Neurocrânio
O crânio é uma entidade em si mesmo. É um quebra-cabeças de ossos irregulares e peças com margens bastante específicas, que se combinam para formar uma obra prima.
É um capacete para o cérebro e um andaime para a face. Apesar de os ossos estarem separados por suturas muito rasas e estreitas, o crânio não é dividido em cada ponto de articulação, mas por áreas que são criadas através dessas conexões ósseas. As principais áreas do crânio são informalmente chamadas de face e cabeça. Anatomicamente e embriologicamente, elas são conhecidas como viscerocrânio e neurocrânio, respectivamente.
Ossos | Frontal, Parietal (2), Occipital, Esfenoide, Temporal (2) |
Ossificação |
Endocondral: frontal; parietais; parte da porção escamosa do occipital acima das linhas nucais supremas; partes escamosa e timpânica do temporal; asas maiores (excepto raiz) e apófises pterigóides (excepto gancho) do esfenoide Intramembranosa: esfenoide (corpo, raiz das asas maiores, gancho das apófises pterigóides), porção petromastóidea do temporal e quase todo o occipital |
Funções |
Fixação dos músculos da mímica e alguns dos músculos da mastigação Envolver estruturas ósseas relacionadas com a abertura proximal do aparelho digestivo e do trato respiratório Forma cavidades para alguns órgãos da visão, do olfacto e do gosto. |
Esse artigo irá discutir os pontos chave sobre o neurocrânio, e descrever os ossos e estruturas anatômicas adjacentes que os cercam.
Anatomia
As funções primárias do neurocrânio são dar forma à cabeça e proteger o cérebro e os órgãos que controlam os cinco sentidos: os olhos, as orelhas e as áreas do cérebro que controlam o tato, paladar e olfato. Os ossos que constituem o neurocrânio incluem o osso frontal, o osso esfenoide, os dois ossos parietais, os dois ossos temporais e o osso occipital.
Osso frontal
O osso frontal cria a curvatura lisa da fronte e protege o lobo frontal do cérebro e especialmente a placa horizontal do osso etmoide, conhecida como placa cribriforme, que permite que os feixes nervosos olfatórios passem através de sua superfície perfurada e dando ao teto da cavidade nasal a sua capacidade de perceber os odores. Como o osso frontal é o osso mais anterior no neurocrânio, ele é limitado tanto pelos ossos adjacentes do neurocrânio quanto pelos ossos mais superiores do viscerocrânio.
Lateralmente ele se articula com o zigoma (osso zigomático) através da sutura frontozigomática, com a maxila através da sutura frontomaxilar e com os ossos nasais através da sutura frontonasal. Ele algumas vezes ainda possui remanescentes da sutura metópica da infância, que cursa inferiormente na linha média da fronte.
Posteriormente no neurocrânio o osso frontal é limitado pelos dois ossos parietais, e se liga a eles através da sutura coronal e do bregma, onde os três ossos se encontram. Póstero-lateralmente encontra-se o osso esfenoide, que se articula com o osso frontal pela sutura frontoesfenoidal.
Então você quer aprender mais sobre a anatomia do crânio? Verifique nossa apostila de exercícios e descubra uma maneira fácil e divertida de entender este tema tão importante!
Ossos parietais
Os ossos parietais estão situados na alta convexidade do crânio, e formam o teto sobre parte da fossa anterior, toda a fossa média e parte da fossa posterior do crânio, que contém vários lobos do cérebro, juntamente com os seios, as meninges e os vasos correspondentes.
Enquanto eles estão ancorados ao osso frontal anteriormente, eles também se ancoram um no outro na linha média, através da sutura sagital.
Antero-lateralmente eles se conectam com o osso esfenoide através da sutura esfenoparietal, e póstero-lateralmente ao osso temporal através da sutura escamosa.
Posteriormente o osso occipital limita os ossos parietais através da sutura lambdoide e o lambda.
Saiba tudo sobre os ossos do crânio utilizando os seguintes recursos:
Ossos occipitais
O osso occipital é o mais póstero-superior dos ossos do neurocrânio. Ele cria o domo arredondado da cabeça na nuca, e cobre o cerebelo e o tronco encefálico em uma cápsula óssea.
Suas conexões anteriores e superiores já foram discutidas, entretanto, sua borda ântero-inferior se articula com as asas menores dos ossos esfenoides anteriormente e com o osso temporal lateralmente. As suturas são chamadas sutura esfeno-occipital e sutura petro-occipital, respectivamente.
Osso esfenoide
O osso esfenoide encontra-se em uma posição única, já que é cercado anteriormente pelo osso frontal, superiormente pelo osso parietal e posteriormente, bem como lateralmente, pelo osso temporal.
Ele limita as fossas cranianas anterior e média, com a sua característica mais importante sendo a sela túrcica, que abriga a hipófise. Internamente o osso se articula anteriormente com a placa cribriforme através da sutura esfenoetmoidal, e com o osso frontal ântero-lateralmente, através da sutura esfenofrontal.
Externamente o pterion pode ser visto na face lateral do crânio, e é a conexão entre o osso parietal e o osso esfenoide. Posteriormente a sutura escamosa conecta o osso temporal ao osso esfenoide.
Aprenda mais sobre o osso esfenoide utilizando nossos materiais de estudo a seguir:
Ossos temporais
Esses são alguns dos ossos mais complexos do crânio, devido a suas várias porções. As suturas superiores todas foram discutidas acima, entretanto as suas conexões inferiores ainda devem ser mencionadas. As seguintes suturas são únicas, uma vez que elas são muito pequenas e separam as porções dentro do próprio osso temporal! A sutura petroescamosa une as partes petrosa e escamosa do osso. A sutura petrotimpânica liga as áreas petrosa e timpânica do osso e, finalmente, a sutura escamotimpânica articula as áreas escamosa e timpânica do osso temporal.
O osso temporal forma parte das fossas cranianas média e posterior e sua característica mais importante é que ele envolve os órgãos auditivos e vestibulares.
Faça os testes a seguir para saber mais sobre a estrutura e os pontos de referência do osso temporal:
Nota clínica
A fratura mais frequente que afeta o neurocrânio é a fratura frontobasilar. Geralmente ela se deve a uma força traumática contusa na cabeça, e fratura o osso frontal, que então cria um trauma na base do crânio, que pode ser uma fratura ou sangramento interno. Uma ressonância magnética demonstrará a extensão do sangramento e dano interno.
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