Músculo fibular longo
O fibular longo é um músculo comprido localizado superficialmente no compartimento lateral da perna, junto com o músculo fibular curto. O fibular longo se origina na porção proximal da fíbula e se estende até os ossos cuneiforme medial e primeiro metatarsal.
Ele é inervado pelo nervo fibular superficial (L5, S1) e sua principal função é produzir a flexão plantar e a eversão do pé na articulação do tornozelo. Neste artigo, nós vamos discutir a anatomia e a função deste músculo, bem como sua relevância clínica.
Origem | Cabeça do fíbula, 2/3 proximais da superfície lateral da fíbula, septo intermuscular |
Inserção | Ossos cuneiforme medial, 1° osso metatarsal |
Ação | Articulação talocrural: flexão plantar do pé; Articulação subtalar: everção do pé; Oferece suporte aos arcos longitudinal e transverso do pé |
Inervação | Nervo fibular superficial (L5, S1) |
Vascularização | Artéria fibular |
Origem e inserção
O fibular longo se origina da cabeça e dos dois-terços superiores da lateral do corpo da fíbula, bem como dos septos intermusculares crurais anterior e posterior. Ocasionalmente, pode ter também côndilo lateral da tíbia como parte de sua origem.
O tendão do músculo desce na perna e corre posteriormente para o maléolo lateral, junto com o tendão do músculo fibular curto. Estes dois músculos passam por um túnel formado por uma bainha sinovial comum, coberto pelo retináculo fibular superior e, nele, o tendão do fibular longo fica mais espesso.
O tendão do músculo atravessa a lateral do cubóide e segue junto à superfície inferior do osso. Ele se torna mais espesso ao se virar lateralmente na superfície do cubóide, lugar frequente de um osso sesamóide. Esse sulco é convertido em um túnel pelo ligamento plantar longo.
O músculo continua então um pouco mais medialmente na lateral do cubóide e acaba se inserindo nas superfícies laterais do cuneiforme medial e do primeiro metatarsal. Ele raramente envia algumas fibras para o segundo metatarsal. Ele participa da manutenção do arco transverso do pé, o que é evidenciado pelo seu trajeto ao longo da porção lateral do pé e de sua inserção nas superfícies laterais do cuneiforme medial e primeiro metatarsal.
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Inervação
O fibular longo é inervado pelo nervo fibular superficial, ramo do nervo fibular comum que, por sua vez, é ramo do nervo ciático, derivado dos ramos ventrais de L4-L3. O nervo fibular superficial é responsável pela inervação motora do músculo e também pela sensibilidade das superfícies anterior e lateral da perna.
Vascularização
O músculo é nutrido pela artéria fibular, um ramo da artéria tibial posterior. Esta artéria passa dentro do compartimento posterior da perna, mas envia artérias perfurantes para o compartimento lateral.
Função
Funcionalmente o compartimento lateral da perna causa eversão e flexão plantar do tornozelo. Lembre-se que a articulação talocrural só permite a flexão e a extensão, e que a inversão e a eversão ocorrem na articulação subtalar. Os músculos que causam inversão incluem o tibial anterior e o tibial posterior. Os músculos do compartimento lateral trabalham com o tibial posterior (que também é um flexor plantar) para se oporem às ações dos músculos dorsiflexores (tibial anterior e fibular terceiro).
Nota clínica
Tenossinovite dos fibulares
A tenossinovite dos fibulares é uma condição patológica que afeta o tendão comum dos fibulares, associada com acúmulo de fluido em sua bainha. Clinicamente, ela se apresenta com edema localizado e sensibilidade ao longo da região acometida. A tenossinovite aguda do fibular é tipicamente vista em atletas de fim de semana. Ela pode ter uma variedade de causas, que incluem:
- Estresse ao redor da incisura retro-maleolar, tubérculo fibular e superfície inferior do osso cuboide
- Lesões por inversão do tornozelo
- Fratura do maléolo lateral ou do calcâneo
- Ruptura do ligamento calcaneofibular
Lesões do retináculo fibular superior
Esses tipos de lesões normalmente envolvem a separação do retináculo fibular superior (RFS) de sua fixação fibular distal e o deslocamento lateral dos tendões fibulares para fora do sulco retro-maleolar. As formas agudas se manifestam com equimose, edema e dor no maléolo lateral. Essas lesões podem ser secundárias a:
- Dorsiflexão súbita do pé com contração violenta concomitante dos músculos fibulares
- Deformidades congênitas do pé
- Fraturas da tíbia distal e do calcâneo
Paralisia do nervo fibular comum
A paralisia do nervo fibular comum resulta na perda do suprimento motor e sensitivo dos compartimentos anterior e lateral da perna, bem como na perda de sensibilidade do dorso do pé. Se a lesão ocorrer somente no ramo profundo, apenas a motricidade do compartimento anterior e a sensibilidade do primeiro espaço interdigital do pé serão afetadas. A lesão do nervo fibular comum normalmente ocorre devido a presença de um gesso ou roupa muito apertados.
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