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Glândulas sudoríparas

Visão geral das glândulas intraepiteliais e estruturas relacionadas.

As glândulas sudoríparas são glândulas exócrinas distribuídas pela superfície do corpo. Seu nome deriva do latim “sudor”, que significa suor. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas:

  • As glândulas sudoríparas écrinas, encontradas ao longo de todo corpo, que secretam um produto aquoso que resfria a pele.
  • As glândulas sudoríparas apócrinas, mais comumente encontradas nas axilas e na região perianal, que secretam um produto mais viscoso e odorífero.

Existem várias diferenças histológicas entre esses dois tipos glandulares, mas eles compartilham uma estrutura geral em comum: possuem segmentos secretores e segmentos ductais (excretores).

Neste artigo vamos abordar a histologia e as funções das glândulas sudoríparas.

Informações importantes sobre as glândulas sudoríparas
Definiação Glândulas exócrinas que produzem suor e secreções, localizadas na derme/camadas subcutâneas da pele
Tipos Glândulas sudoríparas écrinas
Glândulas sudoríparas apócrinas
Glândulas écrinas Glândulas simples, em formato enovelado, cuja excreção aquosa atua na termorregulação ao evaporar da superfície da pele
Glândulas apócrinas Glândulas simples, com formato tubular, cuja excreção contribui para o odor corporal
Conteúdo
  1. Estrutura básica
  2. Glândulas sudoríparas écrinas
    1. Segmento secretor
    2. Segmento ductal
    3. Função
  3. Glândulas sudoríparas apócrinas
    1. Segmento secretor
    2. Segmento ductal
    3. Funções
  4. Notas clínicas
  5. Referências
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Estrutura básica

Em geral, as glândulas sudoríparas tendem a possuir uma unidade secretora, que está localizada na derme profunda ou no tecido subcutâneo, e um ducto que continua da unidade secretora em direção à superfície da pele, através do qual passa o suor ou o produto secretado.

As unidades secretoras das glândulas sudoríparas são cercadas por células mioepiteliais contráteis que atuam para ajudar a secretar o produto da glândula. A contração dessas células é controlada por hormônios ou pela ação nervosa.

As glândulas sudoríparas se abrem na superfície da pele ou, no caso das glândulas sudoríparas apócrinas, nos folículos pilosos. A parte da glândula que se abre para a pele ou folículo piloso é conhecida como acrossiríngeo. Embora as glândulas sudoríparas compartilhem uma estrutura básica comum, as glândulas sudoríparas apócrinas e écrinas têm muitas diferenças, que serão descritas no restante deste artigo.

Glândulas sudoríparas écrinas

As glândulas écrinas são glândulas simples, de formato enovelado, cuja principal função é auxiliar na regulação da temperatura corporal. Elas secretam uma solução hipotônica, o suor, cuja evaporação ajuda a resfriar o corpo. No processo de produção do suor, as glândulas écrinas reabsorvem certa quantidade de sódio e água, por isso o suor é hipotônico. Juntamente com o suor, elas eliminam amônia, uréia, ácido úrico e cloreto de sódio.

Em contraste com as glândulas apócrinas, as glândulas écrinas não estão relacionadas ao folículo piloso, mas existem como estruturas independentes localizadas na pele de todo o corpo, exceto nos lábios e na genitália externa.

As glândulas écrinas possuem dois segmentos: o secretor e o ductal. O segmento secretor encontra-se na derme profunda ou na parte superficial do tecido subcutâneo. O segmento ductal é contínuo com o secretor, e assume formato enovelado em direção à superfície da pele.

Segmento secretor

O segmento secretor consiste em três tipos de células que se encontram na lâmina basal: as células claras, as células escuras e as células mioepiteliais. As células claras e escuras são as células secretoras, enquanto as mioepiteliais são as células contráteis. Dados os diferentes tamanhos das células, o revestimento do segmento secretor assemelha-se ao epitélio pseudoestratificado.

  • As células claras contêm grandes quantidades de glicogênio, numerosos retículos endoplasmáticos lisos e mitocôndrias, bem como um pequeno complexo de Golgi. A função dessas células é produzir o componente aquoso dos eletrólitos do suor.
  • As células escuras contêm numerosos retículos endoplasmáticos rugosos e um complexo de Golgi bem desenvolvido. Isso ocorre porque eles produzem o componente glicoproteico do suor. Esses componentes estão acondicionados em grânulos secretores que geralmente são encontrados agregados no citoplasma apical.
  • As células mioepiteliais são células contráteis, geralmente dispersas entre as células claras e escuras. Elas são preenchidas com filamentos contráteis e sua contração promove rápida excreção de suor.

Segmento ductal

O segmento ductal continua a partir do segmento secretor e segue em direção à superfície da pele. Depois de sair da derme, apresenta trajeto levemente contorcido. Ele é revestido pelo epitélio cúbico estratificado, que possui duas camadas: a camada basal ou periférica, que é profunda, e a camada luminal ou apical, que fica no topo da camada basal. É importante notar que o segmento ductal não contém células mioepiteliais.

As células basais possuem núcleo elipsoide com nucléolo proeminente, além de grande quantidade de ribossomos e mitocôndrias. As células luminais têm núcleo menor que as células basais. Sua característica mais marcante é a presença de uma estrutura vítrea ou hialinizada no seu citoplasma, que representa tonofilamentos acumulados.

Função

As glândulas écrinas são responsáveis ​​pela sudorese termorreguladora. Ou seja, quando a temperatura ambiente está muito alta, essas glândulas liberam suor, que evapora e reduz o calor do corpo. Este tipo de suor fisiológico começa primeiro na pele do couro cabeludo e na fronte, depois no rosto e no resto da pele. As últimas regiões a apresentar sudorese termorreguladora são as palmas das mãos e as plantas dos pés.

Em contraste com a sudorese termorreguladora, também existe a sudorese induzida pelo estresse emocional. Nessa situação, as palmas das mãos, plantas dos pés e axilas são as primeiras regiões a suar.

A estimulação nervosa para a transpiração termorreguladora e de estresse é diferente. O estímulo para a sudorese termorreguladora é colinérgico, enquanto o estímulo para a sudorese de estresse é adrenérgico.

Glândulas sudoríparas apócrinas

As glândulas apócrinas são glândulas sudoríparas tubulares contorcidas associadas aos folículos capilares da pele. Elas são encontradas na pele da axila, aréola, mamilos, pele perianal e pele dos órgãos genitais externos.

As glândulas apócrinas secretam uma substância viscosa e oleosa, de cor amarela e odor acre. Essa secreção é produzida em resposta à decomposição bacteriana. As glândulas sudoríparas apócrinas são controladas por hormônios sexuais e, portanto, só se tornam ativas a partir da puberdade. Em contraste com as glândulas écrinas, não há reabsorção ou qualquer modificação do produto a ser excretado nas glândulas apócrinas.

Assim como as glândulas écrinas, elas também são formadas por um segmento secretor e um segmento ductal.

Segmento secretor

A porção secretora geralmente está localizada na camada superficial do subcutâneo, porém às vezes pode ser encontrada na derme profunda. Existem algumas características histológicas que diferem o segmento secretor das glândulas apócrinas daquele das glândulas écrinas:

  • A parte secretora das glândulas apócrinas é muito mais larga que a das glândulas écrinas.
  • As glândulas apócrinas armazenam seus produtos no seu lúmen, enquanto, como observamos anteriormente, as glândulas écrinas os armazenam nos grânulos dentro do citoplasma apical de suas células.

O segmento secretor das glândulas apócrinas é revestido por epitélio simples, que consiste em apenas um tipo de célula. Essas células são eosinofílicas e apresentam uma protrusão em sua região apical. Acreditava-se que esta saliência da célula fosse o mecanismo de excreção do produto celular. É por isso que as glândulas levam o nome de apócrinas, derivado da palavra ápice que significa “a ponta”, sugerindo que o pinçamento da ponta é a forma de excreção. No entanto, estudos recentes provaram que isso não é verdade. Em vez disso, as células embalam os seus produtos em pequenos grânulos, que atingem o lúmen através do processo de exocitose. Essa forma de secreção é chamada de secreção merócrina.

As células também são ricas em lisossomos, mitocôndrias e lipofuscina, e apresentam um complexo de Golgi proeminente, especialmente quando a fase de secreção está ativa.

As células mioepiteliais também estão dispersas por todo o revestimento do segmento secretor. Sua função é auxiliar na excreção durante as contrações.

Segmento ductal

O ducto das glândulas apócrinas tem um lúmen estreito e um trajeto relativamente reto em direção ao folículo piloso onde se abre. É revestido por epitélio cúbico estratificado, desprovido de células mioepiteliais.

O epitélio geralmente consiste em 2 a 3 camadas de células. As células da camada luminal, que é a mais superficial, contêm agregação vítrea em seu citoplasma apical, que, semelhante ao das glândulas écrinas, representa a agregação de tonofilamentos.

Funções

A atividade das glândulas apócrinas depende fortemente dos hormônios sexuais. Em outros mamíferos, essas glândulas liberam uma quantidade significativa de feromônios que afetam o odor e a “impressão digital química” de um animal. Considera-se que o odor desempenha um papel importante no emparelhamento sexual e no tratamento social de um animal.

Embora em humanos o produto das glândulas apócrinas também afete o odor corporal, seu significado social e sexual é considerado rudimentar ou inexistente.

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Kim Bengochea Kim Bengochea, Universidade de Regis, Denver
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