Videoaula: Artérias do encéfalo
Você está assistindo uma prévia. Torne-se Premium para acessar o vídeo completo: Artérias do encéfalo observadas em vistas medial e lateral do cérebro.
Unidade de estudos relacionada
Artigos relacionados
Transcrição
Olá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e sejam bem-vindos a nossa videoaula sobre as artérias do encéfalo, onde nós vamos focar principalmente em imagens que ilustram as perspectivas lateral e ...
Leia maisOlá a todos! Aqui é a Amanda, do Kenhub, e sejam bem-vindos a nossa videoaula sobre as artérias do encéfalo, onde nós vamos focar principalmente em imagens que ilustram as perspectivas lateral e medial do encéfalo.
Então vamos nos familiarizar com essas imagens antes de continuarmos. Aqui nós vemos uma perspectiva lateral do encéfalo isoladamente. Mais especificamente, nós vemos o encéfalo a partir do lado esquerdo. Se nós cortássemos a linha média do nosso encéfalo com um bisturi nós teríamos uma perspectiva medial do encéfalo e das suas estruturas internas.
Nós vamos ainda cortar o tronco encefálico e o cerebelo, para vermos o cérebro de maneira isolada. Muito bem, então agora você se familiarizou com as nossas duas imagens principais - a perspectiva medial à esquerda e a perspectiva lateral à direita.
Outra imagem que nós vamos ver ocasionalmente é esta aqui, onde nós podemos ver uma perspectiva inferior do encéfalo, ou seja, o encéfalo visto por baixo. Agora que nós estamos confortáveis com as imagens que nós vamos ver ao longo deste vídeo deixe-me dar-lhe uma breve visão geral do que nós vamos discutir durante esta videoaula.
O suprimento sanguíneo arterial do encéfalo é muito importante, já que ele mantém a função do encéfalo, que por sua vez regula todas as outras funções do corpo. O suprimento arterial do encéfalo pode ser dividido nas artérias responsáveis pela circulação anterior e as artérias responsáveis pela circulação posterior.
As artérias responsáveis pela circulação anterior se originam das artérias carótidas internas, e as responsáveis pela circulação posterior se originam das artérias vertebrais.
Então nós vamos começar este tutorial com a circulação anterior do encéfalo, que, é claro, começa com as artérias carótidas internas. As artérias carótidas internas se originam no pescoço a partir das artérias carótidas comuns, e nós podemos vê-las in situ na nossa amável modelo, aqui.
Elas então cursam superiormente para a base do crânio e entram na cavidade craniana através dos canais carotídeos nos ossos temporais. Dentro da cavidade craniana as artérias carótidas internas emitem vários ramos, incluindo a artéria cerebral anterior, a artéria cerebral média e a artéria comunicante posterior.
Vamos ampliar a nossa modelo um pouco mais para podermos ver alguns dos vasos que eu mencionei um pouco mais de perto. Então, primeiro, eu vou marcar a artéria carótida comum, que dá origem à artéria carótida interna, que nós podemos ver destacada em verde.
Ela também dá origem a outra artéria, chamada de artéria carótida externa. Agora que nós vimos a artéria carótida interna in situ, vamos continuar para uma vista medial do cérebro, onde nós podemos ver a artéria carótida interna direita destacada em verde.
A parte chave a ser lembrada aqui é que a artéria carótida interna dá origem a ramos responsáveis pela circulação anterior do encéfalo. O primeiro ramo da carótida interna que nós vamos ver hoje é a artéria cerebral anterior. A artéria cerebral anterior se origina da artéria carótida interna na substância perfurada anterior, que eu marquei para você com uma cruz azul na sua tela.
Ela então passa anteriormente sobre o quiasma óptico para a fissura longitudinal mediana. O motivo pelo qual nós estamos vendo o encéfalo por baixo aqui é que a artéria cerebral anterior contribui com o círculo ou polígono de Willis, que é um anel de artérias interconectadas localizado na base do encéfalo.
O círculo de Willis oferece múltiplas vias para o sangue oxigenado suprir o encéfalo caso alguma das artérias seja ocluída. Nós vamos entrar em mais detalhes sobre o que acontece quando esses vasos sanguíneos são ocluídos nas nossas notas clínicas.
Se nós cortarmos a linha média do nosso encéfalo nós poderemos ver a artéria cerebral anterior de uma perspectiva medial. Especificamente, nós podemos ver a artéria cerebral anterior direita. Essa artéria vasculariza a superfície medial do cérebro acima do corpo caloso, que eu marquei para você em azul, e da parte orbital do lobo frontal.
Ela então se estende para se encontrar com a área suprida pela artéria cerebral média, que é outro ramo da artéria carótida interna que nós vamos discutir mais tarde nesta videoaula.
A artéria cerebral anterior dá origem a vários ramos. O primeiro que eu vou mencionar agora é a artéria comunicante anterior. A artéria comunicante anterior é uma artéria muito curta, que, como eu acabei de mencionar, se origina das artérias cerebrais anteriores. Em outras palavras, esta pequena artéria conecta as artérias cerebrais anteriores direita e esquerda, assim fechando o círculo de Willis anteriormente.
Então aqui nós temos a artéria cerebral anterior direita e a artéria cerebral anterior esquerda, e entre elas, destacada em verde, nós podemos ver a artéria comunicante anterior. Agora vamos dar uma olhada nesta artéria de uma perspectiva medial. Eu circulei a pequena artéria em azul para você na tela. Vale a pena observar aqui que a artéria comunicante anterior é uma das duas artérias não pareadas que nós vamos citar hoje.
As outras artérias que nós vamos ver são pareadas, ou seja, há uma direita e uma esquerda. O próximo ramo da artéria cerebral anterior que nós vamos ver é a artéria frontobasal medial. Esta artéria cursa no aspecto medial do hemisfério cerebral para o pólo frontal, onde ela vai vascularizar a parte orbital do lobo frontal.
Outra artéria que se origina da artéria cerebral anterior logo após a artéria frontobasal medial é a artéria frontal polar. Como você pode ver, essa artéria cursa na superfície medial do hemisfério cerebral e vai para o pólo do lobo frontal, que eu marquei para você em azul.
Na próxima ilustração nós podemos ver uma artéria passando sobre a superfície superior do corpo caloso. Esta artéria é chamada de artéria pericalosa. A artéria pericalosa é uma continuação da artéria cerebral anterior, e ela origina vários ramos ao longo do seu trajeto, que suprem o corpo caloso.
Ela também supre outras regiões do encéfalo, por exemplo, os ramos pré-cúneos das artérias pericalosas suprem a parte inferior do pré-cúneo. Outra artéria que se origina da artéria pericalosa é a artéria calosomarginal. Esta artéria, que também é conhecida como artéria mediana do corpo caloso, cursa paralelamente à artéria pericalosa no sulco do cíngulo.
Ela é o maior ramo da artéria pericalosa, e supre o lobo frontal, o lobo parietal anterior e a área paracentral. Alguns dos ramos que se originam da artéria calosomarginal são os ramos cingulares, que são ramos terminais desta artéria.
Nós podemos ver esses ramos destacados em verde na nossa imagem da direita. Além de originar os ramos cingulares, a artéria calosomarginal também origina a artéria paracentral, que nós podemos ver destacada em verde na nossa imagem aqui. Essa artéria segue para a área paracentral do cérebro e supre as partes superiores do giro pré-central e do giro pós-central.
Agora que nós acabamos de discutir os ramos da artéria cerebral anterior, que é um ramo da artéria carótida interna, é hora de vermos a artéria cerebral média. Para fazer isso nós vamos girar o nosso encéfalo, para podermos ver a superfície lateral.
A artéria cerebral média é o segundo maior e mais direto ramo da artéria carótida interna. Sua função é vascularizar o córtex insular, que nós podemos ver aqui situado profundamente ao sulco lateral, que está sendo afastado na nossa imagem. Então, primeiramente nós vamos ver os ramos terminais superior e inferior desta artéria.
Nós podemos ver o ramo terminal superior aqui e o ramo terminal inferior aqui. A maioria dos ramos da artéria cerebral média que nós vamos ver se originam de um desses dois ramos terminais. Uma artéria que se origina do ramo terminal superior da artéria cerebral média é a artéria frontobasal lateral, vista aqui de uma perspectiva lateral do encéfalo. Essa artéria supre o lobo frontal, o giro frontal inferior e o giro frontal médio.
Vamos ver outro ramo da artéria cerebral média, que é conhecido como artéria do sulco pré-frontal. Esta artéria também se origina do ramo terminal superior da artéria cerebral média, e os seus ramos suprem os giros frontais inferior e médio.
Eu vou te mostrar essas estruturas agora - então aqui nós temos o giro frontal inferior, e aqui nós vemos o giro frontal médio. Em seguida, nós temos a artéria do sulco pré-central, que também é conhecida como artéria pré-Rolândica. Ela se origina do ramo terminal superior da artéria cerebral média e cursa a partir de sua origem sobre o córtex, para suprir o sulco pré-central de cada lado.
O sulco central do cérebro é uma fissura na superfície lateral do hemisfério cerebral que separa o lobo frontal do lobo parietal. A artéria que supre esta área do cérebro é devidamente conhecida como artéria do sulco central. Esta artéria se origina do ramo terminal superior da artéria cerebral média, como eu acabei de mencionar. Ela supre a área do sulco central.
Você pode se deparar com a artéria do sulco central sendo chamada de artéria Rolândica. Agora vamos dar uma olhada nos ramos que se originam do ramo terminal inferior da artéria cerebral média. A artéria temporal anterior é um dos três ramos temporais que se originam do ramo terminal inferior.
Depois que a artéria temporal anterior se origina ela cursa para fora do sulco lateral. Aqui você pode ver a artéria exposta conforme o sulco lateral é afastado. As áreas que esta artéria supre são o terço anterior dos giros temporais inferior, médio e superior. Então aqui nós temos o giro temporal superior, o giro temporal médio e o giro temporal inferior.
O segundo ramo temporal que se origina do ramo inferior da artéria cerebral média é a artéria temporal média. Esta artéria supre a parte do lobo temporal localizada entre as artérias temporais anterior e posterior. Eu destaquei essa região para você em azul.
O terceiro e último ramo temporal da artéria cerebral média é a artéria temporal posterior. Este ramo também se origina do ramo inferior da artéria cerebral média e supre a superfície lateral do lobo temporal posterior. A artéria cerebral média também origina um ramo que supre o giro angular.
É claro, esta artéria destacada em verde é apropriadamente chamada de ramo da artéria cerebral média para o giro angular. Ela também se origina do ramo terminal inferior da artéria cerebral média. Outro ramo da artéria cerebral média é a artéria parietal anterior, que nós podemos ver aqui destacada em verde, se originando do ramo terminal inferior.
Esta artéria supre a parte anterior do lobo parietal. A artéria cerebral média também dá origem à artéria parietal posterior, que nós podemos ver aqui se originando a partir do ramo terminal inferior. Como o nome sugere, este ramo da artéria cerebral média supre a parte posterior do lobo parietal.
A artéria cerebral média também dá origem a ramos frontais, que nós podemos ver aqui vascularizando a parte posterior do lobo frontal. Finalmente, vamos ver as artérias comunicantes posteriores, que se originam das artérias carótidas internas. Essas artérias formam parte do círculo de Willis posteriormente, e dão origem a ramos perfurantes que suprem parte do tálamo, as partes posteriores dos tratos ópticos, o quiasma óptico, os corpos mamilares e o hipotálamo.
Então agora que nós estamos confortáveis com a circulação anterior do encéfalo vamos continuar para a circulação posterior. Se você pensar no início do nosso tutorial você irá se lembrar que as artérias vertebrais dão origem a ramos responsáveis pela circulação posterior do encéfalo.
Nós podemos ver estas artérias destacadas em verde na nossa imagem da região inferior do encéfalo. As artérias vertebrais se unem para formar a estrutura que você pode ver agora destacada em verde, que é a artéria basilar. A artéria basilar então se divide em duas artérias cerebrais posteriores, que dão origem a muitos ramos que suprem as estruturas posteriores do encéfalo.
Agora vamos dar uma olhada nas artérias cerebrais posteriores com mais detalhes. Como eu acabei de mencionar, estas artérias se originam da artéria basilar, e são responsáveis pela circulação posterior cérebro. As artérias cerebrais posteriores suprem o pedúnculo cerebral, o trato óptico, o lobo occipital e a superfície inferomedial dos lobos temporais.
Na próxima ilustração nós vemos a artéria cerebral posterior de uma perspectiva medial do encéfalo. Esta artéria também emite ramos perfurantes para o tálamo. Agora vamos ver um ramo da artéria cerebral posterior, que nós podemos ver aqui - a artéria occipital medial.
Esta artéria origina ramos que vascularizam o corpo caloso, o lobo occipital medial e o lobo parietal medial. A artéria occipital medial também origina o ramo calcarino, que supre o córtex calcarino. Nós podemos ver este ramo destacado em verde na imagem à direita.
Na próxima ilustração nós podemos ver outro ramo destacado em verde, que é o ramo dorsal do corpo caloso. Este ramo se origina da artéria occipital medial, e como você provavelmente já adivinhou ela supre o dorso do corpo caloso. Outra artéria que se origina da artéria occipital medial é a artéria parieto-occipital.
Esta artéria então segue para suprir a superfície medial do lobo occipital e a área do sulco parieto-occipital. Conforme chegamos ao fim desta videoaula eu gostaria de por um toque clínico na anatomia que nós aprendemos hoje. Nas notas clínicas de hoje nós vamos falar sobre acidentes vasculares cerebrais.
Bom, nós todos já ouvimos falar sobre acidentes vasculares cerebrais (AVC), mas alguns de vocês não sabem o que eles são. De forma simples, um AVC é uma interrupção no suprimento sanguíneo do encéfalo, e há dois tipos de AVC, os isquêmicos e os hemorrágicos.
Um AVC isquêmico é causado por um bloqueio que interrompe o suprimento sanguíneo do cérebro. Este tipo de AVC é mais frequentemente debilitante do que fatal, já que o círculo de Willis fornece uma rota alternativa para o suprimento sanguíneo para as regiões vascularizadas pelas artérias ocluídas.
Os AVCs hemorrágicos, por outro lado, são causados por sangramentos. Esse tipo de AVC pode ocorrer como resultado de um aneurisma, que é o enfraquecimento na parede de uma artéria, causando uma proeminência e ruptura. Ele também pode ser causado por uma malformação arteriovenosa, ou como resultado de hipertensão arterial descontrolada, ou pressão sanguínea alta.
Os sintomas de um AVC dependem da artéria afetada, já que isto determina qual parte do encéfalo será danificada, e quais funções serão perdidas. A severidade dos sintomas depende de quanto dano o encéfalo sofre.
Os principais sintomas de um AVC incluem problemas físicos em um lado do corpo, como parestesias ou fraqueza, escape de saliva em um lado da face, problemas de fala, problemas visuais, confusão e cefaleias intensas. A conduta em casos de AVC depende do tipo, da área afetada e dos sintomas causados.
Você ficará aliviado de ouvir que nós estamos quase acabando. Nós precisamos apenas resumir o que nós vimos nesta videoaula. Bem, hoje nós aprendemos que o suprimento sanguíneo arterial para o encéfalo pode ser dividido nas circulações anterior e posterior.
Primeiro nós vamos resumir a circulação anterior do encéfalo. Artérias originadas da artéria carótida interna formam a circulação anterior do encéfalo. As artérias que se originam das artérias carótidas internas incluem a artéria cerebral anterior, a artéria cerebral média e a artéria comunicante posterior.
As artérias que se ramificam a partir da artéria cerebral anterior incluem a artéria comunicante anterior, que forma o limite anterior do círculo de Willis, a artéria frontobasal medial, a artéria frontal polar, que supre partes do lobo frontal, e a artéria pericalosa, que dá origem a vários ramos próprios.
As artérias que se ramificam a partir da artéria pericalosa incluem os ramos pré-cúneos, que suprem o pré-cúneo, e a artéria calosomarginal. A artéria calosomarginal emite ainda vários ramos, incluindo os ramos cingulares e a artéria paracentral.
A artéria cerebral média é outro ramo importante da artéria carótida interna. Esta artéria dá origem aos ramos terminais superior e inferior. As artérias que se ramificam a partir do ramo terminal superior incluem a artéria frontobasal lateral, a artéria do sulco pré-frontal, a artéria do sulco pré-central e a artéria do sulco central.
As artérias que se originam do ramo terminal inferior incluem a artéria temporal anterior, a artéria temporal média e a artéria temporal posterior, bem como o ramo da artéria cerebral média para o giro angular e a artéria parietal anterior e a artéria parietal inferior. A artéria cerebral média também origina os ramos frontais da artéria cerebral média. Por fim, a artéria carótida interna origina a artéria comunicante posterior, que contribui para a formação do círculo de Willis.
Em seguida nós vamos resumir a circulação posterior do cérebro. As artérias vertebrais dão origem a ramos responsáveis pela circulação posterior do encéfalo. Elas se unem para formar a artéria basilar, que então se divide nas duas artérias cerebrais posteriores, que dão origem a vários ramos que suprem as estruturas posteriores do encéfalo.
Antes de continuarmos para ver os ramos da artéria cerebral posterior, vamos nos lembrar do aspecto desta artéria de uma perspectiva medial do encéfalo. Você pode ver a artéria cerebral posterior direita na imagem na sua tela, destacada em verde.
Então, como você pode ver, a primeira artéria que se origina da artéria cerebral posterior é a artéria occipital média. Esta artéria dá origem a vários ramos próprios, inclusive o ramo calcarino da artéria occipital medial, o ramo dorsal do corpo caloso e o ramo parieto-occipital da artéria occipital medial.
Isso nos trás ao fim da nossa videoaula sobre as artérias do encéfalo. É muita informação para absorver, mas uma boa forma de revisar este material é desenhar um diagrama completo que você pode usar como resumo deste tutorial para ajudá-lo.
Boa sorte, obrigado por assistir, e te vejo na próxima.