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Adenoide (tonsila faríngea)

Tonsila faríngea
Tonsila faríngea

A adenoide, nome popularmente conhecido da tonsila faríngea, consiste em uma massa de tecido linfoide localizada na parede póstero-superior da nasofaringe. A tonsila faríngea, juntamente com as tonsilas palatinas (conhecidas popularmente como amígdalas) e as tonsilas linguais, fazem parte de um conjunto de tecido linfático associado a mucosas, denominado MALT (do inglês mucosa associated lymphoid tissue), e constituem a maior parte do anel linfático de Waldeyer. Por estar localizado na entrada dos tratos respiratório e alimentar, esse anel é o primeiro contato de microrganismos e patógenos com nosso corpo, tendo portanto importante função de proteção imunológica.

Conteúdo
  1. Localização
  2. Inervação
  3. Drenagem linfática
  4. Irrigação arterial
  5. Drenagem venosa
  6. Notas clínicas
    1. Hipertrofia de adenoide
    2. Disfunção da tuba de auditiva
    3. Apneia obstrutiva do sono
  7. Referências
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Localização

Tonsila faríngea (vista medial)

A adenoide é uma estrutura de tecido linfoide com formato piramidal. O ápice da pirâmide se estende anteriormente até o septo nasal, e a base fica em contato com a parede posterior da nasofaringe. Sua superfície tem invaginações, com pregas que formam criptas. Posterior e superiormente à tonsila faríngea, temos a bolsa nasofaríngea (bursa de Luschka), que está na linha mediana e corresponde ao local de fixação da notocorda ao endoderma da faringe primitiva.

Microscopicamente, a tonsila faríngea é revestida pelo mesmo epitélio do trato respiratório, o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado. Esse epitélio reveste as regiões laterais e inferiores, e em algumas regiões dispersas é possível encontrar epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que reveste as pregas da mucosa. Entre a superfície superior e as superfícies adjacentes dos ossos esfenoide e occipital existe uma camada de tecido conjuntivo (hemicápsula) constituído de fibras reticulares. Tal tecido de revestimento envia prolongamentos para o parênquima linfoide, dividindo-o em 4 a 6 lobos. Muitas glândulas seromucosas estão presentes nesse tecido conjuntivo, e seus ductos estendem-se através do parênquima linfoide. 

Inervação

A tonsila faríngea é inervada pelos seguintes nervos:

Drenagem linfática

A linfa da tonsila faríngea é drenada para o espaço parafaríngeo e para os linfonodos retrofaríngeos.

Irrigação arterial

Tonsila faríngea (vista dorsal)

A tonsila faríngea recebe irrigação de 6 artérias:

  • Artéria faríngea ascendente: essa artéria se origina da parte inferior da artéria carótida externa. Possui ramos anteriores que irrigam a faringe e estruturas associadas.   
  • Artéria palatina ascendente: ramo da artéria facial que passa superiormente entre os músculos estiloglosso e estilofaríngeo. Na porção superior do seu trajeto, passa entre os músculos constritor superior da faringe e pterigóideo medial.
  • Ramo tonsilar da artéria facial: esse ramo emerge internamente ao músculo pterigóideo medial e ao músculo estiloglosso. A artéria então continua entrando na tonsila palatina e na maior parte da porção posterior da língua.
  • Ramo faríngeo da artéria maxilar: a artéria maxilar é o sétimo ramo da artéria carótida externa. O ramo faríngeo se origina em sua terceira porção.
  • Artéria do canal pterigóideo: esse é outro ramo da terceira porção da artéria maxilar, e irriga a parte superior da faringe e da tuba auditiva.
  • Artéria basisfenoide: se origina a partir das artérias hipofisárias inferiores, que irrigam o leito da tonsila faríngea.

Drenagem venosa

A drenagem venosa se dá pelo plexo venoso submucoso interno e pelo plexo venoso faríngeo externo. Depois de emergir da superfície lateral da tonsila, as veias se unem às veias faríngeas que perfuram o músculo constritor superior da faringe para se juntarem ao plexo venoso faríngeo.Podem drenar também para as veias jugular interna ou facial.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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