Espermatozoides
Os espermatozoides são as células reprodutoras masculinas ou, em outras palavras, os gametas masculinos. Eles são formados através do processo da espermatogênese, que se inicia a partir da puberdade, e é caracterizado pela proliferação de células germinativas denominadas espermatogônias. Esse processo acontece no interior dos túbulos seminíferos dos testículos. O epitélio seminífero contém as células germinativas (espermatogônias) e as células de Sertoli, que ficam na membrana basal dos túbulos seminíferos e atuam na sustentação desse tecido.
Espermatogônias diploides, cada uma contendo 46 cromossomos (23 pares), sofrem meiose e formam células conhecidas como espermátides, cada uma das quais contendo 23 cromossomos. As espermátides passam então por um processo de maturação, conhecido como espermiogênese, resultando em espermatozoides haploides. A maturação final dos espermatozoides ocorre no epidídimo, onde estas células adquirem sua mobilidade. Em média, o processo dura aproximadamente 70 dias.
Um espermatozoide maduro tem aproximadamente 65 μm de comprimento, e sua estrutura é adaptada para motilidade rápida e eficiente. Eles são compostos por três partes: cabeça, peça intermediária e cauda.
A cabeça tem um formato achatado piriforme e contém um grande e alongado núcleo, com pouco citoplasma. Esse núcleo contém cromatina condensada, e um número variável de regiões de cromatina dispersa, conhecidas como vacúolos nucleares. O acrossomo, uma vesícula especializada ligada à membrana, cobre os dois terços anteriores do núcleo. Essa vesícula contém diversas enzimas hidrolíticas e é crucial no processo de fertilização, pois auxilia na dispersão das células da coroa radiada e na quebra da zona pelúcida do ovócito.
A peça intermediária do espermatozoide é um segmento cilíndrico, que mede aproximadamente 4 a 7 μm de comprimento (tendo tamanho semelhante à cabeça). Ela faz a conexão entre a cabeça e a cauda. Usualmente, retém uma quantidade significativa de citoplasma, e contém também os remanescentes dos centríolos, um dos quais forma o axonema da cauda, essencial para a propulsão dos espermatozoides. Seu axonema (que é um feixe axial de microtúbulos), é envolto por um cilindro de nove microtúbulos externos densos dispostos longitudinalmente. Uma bainha helicoidal compacta de mitocôndrias alongadas está localizada ao redor dessa estrutura central. Essas mitocôndrias são fundamentais para o fornecimento de energia para a propulsão do movimento da cauda. Abaixo da membrana plasmática, uma densa camada fibrosa conhecida como anel de Jensen serve como barreira, evitando que as mitocôndrias deslizem para a cauda.
A cauda do espermatozoide (flagelo) pode ser subdividida em duas regiões: a peça principal e a peça final ou terminal.
A peça principal, como o próprio nome sugere, ocupa a maior parte do comprimento da cauda. Mede cerca de 40 μm e é o principal responsável pela motilidade. É composto por um núcleo de axonema central, circundado pelas nove fibras grossas que se estendem da peça intermediária para formar o complexo axonemal. A peça final forma um pequeno segmento estreitado da cauda, de aproximadamente 5 a 7 μm, e contém apenas o axonema.
Os espermatozoides, juntamente com as secreções das glândulas acessórias reprodutivas, constituem o sêmem.
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