Fáscia clavipeitoral
A fáscia clavipeitoral é uma estrutura de tecido conjuntivo (conectivo) espessa e bilateral, posterior ao músculo peitoral maior.
Uma fáscia é um lâmina de tecido conjuntivo fibroso que pode ser encontrado ao longo do corpo. Elas envolvem estruturas neurovasculares, órgãos e músculos para reduzir a fricção entre as estruturas adjacentes, bem como para protegê-las de abrasões. As fáscias ao longo do corpo podem ser divididas em três grupos:
- fáscia superficial – como a fáscia de Camper, ou a parede abdominal anterior
- fáscia profunda – como a fáscia clavipeitoral da região peitoral
- fáscia visceral (ou parietal) – como a membrana pleural dos pulmões
Limites |
Superior - Clavícula Medial - Articulações costocondrais Súpero-lateral - Processo (apófise) coracoide |
Componentes |
Membrana costocoracoide, Ligamento costocoracoide, Ligamento suspensor da axila |
Função |
Deslizamento do músculo peitoral maior sobre o peitoral menor Tensão no assoalho da axila |
Limites
A fáscia clavipeitoral se estende da clavícula, superiormente, até as articulações costocondrais, medialmente, a o processo (apófise) coracoide, lateralmente.
A fáscia converge na região da axila, onde ela age como estrutura protetora das estruturas neurovasculares da axila.
Componentes
Apesar de ser uma única bainha fibrosa contínua, a fáscia clavipeitoral foi subdividida em diferentes segmentos. Na parte mais superficial, onde lateralmente ela se prende ao processo (apófise) coracoide e medialmente se funde com as duas membranas intercostais externas superiores, ela é chamada de membrana costocoracoide. Nesse nível a fáscia se divide e envolve o músculo subclávio (algumas vezes chamada de fáscia do subclávio), se prendendo às bordas do sulco subclávio.
A bainha se une novamente na borda inferior do músculo subclávio, e forma um espessamento bem definido chamado de ligamento costocoracoide – estendendo-se entre o processo (apófise) coracoide e a primeira articulação costocondral.
A fáscia continua frouxa inferiormente, até que se divide novamente na borda superior do músculo peitoral menor, envolvendo-o. No nível inferior do músculo peitoral menor, as fibras se unem novamente. Como visto no ligamento costocoracoide, a fáscia se espessa e se torna o ligamento suspensor da axila. Ali o ligamento suspensor da axila é preso à fáscia axilar que forma o assoalho da axila.
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Função
O principal papel de qualquer fáscia é permitir movimentos suaves das estruturas adjacentes umas sobre as outras. A fáscia clavipeitoral não é diferente, permitindo o deslizamento do músculo peitoral maior sobre o músculo peitoral menor. Além disso, os ligamentos suspensores da axila exercem tensão no assoalho da axila, resultando em uma concavidade característica comumente chamada de fossa axilar, vista quando o braço apresenta-se em abdução.
Localizada inferiormente ao ligamento costocoracoide, medialmente ao processo (apófise) coracoide e superiormente ao peitoral menor (na substância da membrana costocoracoide) está uma abertura através da qual duas estruturas entram e duas estruturas deixam o compartimento profundo da cintura peitoral. A veia cefálica entra do braço e se junta à veia axilar, enquanto os vasos linfáticos dos linfonodos (gânglios linfáticos) infraclaviculares passam através do hiato para se juntar aos linfonodos (gânglios linfáticos) apicais da axila.
O nervo peitoral lateral (ramo da corda lateral do plexo braquial) e a artéria toracoacromial (ou seus ramos – acromial, deltoide, peitoral e clavicular; ramos da primeira parte da artéria axilar) deixam o compartimento profundo da cintura peitoral em direção aos seus respectivos músculos.
Nota clínica
A fáscia clavipeitoral é comumente ressecada ou excisada durante artroplastia do ombro (o processo de substituir a articulação do ombro). Uma complicação comum de tal procedimento é a imobilidade articular. Um fator responsável é o fato de que a verdadeira fáscia clavipeitoral foi substituída por tecido fibrótico. A remoção desse e outros tecidos cicatriciais é essencial para se lidar com essa complicação.
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