Artéria carótida interna
A artéria carótida interna é um dos dois ramos arteriais que emergem da artéria carótida comum, um vaso importante do sistema cardiovascular.
A artéria carótida emerge direta ou indiretamente da arco aórtico, dependendo de qual lado do corpo se observa. A artéria carótida comum direita emerge indiretamente, já que ela se origina do primeiro ramo aórtico, que é a artéria braquiocefálica, juntamente com a artéria subclávia.
A artéria carótida comum esquerda emerge como o segundo ramo aórtico, com a artéria subclávia esquerda também se originando diretamente da aorta, logo à esquerda.
Origem |
Artéria carótida comum |
Segmentos |
Terminologia Anatomica: segmento cervical, o segmento petroso, o segmento cavernoso e o segmento cerebral Segmentos de Bouthilier: Segmento cervical (C1), segmento petroso (C2), segmento lacerum (C3), segmento cavernoso (C4), segmento clinóideo (C5), segmento oftálmico (C6), segmento comunicante (C7) |
Ramos |
C1 – Segmento cervical: nenhum C2 – Segmento petroso: artérias caroticotimpânicas e a artéria vidiana C3 – Segmento lacerum: nenhum C4 – Segmento cavernoso: tronco meningo-hipofisário (ramo tentorial basal, ramo tentorial marginal, ramo meníngeo, ramos clivais, artéria hipofisária inferior), ramos capsulares, ramos do tronco inferolateral. C5 – Segmento clinóideo: nenhum C6 – Segmento oftálmico: artéria oftálmica e artéria hipofisária superior C7 – Segmento comunicante: artéria comunicante posterior, artéria coróidea anterior e artérias cerebrais anterior e média. |
Segmentos
Existem duas formas principais de categorizar as áreas da artéria carótida interna. Em 1998, a ‘Terminologia Anatomica’ internacional anunciou que existem quatro segmentos da artéria, incluindo o segmento cervical, o segmento petroso, o segmento cavernoso e o segmento cerebral. Entretanto antes, em 1996, Bouthillier publicou uma ideia mais complexa de que a artéria carótida interna possuía nada menos do que sete segmentos. A última ideia é geralmente mais aceita, clinicamente.
Os segmentos de Bouthilier são organizados pela letra ‘C’ e seu número correspondente, listados de um a sete, que colocam os segmentos em ordem.
- C1 – Segmento cervical
- C2 – Segmento petroso
- C3 – Segmento lacerum
- C4 – Segmento cavernoso
- C5 – Segmento clinóideo
- C6 – Segmento oftálmico
- C7 – Segmento comunicante
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Ramos
Já que esse artigo discutiu previamente a classificação da artéria carótida interna em segmentos, os ramos dessa artéria serão mencionados por segmento, de forma que o leitor possa ganhar perspectiva dos limites teóricos de cada segmento. O segmento cervical (C1), o segmento lacerum (C3) e o segmento clinoide (C5) não possuem ramos arteriais.
O segmento petroso (C2) emite as artérias caroticotimpânicas e a artéria vidiana.
O segmento cavernoso (C4) emite ramos que emergem do tronco meningo-hipofisário, que incluem:
- Ramo tentorial basal
- Ramo tentorial marginal
- Ramo meníngeo
- Ramos clivais
- Artéria hipofisária inferior
Você sabia que a artéria carótida interna é um dos componentes do Polígono de Willis? Opa! Não se lembrava disso? Faça uma revisão com a nossa apostila de exercícios: Polígono de Willis.
Os ramos capsulares também se originam do quarto segmento, assim como os ramos do tronco inferolateral, notadamente os ramos que irrigam o gânglio trigeminal, a artéria do forame redondo e os ramos que cursam juntamente com certos nervos.
O segmento oftálmico (C6) contém a artéria oftálmica e a artéria hipofisária superior.
Finalmente, a porção comunicante (C7) contém a artéria comunicante posterior, a artéria coróidea anterior e as artérias cerebrais anterior e média.
Vamos relembrar os conhecimentos sobre as artérias do cérebro? Faça os nossos testes abaixo:
Notas clínicas
Estenose
A estenose das artérias carótidas, que incluem tanto a artéria carótida comum, bem como os ramos interno e externo, é mais comumente causada por um distúrbio patológico conhecido como aterosclerose. Esse é um termo genérico utilizado para categorizar as desordens arteriais que causam rigidez e espessamento dos vasos sanguíneos.
Placas fibrosas compostas de hialina ocorrem nas paredes arteriais internas, e são perigosas porque, em casos complicados, nelas podem ocorrer hemorragia, ulceração, calcificação, formação de trombos e embolização. Em casos assim, medicações não são suficientes. Por outro lado, uma alteração da dieta e do estilo de vida podem auxiliar ou prevenir completamente a doença.
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