Plexo de Kiesselbach
O nariz é um ponto de entrada primário para que o ar chegue aos pulmões. Conforme esse ar entra, é importante que a temperatura seja ajustada para ótima transferência gasosa nos pulmões. Esse ajuste é obtido através da troca de calor entre o ar e o sangue que chega à cavidade nasal. Essa é uma das principais razões para um suprimento sanguíneo relativamente grande para a cavidade nasal.
O plexo de Kiesselbach é uma anastomose integral de cinco ramos que convergem para o quadrante anterior e inferior do septo nasal (sobre a cartilagem septal). A área já foi chamada de área de Little, triângulo de Kiesselbach e área de Kiesselbach.
A área de Little é um local comum de epistaxe (sangramento nasal), tanto em pacientes adultos quanto pediátricos.
Ramos arteriais |
Artéria carótida externa: Artéria esfenopalatina Artéria labial superior Artéria palatina maior Artéria carótida interna: Ramos septais das artérias etmoidais anterior e posterior |
Drenagem venosa |
Veia facial Veias oftálmicas Plexo pterigóideo |
Clínica | Epistaxe, ou sangramento nasal, é o processo patológico associado mais comum |
Ramos da Anastomose
Ramificando-se da artéria maxilar, a artéria esfenopalatina entra na cavidade nasal através do forame esfenopalatino, e fornece sangue para a parede septal da cavidade.
Entrando através da órbita, os ramos septais das artérias etmoidais anterior e posterior (ramos da artéria oftálmica) fornecem suprimento para o teto e para a parede septal da cavidade, conforme os vasos cursam para a área de Little.
A artéria facial emite a artéria labial superior; cujo ramo septal entra na cavidade nasal através dos orifícios das narinas, se juntando às anastomoses na área de Little.
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A artéria palatina maior, um ramo terminal da artéria maxilar, passa através do forame palatino maior e cursa ao longo do palato duro para entrar na cavidade nasal através do canal incisivo, assim se unindo à anastomose na área de Kiesselbach.
Para se aprofundar um pouco mais nos vasos sanguíneos da cavidade nasal, dê uma olhada nos recursos a seguir:
Assim, a área de Little – e a cavidade nasal de forma geral – recebe suprimento arterial tanto da artéria carótida externa (artérias palatina maior, esfenopalatina e labial superior) quanto da artéria carótida interna (artérias etmoidais anterior e posterior).
Para completar, o suprimento sanguíneo dessa área é drenado por veias correspondentes. O sangue desoxigenado retorna para a circulação sistêmica através da veia facial, das veias oftálmicas e do plexo pterigóideo.
Já estudou os principais vasos sanguíneos da cavidade nasal? Então desafie-se com o teste abaixo.
Nota Clínica
A epistaxe, ou sangramento nasal, é o processo patológico mais comum associado à área de Little. Enquanto a sua etiologia exata permanece oculta, existem várias condições que podem precipitar o sangramento nasal. Alguns casos foram descritos como espontâneos. Esses episódios geralmente são precipitados por trauma ou uma infecção subjacente, e mais frequentemente ocorrem na área de Little. Sangramentos nasais espontâneos são vistos mais frequentemente em adultos jovens e crianças.
Alternativamente, a epistaxe pode ocorrer sem trauma externo e se originar da região superior e posterior da cavidade nasal. Isso é frequentemente chamado de epistaxe hipertensiva, sendo mais prevalente em indivíduos de grupos etários mais velhos.
A epistaxe espontânea apresenta taxas de recorrência maiores do que a epistaxe hipertensiva. Entretanto, ela é significativamente mais fácil de ser tratada. Sangramentos nasais da área de Little são melhor controlados através de compressão vascular (pressionando a asa nasal contra o septo). Em um cenário clínico, preencher a cavidade afetada com compressas de algodão tratadas com fenilefrina e lidocaína pode controlar o sangramento se o material for deixado por cerca de 10 minutos. Em casos extremos, quando o sangramento é persistente, a cauterização dos vasos (sob anestesia local para adultos colaborativos e anestesia geral para crianças) é uma opção viável para controle do sangramento.
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