Videoaula: Estrutura da mama feminina
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Olá pessoal! Sejam bem-vindos à nossa videoaula sobre a estrutura da mama feminina. Nesta videoaula vamos ver as estruturas que compõem a mama feminina, bem como algumas estruturas relacionadas que ...
Leia maisOlá pessoal! Sejam bem-vindos à nossa videoaula sobre a estrutura da mama feminina. Nesta videoaula vamos ver as estruturas que compõem a mama feminina, bem como algumas estruturas relacionadas que você pode ver nesta imagem aqui, que mostra uma vista lateral da mama. Nela podemos ver estruturas como o mamilo, a aréola, os ductos lactíferos, assim como as glândulas mamárias e o tecido adiposo adjacente. Também podemos ver a vascularização da mama, e os músculos subjacentes, como o peitoral maior e os músculos intercostais. Depois de discutirmos essas estruturas, vamos falar sobre algumas notas clínicas relacionadas a esse tema. Mas, primeiro, vamos fazer uma introdução à mama feminina.
As mamas fazem parte dos caracteres sexuais secundários das mulheres, mas também estão presentes de forma rudimentar ou subdesenvolvida nos homens. As mamas são as estruturas superficiais mais proeminentes da parede torácica anterior, especialmente nas mulheres. Tanto as mamas femininas quanto as masculinas são derivadas dos mesmos tecidos embriológicos e se originam da mesma forma mas, nas mulheres, as mamas se desenvolvem mais durante a puberdade devido à produção de altas concentrações de estrógenos – os hormônios sexuais que estimulam o desenvolvimento das mamas, com alguma ajuda do hormônio do crescimento.
Uma das principais funções da mama feminina é produzir e secretar leite para os bebês. A produção de leite pela mama feminina é conhecida como lactação. O leite é liberado da mama através do mamilo, que é uma pequena projeção de pele no meio da mama, geralmente localizado sobre o quarto espaço intercostal, que é este espaço aqui apontado pela seta azul. O mamilo é circundado por uma área circular pigmentada conhecida como aréola.
A base da mama se localiza desde as proximidades da linha média do tórax até a linha axilar média, e da segunda à sexta costelas. Ela se sobrepõe ao músculo peitoral maior e parte do músculo serrátil anterior. Também sobrepõe a bainha do reto e o músculo oblíquo externo.
O leite produzido na mama é transportado até o mamilo pelos ductos lactíferos, que podemos ver aqui destacados em verde. Os ductos lactíferos são revestidos por epitélio colunar e são sustentados por células mioepiteliais. É importante observar que a mama feminina geralmente contém entre 5 e 15 ductos, e que eles têm como única função o transporte de leite. Antigamente acreditava-se que as mamas continham um número maior de ductos e que eles também estavam envolvidos no armazenamento do leite numa dilatação do ducto conhecida como seio lactífero. Mas estudos mais recentes demonstraram que não é bem assim. Quando uma mulher não está amamentando, os ductos lactíferos geralmente estão ocluídos por um tampão de queratina que impede a entrada de bactérias nos ductos, o que ajuda a prevenir infecção.
No final dos ductos lactíferos, podemos ver aglomerados de alvéolos conhecidos como lóbulos da glândula mamária. Esses lóbulos são considerados glândulas exócrinas da mama e são o local de produção de leite.
Ao redor dos lóbulos há uma grande quantidade de tecido adiposo, responsável por armazenar e liberar gorduras, além de secretar inúmeras proteínas. A quantidade de gordura ao redor do tecido glandular determina o tamanho das mamas não lactantes.
Agora vamos ver algumas das estruturas de sustentação das mamas femininas.
As mamas femininas recobrem o músculo peitoral maior, que é este músculo aqui destacado em verde. Abaixo do peitoral maior estão as costelas. Apesar das variações individuais no seu tamanho, a extensão da base da mama é bem constante. Como eu disse anteriormente, geralmente se estende da linha média até perto da linha axilar média, e da segunda à sexta costelas.
Entre as costelas podemos ver os músculos intercostais, que ajudam a formar a parede torácica e estão envolvidos na mecânica da respiração.
As mamas mantêm seu formato e estrutura devido à presença dos ligamentos suspensores da mama, ou ligamentos de Cooper. Eles são formados por septos de tecido conjuntivo que atravessam e circundam o tecido mamário, ajudando a mama a manter sua sustentação e integridade estrutural. Sem esses ligamentos, o tecido mamário cederia sob seu próprio peso e perderia seu contorno normal. Uma forma mais simples de entender é pensar que os ligamentos suspensores agem como um sutiã interno, fornecendo sustentação ao tecido mamário.
Além de sobreporem o peitoral maior, as mamas também se sobrepõem ao serrátil anterior. Este músculo está localizado de ambos os lados do tronco, inserindo-se nas primeiras 8 costelas e na escápula. A parte da mama que se sobrepõe ao serrátil anterior é esta aqui, a parte superolateral, e podemos ver o músculo serrátil anterior destacado em verde aqui. Inferiormente, a mama se sobrepõe ao músculo oblíquo externo do abdome, que podemos ver aqui destacado em verde. Este é o maior e mais superficial dos músculos do abdome, e se origina da quinta à décima segunda costelas. Vamos agora dar uma olhada nos vasos sanguíneos que vascularizam a mama.
A principal artéria que irriga a mama e a parede torácica anterior é a artéria torácica interna. Essa artéria se origina da artéria subclávia, próximo à sua origem, e emite ramos que passam pelos espaços intercostais ao lado do esterno. O terceiro e o décimo segundo espaços são os maiores, e eles seguem para baixo e medialmente em direção ao mamilo. A drenagem venosa da mama é feita principalmente pela veia torácica interna. A veia torácica interna se origina da veia epigástrica superior e drena o sangue da parede torácica e da mama para a veia braquiocefálica. É importante ressaltar que existem outros vasos sanguíneos envolvidos na vascularização da mama, mas eles serão abordados mais detalhadamente em outra videoaula.
Para terminar esta videoaula, vamos ver algumas notas clínicas relevantes. O câncer de mama é uma doença relativamente comum que se desenvolve a partir do tecido mamário. Os sinais de câncer de mama incluem alterações na textura da pele da mama, nódulo na mama e saída de secreção pelo mamilo. Existem muitos fatores de risco conhecidos para o câncer de mama, incluindo sexo feminino, tabagismo, história familiar de cancer de mama, idade avançada e terapia de reposição hormonal. O câncer de mama geralmente se desenvolve nos ductos ou nos lóbulos. As neoplasias que se desenvolvem nos ductos são conhecidas como carcinomas ductais, enquanto as que se desenvolvem nos lóbulos são conhecidas como carcinomas lobulares. A maioria dos tipos de câncer de mama tem uma boa taxa de sobrevida e geralmente são tratados com uma combinação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia.
A mama também pode ser afetada por condições benignas, sendo a mais comum a doença fibrocística da mama. Esta doença é caracterizada pela presença de nódulos não cancerígenos na mama que podem fazer com que ela fique sensível e edemaciada, ou inchada. Esses nódulos geralmente têm bordas lisas e se movem livremente, diferente dos nódulos cancerígenos que geralmente têm bordas irregulares e são fixos. Portanto, é importante que os profissionais de saúde façam perguntas específicas sobre o nódulo mamário para diferenciar essas duas doenças.
Também é importante observar que a região superior lateral da mama pode se projetar na margem lateral do músculo peitoral maior e, portanto, para a região axilar, podendo chegar até o ápice da axila. Por isso, é de extrema importância avaliar também toda a região axilar durante a avaliação da mama.
E isso conclui nossa videoaula sobre a estrutura da mama feminina. Espero que tenha gostado, e obrigado por assistir. Boa sorte nos seus estudos, nos vemos da próxima vez!