Videoaula: Ligamentos do pé
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Olá pessoal! Sou a Amanda do Kenhub e hoje vamos falar sobre os ligamentos do pé.
Bem, os ligamentos do pé são muito numerosos, então não é nenhuma surpresa que aprender sobre eles parece um pouco ...
Leia maisOlá pessoal! Sou a Amanda do Kenhub e hoje vamos falar sobre os ligamentos do pé.
Bem, os ligamentos do pé são muito numerosos, então não é nenhuma surpresa que aprender sobre eles parece um pouco trabalhoso. Acredite em mim, eu também passei por isso. Distender um ligamento no seu pé é quase menos doloroso do que tentar aprender e decorar todos eles. Se houvesse uma forma de ser mais organizado nesse estudo isso seria bem mais fácil.
Bem, é isso que nós fizemos para você nesta videoaula. Nós dividimos os ligamentos em subgrupos menores baseados em quais articulações eles atuam para tornar as coisas mais fáceis. Nós vamos ver todos os ligamentos relacionados com as articulações entre os ossos do tarso, as articulações associadas aos ossos do metatarso e as articulações interfalângicas. E nós vamos finalizar esta videoaula com algumas notas clínicas.
Mas antes de você continuar comigo, eu preciso primeiro conferir se você conhece bem os ossos do pé. Você vai precisar saber tudo sobre estes ossos antes de aprender sobre os ligamentos. Então se você precisa relembrar, por que não confere antes a nossa videoaula sobre os ossos do pé? Ela vai lembrá-lo de tudo o que você precisa saber.
Se você está pronto, vamos começar com os ligamentos do pé. Primeiro os ligamentos relacionados à articulação talocalcânea. A articulação talocalcânea, também conhecida como articulação subtalar, é a articulação entre os ossos tálus e calcâneo do pé. Nós temos quatro ligamentos aqui - os ligamentos lateral, medial, posterior e talocalcâneo interósseo.
Você vai notar que de forma muito conveniente, a maioria dos ligamentos do pé são nomeados de acordo com os ossos que eles conectam. Talvez estudá-los não seja tão ruim assim. O ligamento talocalcâneo lateral é uma banda achatada e delgada que se estende inferiormente e posteriormente a partir do processo lateral do tálus até a superfície lateral do calcâneo, logo lateralmente à sua superfície articular posterior.
No lado oposto nós temos o ligamento talocalcâneo medial, e este também é um ligamento curto e forte, que conecta o tubérculo medial do tálus ao sustentáculo do tálus encontrado no osso calcâneo, e à superfície medial adjacente do calcâneo. Ele frequentemente se mistura ao ligamento tibiocalcâneo da articulação do tornozelo. Juntos, os ligamentos talocalcâneos medial e lateral atuam reforçando a cápsula articular talocalcânea.
O ligamento talocalcâneo posterior, que é plano e curto, fica localizado, é claro, no aspecto posterior do pé. Ele conecta o tubérculo lateral do tálus ao aspecto superomedial da região posterior do calcâneo. Ocasionalmente este ligamento é formado por dois fascículos separados, com uma aparência de um tendão dividido. Enquanto os ligamentos medial e lateral são algo superficiais, o ligamento talocalcâneo interósseo localiza-se profundamente no pé, no que é conhecido como seio talar - um espaço entre o tálus e o calcâneo.
Ele é um ligamento amplo, plano e com orientação oblíqua, que conecta o sulco do tálus ao sulco do calcâneo. Um ligamento talocalcâneo cervical também está presente em menos da metade da população, logo lateralmente ao seio do tálus. Um grupo abaixo, agora nós veremos os ligamentos que cruzam a articulação talocalcaneonavicular.
Como o nome sugere, a articulação talocalcaneonavicular envolve três ossos, e se refere à articulação do tálus com o osso navicular e outra articulação do tálus com o calcâneo. Aqui nós temos três ligamentos - o talonavicular dorsal, o calcaneonavicular e o calcaneonavicular plantar.
O nome do ligamento talonavicular dorsal explica exatamente onde ele se encontra. Ele conecta o tálus ao navicular e é encontrado no topo ou dorso do pé. Esta banda ampla e delgada se estende entre a superfície dorsal do colo do tálus e a superfície dorsal do osso navicular.
O ligamento calcaneonavicular é encontrado no aspecto dorsolateral do retropé. Devido à sua posição, ele algumas vezes é chamado de ligamento calcaneonavicular lateral. O ligamento se insere no aspecto dorsal do calcâneo, especificamente na margem anteromedial do sulco que forma o seio do tálus.
Sua outra inserção é na parte posterodorsal do aspecto lateral do osso navicular. O ligamento calcaneonavicular plantar é uma estrutura com formato da letra “Y”, encontrado no aspecto plantar medial do pé. Ele conecta a margem anterior do sustentáculo do tálus do osso calcâneo à superfície plantar do osso navicular. Frequentemente descreve-se este ligamento como duas bandas separadas - uma parte superomedial e uma parte inferior.
Ocasionalmente a banda superomedial é descrita como um ligamento separado, enquanto a parte lateral é considerada como o ligamento calcaneonavicular plantar próprio. O que é interessante sobre os ligamentos calcaneonavicular e calcaneonavicular plantar é que eles conectam dois ossos que não possuem uma articulação direta um com o outro. Além de ancorar estes dois ossos, o ligamento calcaneonavicular plantar sustenta a cabeça do tálus e é o mais forte e mais importante estabilizador dos arcos longitudinais do pé.
Ele contém uma quantidade considerável de fibras elásticas, dando elasticidade ao arco e sustentação ao pé, sendo chamado também de ligamento spring. É hora de continuar para a próxima articulação na nossa lista, e para os ligamentos relacionados com ela - a articulação calcaneocubóidea.
A articulação calcaneocubóidea é uma articulação entre o calcâneo e o cuboide. A articulação é reforçada por quatro diferentes ligamentos - o calcaneocubóideo, o calcaneocubóideo dorsal, o calcaneocubóideo plantar e os ligamentos plantares longos. Vamos ver cada um deles separadamente.
Nós vamos começar com o ligamento calcaneocubóideo, que algumas vezes também é chamado de ligamento calcaneocubóideo medial. Ele se insere no aspecto anterior do processo anterior do calcâneo e no aspecto dorsal do osso cuboide. Lembra do ligamento calcaneonavicular que nós mencionamos agora há pouco?
Bem, este ligamento e o calcaneocubóideo frequentemente são agrupados e conhecidos em conjunto como ligamento bifurcado, devido à sua aparência combinada em forma de garfo. Para complicar as coisas ainda mais, ele também é conhecido como ligamento de Chopart. Agora nós vamos continuar para o nosso próximo ligamento, que é o ligamento calcaneocubóideo dorsal. Eu sei o que você está pensando. Já tem um ligamento calcaneocubóideo no dorso do pé. Confuso, né?
Bem, o ligamento calcaneocubóideo dorsal está localizado inferolateralmente ao ligamento calcaneocubóideo. Ele algumas vezes é chamado de ligamento calcaneocubóideo dorsolateral ou ligamento calcaneocubóideo lateral. A forma mais fácil de diferenciar um do outro é que o ligamento calcaneocubóideo possui a forma da letra “V” em conjunto com o ligamneto calcaneonavicular, enquanto o ligamento calcaneocubóideo é uma banda única.
Suas extremidades ligam o ângulo dorsolateral do processo anterior do calcâneo ao aspecto dorsolateral do osso cuboide. Agora vamos girar para a superfície plantar do pé, onde nós temos mais dois ligamentos para estudar. O primeiro é o ligamento plantar longo. Este é o mais longo dos ligamentos do tarso, então talvez não seja óbvio que ele é um dos principais ligamentos conectando o osso calcâneo ao osso cuboide. Ele se insere proximalmente à superfície plantar do calcâneo.
Suas fibras mais profundas se inserem então na crista e na tuberosidade da superfície plantar do osso cuboide. As fibras superficiais, entretanto, continuam a se estender até as bases do segundo ao quarto, e às vezes quinto ossos metatarsais. Profundamente ao ligamento plantar longo esconde-se o ligamento calcaneocubóideo plantar.
Ele é muito mais curto, e portanto ocasionalmente é chamado de ligamento plantar curto. Os dois ligamentos são separados por tecido conjuntivo areolar. O ligamento calcaneocubóideo plantar insere-se no aspecto plantar do processo anterior do calcâneo, e se estende até a superfície plantar do osso cuboide, logo proximalmente ao sulco para o tendão do fibular longo. Nós estamos progredindo!
Em seguida nós vemos a articulação cuboideonavicular e os ligamentos a ela relacionados. A articulação cuboideonavicular, sem nenhuma surpresa, se refere à articulação entre os ossos cuboide e navicular. Há três ligamentos relacionados a esta articulação que nós precisamos discutir - os ligamentos cuboideonavicular dorsal, cuboideonavicular plantar e cuboideonavicular interósseo.
Saiba que ocasionalmente os termos cuboideonavicular ou naviculocuboide podem ambos serem usados para fazer referências a todos esses ligamentos. O ligamento cuboideonavicular dorsal é uma estrutura triangular encontrada no dorso do pé. Seu ápice medial se insere ao aspecto dorsal do osso navicular, anteromedialmente à inserção do ligamento calcaneonavicular, que nós mencionamos ser parte do ligamento bifurcado.
A base lateral se insere na metade distal dorsal do cuboide, com algumas fibras se estendendo para o osso cuneiforme lateral. A articulação cuboideonavicular é reforçada na sua superfície plantar pelo ligamento cuboideonavicular plantar. Esta banda retangular se insere na superfície plantar do osso cuboide ao longo da margem medial e da superfície plantar do osso navicular, próximo à sua extremidade lateral.
O ligamento cuboideonavicular interósseo é uma banda muito curta e forte que conecta as superfícies não articulares dos ossos cuboide e navicular. Como o ligamento situa-se entre os dois ossos ele fica escondido pelo ligamento cuboideonavicular plantar, quando observamos de uma perspectiva plantar. Ele se insere à superfície medial do osso cuboide e à parte anteroinferior da superfície lateral do osso navicular.
Continuando para os ossos cuneiformes agora, e observando os ligamentos da articulação cuneonavicular. A articulação cuneonavicular, ou naviculocuneiforme, dependendo da sua preferência, é formada pela articulação do osso navicular com os três ossos cuneiformes do mediopé. Nós estamos vendo sete ligamentos aqui ao todo - três dorsais, três plantares e um ligamento cuneonavicular medial.
Os três ligamentos cuneonaviculares dorsais conectam cada um dos ossos cuneiformes ao osso navicular. Cada um dos três ligamentos se origina na superfície dorsal distal do osso navicular. A primeira banda se estende anteriormente sobre a articulação e se insere na superfície dorsal do osso cuneiforme medial. Este é o mais forte dos três ligamentos.
A segunda e terceira bandas são oblíquas, e se inserem nas superfícies dorsais dos ossos cuneiformes intermédio e lateral. Se nós virarmos para o lado oposto do pé nós encontraremos os ligamentos cuneonaviculares plantares correspondentes. A primeira banda é larga e plana. Ela se insere nas superfícies anterior e plantar da tuberosidade navicular e na tuberosidade plantar do osso cuneiforme medial.
O segundo e terceiro ligamentos se originam na superfície plantar do osso navicular. Cada um deles se insere no aspecto posterior da crista cuneiforme dos ossos cuneiformes intermédio e lateral. O último membro deste grupo de ligamentos é o ligamento cuneonavicular medial. Este é um forte ligamento do aspecto medial do pé. Ele se estende entre o aspecto medial da tuberosidade do ossos navicular e o aspecto medial do osso cuneiforme.
Continuando para o aspecto lateral do pé, vamos dar uma olhada rápida em alguns ligamentos associados com a articulação cuneocubóidea. Ao contrário da articulação cuneonavicular, onde todos os três ossos cuneiformes estão envolvidos, esta articulação envolve apenas os ossos cuboide e cuneiforme lateral.
A literatura não descreve tão bem os ligamentos associados a esta articulação, comparando aos outros ligamentos do pé; mas no Kenhub nós não discriminamos, então vamos falar sobre os três ligamentos cuneocubóideos, que são os ligamentos cuneocubóideos dorsal, plantar e interósseo. O ligamento cuneocubóideo dorsal é uma banda larga e achatada que conecta o aspecto dorsal do osso cuboide à superfície dorsal do osso cuneiforme lateral.
Ele forma uma disposição mais ou menos triangular com o cuboideonavicular dorsal e com os ligamentos cuneonaviculares. Nos encontramos o ligamento cuneocubóideo plantar sustentando a articulação cuneocubóidea na superfície plantar do pé. Este é um ligamento curto que se estende entre o aspecto medial da crista do osso cuboide e a superfície plantar lateral do osso cuneiforme lateral.
O ligamento cuneocubóideo interósseo é uma banda pequena, porém forte, que ancora estes ossos na articulação. Ele se insere anteriormente às superfícies articulares do aspecto lateral do cuneiforme lateral e do aspecto medial do cuboide. Continuando para o último grupo de ligamentos que mantém os ossos do tarso unidos. Vamos falar dos ligamentos intercuneiformes.
Bem, nós temos duas articulações intercuneiformes, uma entre os ossos cuneiformes medial e intermédio, e outra entre os ossos cuneiformes intermédio e lateral. Há cinco a seis ligamentos intercuneiformes para vermos aqui - dois dorsais, dois interósseos e um ou dois ligamentos intercuneiformes plantares. Os ligamentos dorsais são bem simples. Eles são duas pequenas bandas transversas que unem as superfícies dorsais dos ossos cuneiformes adjacentes.
Assim como outros ligamentos interósseos do pé, os ligamentos cuneiformes interósseos são bandas pequenas e fortes localizadas profundamente no pé. Os ligamentos intercuneiformes plantares são outro grupo de estruturas sobre as quais a literatura não consegue chegar a um consenso. Quase todos os textos descrevem um ligamento intercuneiforme plantar entre os ossos cuneiformes medial e intermédio; entretanto, alguns textos também descrevem um segundo ligamento localizado entre os ossos cuneiformes intermédio e lateral.
Ufa! Essa foi uma seção longa. Se você precisa respirar um pouco, por que nós não fazemos uma pausa para olhar para este gato. Agora que nós fizemos um pequeno intervalo, nós vamos mergulhar nas articulações tarsometatarsais e nos ligamentos que as mantém unidas. As articulações tarsometatarsais estão localizadas entre os ossos cuboide e cuneiforme do tarso e as bases dos cinco ossos metatarsais, encontrados distalmente a eles.
Elas são comumente chamadas de articulação de Lisfranc. As articulações são cobertas por cápsulas, que são reforçadas por vários ligamentos. Existem ligamentos tarsometatarsais dorsais e plantares e ligamentos cuneometatarsais interósseos. Com cinco ossos metatarsais, você pode esperar que existam cinco ligamentos, mas na verdade nós temos de sete a nove ligamentos tarsometatarsais dorsais aqui. A primeira banda é espessa e forte. Ela ancora a base do primeiro metatarsal ao osso cuneiforme medial.
Nós temos três ligamentos que se inserem nas bases do segundo metatarsal, um para cada um dos ossos cuneiformes. A base do terceiro metatarsal se conecta apenas ao dorso do osso cuneiforme lateral. O quarto metatarsal possui um ligamento que o ancora ao osso cuboide, e ás vezes, também, bandas para o osso cuneiforme lateral.
O quinto metatarsal conecta-se por um ligamento ao osso cuboide, e ocasionalmente ao dorso do osso cuneiforme lateral. Infelizmente, os ligamentos tarsometatarsais plantares também não são muito simples, principalmente devido a variação anatômica relacionada às muitas inconsistências entre diferentes textos.
Todos os textos mencionam um forte ligamento entre o aspecto plantar do osso cuneiforme medial e a base do primeiro osso metatarsal. Algumas fontes mencionam ainda ligamentos unindo o osso cuneiforme medial às bases do segundo e do terceiro ossos metatarsais. Não há discordância sobre a existência de ligamentos entre o osso cuneiforme intermédio e o segundo e terceiro ossos metatarsais.
Nós adicionamos estes ligamentos à nossa ilustração para mostrá-lo onde eles ficam se estiverem presentes. Os ligamentos associados com o aspecto lateral do pé estão sujeitos a muitas variações anatômicas. Há uma variável presença de ligamentos entre os ossos cuneiforme lateral e cuboide e as bases do terceiro ao quinto metatarsais.
Há três ligamentos interósseos entre os ossos cuneiformes e metatarsais. O primeiro ligamento conecta o osso cuneiforme medial ao segundo osso metatarsal, e é conhecido como ligamento de Lisfranc, já que é o principal ligamento de ancoragem da articulação tarsometatarsal. O segundo ligamento conecta o osso cuneiforme lateral ao ângulo adjacente da base do segundo osso metatarsal.
O terceiro e último ligamento interósseo conecta o ângulo lateral do cuneiforme lateral à base do quarto osso metatarsal. Além de estarem ancoradas aos ossos do tarso, os metatarsais estão ligados uns aos outros, então vamos ver as articulações e ligamentos intermetatarsais. Nós temos quatro articulações intermetatarsais entre o primeiro e o quinto metatarsais.
De forma semelhante às articulações cuneometatarsais, nos temos ligamentos dorsal, plantar e interósseo aqui também. Nós não temos ligamentos dorsal ou plantar entre o primeiro e o segundo metatarsais. Os ligamentos metatarsais dorsais na verdade são bem simples. Existem três bandas achatadas ligando as superfícies dorsais das bases do segundo ao quinto ossos metatarsais.
Os ligamentos plantares são, por sorte, muito semelhantes aos ligamentos dorsais, exceto que eles são bem mais fortes, devido ao seu maior papel na integridade da articulação. Então, da mesma forma que anteriormente, nós temos três ligamentos entre as bases do segundo ao quinto ossos metatarsais.
Nós temos também três ligamentos metatarsais interósseos entre as bases do segundo ao quinto ossos metatarsais. Assim como muitos outros ligamentos interósseos que nós vimos, estas bandas são muito curtas e fortes. Existem ainda algumas fibras fracas entre o primeiro e o segundo metatarsais, ligando as superfícies não articulares uma à outra.
Aguente firme, por que nós temos só mais dois grupos de ligamentos para discutir. Então vamos mergulhar nas articulações metatarsofalângicas e os seus ligamentos. Há cinco articulações metatarsofalângicas no pé, uma para cada osso metatarsal e a falange proximal do mesmo dedo. Cada articulação é recoberta por uma cápsula fibrosa. Há vários ligamentos associados com as articulações metatarsofalângicas, que reforçam a cápsula e ancoram os ossos adjacentes um ao outro.
Estes ligamentos são os ligamentos metatarsofalângicos plantar e colateral, além dos ligamentos metatarsais transversos profundos. Dessa vez nós vamos começar no aspecto plantar do pé, conforme nós damos uma olhada nos ligamentos plantares das articulações metatarsofalângicas, algumas vezes conhecidos como placas plantares. Estes ligamentos formam placas espessadas na superfície plantar do pé.
Eles se misturam com a cápsula articular e os ligamentos colaterais. Estes ligamentos estão frouxamente inseridos aos ossos metatarsais, e firmemente inseridos às bases das falanges. Estes ligamentos possuem sulcos em suas superfícies plantares para os tendões dos músculos flexores dos dedos, o que dá a eles a sua aparência única.
De cada lado dos ligamentos plantares nós encontramos os ligamentos colaterais das articulações metatarsofalângicas. Estas fortes cordas conectam os tubérculos dorsais de cada cabeça dos metatarsais com as bases das falanges proximais correspondentes. Assim como os ligamentos plantares, os ligamentos colaterais se misturam bem com a cápsula articular. O último grupo de ligamentos associados às articulações metatarsofalângicas são os ligamentos metatarsais transversos profundos. Estes são quatro bandas curtas, largas e planas, que se estendem entre os ligamentos plantares das articulações adjacentes.
Muito bem pessoal, nós estamos nas nossas últimas articulações do pé, e portanto, nos nossos últimos ligamentos. Agora nós estamos vendo as articulações interfalângicas e os seus ligamentos. Há nove articulações interfalângicas no pé - uma no hálux e duas em cada um dos quatro dedos laterais.
Cada uma destas articulações é recoberta por uma cápsula articular fibrosa. Associadas a estas articulações há ligamentos interfalângicos plantares e colaterais. Os ligamentos interfalângicos plantares são muito semelhantes aos metatarsofalângicos, já que eles formam placas espessadas nas superfícies plantares das articulações. Os ligamentos interfalângicos colaterais também seguem o mesmo padrão. Há dois ligamentos em cada lado de cada articulação.
Ufa! Respire fundo. Nós vimos todos os ligamentos do pé. Você certamente merece uma boa nota por continuar até aqui nesta longa videoaula. Mas que tal uma nota 10 com algumas notas clínicas rápidas? Na nossa seção de notas clínicas de hoje nós vamos falar sobre as lesões dos ligamentos do hálux. Talvez você não esteja familiarizado com este diagnóstico. Entretanto se você é um jogador de futebol americano com estas lesões você certamente conhece, e não gosta muito!
Em relação às lesões do pé, as dos ligamentos do hálux certamente não são as mais sérias. São simplesmente um estiramento dos ligamentos associados com a primeira articulação metatarsofalângica. O termo estiramento se refere a distensão ou ruptura dos ligamentos. Esta patologia é mais conhecida no futebol americano, onde a grama é comumente substituída por um gramado artificial, o que aumenta a frequência desse tipo de lesão.
Isso acontece porque quando os jogadores se preparam para correr ou pular, eles empurram com força os seus hálux, e a grama artificial possui menor amortecimento, o que aumenta a pressão sobre o hálux. Isso pode causar hiperextensão do hálux e resultar em lesão. Essa lesão obviamente não está restrita aos jogadores de futebol americano. Outras atividades profissionais, como dançarinos de ballet, ginastas e jogadores de basequete também estão sob risco elevado, assim como quem usa salto alto.
Pode ser uma lesão imediata ou acontecer com o tempo devido a movimentos repetidos. Os sintomas incluem dor à extensão do polegar, edema e rigidez. Algumas vezes há uma sensação de um estalo no pé no momento da lesão. Um médico pode fazer este diagnóstico simplesmente com o exame físico, e pode sugerir uma radiografia para excluir a possibilidade de fratura. Estas lesões são classificadas com base em sua gravidade. Lesões grau um são quando os ligamentos estão apenas estirados.
O tratamento é repouso, gelo e compressão sobre a articulação, além de elevação da mesma. Lesões grau dois incluem ruptura parcial dos ligamentos. Este tipo de lesão pode exigir o uso de uma bota especial para permitir que os ligamentos se recuperem.
A lesão grau três é uma ruptura completa do complexo ligamentar plantar ao redor da primeira articulação metatarsofalângica. Ela deve ser imobilizada por alguns meses, e pode ser necessária cirurgia. E isso conclui a videoaula de hoje. Mas antes de terminarmos, vamos dar uma olhada no que nós vimos hoje. Nós começamos com o dorso do pé com a articulação talocalcânea. Aqui nós tinhamos os ligamentos lateral, medial, interósseo e cervical contribuindo com a força da articulação.
Na articulação talocalcaneonavicular nós temos três ligamentos - o talonavicular dorsal, o calcaneonavicular e o calcaneonavicular plantar. Na articulação calcaneocubóidea nós encontramos os ligamentos calcaneocubóideo dorsal, calcaneocubóideo plantar e plantar longo. A articulação cuboideonavicular é reforçada pelos ligamentos dorsal, plantar e interósseo. Há sete ligamentos associados à articulação cuneonavicular - três dorsais, três plantares e um medial.
Na articulação cuneocubóidea nós temos três ligamentos mais uma vez - os ligamentos dorsal, plantar e interósseo, e nós temos ainda as articulações intercuneiformes, com cinco ou seis ligamentos entre elas. Nós temos dois dorsais, dois interósseos e um ou dois ligamentos intercuneiformes plantares. Em seguida nós continuamos para as articulações tarsometatarsais e os seus ligamentos, que incluem os ligamentos tarsometatarsais dorsal, interósseo e plantar.
Os ossos metatarsais se articulam também um com o outro, e essas articulações intermetatarsais são mantidas juntas com três ligamentos dorsais, três plantares e três ligamentos interósseos, entre o segundo e o quinto metatarsais. Em seguida nós vimos as articulações metatarsofalângicas, e aqui nós vimos os ligamentos plantares espessados que formam placas no aspecto plantar de cada uma das articulações.
Há quatro ligamentos transversos profundos se estendendo entre os ligamentos plantares, e dois ligamentos colaterais nos lados de cada uma das articulações. Os ligamentos interfalângicos seguem um padrão semelhante, com ligamentos plantares espessados e dois ligamentos colaterais em cada uma das articulações. E nós terminamos discutindo uma condição clínica do hálux, que é o estiramento dos ligamentos da primeira articulação metatarsofalângica.
E é isso. Eu espero que você tenha gostado desta videoaula. Te vejo na próxima!