Músculo aritenóideo transverso
O aritenóideo transverso é um músculo único intrínseco da laringe. Ele é encontrado logo superior à cartilagem cricóidea, cobrindo a superfície posterior das cartilagens aritenóideas. O aritenóideo transverso é um adutor das pregas vocais e, portanto, tem um importante papel na fonação.
Juntamente com os músculos cricoaritenóideos laterais, aritenóideos oblíquos e ariepiglótico, este músculo age como um esfíncter para o intróito laríngeo, prevenindo que a comida - sólida ou líquida - entre no trato respiratório inferior. Ele também pode ser chamado de músculo interaritenóideo transverso e pode ainda ser agrupado com o aritenóideo oblíquo como um único músculo (inter)aritenóideo.
Origem | Borda lateral e processo muscular da cartilagem aritenóidea |
Inserção | Borda lateral e processo muscular da cartilagem aritenóidea oposta |
Ação | Aduz as cartilagens aritenóideas, age como um esfíncter do intróito laríngeo |
Inervação | Nervo laríngeo inferior (do nervo laríngeo recorrente (NC X)) |
Vascularização | Ramos laríngeos das artérias tireóideas superior e inferior |
Este artigo vai discutir a anatomia e a função do músculo aritenóideo transverso.
Origem e inserção
O músculo aritenóideo transverso é uma única faixa plana muscular que se estende entre as cartilagens aritenóideas da laringe. Ele se fixa na porção posterior do processo muscular e na borda lateral adjacente das cartilagens aritenóideas. As fibras musculares correm horizontalmente para se inserir na mesma localização na cartilagem aritenóidea oposta.
Relações
O músculo aritenóideo transverso é o único músculo intrínseco da laringe não pareado. Ele se localiza na porção posterior da laringe, logo superior à cartilagem cricóidea. Ele fecha a lacuna entre as cartilagens aritenóideas e preenche as concavidades de suas superfícies posteriores. Superficial a ele você encontrará os dois músculos aritenóideos oblíquos. Às vezes os aritenóideos oblíquos e transverso são considerados como duas partes do mesmo músculo. Quando descritos juntos, estes três músculos são chamados simplesmente de músculo aritenóideo ou interaritenóideo.
Externamente ao aritenóideo transverso e aos outros músculos intrínsecos da laringe encontramos os músculos circular (constritor) e longitudinal da faringe. Juntos, estes músculos formam um tubo semi-circular ao redor da faringe e da laringe.
A laringe é uma região complexa por onde passam várias estruturas importantes. Mas você pode facilitar o seu aprendizado respondendo a testes e questionários. Experimente com o teste abaixo sobre as estruturas da laringe!
Inervação
A inervação do aritenóideo transverso vem dos nervos laríngeos recorrentes, que são ramos dos nervos vagos (NC X). Os nervos laríngeos recorrentes inervam todos os músculos da laringe, exceto os músculos cricotireóideos.
O músculo aritenóideo transverso também recebe ramos dos ramos internos do nervo laríngeo superior, outro ramo do nervo vago. Entretanto, existe um debate sobre a inervação motora fornecida por esse nervo, uma vez que muitos consideram que o ramo interno só possui fibras sensoriais.
Vascularização
O aritenóideo transverso é suprido pelos ramos laríngeos das artérias tireóideas superior e inferior.
Funções
Este músculo tem duas funções principais: aduzir as pregas vocais e fechar a rima glótica.
Por estar fixado em ambas as cartilagens aritenóideas, a contração das fibras horizontais do aritenóideo transverso puxa as cartilagens aritenóideas uma contra a outra (adução), consequentemente aduzindo as pregas vocais. Ao fazer isso, este músculo também fecha a porção posterior da rima glótica e estreita o intróito laríngeo.
A ação combinada dos músculos aritenóideo transverso, cricoaritenóideo lateral, aritenóideo oblíquo e ariepiglótico fecha totalmente a rima glótica. Esta é uma ação reflexa que ocorre em resposta à presença de líquidos ou partículas no vestíbulo laríngeo se aproximando da rima glótica. Isso previne a inalação de comida ou líquidos.
A adução das cartilagens aritenóideas também é importante na fonação ou produção sonora. Quando as pregas vocais são trazidas uma para perto da outra, a rima glótica é fechada. Isso permite que a pressão suba no trato respiratório inferior. A expiração do ar força a rima glótica a abrir um pouco, causando vibrações nas pregas vocais e resultando na produção de som.
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