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Cone medular e cauda equina

O cone medular é a porção terminal da medula espinal. Como o próprio nome sugere, essa extremidade possui formato de cone, e encontra-se entre os níveis das vértebras L1 e L2 nos adultos. O cone medular é fixado ao cóccix por meio de um cordão fibroso chamado filum terminale, que estabiliza a extremidade distal da medula espinal.

Distalmente ao cone medular há uma coleção de raízes nervosas espinais chamada de cauda equina, que emerge da parte lombossacral da medula espinal, abaixo da vértebra L1, e cursa inferiormente. O nome cauda equina significa “rabo de cavalo” em latim, em uma referência à semelhança dessa estrutura anatômica à cauda dos cavalos.

O cone medular e a cauda equina dão origem aos nervos espinais que fornecem toda a inervação motora e sensitiva para os membros inferiores, pelve e períneo, bem como a inervação parassimpática para as vísceras pélvicas.

Este artigo irá discutir a anatomia e as funções do cone medular e da cauda equina.

Informações importantes sobre o cone medular e a cauda equina
Componentes Cone medular: segmentos sacrais (S2 a S5) e coccígeo da medula espinal
Cauda equina:
formada pelas raízes nervosas espinais (L2 a S5) e pelo nervo coccígeo (Co)
Inervação Motora: Músculos dos membros inferiores (L2 a S2), assoalho pélvico e músculos perineais (S2 a S4)
Sensitiva:
Pele dos membros inferiores (L2 a S3), períneo (S2 a S4), região coccígea (S4 a S5, Co)
Parassimpática (S2 a S4): vísceras pélvicas (cólon descendente, cólon sigmoide, reto, bexiga e órgãos reprodutores)
Conteúdo
  1. Definição e localização
  2. Função
  3. Notas clínicas
    1. Síndrome da cauda equina
    2. Síndrome do cone medular
  4. Referências
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Definição e localização

O cone medular é uma estrutura afilada que forma a extremidade distal da medula espinal, e consiste nos segmentos sacrais (S2 a S5) e coccígeo da medula espinal. Normalmente, o cone medular situa-se próximo do nível da vértebra L1 em adultos, mas pode encontrar-se tão alto quanto a vértebra T12 ou tão baixo quanto a vértebra L3.

No desenvolvimento inicial, toda a extensão do canal vertebral é ocupada pela medula espinal, e os nervos espinais deixam o canal vertebral através dos forames intervertebrais em ângulos retos. Com o tempo, a coluna vertebral cresce mais do que a medula espinal, resultando em uma modificação da posição do cone medular, que sofre um relativo deslocamento superior. Devido à distância crescente entre os segmentos da medula lombossacral e suas vértebras correspondentes, os nervos espinais dessas regiões tornam-se progressivamente mais longos e mais verticais. A este feixe solto de raízes nervosas espinais que emerge da intumescência lombossacral e do cone medular dá-se o nome de cauda equina.

A cauda equina é formada pelas raízes nervosas espinais L2 a S5 e pelo nervo coccígeo. Encontra-se no terço distal do canal vertebral e se estende até o canal sacral. Ocupa a cisterna lombar, que é uma ampliação do espaço subaracnóideo, contendo liquor.

Também se estendendo distalmente a partir do ápice do cone medular encontra-se o filum terminale, um remanescente vestigial da porção distal da medula espinal. Este fino filamento de tecido conjuntivo, com aproximadamente 20 cm de comprimento, é, na verdade, uma extensão da pia-máter que cursa distalmente, cercada pelas raízes nervosas espinais da cauda equina. Ao nível da vértebra S2, o filum terminale é coberto pelas camadas da dura e aracnoide, e se insere no cóccix, fixando a extremidade distal da medula espinal e as meninges espinais.

Função

O cone medular e a cauda equina dão origem aos nervos espinais L2 a S5 e ao nervo coccígeo. Os ramos anteriores desses nervos espinais contribuem para os plexos lombar e sacral, que fornecem inervação motora e sensitiva para todo o membro inferior, bem como para as regiões pélvica e perineal. Os seus ramos posteriores inervam a pele e os músculos profundos da região lombar, bem como as regiões sacrais e coccígeas.

Além disso, a cauda equina fornece inervação parassimpática para as vísceras da cavidade pélvica e do períneo, incluindo a bexiga, o os segmentos descendente e sigmoide do cólon, o reto e os órgãos reprodutores internos e externos. Essa inervação parassimpática também está envolvida na estimulação dos tecidos eréteis dos genitais externos, tornando possível a ereção do pênis/clitóris.

A cauda equina, por meio de sua inervação somática e parassimpática, desempenha um papel crucial no controle da bexiga, no controle dos esfíncteres uretral e anal, e na manutenção geral da continência.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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