Constritor inferior da faringe
O constritor inferior da faringe é um músculo da faringe que forma as paredes posterior e lateral do órgão, juntamente com os constritores superior e médio da faringe.
A função deste músculo é facilitar a propagação dos alimentos em direção ao esôfago, ao contrair a parede da faringe durante a deglutição.
Além disso, as partes inferiores deste músculo formam o esfíncter esofágico superior. Junto com os esfíncteres uretral e anal, este é um dos únicos três esfíncteres do corpo formado por tecido muscular esquelético.
Este artigo irá discutir a anatomia e a função do constritor inferior da faringe.
Origem |
Parte tireofaríngea: linha oblíqua da cartilagem tireoóidea Parte cricofaríngea: cartilagem cricoide |
Inserção |
Parte tireofaríngea: rafe mediana da faringe Parte cricofaríngea: se une inferiormente com fibras esofágicas circulares |
Ação | Contrai a parede da faringe durante a deglutição |
Inervação |
Ambas as partes: ramos do plexo faríngeo (NC X) Parte cricofaríngea: também recebe ramos externos e/ou ramos laríngeos recorrentes do nervo vago (NC X) |
Vascularização | Ramo faríngeo da artéria tireóidea ascendente, ramos musculares da artéria tireóidea inferior |
Origem e inserção
O constritor inferior da faringe é formado por duas partes; tireofaríngea e cricofaríngea. A parte tireofaríngea localiza-se superiormente e forma a maior parte do músculo.
Ela se origina da linha oblíqua da cartilagem tireóidea, cursa posteromedialmente e se insere na rafe mediana da faringe, se encontrando com a inserção de sua contraparte contralateral.
A parte cricofaríngea se origina das partes anterolaterais da cartilagem cricoide. Ela é dividida em duas partes: parte oblíqua (parte superior do músculo) e parte fundiforme (parte inferior).
A parte oblíqua é orientada posteromedialmente, se inserindo na rafe mediana da faringe. A parte fundiforme cursa horizontalmente, formando uma banda semicircular que se funde às fibras musculares circulares do esôfago proximal.
Relações
O músculo localiza-se inferiormente ao constritor médio da faringe e superiormente ao esôfago. Suas fibras superiores se sobrepõem às fibras inferiores do constritor médio da faringe. Como o constritor médio se sobrepõe da mesma forma ao constritor superior, todos os três constritores criam uma parede semicircular contínua na faringe.
A fáscia bucofaríngea se encontra posterior ao músculo e separa toda a faringe do espaço retrofaríngeo, localizado posteriormente, e do compartimento vertebral do pescoço.
Os ápices dos lobos da glândula tireoide, a artéria carótida comum e o músculo esternotireóideo são laterais ao constritor inferior. O ramo externo do nervo laríngeo superior penetra na superfície externa da parte tireofaríngea em seu trajeto até a laringe.
A orientação específica das fibras musculares define um espaço triangular entre as partes tireofaríngea e cricofaríngea do músculo, chamado de deiscência de Killian (ou triângulo de Killian). Este é um ponto fraco na parede faríngea, através do qual o divertículo faríngeo (divertículo de Zenker) pode se insinuar.
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Inervação
Ambas as partes do músculo são inervadas por ramos do nervo vago (NC X) através do plexo nervoso faríngeo. A parte cricofaríngea recebe inervação vagal adicional através de ramos dos nervos externo e/ou laríngeo recorrente.
Vascularização
O músculo é vascularizado pelo ramo faríngeo da artéria tireóidea ascendente e por ramos musculares da artéria tireóidea inferior. A drenagem venosa é realizada pelo plexo venoso faríngeo (tributárias da veia jugular interna). Consolide o seu conhecimento com o nosso teste.
Função
A parte tireofaríngea contrai a porção inferior da faringe, empurrando o bolo alimentar em direção ao esôfago.
A parte cricofaríngea forma a maior parte do esfíncter esofágico superior (EES). Dependendo do estado fisiológico ela se contrai e relaxa de maneira intermitente para impedir ou permitir a passagem de conteúdo entre o esôfago e a faringe.
- Exceto na deglutição e em alguns reflexos, o EES permanece constantemente contraído, impedindo a entrada de ar no esôfago durante a respiração e refluxo laringofaríngeo durante o peristaltismo esofágico normal.
- O EES se relaxa em duas situações: para permitir a passagem do bolo alimentar para o esôfago e para permitir respostas reflexas na direção retrógrada, como durante o vômito (êmese).
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