoconjuntivite seca), que se manifesta com vermelhidão, inflamação, irritação, secreção e fadiga ocular.
Esses problemas também podem aparecer durante o uso prolongado do computador. Quando os olhos são expostos a estressores visuais (brilho, fontes pequenas, etc.), o fluxo sanguíneo e a contração voluntária do músculo orbicular do olho aumentam, fazendo a pessoa ficar com os olhos apertados, piscar menos e consequentemente levando à evaporação das lágrimas.
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